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(Continuação do Acórdão referente ao Processo n° 28.357/2013...........................................

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destino ao terminal de São Joaquim, em Salvador; cerca das 13h, ao se aproximar do
terminal de São Joaquim, o Comandante colocou os manetes na posição neutra, com a
finalidade de iniciar a redução da velocidade, a fim de fazer o giro e realizar a atracação
de ré no berço, conhecida regionalmente como gaveta de atracação; o Comandante
percebeu que o motor de bombordo não “zerou o pitch do hélice”, sistema Kamewa, que
controla o passo variável das pás do propulsor, fazendo com que a embarcação
continuasse com o segmento a vante. O Comandante acionou a parada de emergência do
motor de bombordo, entretanto, a embarcação continuou com o segmento a vante; o
Comandante utilizou, simultaneamente, o “bow Thruster” para desviar a proa das pedras
e iniciou uma guinada para bombordo, permitindo que a proa colidisse contra o muro do
cais do Terminal da Feira de São Joaquim (o muro das antigas instalações da
PETROBRAS).
Após a colisão, um rebocador auxiliou a atracação do F/B “AGENOR
GORDILHO” na gaveta do terminal de São Joaquim, para o desembarque dos
passageiros e veículos, sem notícias de acidentes pessoais, tampouco danos aos veículos
transportados.
Efetuado o desembarque, o ferry boat desatracou com apenas o motor de
boreste e seguiu para o fundeio a fim de realizar reparo pela equipe de manutenção da
TWB Bahia, operadora do sistema ferry boat.
Roquildo de Jesus Barroso, Comandante do F/B “AGENOR GORDILHO”,
fls. 25 a 27, em síntese declarou que no momento do acidente, o depoente se encontrava
na cabine de comando realizando os procedimentos de atracação, quando ao se aproximar
do quebra-mar de Bom Despacho, o Motor de Combustão Principal (MCP) de boreste
(BE) teve elevação de temperatura e parou de funcionar, conseguindo o depoente fazer a
atracação no local apropriado com ajuda do hélice de proa (bow thruster) e com espias
lançadas para terra. Nessa ocasião, o depoente constatou, também, que o hélice de
bombordo não obedecia aos comandos dos manetes do passadiço, pois, estava operando
diretamente da praça de máquinas. O Chefe de Máquinas junto com a sua equipe
conseguiu resolver o problema tanto do MCP de boreste como também o problema do
hélice de bombordo, sendo dado o pronto pela equipe de máquinas às 09h55min. Em
seguida, a embarcação foi autorizada a carregar e suspender cerca das 12h10min de Bom
Despacho com destino ao terminal de São Joaquim, em Salvador. Ao se aproximar do
terminal de São Joaquim, iniciou a manobra de giro do FB, aliviando as máquinas com a
colocação dos manetes na posição de neutro, para, em seguida, fazer a manobra de
atracação de ré. Iniciou a manobra do giro, colocando o manete de bombordo para ré e o
de boreste para vante e percebeu que o comando de bombordo não obedeceu a ré,
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