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A DÉCADA PERDIDA
De 1980 a 1984
De 1985 a 1989
O primeiro grande salto da inflação brasileira ocorreu em 1979, quando ocorreu o segundo choque do petróleo,
a política interna de fixação de “preços realistas” e o simultâneo aumento da frequência dos reajustes salariais de
anual para semestral dobraram a taxa de inflação que passou de 50% para 100% ao ano.
O segundo grande salto da taxa de inflação ocorreu em 1983, impulsionado por uma maxidesvalorização de 30%
no cruzeiro em fevereiro daquele ano. Foi então alcançado o patamar de 200% ao ano.
Período de estagnação com inflação alta.
O planejamento governamental, tal como conhecido na fase anterior, encontrava-se desarticulado, e nesse
período conhecemos somente planos de estabilização: não um, mas cinco até o fim do governo Sarney
SECRETARIA ESPECIAL DE INFORMÁTICA
A Política Nacional de Informática (PNI), Lei n.º 7.232, foi aprovada em 29 de outubro de 1984 pelo Congresso
Nacional, com prazo de vigência previamente estabelecido em 8 anos e visando a estimular o desenvolvimento da
indústria de informática no Brasil através do estabelecimento de uma reserva de mercado para as empresas de capital
nacional.
Dentro de um espírito vigente da ditadura de “Brasil Grande Potência”
Protegia fabricantes brasileiros da concorrência internacional (IBM, HP, Olivetti, etc)
Em 1987 o presidente Ronald Reagan reage com sanções comerciais ao Brasil: aumento de taxas de importação de
produtos do Brasil, bem como a total proibição da importação de determinados produtos do setor de informática
Positivo: crescimento rápido da indústria de informática mesmo na década de 80, 70 mil empregos criados até 1989,
gasto em P&D superior à média da indústria de transformação.
Negativo: ausência de uma política de exportações, falta de visão estratégica, surgimento de empresários rentseekers
Reserva de mercado vigorou até 1992, quando expirava sua vigência
ELEIÇÃO DE 1985 - INDIRETA
O mandato de Figueiredo foi marcado pela continuação da abertura política iniciada no governo Geisel
Diretas Já (1985), exigindo eleições diretas já em 1985, que foi rejeitada por emenda (Emenda Dante de Oliveira)
Eleições indiretas: Vitória de Tancredo Neves e José Sarney, por 380 a 180 votos, contra Maluf
PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO
PLANO CRUZADO
Plano Cruzado: Plano de estabilização econômica anunciado em 28 de fevereiro de 1986, no governo do
presidente José Sarney (1985-1990). Instituiu um novo padrão monetário, o Cruzado, o congelamento total de
preços e tarifas de bens e serviços e câmbio fixo. Inicialmente bem-sucedido, pois os índices inflacionários caíram
consideravelmente, o recrudescimento da inflação levou o plano ao fracasso no final de 1986.
Num primeiro momento, as novas medidas provocaram uma forte pressão da demanda, devido à redistribuição de
renda ocorrida e o aumento da massa salarial, com um boom de consumo e aceleração do crescimento do
emprego, sem correspondente no investimento.
O prolongado congelamento dos preços e o aquecimento da demanda resultaram em desequilíbrios entre oferta
e demanda e na estrutura dos preços relativos, reduzindo o nível de poupança interna e as reservas cambiais.
PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO
PLANO CRUZADO II
O Plano Cruzado II foi decretado em novembro de 1986, com o objetivo de conter a demanda com medidas de
desaceleração do crescimento e significativa elevação da carga tributária indireta, visando a evitar maior fuga de
divisas, concomitantemente ao reajuste de alguns preços em taxas muito acentuadas e à liberação da taxa de
juros.
No entanto, o plano não logrou resolver esses problemas, resultando em uma explosão de preços, que apontou
para a perspectiva de um novo patamar inflacionário, superior ao do início dos anos 80, e para um aumento
acentuado do déficit público.
PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO
PLANO BRESSER
Decretado em junho de 1987, esse plano de estabilização econômica de emergência, manteve o congelamento de
preços, objetivando o controle da demanda agregada através da compressão salarial e do ajuste fiscal. O plano
visava a diminuir o déficit público por meio da correção prévia dos preços e tarifas públicas, redução de subsídios
e de gastos de capital. Com relação às contas externas, foi tentado o realinhamento da taxa de câmbio, com
minidesvalorizações, e foi mantida a moratória, que no entanto não propiciou acordo com os credores externos
ou a normalização do fluxo de capitais.
O crescimento contínuo da inflação e o controle das finanças do governo limitaram o apoio ao plano.
PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO
PLANO MAÍLSON
Foi instituído em janeiro de 1988, e baseou-se principalmente na busca da redução do déficit fiscal tentando evitar
a hiperinflação e possibilitar a renegociação da dívida externa, com a efetivação de um acordo em agosto de 1988.
As principais medidas de contenção fiscal foram o corte de 5% dos gastos de custeio e pessoal da administração
direta e indireta, o congelamento do montante do crédito aos estados e municípios, a suspensão de reajustes
salariais do funcionalismo público, paralelamente ao estímulo à exoneração e às aposentadorias voluntárias dos
funcionários federais das autarquias.
PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO
PLANO VERÃO
No entanto, a inflação tendia a acelerar-se e, em janeiro de 1989, foi instituído o Plano Verão, baseado no congelamento,
na reforma monetária e na tentativa de desindexação da economia. As taxas de juros foram mantidas altas, o que elevou
consideravelmente a dívida pública interna, dificultando o controle da expansão monetária. As OTNs (Obrigações do
Tesouro Nacional) foram extintas, substituídas por um novo indexador – NTN (Nota do Tesouro Nacional) e, logo em
seguida, pelos BTN (Bônus do Tesouro Nacional).
Com relação às contas externas, o câmbio foi fixado, resultando na saída de capitais ao exterior sem a entrada de novos
empréstimos. O saldo comercial caiu e em junho foi instituído uma minidesvalorização de 12%, com centralização do
câmbio, resultando em uma nova moratória em setembro. Após indexação dos salários pelo congresso, em dezembro o
país se encontrava ameaçado por hiperinflação.
A Constituição de 1988, numa demonstração da preservação dos instintos de planejamento na sociedade, institui o
Plano Plurianual como o principal instrumento de planejamento de médio prazo no sistema governamental brasileiro.
O Plano Plurianual (PPA), está previsto no artigo 165 da Constituição Federal e regulamentado pelo Decreto 2.829,
de 29 de outubro de 1998 é um plano de médio prazo, que estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos
pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um período de quatro anos.
Com a adoção deste plano, tornou-se obrigatório o Governo planejar todas as suas ações e também seu orçamento de
modo a não ferir as diretrizes nele contidas, somente devendo efetuar investimentos em programas estratégicos
previstos na redação do PPA para o período vigente.
Pode-se afirmar que o Plano Plurianual faz parte da política de descentralização do governo federal, que já é prevista na
Constituição vigente. Nas diretrizes estabelecidas em cada plano, é fundamental a participação e apoio das demais
esferas da administração pública, que sem dúvida têm mais conhecimento dos problemas e desafios que são necessários
enfrentar para o desenvolvimento sustentável local.