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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 33.902/2020.......................................

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O Encarregado do Inquérito, em Relatório às fls. 136/144, asseverou que
segundo uma testemunha, há muito tempo as chatas não recebiam manutenção, já se
soltaram outras vezes e aparentavam estar abandonadas (fl. 29). Portanto, concluiu que a
causa determinante do fato da navegação foi a falta de cuidado e vigilância, ocasionando
uma situação de risco à incolumidade e segurança das embarcações. Configurando
portanto a negligência do Sr. RODRIGO DE ALMEIDA PRADO FREITAS,
representante legal da empresa proprietária de fato das seis chatas que desceram rio
abaixo desgovernadas.
A PEM ofereceu representação em face da empresa proprietária das chatas
Estaleiro de Construção Naval Arealva Ltda, com fulcro nos arts. 14 “a” e 15 “e” da
LOTM, por deixar as chatas abandonadas e sem manutenção.
Citados os representados foram regularmente defendidos.
A defesa do estaleiro alegou que fato é que a causa determinante do sinistro
objeto do presente inquérito não é exclusivamente determinada pela suposta negligência
do Requerido. O fato ocorreu em razão das fortes chuvas que atingiram a localidade, as
quais, inclusive, as condições ambientais no momento da ocorrência estão descritas ao
Laudo de Exame Pericial corro: “ação dos fortes ventos e da chuva no dia do fato da
navegação”. Caracterizando a ocorrência ie caso fortuito e força maior.
Tal fato é confirmado no testemunho da Sra. MARTA DE FÁTIMA
GABRIEL DOS SANTOS (fls. 28/30), vejamos um trecho:
“Por volta das 18h, o tempo mudou rapidamente, uma tempestade acometeu o
local, muito vento, chuva forte e trovoadas. Os participardes do churrasco resolveram se
abrigar na intempérie subindo a bordo cias chatas. Após anoitecer, a chuva não passava e
os participantes do churrasco, que haviam subido a bordo de uma das chatas perceberam
que as mesmas estavam em movimento. Resolveram olhar para fora e perceberam que as
chatas haviam se soltado de tal chata que estava abarrancada e navegavam amarradas,
nesse ponto já estavam há mais de 300m do local onde as chatas estavam amarradas. A
irmã da depoente estava cora telefone celular e conseguiram ligar para o corpo de
bombeiros e pedir ajuda. O pessoal do Corpo de Bombeiros orientou-os a permanecer na
embarcação e aguardar ajuda. Cerca de 40min após a ligação, o vento mudou e levou
as chatas em direção a margem, no entanto elas encalharam a l0m da margem, fazendo
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