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localizada a 2,75m a vante de meia-nau; uma mossa de 1,50m da balaustrada do convés principal por

bombordo, localizada a 2,50m a ré de meia-nau; danos na escada de quebra peito localizada no convés
a meia-nau, por bombordo; e duas mossas de 1,00m cada nas balaustradas transversal e longitudinal do
berço de bombordo do guindaste nº 2. Contudo, não há registro de danos pessoais ou poluição hídrica.
Em depoimento as fls. 22/23, o Sr. LI GUANGYOU, comandante da embarcação,
declarou que ficou sabendo do acidente por rádio, informado pelo Imediato, em sua cabine por volta
das 22h05min; que por volta das 21h40min começou a chover e que neste momento o funcionário da
Agência Marítima que se encontrava a bordo fez contato com o TERMISA para que fosse parado o
carregamento; que às 22h05min conseguiram mover o carregador de navios, mesmo instante em que o
mesmo atingiu a balaustrada do guindaste no 2 e os tripulantes conseguiram fechar as tampas do porão
no 2; que às 23h03min o carregador de navios movimentou-se novamente colidindo e avariando a
balaustrada de bombordo e a escada de quebra peito do navio.
Após tomar conhecimento do acidente comunicou o incidente à Agência Marítima
contratada e à companhia responsável pelo Navio; que acredita que a causa do acidente possa ter sido a
iluminação deficiente, negligência por parte do operador do carregador do navio ou problema do
próprio carregador de navios; que o responsável pela comunicação entre o navio e o TERMISA durante
o carregamento é o funcionário da Agencia Marítima que fica bordo durante o carregamento; que no
momento do acidente as condições do tempo era de chuva forte e vento moderado; e que em caso de
mau tempo os procedimentos adotados pelo navio durante o carregamento para evitar acidente é, caso o
vento chegue a 20 nós, o carregamento é parado e os porões são fechados.
O Sr. YE HAIFANG (fls. 25/26), na qualidade de Imediato da embarcação, declarou
que por volta das 21h40min estava no convés principal acompanhando o carregamento do navio
quando começou a chover e o mesmo chamou o funcionário da Agência Marítima responsável para que
fizesse contato com o TERMISA a fim de parar o carregamento e retirar o carregador de navio, que
após ser parado o carregamento, o operador do carregador de navio do TERMISA tentou, por 20
minutos, tirar o mesmo, mas sem sucesso, pois o carregador apresentou problemas mecânicos; que por
volta das 22h05min o operador do carregador conseguiu movimentá-lo atingindo nesse momento a
balaustrada do guindaste nº 2; que às 23h03min o carregador de navios atingiu novamente o navio, na
balaustrada de bombordo e na escada de quebra peito, mas que não havia presenciado ocorrido. Para o
depoente, a causa do acidente pode ser atribuída a problemas mecânicos no carregador de navios do
TERMISA; que quem é o responsável pela comunicação entre o navio e o TERMISA durante o
carregamento é o funcionário da Agencia Marítima; que as condições do tempo na hora do acidente era
de muitas nuvens, chuva e ventos fortes, por volta de 20 nós; e que em caso de mau tempo durante o
carregamento, os procedimentos adotados pelo navio para evitar acidentes é parar o carregamento,
retirar o carregador de navios e fechar as tampas dos porões.
O Sr. RACLENIR LOPES GALVÃO JUNIOR (fls. 42/44), engenheiro da
Companhia Docas do Estado do Rio Grande do Norte (CODERN), relatou que durante o carregamento
do no Terminal salineiro de Areia Branca (TERMISA) exercia a função de Engenheiro Plantonista com
a tarefa de acompanhar todas as operações do TERMISA; que tomou conhecimento do acidente
quando logo após o ocorrido o funcionário da agência marítima, que se encontrava a bordo do navio,
fez contato com o operador do carregador de Navio (CN), e este retransmitiu a informação ao setor de
escritório de operações; que ao tomar conhecimento do acidente fez contato com o chefe do cais do
TERMISA para que fossem acionadas as equipes de manutenção a fim de verificarem a situação do
acidente no local do ocorrido. Por volta das 22h começou a chover e o agente marítimo solicitou ao
escritório de operações do TERMISA a parada de carregamento para que fosse retirada a lança do CN
para fechamento dos porões do navio; que após a parada do carregamento e início do movimento de
retirada da lança do CN, ocorreu forte rajada de vento obrigando o operador do CN a realizar uma
manobra chamada contramarcha, que é movimentar o CN em sentido contrário à força do vento para
evitar colisão com a estrutura do navio, mas que durante a manobra ocorreu uma sobrecarga no
Sistema elétrico que desarmou o disjuntor geral parando o equipamento, e este, por força do vento, foi
jogado de encontro ao guindaste nº 2, colidindo com sua balaustrada, e com o impacto, a balaustrada
do guindaste nº 2 do navio foi amassada e os dois refletores do CN, que servem de iluminação para os
operadores, foram quebrados.

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