Você está na página 1de 1

John Locke - A construção do Estado e a

moralidade.
A teoria do direito natural começou na idade média, com Santo
Tomás de Aquino, e prolongou-se até o período moderno.
Segundo Locke, defensor dos direitos naturais, anteriormente à
construção do Estado, todos nós vivíamos em um estado natural:
"Nascemos livres na mesma medida em que nascemos racionais".
Logo, os seres humanos seriam iguais, independentes e
governados pela razão. Sendo assim, a moral hedonista de Locke
(que serviu de base para o utilitarismo liberal), argumentava que em
nosso estado natural, todos estávamos submetidos à preservar a
paz e evitar ferir os direitos dos outros - pois, segundo a moral
hedonista, o bem é o prazer, e o mal é a dor. Além disso, o direito à
propriedade seria natural: "Todo homem possui uma propriedade
em sua própria pessoa, de tal forma que a fadiga de seu corpo e o
trabalho de suas mãos são seus". No entanto, haveria um problema
no estado natural humano: o egoísmo, o benefício de si próprio em
decorrência do prejuízo dos demais. Portanto, os seres humanos
teriam abandonado o estado natural e criado a sociedade política,
através de um contrato entre homens igualmente livres — com o
objetivo de preservar a vida, a liberdade e a propriedade, bem como
reprimir a violação dos mesmos. A partir da construção do Estado,
devemos nos submeter a leis morais divinas, que são apresentadas
na natureza. Consequentemente, a razão deve descobrir a lei moral
que governa a natureza humana e é: "Comparando-as a essa lei,
que os homens podem julgar se suas ações são moralmente boas
ou más."

– Cauan Elias

Você também pode gostar