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PANTANEIRO

O Pantanal ou o Grande Pantanal é uma planície aluvial que cobre a parte mais
ocidental do Brasil e as partes circunvizinhas da Bolívia e do Paraguai.
É a maior área úmida do mundo, localizada na região do Mato Grosso do Sul.

Pantaneiro é o habitante tradicional do ecossistema Pantanal. Os pantaneiros


tradicionais vivem com as condições oferecidas pela própria natureza, adaptando-se aos
períodos das chuvas, que alagam a região por longo tempo.

O povo pantaneiro tem índio, espanhol, português, paraguaio, boliviano, árabes,


paulistas, mineiros e muitas outras descendências, mas tudo começou com os índios.

Embora reduzidas, muitas sociedades ainda preservam algum aspecto de suas culturas
tradicionais, como a tribo dos terenas. Lá as mulheres se dedicam ao trabalho da casa e
a produção de artesanatos em cerâmica e palha de taboca, uma espécie de bambu, muito
comum na região pantaneira. Já os homens cuidam de alimentar suas famílias. São
responsáveis pelas pequenas lavouras, pela pesca e caça. Estes habitantes lutam para
preservar suas tradições e história. Em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul,
foi construída uma pequena vila para eles morarem, com casas que se assemelham a
ocas, porém em alvenaria. O conjunto se chama Marçal de Souza, tem escola bilíngue e
um memorial para preservar a cultura indígena. São os homens também os principais
atores de uma das mais antigas manifestações culturais desta tribo indígena que existe
até hoje: a dança-do-bate-pau.

A criação de gado no Pantanal se consolidou. O vaqueiro da região agora possui traços


inconfundíveis, um tipo brasileiro que já nasce sobre um cavalo, traz nas expressões, na
fala e nos hábitos alimentares todas estas culturas juntas. O vaqueiro do pantanal parece
ter sido forjado neste local.

Pantaneiro, umas criolas com quem o Brasil seduz mercados internacionais.

Para Paulo Moura, presidente da Associação de Criadores de Gado Crioulo Pantaneiro,


o futuro da pecuária no continente é o gado crioulo, motivo pelo qual os criadores desse
tipo de espécie já foram organizados. Ele acrescentou que produtores localizados do
México à Argentina já perceberam isso e se uniram para proteger esse tipo de gado.

Esta é uma corrida focada na produção de carne, que tem características muito
importantes, por isso apelaram para o uso de inseminação artificial e outras tecnologias,
para atender o que o consumidor internacional quer que seja uma carne orgânica.

Sua vestimenta se une à vestimenta do cavalo. O freio, o arreio, a sela, o estribo, o laço,
a baldrana, o pelego e ainda a calça de couro, a perneira, que vai sobre a calça, para
proteger o vaqueiro dos galhos das arvores secas e do próprio pelo do cavalo.

Participam das festas de laço, rodeios, rodas de tererê, bailões, regados a muita bebida.
Tem o chamamé, a polka paraguaia, a moda de viola e o vanerão. Toca-se o acordeom e
a viola.
Sua alimentação é baseada na farinha, carne, feijão, arroz e mandioca e em frutos, raízes
e legumes da região. Os peixes também integram a culinária, acompanhados de arroz
tropeiro, mandioca frita e feijão e salada. Há ainda a paçoca, uma farofa de carne-seca
frita e moída no pilão com farinha; e o furrundu, um doce feito de mamão verde e
rapadura.

“O homem do pantanal é uma continuação das águas. É um homem puro em todos os


sentidos e que tem uma vivencia muito diferente da do home de cidade. Ele tem uma
absoluta vivencia do pantanal e um absoluto respeito pela ecologia pantaneira. O que
nasceu lá, o pantaneiro, ele só caça para comer. Ele respeita a natureza. Ele nasceu ali,
gosta dali, tem um amor ali” Manoel de Barros

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