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1. Introdução
1.1. Importância da Construção Sustentável
1.2. Sistemas de Avaliação (BREEAM, LEED, GBtool,...)
1.3. Futuro da construção Sustentável
1.4. Descrição do Health Club (N ha metodo d avaliação)
2. Sistema da avaliação BREEAM – objectivos e parâmetros
3. Health Club (tipologia de edificio)
3.1. Descrição
3.2. Sistema de avaliação???
3.3. proposta de analise (EcoHomes e Offices)
3.4. analise do doc “eficiencia energetica” e comparar a
habitação comercio e escritorio”
4. Medidas propostas
4.1. Saúde e bem-estar
4.2. Energia
4.3. Água
4.4. Poluição
5. Conclusão
Nuno Fernandes
Marina Carreiras
1. Introdução
1.1. Desenvolvimento sustentável
1.2. Construção sustentável
1.3. Sistemas de Avaliação
1.4. Panorama português
1.5. Parque Oriente
Por outro lado, a escassez de recursos naturais é cada vez mais evidente,
ameaçando a qualidade de vida nas nossas sociedades em gerações futuras,
quer por crises energéticas que se avizinham (pela exaustão de fontes de
energia não-renováveis como o petróleo, carvão, gás, ...), quer pelo aumento
do buraco do Ozono (tendo como consequências o aumento de doenças
cancerigenas, alterações climáticas no planeta mais acentuadas, ...), ou
mesmo pela diminuição da esperança de vida (aumento substancial de
doenças cancerigenas ou outras, provocadas pela utilização/ingestão abusiva
de produtos com altos níveis de toxicidade).
O nosso planeta foi fruto de um processo natural que demorou vários milhões
de anos a transformar-se numa fonte de Vida tal como a conhecemos. O
desenvolvimento das civilizações aliado ao aumento acentuado da população
humana, teve como consequências directas o aumento do consumo de
recursos naturais em benefício do Homem, bem como da poluição da estrutura
essencial à vida no planeta (Atmosfera, água, solos). Os estragos provocados
pela acção humana no ambiente podem demorar vários milhões de anos a ser
reparados, ou mesmo serem irreparáveis.
Assim, devemos evitar uma exaustão de recursos naturais (ar, água, fontes de
energia não-renováveis, materiais de construção, ...), pelo seu consumo
abusivo que tende nos dias de hoje a ser mais elevado do que a sua própria
capacidade de regeneração, pois o Homem utiliza a natureza sem qualquer
racionalidade, quer para retirar todas as suas riquezas (para provisão de bens
e serviços, bem como para o suporte técnico de actividades), quer para
depositar os resíduos que produz.
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Desenvolvimento sustentável- “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” in Relatório
da Comissão Mundial do Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, 1987 – Relatório Brundtland
A consciencialização das alterações climáticas a nível mundial, em detrimento
da poluição atmosférica, levou alguns países a realizar acordos em que se
comprometem a reduzir a emissão de gases que provoquem danos na
atmosfera, reduzindo para isso o consumo energético. No entanto, estes
acordos não passam de simples compromissos que não têm vindo, nem se
prevê que venham a ser cumpridos a curto ou longo prazo. Portugal assinou
em Dezembro de 1997, juntamente com vários países, o protocolo de Quioto
que compromete os países signatários a reduzir as emissões de dióxido de
carbono em pelo menos 5% em relação a 1990 (a nível mundial). Portugal
poderia aumentar as emissões em 27% até ao ano 2008-2012, no entanto, no
ano 2000 as emissões foram já aumentadas em 28%, sendo previsível que em
2010 sejam superiores a 50%.
Grafico com
reservas
petroliferas
O desenvolvimento sustentável deve assim ser pensado a diferentes níveis
(educação, investigação, planeamento, energia, ,,,) e a diferentes escalas de
intervenção (planeta - Continente – país – região – local) por forma a obter
bons resultados quer a nível global, quer a nível local, pois os seus
pressupostos variam. Por exemplo, na situação do automóvel elétrico
apresentada anteriormente, poderiamos considerá-lo amigo do ambiente, se a
energia por ele consumida tivesse base em centrais planeadas previamente, de
produção de energia solar, hídrica,... Outro exemplo, no âmbito da energia
requerida para climatizar um edifício, é diferente pensarmos num país nórdico
onde as necessidades de aquecimento são muito mais elevadas do que num
país como Portugal.
Etiquetas do
BRREEAM, LEED, ...
(FOLHAS DA CADEIRA)
Por ex, para a energia pods dizer q contempla a energia consumida pela rede
de AVAC, iluminação,..., e da preferencia a edificios com menos consumo e q
utilizem sistemas de fabrico d energia (como paineis fotovoltaicos)
2. Health Club (tipologia de edificio)
2.1. Descrição
Tal como foi referido, não existem dados disponíveis concretamente sobre o
health club (talvez por não existir ainda projecto), tais como pormenores
desenhados, pelo que não pode ser feita uma avaliação do seu comportamento
em termos de sustentabilidade. Por outro lado, não existe um sistema de
avaliação para edifícios deste tipo, pelo que foi feita uma análise ao BREEAM
Offices e BREEAM EcoHomes, por forma a conjugar alguns tópicos relativos a
escritórios e habitações, que fossem aplicáveis num edifício destinado a Health
Club. Com base nestes princípios, estão apresentadas algumas medidas que
pretendem melhorar a sustentabilidade do edifício, pela racionalidade de
materiais, de energia, água, bem como pelos detritos emitidos através da
utilização do edifício (águas cinzentas, emissões de CO, ...).
3.1.3. Acústica
- Pensar na satisfação acústica no interior do edifício (evitar o contacto
de ruídos provinientes de sistemas AVAC, caldeira de aquecimento das águas
da piscina, entre outros, com os ocupantes do edifício, e isolar as zonas
passíveis de provocar maior ruído (salas de musculação, Step, ou outras onde
os equipamentos ou a utilização de música é frequentemente utilizada para
estimular os praticantes);
3.3. Transportes
A localização do edifício pertence a uma escala mais abrangente do ponto de
vista da sustentabilidade (escala regional, de cidade,local,...) nem sempre
estando ao alcance do arquitecto a sua escolha. Esta é fundamental, uma vez
que condiciona a mobilidade (proximidade de habitação, emprego, escolas,...)
e determina o tipo ou necessidade de transporte utilizado para as deslocações
(transportes públicos, automóvel, bicicleta, ...). O Health Club é um edifício que
provoca grandes impactes ambientais (superiores aos da habitação ou
escritórios), no entanto é uma mais-valia para a saúde, pelo que deve ser
colocado pontualmente em zonas fácilmente acessíveis e com um raio de
acção elevado em relação à população que pode abranger. Assim, como
meddasa adoptar relativamente aos transportes podemos pensar:
- Deve estar situado numa zona de fácil acesso a transportes públicos
(Metro, Autocarros,...) por forma a abranger uma população maior, e a evitar a
utilização de automóvel para alcansar o edifício;
- Deve encontrar-se situado junto a habitação e emprego, de modo a
abranger a maior população possível, evitando assim dispêndios de energia na
deslocação entre a habitação ou trabalho e o Health Club;
- Colocação de infra-estruturas de utilização gratuita como o
estacionamento de bicicletas ou ciclovias para uma percentagem considerável
de utilizadores / trabalhadores;
- encorajar a utilização de bicicletas para chegar ao Health Club, através
de acções de incentivo como o empréstimo gratuito da toalha, cacifo, fato de
banho, shampoo e sabonete, a utentes que usem o parqueamento de
bicicletas;
- Desincentivar a utilização de automóvel, através da colocação de
parques pagos.
3.4. Água
O consumo de água num Health Club deste tipo tende a ser muito elevado,
pelo facto de o mesmo incluir no seu programa zona para piscina, jacuzzi, e
banhos (nos balneários). Deste modo, torna-se essencial fazer uma boa gestão
da água, com principios que reduzam ao mínimo possível a utilização de água
potável. Assim, devem ser criadas estruturas que possibilitem:
- limitar ao mínimo a água consumida por pessoa (trabalhador ou
utilizador do Health Club);
- Fazer o aproveitamento de águas pluviais ou o reaproveitamento de
águas cinzentas frias ou quentes (provinientes da piscina e dos banhos) para
zonas de rega ou lavagem do edifício (como os sistemas de lavagem
automática de fachadas e coberturas envidraçadas), fluxómetros, entre outros;
- Conduzir as águas cinzentas provinientes da piscina e dos balneários
para um resevatório que possibilite a sua partilha por parte dos edifícios
envolventes, evitando assim desperdícios de água reutilizável;
- Reduzir as taxas de renovação da água da piscína ao mínimo possível
(mantendo no entanto a qualidade da água) através da criação de programas
de utilização da mesma, de modo a diferenciar as taxas de renovação a horas
diferentes. Quando a piscina está vazia ou quase, não precisa de uma taxa de
renovação tão elevada como quando está cheia. Assim, poderão ser criados
programas a horas específicas (como hidroginástica para idosos, ou jogos de
pólo aquático, ou mesmo descontos de utilização a horas específicas, para
canalizar as pessoas a utilizarem a piscina a horas específicas), que
possibilitem ter uma noção de quando os equipamentos da piscina devem estar
a funcionar com maior ou menor intensidade;
- Colocar infra-estruturas no interior do edifício que sejam passíveis de
consumir grandes quantidades de água e que possam utilizar aquela que é
reutilizada (proviniente da piscina e dos banhos), evitando assim o consumo de
água potável noutros locais. Assim, poderia ser colocada uma lavandaria no
interior do Health Club, que faria um bom uso das águas cinzentas e quentes
para lavagem de toalhas emprestadas pelos serviços do Health Club, mas
também com serviços externos para o público em geral, ou mesmo para
lavagem da roupa dos hotéis que se encontram nas proximidades, em serviço
cathering. Dependendo das disponibilidades de águas cinzentas, poderia
também ser pensada uma zona para lavagem de automóveis;
- Promover o incentivo à minimização dos consumos de água e de
energia em zonas de balneários, duches, mictórios, retretes, espelhos, entre
outros. Um Health Club é um edifício de utilização colectiva por parte de
pessoas distintas e de faixas etárias diferentes, podendo redimir-se
relativamente aos impactes ambientais elevados que pode trazer, através de
uma consciencialização das pessoas, sendo usado como um instrumento de
educação da população. Deste modo, com este tipo de publicidade no Health
Club, poderá se fácil sensibilizar as pessoas para a poupança de água e
energia, não só alterando o seu consumo no interior do edifício, mas também
no seu dia-a-dia;
- Colocar contadores individuais nas fracções do Health Club que serão
exploradas por empresas particulares (bar, salão de beleza,...), incentivando-
os assim a poupar água;
- Utilizar sistemas de auto-desactivação de válvulas (torneiras dos
banhos e lavabos, fluxómetros em autoclismos e urinóis,...);
- Efectuar frequentemente a manutenção dos sistemas consumidores e
reutilizadores da água, bem como monotorizá-los para detectar eventuais
falhas.
3.5. Materiais
Os Materiais assumem uma importância vital em qualquer edifício no campo da
sustentabilidade, essencialmente ao nível da fase de construção e
desmantelamento do edifício, no entanto são também importantes ao longo do
tempo de vida útil do mesmo por motivos técnicos que directa ou
indirectamente vão influenciar o seu desempenho bem como a sua
durabilidade e necessidade de intervenções de reabilitação. Por outro lado,
assumem um papel muito importante na saúde dos utilizadores dos edifícios.
Assim, devemos ter considerações tais como:
- A utilização de materiais certificados ecológicamente, provinientes de
empresas que garantam uma extracção sustentável de matérias-primas (como
a madeira, a pedra,...) e preferencialmente provenientes do próprio local
envolvente do edifício (se possível);
- Evitar utilização de materiais de construção que possuam na sua
composição elementos tóxicos, ou cujo processo de fabrico seja susceptível de
criar grandes emissões poluentes para o meio ambiente (como exemplo do
material em que as piscinas dos Health clubs “Holmes place” são feitos-inox);
- Evitar a todo o custo a utilização de materiais perigosos para a saúde
pública, e no caso de não ser possível evitá-lo, publicar esses factos no edifício
em local bem visivel por parte de todos os ocupantes do edifício;
- Utilização de materiais reciclados e/ou recicláveis;
- Pensar em zonas que deverão ser usadas para a reciclagem ou
reutilização de materiais (no caso do Health club, propõe-se a implantação de
zonas que possam reutilizar a água gasta pela piscina e pelos banhos, através
de lavandaria, zona de lavagem de garrafas e loiças, entre outros que assim
não consumirão água potável);
- na zona comercial do Health Club, onde são habitualmente vendidos
ou alugados materiais para utilização no interior do Health Club (toalhas,
sapatilhas, T-shirts, Fatos de banho,...), colocar produtos com rótulo ecológico
e com publicidade a este típo de produtos.
3.7. Poluição
Os aspectos de poluição emitida por um Health Club são muito relevantes, uma
vez que um edifício deste tipo é passível de provocar grandes emissões
nocivas quer para a água, quer para a atmosfera. Deste modo, é importante
analisar os aspectos energéticos e de gestão da água para verificar se os
mesmos são aceitáveis ou não a nível de emissões. Estes aspectos já foram
abordados nos pontos anteriores, no entanto para uma análise quantitativa das
emissões seria necessário um estudo muito mais aprofundado, juntamente com
técnicos específicos no ramo da engenharia. Numa análise cognitiva, podemos
no entanto referir que se as medidas apresentadas forem tidas em conta no
projecto, as emissões poluentes para o meio ambienteseram diminuidas. Ainda
assim, existem outros aspectos que podem ser observados, tais como:
- Certificar que não são emitidas substâncias nocivas para a camada do
Ozono durante a construção do edifício;
- usar sistemas de refrigeração que não libertem grandes quantidades
de ar quente para a atmosfera, e cujas eventuais fugas sejam prontamente
detectadas através de equipamentos automáticos de monotorização do
sistema;
- Fazer um aproveitamento das águas da chuvas em substituição da
água potável em alguns equipamentos,e não canalizar a mesma para a rede de
esgotos (ao contrário do que costuma acontecer);
- Não emitir águas quentes para os esgotos, e aproveitá-las noutras
situações;
- Possuir infra-estruturas de produção energética alternativa através da
utilização de fontes renováveis (energia solar, geotérmica, eólica, hídrica,...),
que possibilite alimentar parte ou mesmo a totalidade do edifício, reduzindo a
emissão de gases poluentes para a atmosfera para produção de energia;
- Incluir nos custos da utilização do Health Club, taxas de poluidor-
pagador, que possam ser aplicadas nos sistemas existentes no Health Club
para diminuição de emissões quer para a atmosfera quer para a água. Por
exemplo, o empréstimo da toalha deve ser pago (quer o utente a utilize ou
não), por forma a incentivá-lo a usar as toalhas do Health Club. Deste modo,
garante-se que as toalhas serão lavadas no Health Club com águas
reutilizadas. Por outro lado, podem ser feitos descontos na lavandaria aos
utentes do Health Club por forma a incentivá-los à utilização da mesma.
Conclusão