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APLICAÇÕES DE DIODOS:

PORTAS LÓGICAS, CIRCUITOS


CEIFADORES E RETIFICADORES
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Circuitos de Portas Lógicas Utilizando Diodos

Há diversas famílias diferentes de portas da lógica. Cada família tem


suas potencialidades e limitações, suas vantagens e desvantagens. A
seguinte lista descreve as famílias da lógica principal e suas
características. Você pode seguir as ligações para ver a construção do
circuito das portas de cada família.

Lógica dos Diodos

As portas lógicas com diodos, como o nome sugere usam diodos


executar as funções lógicas E ou AND e OU ou OR. Os diodos têm a
propriedade de facilmente passar uma corrente elétrica em um sentido,
mas não em outro. Assim, os diodos podem agir como um interruptor
lógico ou uma porta lógica. As portas lógicas com diodos são muito
simples e baratas, e podem ser usadas eficazmente em situações
específicas. Entretanto, não podem ser usados extensivamente, porque
tendem a degradar rapidamente os sinais digitais. Além disso, não
podem executar a função NÃO ou NOT, assim sua utilidade é 2
completamente limitada.
A lógica do diodo é baseada no fato que um diodo conduzirá corrente
elétrica apenas em um sentido, mas não no outro. Desta maneira, o
diodo age como um interruptor eletrônico.

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À esquerda você vê a lógica básica do diodo OU ou OR. Suponhamos que
o nível lógico 1 está representando a tensão de +5 volts, e o nível lógico 0
está representando o terra, ou o 0 volts.

Nesta figura, se ambas as entradas A e B forem deixadas


desconectadas ou estiverem ambas no nível lógico 0, a saída Z será
fixada em 0 volts pelo resistor, e estará assim a com nível lógico 0
também. Entretanto, se em uma ou outra entrada for aplicada a tensão
de +5 volts, o diodo tornar-se-á polarizado e consequentemente
conduzirá, que por sua vez elevará seu nível lógico para 1 e a saída Z
também estará em 1. Se ambas as entradas estiverem em nível lógico 1,
a saída Z terá ainda a nível lógico 1. Desta forma dizemos que esta porta
executa a função OU ou OR.
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À direita o circuito é equivalente a porta E ou AND.
Usaremos os mesmos níveis lógicos adotados anteriormente, mas no
circuito os diodos estarão invertidos e o resistor é ajustado para fixar a
tensão da saída ao nível lógico 1. Por exemplo, +V = +5 volts, embora
outras tensões possam ser aplicadas. Agora, se ambas as entradas
forem desconectadas nível lógico igual a 0. Se uma ou outra entrada
estiver aterrada (em nível lógico 0), esse diodo conduzirá e forçará a
saída para o nível lógico 0. Ambas as entradas devem estar em nível
lógico 1 para que a saída esteja no nível lógico 1. Desta forma dizemos
que esta porta executa a função E ou AND.

Em ambas as portas nós supomos que os diodos não


introduzem nenhum erro ou perdas no circuito. Porem na realidade
isto não ocorre, pois o diodo de silício apresenta uma queda de tensão
de aproximadamente de 0.65v a 0.7v ao conduzir. Mas nós podemos
evitar isto adotando qualquer tensão acima de +3,5 volts como nível
lógico 1, e toda a tensão abaixo de +1,5 volts será nível lógico 0. É
inadequado que neste sistema a tensão de saída esteja entre +1,5 e
+3,5 volts; esta será considerada como região indefinida de tensão.
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As portas E ou OU já citadas, quando aplicadas individualmente
tem suas vantagem em circunstâncias específicas. Entretanto,
quando as portas E e OU são conectadas em cascata, como mostrado
na figura acima, alguns problemas adicionais ocorrem e seus
funcionamento fica comprometido. Assim para este tipo a melhor
sugestão é utilizar as portas individualmente, como já citamos. Para
outras operações lógicas podemos utilizar o circuitos integrados.

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O CIRCUITO CEIFADOR COM DIODOS

Circuitos ceifadores são aqueles que ceifam parte do sinal aplicado


em suas entradas. Os principais circuitos ceifadores são aqueles que
utilizam diodos, resistores e fontes de tensão. Para fins de análise,
devemos utilizar a curva de transferência de cada circuito, que
consiste em um gráfico, o qual relaciona a tensão de saída com a
tensão de entrada.
Na Figura 1 tem-se um circuito ceifador, sua característica de
transferência e os sinais de entrada e saída.

Figura 1
Analisando o circuito, supondo-se o diodo como ideal, tem-se, para
o semiciclo positivo da tensão de entrada, até atingir o valor da tensão V da
bateria, o diodo em polarização reversa. Aparece então na saída o próprio
sinal de entrada. Quando a tensão de entrada atingir o valor V da bateria o
diodo estará diretamente polarizado e a tensão de saída permanecerá na
tensão V. Esta situação perdura até que a tensão do sinal de entrada fica
inferior a tensão V da bateria no qual o diodo volta a ficar reversamente
polarizado e a tensão da saída espelha a tensão de entrada por falta de
corrente no resistor. Por todo a semiciclo negativo o diodo permanece
reversamente polarizado.

Na curva de transferência, tem-se uma reta inclinada de 45o com


coeficiente de transferência igual a 1,ou seja, toda tensão de entrada é
transferida para a saída sem modificações. Na outra região da curva, nota-
se que a tensão de saída fica constante, independente do valor da tensão de
entrada.

A característica de transferência do circuito anteriormente


analisado é a mesma independentemente de utilizar-se outra forma de
onda para o sinal de entrada. 8
Nas Figura 2, Figura 3 e Figura 4, tem-se outros exemplos de
circuitos ceifadores com suas características de transferência e
tensão de entrada e saída, cuja análise é análoga ao do circuito feita
anteriormente.

Figura 2 9
Figura 3

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Figura 4
Retificadores

Os diodos como já foi visto anteriormente possuem


propriedades retificadoras. Mas na verdade o que é que isso
significa?

Isso quer dizer que eles só deixam a corrente fluir em um


único sentido, sendo o contrário impossível. Essa propriedade dos
diodos é largamente utilizada nos retificadores. Retificadores são
artifícios utilizados na eletrônica para transformar a corrente
alternada em corrente contínua.

Isso pode se dar de diversas maneiras. Seja através de


retificadores de meia onda ou de onda completa. Os retificadores de
onda completa dividem-se em dois tipos: Os que precisam de
tomada central no transformador e os que não necessitam-na.

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Retificadores de Meia Onda

Partindo de um transformador simples, basta acrescentar-lhe um diodo


para retificar a corrente em meia onda, onde só os semiciclos positivos são
aproveitados e transformados em uma corrente constante (contínua):

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Acesse o link e confira a animação:
http://www.clubedaeletronica.com.br/Anima/A_eletronica/Anima%20002.htm
Retificador de Onda Completa

Com o mesmo transformador do exemplo anterior é possível fazer um


retificador de onda completa. Sua vantagem é que ele conduz os
semiciclos positivos e os negativos, de um modo que haja uma tensão
contínua positiva durante os dois semiciclos. Durane cada semiciclo,
sempre dois diodos estão em condução e dois em corte:

Acesse o link e confira a animação: 13

http://www.clubedaeletronica.com.br/Anima/A_eletronica/Anima%20004.htm
Retificador de Onda Completa (Trafo com Tomada Central)

Outro método usado para retificar uma corrente alternada é através de um


transformador que possua romada central. Esses transformadores são
facilmente encontrados atualmente. Neles estão geralmente gravados "12 V
+ 12 V", por exemplo, o que indica a tensão e o que não quer dizer que ele
seja equivalente a um de 24 V. Para realizar a retificação, basta clocar um
diodo em cada um dos terminais e reservar o terminal central para o
negativo:

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Acesse o link e confira a animação:
http://www.clubedaeletronica.com.br/Anima/A_eletronica/Anima%20003.htm

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