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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 34.136/2020.......................................

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Camarões.
A Encarregado do IAFN, no relatório, às fls. 122/128, concluiu nesse sentido,
no que atine à causa determinante:
III) Causa determinante:
a) Conclui-se que a causa determinante do fato na navegação foi
NEGLIGÊNCIA da tripulação no controle de entrada e saída de pessoas
estranhas a bordo, durante a estadia do navio “BW FLAX” no porto de
Duala, República de Camarões; e IMPRUDÊNCIA do clandestino. São
possíveis responsáveis diretos:
- O senhor SHYAMAL CHANDRA (Passaporte nº P8107397 - Índia),
indiano Comandante do navio e Oficial de Proteção, por inobservância dos
procedimentos de segurança necessários para coibir o ingresso do clandestino
a bordo; e
- O senhor ABDOULAYE SALIHOU, por embarcar no navio de maneira
furtiva e ilegal, permanecendo oculto por três dias a bordo. Não será possível
notificá-lo e imputar-lhe a responsabilidade em virtude de ter sido repatriado
para seu país de origem.
b) Não há possíveis responsáveis indiretos a indicar.
O Encarregado do IAFN destacou o fator operacional como contribuinte,
porquanto houve falha na vigilância, no controle de acesso ao navio, no Porto de Duala,
Camarões.
Na análise do Encarregado do IAFN, foi enfatizada que, apesar da utilização
do Check List seguido pelo Comandante e de sua qualificação como Oficial de Proteção
previsto no ISPS CODE, houve uma falha no procedimento de segurança no que diz
respeito à entrada de visitantes a bordo no Porto de origem (Duala), fazendo com que o
clandestino conseguisse embarcar e se esconder a bordo sem a percepção do Comandante
e dos demais tripulantes.
Para o Encarregado das Investigações, as medidas de proteção do navio, as
quais estão contempladas no plano de segurança, não foram cumpridas, sendo
negligenciado o controle de identificação do acesso de pessoas não autorizadas na
embarcação e da verificação das áreas restritas previstas no plano de proteção do navio.
A PEM ofereceu representação em face do comandante Shyamal Chandra
com fulcro no art. 15, alínea “e” da LOTM.
Citado o representado foi defendido pela DPU sob o argumento da negativa
geral.
Na instrução nenhuma prova foi produzida.
É o relatório.
De tudo o que consta nos presentes autos verifica-se que a causa

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