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Laboratório de Térmica

1
Aula 2
AULA 1 Introdução ao conceito de
temperatura

AULA 2 ITS-90 (International Como obter uma equação de


temperature scale) regressão para um PT-100

AULA 3 Conceitos fundamentais de Como obter uma equação de


termopares correção de um termopar

AULA 4
Como calibrar um termopar

AULA 5
Entrega da atividade nal

3
fi
O que eu irei ver na aula de hoje?

• História das escalas de temperatura;


• O que é um pirômetro e como ele permite determinar a temperatura?
• O que é uma célula de ponto triplo de água (PTA)?
• O que é uma escala prática de temperatura? Qual a diferença de uma escala
prática e de uma escala termodinâmica?
• Como obter uma equação de regressão para uma termoresistência utilizando a
ITS-90?
História das escalas de temperatura
Série de seminários BIPM

https://www.youtube.com/watch?v=W3NrcjShAN8
https://www.youtube.com/watch?v=SkYbR5i2QU4

História das escalas de temperatura

Chappuis’ constant volume hydrogen gas thermometer scale made available in 1887 through mercury
thermometers and referred to as échelle normale (NHS)
International Temperature Scale of 1927 (ITS-27)
International Temperature Scale of 1948 (ITS-48)

1958 4He Vapor Pressure Scale of Temperature


International Practical Temperature Scale of 1948. Text Revision of 1960 [IPTS-48(60)]

1962 3He Vapor Pressure Scale of Temperature


The International Practical Temperature Scale of 1968 (IPTS-68)
The International Practical Temperature Scale of 1968. Amended Edition of 1975 [IPTS-68(75)]
The 1976 Provisional 0.5 K to 30 K Temperature Scale (EPT-76)
The International Temperature Scale of 1990 (ITS-90) [1]
The 2000 Provisional 1 mK to 1.7 K Temperature Scale

História das escalas de temperatura

https://www.nobelprize.org/uploads/2018/06/onnes-lecture.pdf
História das escalas de temperatura: Normal Hydrogen Scale
Os pontos xos foram transferidos para 1889
um termômetro de vidro com Mercúrio

Hydrogen
Hydrogen
T = 0o Centígrado
T = 100o Centígrados

General Conference on
Weights and Measures
(CGPM)

A escala era de -25o Centígrados a 100o Centígrados


fi
História das escalas de temperatura: ITS-27
História das escalas de temperatura: ITS-27

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina
SPRT (Standard
Platinum Resistance 0oC
Thermometer) Interpolação usando a
escala de Callendar
660oC

-190oC
Interpolação usando a escala de
Callendar-van Dusen
0oC

T = -182.97oC (Ebulição do oxigênio)


T = 0oC (liquefação da água)
T = 100oC (Ebulição da água)
T = 444,60oC (Ebulição do Enxofre)
fi

História das escalas de temperatura: ITS-27

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina

Pt10%Rh-Pt
thermocouple
660oC

Interpolação quadrática

1063oC

T = 960.5°C (ponto de fusão da Prata)


T = 1063°C (ponto de fusão do Ouro)
T = 630.5oC (ponto de fusão do Antimônio)
fi

História das escalas de temperatura: ITS-27


T = 1063°C (ponto de fusão do Ouro)

Escala de cores

Theory and methods of optical pyrometry,


Kostkowski, H. J.; Lee, R. D. (1962)

Optical pyrometry, Waidner,


Charles William, Burgess,
George Kimball (1905).

Constante C2 = 1,432 10-2 m K


História das escalas de temperatura: ITS-27

The wave in the box


História das escalas de temperatura: ITS-27

∞ ∞

∫0 ∫0
Iλb(TAu)τ′λτrλτ′λ′Vλdλ = Iλ(T1)τrλτ′λ′Vλdλ

1. τ’λ corresponde às transmissividades espectrais


anteriores ao filamento pirométrico, igual a 0,8;
2. τ’'λ corresponde às transmissividades espectrais
posteriores ao filamento pirométrico, com exceção do
filtro vermelho, igual a 0,7;
3. τrλ corresponde à transmissividade espectral do filtro
vermelho;
4. Vλ é um fator de compensação de luminosidade relativa
do observador;
5. T1 é a temperatura do filamento




História das escalas de temperatura: ITS-27

Para calibração de uma temperatura t, superior à temperatura t1


∞ ∞

∫0 ∫0
Iλb(TAu)τ′λτrλτ′λ′Vλdλ = Iλ(T1)τrλτ′λ′Vλdλ
TAu = 1063 oC

Temperatura de fusão do ouro (1063 oC): T1 = 1046 oC Temperatura termodinâmica

Poder emissivo "aparente" do ouro =


Potência consumida “aparente" pelo lamento = 0.1148 W/m2





fi

História das escalas de temperatura: ITS-27

Para calibração de uma temperatura t, superior à temperatura t1

Temperatura de fusão do ouro (1063 oC):


∞ ∞

∫0 ∫0
Poder emissivo "aparente" do ouro =
Iλb(TAu)τ′λτrλτ′λ′Vλdλ = Iλ(T1)τrλτ′λ′Vλdλ Potência consumida “aparente" pelo lamento = 0,1148 W/m2

Acima do ponto de fusão do ouro (1063 oC): T2 > T1


∞ ∞

∫0 ∫0
Iλb(TAu)τ′λτrλτ′λ′Vλdλ = R Iλ(T2)τrλτ′λ′Vλdλ

R = 0,6
T = 1086,2 oC










fi

História das escalas de temperatura: ITS-48

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina
SPRT (Standard
Platinum Resistance 0oC
Thermometer) Modi cação Interpolação usando
a escala de Callendar
630°C 660 °C

-182.97oC -190 oC
Modi cação Interpolação usando a
escala de Callendar-van Dusen
0o

T = -182.97oC (Ebulição do oxigênio)


T = 0oC (Liquefação da água)
T = 100oC (Ebulição da água)
T = 444,60oC (Ebulição do Enxofre)
fi
fi
fi

História das escalas de temperatura: ITS-48

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina

Pt10%Rh-Pt
thermocouple
630 °C 660 °C

Interpolação quadrática

1063oC

T = 960.8 °C 960.5°C (ponto de solidi cação fusão da Prata)


T = 1063o C (ponto de solidi cação fusão do Ouro)
T = 630.5oC (ponto de solidi cação fusão do Antimônio)
fi
fi
fi
fi

História das escalas de temperatura: ITS-48


T = 1063oC (ponto de solidi cação fusão do Ouro)

Lei de Planck Lei de Wien

Escala de cores

Optical pyrometry, Waidner,


Charles William, Burgess,
George Kimball (1905).

Constante C2 = 1,438 10-2 m K


fi
História das escalas de temperatura: ITS-48 (Aditivo)
História das escalas de temperatura: ITS-48 (Aditivo)

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina
SPRT (Standard
Platinum Resistance 0oC
Thermometer) Interpolação (novas
modi cações)
630°C

-182.97oC
Interpolação (novas
modi cações)
0oC

T = -182.97oC (Ebulição do oxigênio)


T = 0oC (Liquefação Ponto triplo* da água)
T = 100oC (Ebulição da água)
T = 419,505oC (Solidi cação do Zinco) 444,60o Centígrados (Ebulição do Enxofre)

* Se tornou o único ponto de referência para a


escala termodinâmica
fi
fi
fi
fi

História das escalas de temperatura: ITS-48 (Aditivo)

https://www.nist.gov/video/triple-point-cell
História das escalas de temperatura: ITS-68
História das escalas de temperatura: ITS-68

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina
PRT (Platinum
Resistance 0oC
Thermometer) Interpolação (aumento de
complexidade)
630°C

13.81 K 182.97oC
Interpolação (aumento de
complexidade)
0oC

T = 13.81 K (Ponto triplo do hidrogênio)


T = 17.042 K (Ponto intermediário do hidrogênio)
T = 20.28 K (Ponto de ebulição do hidrogênio)
T = 27.102 K (Ponto de ebulição do Neon)
T = 54.361 K (Ponto triplo do Oxigênio)
T = 90.188K (Ebulição do oxigênio) -182.97oC
T = 0oC (Ponto triplo* da água)
T = 100oC (Ebulição da água)
T = 231,9681 oC (Solidi cação do Estanho)
T = 419,58oC (Solidi cação do Zinco) 419,505oC
T = 444,60oC (Ebulição do Enxofre)
* o único ponto de referência para a escala
termodinâmica
fi
fi
fi

História das escalas de temperatura: ITS-68

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina

Pt10%Rh-Pt
thermocouple
630 °C

Interpolação

1063oC

T = 961.63 °C (ponto de solidi cação da Prata) 960,8 °C


T = 1064,43o C (ponto de solidi cação fusão do Ouro) 1063 °C
T = 630.5oC (ponto de solidi cação fusão do Antimônio)
fi
fi
fi
fi

História das escalas de temperatura: ITS-68

Lei de Planck
Constante C2 = 1,4388 10-2 m K 1,438 10-2 m K
História das escalas de temperatura: ITS-68 (Aditivo)
História das escalas de temperatura: ITS-68 (Aditivo)

Os pontos xos foram transferidos para


um termômetro de Platina
PRT (Platinum
Resistance 0oC
Thermometer)
Interpolação

630°C

13.81 K

Interpolação

0oC

T = 13.81 K (Ponto triplo do hidrogênio)


T = 17.042 K (Ponto intermediário do hidrogênio)
T = 20.28 K (Ponto de ebulição do hidrogênio)
T = 27.102 K (Ponto de ebulição do Neon)
T = 54.361 K (Ponto triplo do Oxigênio)
T = 83.798 K (Ponto triplo do Argônio)
T = 90.188K (Solidi cação Ebulição do oxigênio)
T = 0oC (Ponto triplo* da água)
T = 100oC (Ebulição da água)
T = 231,9681 oC (Solidi cação do Estanho)
T = 419,58oC (Solidi cação do Zinco)

* o único ponto de referência para a escala


termodinâmica
fi
fi
fi
fi

História das escalas de temperatura: ITS-76


História das escalas de temperatura: ITS-76

0,5 K

Interpolação

30 K

0oC

Interpolação

630°C

13.81 K

Interpolação

0oC
História das escalas de temperatura: ITS-90
História das escalas de temperatura: ITS-90

0,65 K • Pt10%Rh-Pt foi descontinuado


• PRT teve a sua escala aumentada de 630oC para
Relações de temperatura e pressão de vapor para o 3He e 4He
961,78oC
5K

3K

Termômetro de gás para o Hélio

24,5561 K

13,8033 K

Interpolação com termômetros SPRT

1234,93 K

1234,93 K

Ponto xo e constantes da equação de Planck


fi

História das escalas de temperatura: ITS-90


História das escalas de temperatura: ITS-90
ITS-90 - Relações matemáticas
ITS-90 - Relações matemáticas
0,65 K

Relações de temperatura e pressão de vapor para o 3He e 4He

5K
ITS-90 - Relações matemáticas
3K

Termômetro de gás para o 4He e 3He

24,5561 K

4,2 K

Equação de interpolação (4He)

24,5561 K

3K

Equação de interpolação (4He e 3He)

24,5561 K
ITS-90 - Relações matemáticas
13,8033 K

Termômetro SPRT

1234 ,93 K

Critério de aceitação do instrumento SPRT

High Temperature Standard Platinum Resistance Thermometers (HTSPRT)

ITS-90 - Relações matemáticas


13,8033 K

Termômetro SPRT

1234 ,93 K

13,8033 K

Termômetro SPRT

273,16 K
ITS-90 - Relações matemáticas
13,8033 K

Termômetro SPRT

1234 ,93 K

273,16 K

Termômetro SPRT

1234,93 K
ITS-90 - Equação de regressão
Metodologia para regressão da curva de um PT-100

13,8033 K Referência SPTR Sensor PTR à calibrar


Determine a resistência elétrica do
Termômetro SPRT 1 R(273.16K ) R(273.16K )
PTR em uma célula de PTA
1234 ,93 K Rr,Hg(90) RHg(90) Determinar a resistência em pontos
2 de referência da ITS-90, ambos SPTR
Rr,Ga(90) RGa(90) e PTR dentro de um forno

Rr,Hg(90) RHg(90)
Wr,Hg(90) = WHg(90) =
R(273.16K ) R(273.16K )
3 Determinar o valor de Wr
Rr,Ga(90) RGa(90)
Wr,Ga(90) = WGa(90) =
R(273.16K ) R(273.16K ) `

4 Selecionar a equação interpoladora

WHg(90) − Wr,Hg(90) = a(WHg(90) − 1) + b(WHg(90) − 1)2 Resolver o problema para duas


5 equações e duas incógnitas (a e b)
WGa(90) − Wr,Ga(90) = a(WGa(90) − 1) + b(WGa(90) − 1)2
Metodologia para regressão da curva de um PT-100

13,8033 K
WHg(90) − Wr,Hg(90) = a(WHg(90) − 1) + b(WHg(90) − 1)2
Termômetro SPRT 5 Resolver o problema para duas
2
WGa(90) − Wr,Ga(90) = a(WGa(90) − 1) + b(WGa(90) − 1) equações e duas incógnitas (a e b)
1234 ,93 K

6 Equação de ajuste: Wmedido − Wr = a(Wmedido − 1) + b(Wmedido − 1)2

Aplicando a equação de ajuste:

1 Para uma dada resistência medida Rmedido


Rmedido
Calcular Wmedido =
R(273.16K )

Determinar Wr
2
Wr = Wmedido − a(Wmedido − 1) − b(Wmedido − 1)2

3 Usar a função para converter Wr em T


Roteiro
Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90


1. Instrumentos utilizados

Referência PT-25

Informações extraídas do Trabalho de Conclusão de Curso da Aluna: BARBARA AROEIRA MUELLER


Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90

1. Instrumentos utilizados
Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90

1. Instrumentos utilizados

PT-100 a ser calibrado


Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90

2. Medições

PT-100 a ser calibrado

R(273.16K) = 99,98387Ω
Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90

2. Medições

PT-100 a ser calibrado


Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90

2. Medições

PT-100 a ser calibrado


Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90

2. Medições

PT-100 a ser calibrado


Roteiro da atividade prática

Exercício de aplicação da ITS-90

2. Medições

PT-100 a ser calibrado


Resumo da aula
• História das escalas de temperatura;
• O que é um pirômetro e como ele permite determinar a temperatura?
• O que é uma célula de ponto triplo de água (PTA)?
• O que é uma escala prática de temperatura? Qual a diferença de uma escala
prática e de uma escala termodinâmica?
• Como obter uma equação de regressão para uma termoresistência utilizando a
ITS-90?
AULA 1 Introdução ao conceito de
temperatura

AULA 2 ITS-90 (International Como obter uma equação de


temperature scale) regressão para um PT-100

AULA 3 Conceitos fundamentais de Como obter uma equação de


termopares correção de um termopar

AULA 4
Como calibrar um termopar

AULA 5
Entrega da atividade nal

57
fi
Plano de ensino

Módulo I: Aula 3 (31/05/2021)

• Aula síncrona:
A. Conceitos fundamentais de temopares, normas ABNT e metodologia para correção;
Conceitos fundamentais de termopares; Normas ABNT; Metodologia para determinação da
curva de correção.
B. Perguntas que o aluno deve saber responder ao final da aula: Como funciona um termopar?
Como realizar operações matemáticas para arranjos de termopares? Qual o procedimento
para a correção de um termopar?

• Para fazer em casa para a próxima aula:


C. Fazer os exercícios depositados no Microsoft Teams.

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