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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 33.902/2020.......................................

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as chatas ficaram à deriva e desceram o rio, e dias depois alguém as trazia de volta. Após
se repetir essa situação algumas vezes, resolveram amarrar essas chatas a essa outra
que jazia abarrancada há alguns anos. E a amarração era feita com cabos de aço de
forma displicente. E nunca viu ninguém ir até o local para fazer manutenção nessas
chatas.
O Boletim de Informações Ambientais n° 044/2018 do Centro de Hidrografia
da Marinha às fls. 45/46, registrou que a região nas proximidades de Pereira Barreto
estava sob a influência de instabilidades atmosféricas entre a tarde e a noite do dia 24 de
fevereiro de 2018. Foi reportado ventos de direção Sul/Sudeste com intensidade entre l e
4 nós e rajadas de até 14 nós, com ocorrência de chuva fraca nas proximidades da área de
interesse.
De acordo com Laudo de Exame Pericial, às fls. 05/14, os Peritos verificaram
durante os exames periciais que as seis chatas estavam sem o cabo de amarração. É
possível que tenha ocorrido uma deficiência na amarração das mesmas no seu local de
origem. A Perícia ainda analisou as chatas, verificando que não houve pontos de colisão
ou abalroamento.
Foi observado ainda pela Perícia que as embarcações estavam com a
documentação vencida há muito tempo e tiveram suas certificações canceladas, pois a
última certificação foi feita em 2013. Ademais, as chatas estavam amarradas em local
inapropriado, antes de se desprenderem do Muro Guia desativado da ponte de Pereira
Barreto.
Outrossim, verificou-se que o Sr. RODRIGO DE ALMEIDA PRADO
FREITAS, representante legal da empresa proprietária de fato das chatas, foi notificado
para comparecer à CFTP, no dia 09 de agosto de 2018, contudo não compareceu,
constando no Aviso de Recebimento a assinatura do recebedor (fls. 18/19). Foi notificado
uma segunda vez para comparecer à CFTP, em 15 de janeiro de 2019, e também não
compareceu (fls. 36/37).
Neste sentido, os Peritos concluíram que a causa determinante do acidente foi
a ausência do cabo de amarração, que não foi encontrado, não sabendo o representante
legal da empresa proprietária afirmar se foram furtados ou se ocorreu má estivação,
ocasionando a perda dos cabos no rio.
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