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(Continuação do Acórdão referente ao Processo n° 28.357/2013...........................................

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negligência.
Devidamente notificados, apenas o Indiciado Roquildo de Jesus Barroso, fls.
123 a 126, apresentou Defesa Prévia, alegando que os Peritos apontaram como causa
determinante do acidente a falha no sistema hidráulico do passo variável do motor de
bombordo, causada por inexistência de um Sistema de Manutenção Planejada, impedindo
a quebra do seguimento da embarcação para vante e, logo em seguida, deixando de
auxiliar seu giro para bombordo, a fim de permitir a atracação de popa; e que a
embarcação tinha apresentado problemas antes com o motor de bombordo, que foi
consertado, recolocado em funcionamento, feitos os testes de praxe, colocando a máquina
a zero, a ré e a vante, antes do início da viagem para o Terminal de São Joaquim, como
consta nos depoimentos do Imediato e do Condutor de Máquinas. Que a manobra de
aproximação foi feita como de costume, colocando as máquinas em zero e somente
quando foi efetuado o giro é que surgiu o defeito, fazendo com que o motor de bombordo
ficasse a vante, não obedecendo a manobra de ré, por conta do defeito no sistema
KAMEWA, que não obedeceu as manetes.
A D. Procuradoria Especial da Marinha - PEM, embasada nas conclusões do
IAFN, em promoção de fls. 117 a 120, representou contra TWB BAHIA S/A
TRANSPORTES MARÍTIMOS, proprietária e armadora do F/B “AGENOR
GORDILHO”; e contra Roquildo de Jesus Barroso, na qualidade de Comandante do F/B
“AGENOR GORDILHO”, com fulcro no art. 14, alínea “a”, da Lei nº 2.180/54
sustentando, em síntese que a primeira Representada agiu de modo negligente pela
inexistência de um Sistema de Manutenção Planejada, o que prejudicou sobremaneira o
funcionamento e requisitos operacionais dos dispositivos, equipamentos e máquinas de
bordo, descumprindo a previsão do subitem II do art. 28 do RLESTA, Lei nº 9.537/1997,
fato esse que evidentemente contribuiu para o acidente da navegação. Já o segundo
Representado agiu de modo imperito e imprudente, especialmente diante do fato de não
ter realizado os testes das máquinas antes de iniciar a manobra, que, em consequência
ocasionou na colisão com o muro da LAGOC Bahia Estaleiro Ltda.
Diante do exposto, requereu seja recebida a presente Representação, para, ao
final, ser julgada procedente e os representados condenados nas penas da Lei nº 2.180/54
e custas processuais.
Por fim, protestou por todos os meios de prova em direito admitidos,
porventura necessários.
Recebida a Representação (na Sessão Ordinária nº 6.903ª, de 03 de julho de
2014, fl. 131), a 1ª Representada que não tem condenação para efeito de reincidência e o
2º Representado que não tem antecedentes neste E. Tribunal foram regularmente citados,
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