O documento discute a teoria da percepção e os elementos. Aborda:
1) A tendência natural à energumenidade na busca por conhecimento e os hábitos mentais que isso cria;
2) O conhecimento como adequação da inteligência à realidade, não um processo de leitura, e a necessidade de comparar observações com conceitos;
3) A teoria dos quatro elementos de Aristóteles e como isso influenciou o imaginário cristão sobre o cosmos.
O documento discute a teoria da percepção e os elementos. Aborda:
1) A tendência natural à energumenidade na busca por conhecimento e os hábitos mentais que isso cria;
2) O conhecimento como adequação da inteligência à realidade, não um processo de leitura, e a necessidade de comparar observações com conceitos;
3) A teoria dos quatro elementos de Aristóteles e como isso influenciou o imaginário cristão sobre o cosmos.
O documento discute a teoria da percepção e os elementos. Aborda:
1) A tendência natural à energumenidade na busca por conhecimento e os hábitos mentais que isso cria;
2) O conhecimento como adequação da inteligência à realidade, não um processo de leitura, e a necessidade de comparar observações com conceitos;
3) A teoria dos quatro elementos de Aristóteles e como isso influenciou o imaginário cristão sobre o cosmos.
c) Conceito mais importante: tendência natural à energumenidade.
Quando se quer entender alguma coisa, o nível energético da sua mente aumenta (está acendendo uma fogueira), o fogo está aumentando, a expectativa de conhecimento é energizante para o ser humano. É dessa energia que vem o substantivo “energúmeno”, aquele que tem muita energia mental i. Aquisição de conhecimento: movimento duplo de atenção cognitiva no objeto, aquisição reflexiva no objeto tal qual foi registrado na sua memória . ii. Alternar os vários tipos de atividade: tendência a se tornar energúmeno – fica preso nos registros mentais daquela realidade e pensa que, se montar esses registros direitinho, se entenderá perfeitamente
iii. Esse instinto de combinar as peças já catalogadas é
99% infrutífero. Termina com “nada faz sentido”. Cria um hábito mental de esperança combinatória e desespero da ignorância. Dá a impressão que “conhecer algo” é puramente combinatório
iv. Alternância de febre cogitativa e “não deu nada, não
entendi nada” – quando esse hábito é forte ele é um energúmeno
d) Conhecimento: adequação da sua inteligência à realidade. Isso
não é um processo, é um resultado de processos. i. Investigar e procurar saber é um processo de alternância entre inteligência e burrice ii. No momento da burrice, há a séria impressão de que o conhecimento é adquirido por meio de leituras e aulas Não é assim a não ser que seu estudo seja aquele próprio discurso
iii. O aluno/leitor já conceituou/concebeu alguma coisa, e o
escritor/professor somente serve para tornar mais inteligível aquela coisa e indicar que isso está articulado com outras coisas que ele sequer tenha concebido ou observado = levar a termo um processo que já havia começado no aluno
e) O avanço em conhecimento não acontece no puro processo de
aula ou leitura. Ocorre quando ele tenta comparar os dados da realidade que ele mesmo já observava com aquilo que a leitura/aula proporciona i. Os bons alunos/leitores fazem duas leituras: uma da realidade e outra da própria aula/livro e tenta articular as duas ii. Só leva esse processo à bom termo DEPOIS da leitura/aula. Quando tudo se tornar elemento de memória
f) Ir à realidade da coisa e voltar para a realidade da sua
inteligência. Esse é o esforço filosófico/teorético/especulativo. Atravessa-se a realidade do objeto ao sujeito inúmeras vezes – conceber a imagem no quebra-cabeça não montado, achar o princípio de coesão Unidade do conhecimento na unidade da consciência e vice-versa
A atividade da inteligência é a coisa mais viva que
existe, a coisa mais transcendental e menos mecânica que existe. Exige uma intensidade quase que total do sujeito (sem falar da vida mística, que está mais longe ainda)
O simples conhecimento filosófico/científico está
totalmente longe da escala dos computadores g) A alma como um todo não tende para a atividade intelectual/atenção cognitiva do real – não somos almas angélicas. É um movimento em direção do objeto desconhecido (o conhecimento está ali no objeto) para a minha inteligência, que é subjetivamente o elemento mais luminoso que existe em mim, por isso parece que o conhecimento está em mim e não na realidade h) O problema dos quatro ou cinco elementos a) Teoria dos quatro elementos em Aristóteles – teoria das formas da corporalidade i. Elementos em sentido abstrato/filosófico: o que é um corpo e quais são as determinações formais necessárias para um corpo? São as formas mais determinadas e fundamentais (Teoria indiana dos cinco butas)
ii. Elementos em seu sentido ecológico, relacionado à sua
teoria física e do movimento das coisas naturais (mundo corpóreo na sua totalidade, como ambiente): se divide em cinco categorias muito diferentes
Terra: aquela parte em que você pode se
apoiar; Água: embaixo da Terra Fogo: sobe Ar: acima das duas (terra e água), que se move Éter (os astros) – não sobem nem descem, as coisas acima da lua só têm o éter, e abaixo só têm as quatro
Características de movimento: a terra e a água descem;
o ar e o fogo sobem – OS ASTROS não sobem nem descem, eles circulam
iii. Escolásticos: a causa eficiente, por ser eficiente pela
forma, comunica sua semelhança ao efeito. A causa material restringe a semelhança
iv. Essa é a herança imaginal que substitui a pagã, depois do
imaginário da Grécia e Roma, quando chega o surgimento do cristianismo. Isso já fazia parte do imaginário dos cristãos
v. O imaginário principal das elites educadas na conversão
greco-romano com o cristianismo era esse de Aristóteles, dos 5 elementos. Somente o pessoal camponês pensava que os astros ainda eram deuses. Toda argumentação patrística é: ora dirigida às elites, ora dirigida à visão popular do campo pagã, que nos centros já não se acreditava. Desalinhamento entre essas duas culturas, como acontece hoje com a cultura de elite (totalmente mecanicista) e a cultura do povo (que é de um cristianismo empobrecido)
b) Essa visão (mundo astral é de éter e o mundo terreno é de quatro
elementos) não ofendia nem os cristãos nem os greco-romanos i. Até favorecia o monoteísmo, porque desacreditava na visão puramente pagã ii. A grande objeção dos Santos Padres era em relação não às ideias filosóficas em geral, mas sim em relação à ideia de que o caminho da filosofia é igual ao caminho do cristianismo. Era uma visão muito comum nas elites
c) Ainda houve algo que entravou na teoria dos elementos, e
retorna com o mesmo pé na época dos escolásticos. Surge um outro problema: por um lado há o renascimento da filosofia no período proto-escolástico e escolástico e, por outro, os únicos que continuaram a estudar a filosofia aristotélica eram os “hermetistas”, que foram os antecessores dos ocultistas. Esses caras, da alquimia, amuletos, astrologia, estudavam também o mundo natural. i. Em parte porque se diziam sucessores da tradição hermética (anterior ao cristianismo e islamismo), de algo místico, eles não eram muito populares. Eles tendem a se constituir em sociedade cada vez mais secretas. Eles se interessam em saber como o mundo funciona – como as coisas se transformam de uma para outras
ii. Os novos filósofos – que queriam continuar Aristóteles,
Platão e Sócrates – não queria se misturar com esse herméticos, porque eram fiéis às suas religiões. Mas esses hermetistas são, na prática, a junção de gregos, romanos, alexandrinos, egípcios, e por isso se dedicavam às ciências herméticas (a maior parte dos médicos, astrólogos e etc. eram eles, inclusive)
iii. Esse grupo era muito desigual (oculto, difícil de diferenciar
de charlates e verdadeiros), bem diferente dos escolásticos (que eram francos, abertos, transparentes), por isso eram mais iguais e uniformes em relação ao charlatanismo e coisas do gênero. No ambiente hermético era muito desigual d) Em relação ao estudo da alma: a) A grande diferença que isso causa é no estudo da alma – os escolásticos e muçulmanos enfatizavam a alma imortal, sua afinidade pelo Céu i. Estudo da imortalidade da alma, analogia com o puro espírito ii. Os herméticos se dedicavam no estudo da alma na sua continuidade com a corporalidade – como a alma afeta o corpo e vice-versa (efeitos sutis), analogia com o corpo b) O Renascimento foi a tentativa de uma síntese, como uma nova ciência, entre os estudos herméticos e aqueles da imortalidade da alma, dos escolásticos, mas não deu tanto certo i. O imaginário muda antes da intelectualidade e, quando é uma nova intelectualidade, cria sementes pra o novo imaginário etc. ii. Os renascentistas já eram pessoas cristianizadas ou islamizadas. No seu imaginário, o mundo não era dividio como os gregos. Era dividido como: o O céu como o lugar das almas o E a terra estendida aos planetas – planetas retornaram ao domínio da ciência natural iii. Agora é necessária uma nova teoria do movimento, pois a de Aristóteles considerava os planetas como éter iv. Eles cometem um erro: colocam o estudo da alma no mesmo domínio da filosofia e da teologia, então eles tendem, em relação a alma, a um pensamento cada vez mais idealista e de cunho simplificado – esse é o humanismo, quer dizer, a alma é uma coisa celestial e divina e está na mesma categoria dos anjos e de Deus v. Puxam os planetas para a terra e empurram a alma para o céu. I c) Tudo isso prepara o terreno para o idealismo cartesiano: é a forma final e acabada desse processo histórico, tanto que ele entra no mundo com a força da terra, com a força de um resultado, de modo que essa teoria governa a terra há mais de 500 anos – até hoje
d) O estudo da manifestação sutil desaparece do universo de
estudo científico, e só vai voltar com uma vingança horrível, com Freud (que é um herdeiro dos ocultistas), já sem nada de hermetismo
e) Ideia de que a manifestação sutil – a ordem sutil, intermediária –
ser uma ordem geral de existência desaparece completamente. i. O fato mesmo de usar alma e corpo – forma e matéria – e pensar que isso já explica tudo, quer dizer, que é um esquema muito abstrato ii. Se a alma é uma forma no sentido aristotélico, que tem afinidade com as ideias platônicas – que são imutáveis, abstratas e universais -, logo, a alma humana só pode ser estudada em certo sentido analiticamente, como Aristóteles estuda os elementos f) Ciência da alma – que não é deduzida de princípios abstratos – desapareceu, a partir de Aristóteles e os escolásticos.
g) Algo que não é nem forma e nem corpo: essa é a manifestação
sutil, que é um meio de ligação entre as duas coisas – como as duas coisas viram uma só. i. Esse domínio desaparece. É notável na correspondência do Wolfgang Smith com Malachi Martin o O desaparecimento intelectual do estudo da ordem intermediária, que torna uma série de coisas incompreensíveis para as pessoas o Inclusive, torna incompreensível uma teoria completa dos elementos. Embora os elementos pertençam à ordem corpórea, há uma diferença entre alma e manifestação sutil Alma entendida no sentido estrito e aristotélico: é o princípio vital de um organismo vivo; forma aristotélica pura ii. Estudo da manifestação sutil é, no máximo, reduzido ao estudo da psicologia
h) Em sentido tradicional: alma é um ente real que pertence à
manifestação sutil i. Existência corpórea ii. Existência sutil iii. Existência puramente espiritual
Forma em sentido analógico e não unívoco, quando
aplicada a duas coisas diferentes.
i) O binário – forma e matéria – não é útil para entender as
relações entre o mundo corpóreo e o mundo sutil j) O princípio das ciências herméticas não é um estudo de alma e corpo como forma e matéria um do outro, mas um estudo de um ternário: i. Ambiente ii. Corpo: ponto de encontro entre esses dois iii. Ser vivo Alma não significa a mesma coisa que os escolásticos, porque a alma do alquimista, a contrapartida dela é o mundo físico e não o corpo, sendo o corpo o elo de ligação – o Hermes que liga as duas Alma e mundo corporal como intrinsecamente ligadas, esse é um pensamento alquímico – teoria ecológica Alma: polo subjetivo Mundo: polo objetivo Corpo: meio em que uma coisa passa para a outra
iv. O mundo corpóreo e a alma são mortais, o que é ou pode
tornar-se imortal é o seu corpo, segundo os alquimistas v. Corpo = Hermes, o que liga dois planos que por si são antagonistas, tendem a se divorciar o Alma – dimensão vertical: afinidade com espírito o Alma – dimensão horizontal: conaturalidade com o mundo corpóreo
k) Fluido sutil para criação de 4 tipos de seres no mundo corpóreo:
i. Minerais ii. Vegetais iii. Animais iv. Seres humanos Todos esses quatro tipos de seres são corpos identificáveis e individualizáveis, que contém em si uma dimensão corpórea (física pura) e dimensão sutil Interioridade sutil e exterioridade corpórea Alma é o nome do aspecto sutil dos vegetais, animais e seres humanos, aquilo que dá a vida Este mundo é duplo, que formam entes os quais reproduzem essa duplicidade de componentes – mundo sutil e corpóreo a) Escolásticos: a alma é uma espécie de expansão do espírito nos seres humanos, portanto, ela é imortal. b) Como posso prová-lo? Esse é o problema principal dos escolásticos tal qual era o problema principal dos gregos em relação ao movimento c) Entre século X e XII, renascimento filosófico, não há preocupação em relação ao movimento, mas sim em como provar a imortalidade da alma
d) Manifestação sutil, manifestação pura e manifestação do Ser
a) Origem: existe a realidade, o mundo corpóreo percebido pelos sentidos é auto evidente b) Manifestação corpóreo: o mundo que é capaz de ser percebido, mas não participa da esfera do ser ciente (polaridade entre sensível e ser ciente) i. Estudo da proporcionalidade entre sensível e ser ciente ii. Conduz à ideia de que o que existe é um mundo corpóreo e seus habitantes, que são interdependentes; os mais simples, são os minerais isolados iii. Mundo corpóreo é percebido pelo contato de superfícies iv. O meio dos seres humanos: o ar, o percebo quando ele afeta as outras superfícies v. O fogo, sua superfície, é mais difícil, quer dizer: superfície sensível pelo tato, e não cede a você, quente. É como uma densidade energética, com uma superfície sensível e irradia luz vi. O céu: muda mas nunca cai. vii. Para entender os habitantes do mundo, é necessários entender o mundo em que eles habitam. O que são essas superfícies? c) CONCEITO DE FORMA: analógico, usado no sentido conceitual universal, como um termo num silogismo, é algo que por si mesmo pertence ao domínio da manifestação pura a) Problema dos gregos: o mundo é formas arquetípicas, como ele pode mudar? b) Aristóteles: o mundo é uma composição de duas coisas que são imutáveis, mas as composições são mutáveis i. Forma e matéria – são os determinantes reais da manifestação corpórea e sutil
c) Conceitos de buta e tantra – análogo aos elementos de
Aristóteles a) Não sei se é real ou ilusório i. Hindu: a percepção – confiabilidade da percepção no sentido de discernimento, não enquanto tal ii. Aristóteles: o movimento
b) Entrelaçar a perspectiva aristotélica (escolástica e hermética)
com a hindu/budista – teoria da percepção i. Contato X Percepção (ordem budista clássica) o Forma sensível/forma visual (rupa) – está na coisa visível o Sensação/Contato (vedana) – a coisa visual se torna presente no seu olho o Percepção (sanna) – prestar atenção, “isto está lá”, pode testar com as faculdades de ação (estimativa) o Formações mentais (sankhara); o Consciência (vinnana)
c) Proporcionalidade entre a percepção e a capacidade de ação
(estimativa) a) Isso é a garantia de objetividade: que não houve ilusão na sua atribuição
b) O próximo nível da percepção é:
i. Sankhara: formações mentais/imaginais – uma marca mais ou menos integral -> noção de “fantasma”, de Aristóteles – memória, não está na coisa, mas sim no sujeito ii. Sem percepção não há sankhara -> sem sentido não há fantasma (mas pode existir fantasma sem sentido, podendo manipular as coisas na sua mente) c) Corpo é o lugar de encontro da consciência e do mundo
d) Qual é o princípio da forma visível estar nas coisas? Esse
princípio tem que ser também o mesmo pelo qual essa coisa seja ao órgão corpóreo que o vê a) Existe uma virtude causal sutil que determina sua forma sensível, modifica o meio eficientemente, e também modifica o órgão eficientemente b) Uma causa eficiente imprime sua semelhança no seu efeito (uma causa material não): então a causa eficiente do contato – da determinação azul – tem que ser ultimamente um princípio eficiente na coisa corpórea i. Nenhum corpo é por si mesmo um princípio eficiente ii. O corpo possui uma virtude causal sutil – causa eficiente capaz de agir num meio, e o meio causa um efeito análogo no órgão
c) Hindu: a luz não é a causa eficiente da visão, porque a luz ambiente
é a mesma para todos os objetos visíveis no ambiente e, no entanto, as formas visuais não parecem a luz que os ilumina. Cada uma dessas coisas modifica eficientemente a luz ambiente i. A luz ambiente é a matéria da forma visual, que é modificada e diferenciada por ela d) Mundo corpóreo: ele mesmo já envolve uma modalidade corpórea e sutil a) Envolve uma eficiência causal que já é sutil: a virtude causal da forma visual da parede – o princípio causal disso não é objeto dos sentis, mas sim da forma sutil da parede. Pode-se captar os efeitos dessa virtude sutil: na parede, nos meios e no órgão (os olhos)
b) A forma sensível apreendida não é a mesma coisa que a virtude
causal que a provoca: porque a forma sensível é de ordem corpórea, não sutil i. O que se percebe não é a virtude causal, mas sim aquilo que aquela virtude causal revela ii. Princípios causais das formas sensíveis e veículos de formas imaginais puras (ou arquétipos) o Não se vê a virtude causal quando se olha para a cor da parede, por exemplo o Isso está na coisa corpórea, mas a conceituação dessa virtude causal é por inferência iii. Em última análise, o princípio causal não é nem a força causal sutil, mas sim o arquétipo que ela revela fisicamente iv. Há uma forma imaginal pura que determina o ser da coisa visível
c) A xícara inclui na sua determinação real um arquétipo visual, dá
para a xícara uma virtude causal pela qual esse arquétipo se comunica, primeiro, a superfície da xícara, segundo, à luz ambiente, terceiro, ao órgão corpóreo, quarto, à consciência pura e simples i. Esse “espelho” que é o organismo que vai gerar a noção de três ordens na manifestação ii. Quando percebo uma coisa, essa coisa revela uma forma pura dela iii. A interioridade ontológica da xícara é um espelho exato da minha interioridade ontológica. O meu corpo é o lugar em que essas duas interioridades se encontram
d) Inferência da objetividade da percepção: não tentar formular, nem
conceituar essa inferência, mas somente partir de que a parede é verde e, logo, indica que, ao perceber a parede, inclui atribuir a verdura a ela (sentir a parede não necessariamente) [13:17]