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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 32.334/2018........................................

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da margem, as máquinas foram desligadas e o comboio foi atracado na margem; com isso
requisitaram um apoio ou socorro à pessoa jurídica, armadora da embarcação. Em suma,
houve um embarque considerável de água pela popa do Empurrador até o nível do motor.
Registre-se que a manobra realizada para evitar a consumação do naufrágio,
em sua plenitude, foi a recolocação dos cabos de amarração para o seu devido local e
desvio da embarcação para próximo à margem para a amarração.
Deve ser registrada a inexistência de acidentes pessoais e de poluição hídrica,
embora conste a ocorrência de danos materiais caracterizados por avarias devido à
sujeira.
Os peritos, às fls. 118/124, destacaram a causa determinante do acidente da
navegação como decorrente da imprudência de um dos tripulantes, não identificado pelas
testemunhas ouvidas, porquanto na intenção de fazer com que o empurrador diminuísse o
calado, folgou um dos cabos do sarilho, que prendia o empurrador às balsas, e isso fez
com que ele perdesse a estabilidade e ocorresse o embarque de água na sala de máquinas.
Ou seja, a causa determinante foi decorrente de ajustes na amarração do comboio em
movimento.
Sublinhe-se que a prova pericial cita, como fator contribuinte, o operacional,
em virtude de existir conduta imprudente ao se fazer os ajustes de cabos da amarração
com a embarcação em movimento com o intuito de diminuir o calado para facilitar o
deslocamento.
O Encarregado do IAFN, no relatório, às fls. 144/147, quanto à
responsabilidade, apontou um erro operacional, uma imprudência de alguém que,
provavelmente, por determinação do comandante do Empurrador, foi mexer nos cabos de
amarração de bordo.
Inicialmente, após uma primeira análise, esta Procuradoria verificou que o
apontado como culpado pelo acidente não fora ouvido nos autos, no caso, o Sr.
BENIVALDO, diante de estar em local incerto e não sabido, consoante se constata nos
autos (fl. 54). Logo, esta Procuradoria requereu que fosse oficiada à Capitania Fluvial da
Amazônia Ocidental para que fosse providenciado o ato faltante. Além disso, para que
fosse feita uma nova investigação para se chegar ao tripulante que procedeu com a
manobra equivocada nos autos.
Fruto de tais diligências, foi colhido o depoimento do Sr. BENIVALDO
LEITE MATOS (fls. 179/181), Comandante do Empurrador “ANTONIO DOMINGOS”.
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