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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES


ADMINISTRAÇÃO DAS HIDROVIAS DO SUL - AHSUL

MANUAL DE OPERAÇÃO DE ECLUSA


BARRAGEM E ECLUSA DE FANDANGO
1 Manual de Operação – Barragem e Eclusa de Fandango

Sumário

1. DEFINIÇÕES ............................................................................................................ 2

2. DADOS GERAIS DA ECLUSA DE FANDANGO E EMBARCAÇÃO-TIPO ......... 4

3. AUTORIDADE MARÍTIMA, NORMATIVAS E LEIS ASSOCIADAS ........................ 6

4. CONDIÇÕES PARA PASSAGEM NAS ECLUSAS ................................................. 7

5. HORÁRIOS E ORDEM DE PASSAGEM NA ECLUSA DE FANDANGO ............. 9

6. SINAIS CONVENCIONADOS ............................................................................. 10

7. COMUNICAÇÃO ENTRE ECLUSA E EMBARCAÇÃO ....................................... 11

8. TRÁFEGO, APROXIMAÇÃO E ESPERA................................................................ 12

9. PROCEDIMENTOS DURANTE A ECLUSAGEM ................................................. 14

10. ECLUSAGENS CONJUNTAS............................................................................ 15

11. PRÁTICAS RECOMENDADAS DE SEGURANÇA ............................................ 16

12. DISPOSIÇÕES FINAIS ....................................................................................... 16

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Administração das Hidrovias do Sul - AHSUL
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1. DEFINIÇÕES

• AHSUL: Administração das Hidrovias do Sul

• Calado: Maior distância vertical do fundo da embarcação (Popa ou Proa) até a


linha d’água.

• Canal de Acesso: Canal de Navegação que liga os pontos junto aos portões de
jusante ou montante ao canal da hidrovia.

• Cargas Perigosas: Cargas estabelecidas nesta classificação nas Normas de


Autoridade Marítima, e também pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
por meio dos números NBR 5930, NBR 7.500, NBR 7.501 e NBR 7.502. Também devem
ser consideradas outras leis e normativas advindas de autoridades legais com
jurisprudência sobre a região da eclusa.

• Eclusa: Instalação que permite a embarcação vencer o desnível do curso d’água


provocado por uma barragem

• Eclusagem: Operação para a transposição do desnível de água, causado pelo


barramento, por parte das embarcações.

• Embarcações: Qualquer armação ou conjunto flutuante que se desloque sobre a


água sob controle humano.

• Encarregado de Eclusa: Funcionário responsável pela ordem na eclusa frente aos


usuários, e por sua administração e operação.

• Mestre: Pessoa que conduz a embarcação, e por ela é responsável.

• Muro-Guia de Montante: Muro que, a partir da porta de montante, avança


dentro do remanso da barragem, localizado no lado direito da eclusa.

• Muro-Guia de Jusante: Muro que, a partir da porta de jusante, avança pelo canal
de acesso. Localizado no lado direito da eclusa.

• Cais de Montante: Estruturas de concreto localizadas na margem esquerda do


canal, utilizado para espera de embarcações que aguardam a eclusagem.
• Cais de Jusante: Estruturas de concreto e de dolfins localizados na margem do
canal, utilizados para espera de embarcações que aguardam a eclusagem.

• Operador de Eclusa: Funcionário responsável, em regime de plantão, pela


operação e manutenção da eclusa. Pode substituir o Encarregado da eclusa quando este
não está presente.

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• Resíduos Perigosos: Qualquer material ou resíduo que possuam as seguintes


características: Toxidade, bioacumulação, reatividade, explosividade, inflamabilidade e
corrosividade.

• Usuário: Pessoa Física ou Jurídica que usa os serviços das eclusas.

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2. DADOS GERAIS DA ECLUSA DE FANDANGO E EMBARCAÇÃO-TIPO

A seguir são apresentados os dados gerais da Eclusa do Fandango, bem como as


dimensões máximas permitidas para as embarcações.

DADOS GERAIS
Cachoeira do
Município
Sul
Hidrovia Jacuí
PK da Hidrovia 229,8
Latitude 30° 03’ 50,5’’ S
Longitude 52° 53’ 54,5’’ O
Ano de Inauguração 1958
Cota de estiagem +14,00 m
Cota de represamento máximo +18,00 m
Diferença de nível + 4,00 m
Estirão navegável ideal 60 km
Estirão navegável prático 21 km
Extensão da eclusa 85,00 m
Largura da eclusa 15,00 m
Calado permissível 2,50 m
Cota da soleira à jusante eclusa +10,00 m
Cota da soleira a montante +15,00 m
Delegacia dos
Fiscal de Autoridade Marítima
Portos

DADOS GERAIS DA EMBARCAÇÃO-TIPO


Comprimento Máximo 60 metros
Largura Máxima 13 metros
Calado Máximo 2,5 metros
Altura máxima do mastro acima
10 metros
da linha d’água

Observação: Em situações excepcionais, observadas as questões de segurança à navegação, poderá


ser admitido um calado superior a 2,50 metros (em águas médias), comprimento máximo de 75
metros e largura máxima de 13,50 metros.

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Figura 1: Visão aérea da Barragem e Eclusa do Fandango, no município de Cachoeira do Sul – RS.

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3. AUTORIDADE MARÍTIMA, NORMATIVAS E LEIS ASSOCIADAS

A Eclusa do Fandango está sob administração da Administração das Hidrovias do Sul


(AHSUL), pertinente ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A fiscalização das atividades referentes ao tráfego na eclusa compete à Delegacia dos
Portos, sediada em Porto Alegre – RS, subordinada à Capitania dos Portos de Rio Grande.

As leis associadas às atividades da Eclusa de Fandango são:

• Lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000

Os regulamentos e normas da Marinha do Brasil associadas às atividades da Eclusa são:

• Registro de Inscrição Marítima (RIM)

• NORMAM 02/DPC - Embarcações Empregadas na Navegação Interior

• NORMAM 03/DPC - Armadores, Embarcações de Esporte e/ou Recreio e para


Cadastramento e Funcionamento das Marinas, Clubes e Entidades Desportivas Náuticas

• NORMAM 08/DPC - Tráfego e Permanência de Embarcações em Águas


Jurisdicionais Brasileiras

• NORMAM 13/DPC – Normas da Autoridade Marítima para Aquaviários

• NORMAM 29/DPC – Transporte de Cargas Perigosas

Normativas da ABNT:

• NBR 14.725-2 - Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio


ambiente Parte 2: Sistema de classificação de perigo

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4. CONDIÇÕES PARA PASSAGEM NAS ECLUSAS

Item 1º - As embarcações só podem ser admitidas para eclusagem se estiverem em


situação regular frente ao Regulamento para o Tráfego Marítimo (RTM), e que não
ultrapassem as dimensões máximas estabelecidas:

• Comprimento Máximo: 60 metros

• Largura Máxima: 13 metros

• Altura Máxima: 10 metros

• Calado Máximo: 2,50 metros

O Operador da Eclusa poderá permitir a passagem de embarcações com calado superior


a 2,50 metros, podendo chegar a 3,20m, se as condições do rio forem favoráveis a esta
decisão.

Figura 2: Registro Fotográfico da câmara da eclusa


Fonte: Acervo AHSUL

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Item 2º - Não é permitida a passagem de comboios na Eclusa de Fandango.

Item 3º - Não é permitida a passagem de embarcações que estejam enquadradas em


uma ou mais das seguintes situações:

a) Apresentação de péssimo estado de conservação ou perigo de naufrágio;

b) Presença de cargas ou apetrechos mal presos ou ameaçando cair da embarcação;

c) Presença de cargas salientes de tal forma que possam danificar a eclusa;

d) Presença de correias, cabos ou outros itens pendentes irregularmente nas


bordas da embarcação;

e) Defeitos de máquina ou sistema de controle e direção da embarcação que


comprometa sua manobra para entrada e saída da eclusa;

f) Sistemas de reversão que não estejam funcionando perfeitamente; e

g) Embarcações que apresentarem a Linha de Plimsoll afogada.

Item 4º - Embarcações transportando cargas ou resíduos perigosos, conforme


classificação das Normas de Autoridade Marítima, ABNT e demais leis e normativas de
autoridades legais com jurisdição na área da eclusa do Fandango, não podem dividir a
câmara da eclusa com outras embarcações.

Item 5º - As embarcações devem ter a bordo para pronto emprego os seguintes


equipamentos e materiais:

• Cabos para atracação na proa e na popa em bom estado de conservação, de no


mínimo 15 metros de comprimento e com chicote provido de uma alça permanente de
pelo menos 30 centímetros de diâmetro;

• 04 defensas de pneumáticos de cada lado da embarcação, fixadas com o uso de


cabos de aço de ¼” ou nylon de ½” de diâmetro mínimo. O arranjo deve ser feito de
forma que somente a borracha dos pneumáticos entrem em contato com as paredes da
eclusa durante as manobras da embarcação.

Item 6º - O Operador de Eclusa poderá impedir o tráfego de embarcações que não


cumpram as normas de segurança ou não estejam observando os critérios expostos nos
itens anteriores. Nestes casos, o Operador deverá comunicar o fato, através da AHSUL,
à Capitania, Delegacia ou Agência da jurisdição, para que sejam tomadas as providências
necessárias.

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5. HORÁRIOS E ORDEM DE PASSAGEM NA ECLUSA DE FANDANGO

Item 7º - A operação de eclusagem para embarcações está disponível atualmente no


Fandango de segunda a sexta durante o horário de expediente 8:00h às 17:30h, e aos
sábados das 8:00h às 12:00h.

Item 8º - As eclusagens poderão ser suspensas por determinação da AHSUL, do


Encarregado ou do Operador, seja por restrições na operabilidade da eclusa, ou por
condições deterioradas na navegabilidade, como em regimes de vazão fluvial elevada e
de situações meteorológicas severas. Na Eclusa do Fandango, as eclusagens usualmente
são interrompidas quando a cota à montante da estrutura atinge 18,50 metros, quando,
nestas condições, a eclusa já está prestes a ser inundada pela correnteza do Rio Jacuí.
Recomenda-se a interrupção da navegação nestas condições, pois com o forte fluxo
formado próximo às portas da eclusa, acidentes com as embarcações podem ocorrer.

Item 9º - A embarcação que ao chegar, encontrar o sinal fechado (vermelho), deverá


tomar seu lugar na fila de espera pela ordem de chegada. Algumas classes de
embarcações possuem prioridade na eclusagem e podem passar à frente das outras que
esperam sua vez, se estas forem:

a) Pertencentes à Marinha de Guerra;

b) Empregadas em serviços públicos de transporte de passageiros;

c) Empregadas em serviço periódico de transporte de cargas;

d) Embarcações de pesca.

Em situações excepcionais, outras embarcações não enquadradas neste item poderão


ter o direito de prioridade atendido pela AHSUL, ou Operador da eclusa. O Mestre da
embarcação, munido do benefício concedido pela AHSUL, deverá portar sua autorização
especial e individual para averiguação do Operador. As autorizações especiais serão
concedidas nos seguintes casos:

a) Embarcações ou materiais flutuantes utilizados em trabalhos nas vias


navegáveis;

b) Embarcações transportando mercadorias perecíveis ou suscetíveis de avarias,


por atraso em viagem.

Item 10º - Embarcações de cargas consideradas nobres poderão fazer a eclusagem em


qualquer horário, enquanto que as que estiverem transportando areia devem esperar,
se possível, os horários pré-determinados (quando forem estipulados) da eclusa.

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Item 11º - Embarcações de recreio devem preferencialmente utilizar a eclusa em


horários e dias próprios a ela, a serem planejados pelo Operador da Eclusa ou pela
AHSUL. Quando esta situação não ocorrer, a eclusagem destas embarcações poderá ser
feita em conjunto com as demais, quando respeitadas as regras de segurança, ou ser
feita após a travessia das embarcações de carga ou prioritárias.

6. SINAIS CONVENCIONADOS

Item 12º - Os comandos dados para a movimentação das embarcações, nas manobras
de entrada e saída da eclusa, serão transmitidos pelos seguintes sinais:

a) Sinal Verde: Autorização para entrada da embarcação na eclusa;

b) Sinal Amarelo: Autorização para aproximação da eclusa pela embarcação, mas


sob controle;

c) Vermelho ou Apagado: Indicação de que a embarcação não pode entrar, e deve


esperar, nos lugares indicados no Item 26º, a mudança da sinalização para verde.

Item 13º - Há na Eclusa de Fandango um sistema de comunicação por sinais sonoros.


Adicionalmente, se necessário, a comunicação por parte do Operador de que a
embarcação está autorizada a realizar a eclusagem também poderá ocorrer através de
rádios VHF ou por contato telefônico. Existem quatro sinais sonoros convencionados:

a) Um Apito Longo: Entre na eclusa em direção à terra

b) Dois Apitos Longos: Entre na eclusa na direção do rio

c) Um Apito Curto: Saia da eclusa pelo lado da terra

d) Dois Apitos Curtos: Saia da eclusa pelo lado do rio

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7. COMUNICAÇÃO ENTRE ECLUSA E EMBARCAÇÃO

Item 14º - Todos os usuários da eclusa são obrigados por lei a responder às perguntas
que o Operador as faça. Caso respostas inverídicas sejam fornecidas, a Capitania dos
Portos poderá revogar a licença concedida ao Mestre da embarcação. As informações a
serem fornecidas pelos Mestres à eclusa são:

a) Cargas e passageiros: Tipo, quantidade e número.

b) Porto de origem e data de saída

c) Porto de destino e previsão de chegada

d) Nome do comandante da embarcação e categoria

e) Nome, calado, boca e comprimento da embarcação

f) Condição de funcionamento dos motores, dos sistemas de propulsão (avante e a


ré) e de governo da embarcação

g) Situação dos equipamentos de segurança e combate a incêndio

h) Situação das defensas e cabos de amarração

i) Fatos relevantes ocorridos durante o percurso dignos de registro, tais como


colisões em boias, pilares de pontes, acidentes envolvendo outras embarcações, etc.

Item 15º - É recomendado que a comunicação entre o Operador da eclusa e o Mestre


seja feita com equipamentos de rádio VHF Marítimo, de forma a otimizar o processo de
passagem de informações entre as partes, especialmente nos casos de grandes
embarcações comerciais e de passageiros.

Item 16º - Para embarcações não equipadas com rádio, deve-se utilizar a comunicação
via telefone móvel para a passagem de instruções.

Item 17º - Caso a comunicação entre embarcação e eclusa estiver impedida, seja por
falta ou falhas de equipamentos, as operações de eclusagem não deverão ser realizadas.

Item 18º - As conversas entre Operador da eclusa e Mestre de embarcação sempre


devem ser gravadas para eventuais consultas.

Item 19º - Cabe ao Operador da eclusa comunicar ao Mestre da embarcação como deve
ser feita a aproximação com a eclusa, e em qual velocidade se deve entrar na mesma.
Deverá também passar instruções de como proceder com a amarração da embarcação,
bem como indicar em qual dos cabeços ela será feita.

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8. TRÁFEGO, APROXIMAÇÃO E ESPERA

Item 20º - Toda embarcação navegando em um sentido deverá deixar todo o canal de
acesso à embarcação que navegue em sentido oposto. Deve-se obedecer a marcação
náutica de canal, realizada com boias vermelhas e verdes, navegando-se entre as duas.

Item 21º - A ultrapassagem é proibida na eclusa.

Item 22º - A velocidade mínima desenvolvida pelas embarcações deve ser tal que
garanta a sua navegabilidade. A velocidade máxima, nas proximidades da eclusa a
montante e jusante, não deve ser superior a 4 nós (7,32km/h), de maneira a evitar a
formação de turbulências no canal.

Item 23º - O estacionamento é proibido em qualquer ponto do canal de acesso onde


não haja espaço de manobra para cruzamentos entre embarcações. A exceção a esta
regra são as embarcações de pequeno porte, com até 30 metros de comprimento.

Item 24º - Quando a embarcação estiver ancorada para pernoite, as demais


embarcações deverão ficar fundeadas, em fila de chegada ou prioridade, a montante ou
jusante do canal de acesso até serem chamadas para eclusagem.

Item 25º - A espera da embarcação pela permissão de eclusar deve ser feita de acordo
com o sentido da navegação, sendo:

a) Descida de Nível: O local de espera deve ser feito ao lado no cais de montante,
no trecho compreendido entre a sua extremidade e o segundo cabeço a partir do portão
de montante;

b) Subida de Nível: O local de espera fica localizado no cais de jusante, no segmento


de dolfins.

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Figura 3: Muro guia a jusante


Fonte: Acervo AHSUL

Item 26º - Enquanto estiverem esperando pela autorização de eclusagem, as


embarcações não deverão atrapalhar a navegação. As que estiverem junto ao cais de
montante deverão se afastar do local sempre que o Operador da Eclusa solicitar, a fim
de dar passagem para outra embarcação.

Item 27º - Em situações de baixa visibilidade, como a presença de nevoeiro,


embarcações à propulsão mecânica estarão proibidas de passar pela eclusa. A exceção
deverá ser feita quando o Mestre ou prático conduzindo a embarcação consiga ver sua
rota a uma distância mínima de aproximadamente 200 metros.

Item 28º - O Operador da Eclusa poderá solicitar ao Mestre da embarcação que a acoste
no cais de montante ou de jusante para averiguações quanto aos itens citados no Item
3º deste manual.

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9. PROCEDIMENTOS DURANTE A ECLUSAGEM

Item 29º - As embarcações devem entrar e sair das eclusas com o devido controle para
não danificar a estrutura da eclusa. A velocidade máxima do Item 22º deve ser
respeitada.

Item 30º - O tempo médio de mudança de nível dentro da câmara da eclusa de


Fandango é de aproximadamente 20 minutos. Somando a este tempo as operações de
abertura e fechamento de comportas, acomodação e atracação da embarcação, a
operação completa poderá ter a duração de até uma hora. As embarcações passantes
não devem ficar na eclusa mais que o tempo estritamente necessário, entrando e saindo
assim que receber os sinais convencionados nos Itens 12º e 13º.

Item 31º - No convés das embarcações, os tripulantes que estiverem responsáveis pela
tarefa de amarração/atracação, devem obrigatoriamente estar utilizando coletes salva-
vidas. Os demais que não possuírem a proteção adequada devem se afastar das bordas
da embarcação, de forma a evitar acidentes.

Item 32º - Os Mestres devem executar todas as manobras dadas pelo Operador da
Eclusa, bem como acatar quaisquer outras ordens que este passar, de forma a otimizar
o processo de eclusagem.

Item 33º - O Mestre também deve ser avisado pelo Operador se o alinhamento da
embarcação dentro da eclusa está correto, a fim de se evitar movimentações
involuntárias durante o processo de enchimento e esvaziamento.

Item 34º - As embarcações devem estar, durante o processo de eclusagem, sob os


cuidados de sua tripulação.

Item 35º - Para as eclusagens no sentido montante-jusante, deve ser fornecido um cabo
de popa, lançado pela proa por bombordo, para a amarração da embarcação no cabeço
antes do portão de montante da eclusa. Ao entrar completamente, um segundo cabo
de proa deve ser dado para amarração na boia ou no cabeço junto ao portão de jusante.
Em seguida, um terceiro cabo, de popa, é amarrado na boia ou cabeço junto ao portão
de montante. Em seguida, é retirado o primeiro cabo que foi amarrado antes do portão
de montante, sendo que ao menos estes dois cabos devem estar presos à embarcação
durante seu deslocamento dentro da eclusa. Somente após o sinal convencionado no
Item 14º, estes poderão ser desamarrados dos cabeços.

Item 36º - Para as eclusagens no sentido jusante-montante, após a entrada da


embarcação, esta deve ser amarrada a boreste com pelo menos dois cabos nos cabeços
de amarração. Somente após o sinal convencionado no Item 13º, estes poderão ser
desamarrados dos cabeços.

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Item 37º - As embarcações somente poderão ser amarradas aos cabeços de amarração,
e jamais em outras partes da estrutura da eclusa, como portas, pórticos e escadas.

Item 38º - A amarração da embarcação deve ser mantida durante todo o processo de
eclusagem, e só ser desfeita após o sinal convencionado do Item 13º ser emitido.

Item 39º - São proibidas as amarrações próximas às entradas da eclusa, exceto quando
feita do lado de fora da câmara por embarcações em espera.

Item 40º - As embarcações a montante que tiverem de enfrentar fortes correntes acima
das barragens, não poderão receber permissão para fazer a eclusagem, exceto quando
o Operador tiver a certeza que a embarcação possui potência suficiente para suportar a
força das correntes.

10. ECLUSAGENS CONJUNTAS

Item 41º - Eclusagens com duas ou mais embarcações, mesmo de fins distintos, poderão
ser feitas, desde que respeitados os limites de segurança das embarcações entre si e
com a eclusa. A exceção a esta regra está no Item 4º.

Item 42º - Para eclusagens conjuntas, o Operador da Eclusa deverá passar as instruções
de entrada e saída, para manter a organização, e evitar acidentes. Deve ser explicitada
durante as instruções sobre a velocidade máxima de navegação, e a ordem de saída (os
mais próximos à comporta de saída devem sair primeiro).

Item 43º - Quando uma eclusagem conjunta for feita com uma embarcação grande e
outra(s) pequena(s) de recreio, a embarcação de maiores dimensões deve entrar na
eclusa em primeiro lugar. Esta ordem não deve ser alterada pelo Operador ou pelo(s)
Mestre(s) das embarcações.

Item 44º - A embarcação de maior dimensão deve ser a primeira a ser amarrada, e
somente depois disso as demais receberão permissão para entrar na câmara.

Item 45º - Embarcações pequenas que eclusam em conjunto com outra de maiores
dimensões devem ser amarradas o mais longe possível desta última.

Item 46º - A primeira embarcação a sair sempre deve usar a força mínima para iniciar
seu movimento, de forma a evitar turbulências na água, e inundar as embarcações
menores.

Item 47º - A primeira embarcação a sair deve continuar em uma velocidade mínima
para navegação, de forma que as menores possam ultrapassá-la e não sofrer as
influências da turbulência na água causada pela maior embarcação.

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Item 48º - Durante períodos de cheias do Rio Jacuí, ou de condições meteorológicas


severas, não se recomenda executar eclusagens conjuntas. Só poderão ser feitas, em
último caso, com embarcações de porte semelhante entre si.

11. PRÁTICAS RECOMENDADAS DE SEGURANÇA

Item 49º - Deve-se manter os sinais de tráfego da eclusa sempre vermelhos ou


apagados. Isto faz com que qualquer embarcação que se aproxime seja obrigada a
solicitar permissão para passar, e o Operador poderá lhe fazer perguntas e passar
instruções pertinentes ao processo de eclusagem.

12. DISPOSIÇÕES FINAIS

Item 50º - A fiscalização do cumprimento das normativas relacionadas à operação da


eclusa de Fandango compete aos funcionários credenciados da Delegacia dos Portos,
bem como pela AHSUL e Operador da Eclusa.

Item 51º - A área onde está a câmara eclusa deve possuir uma estrutura de proteção,
de forma a segregar visitantes ou qualquer outra pessoa não autorizada pelo Operador
de tomar parte nas operações de eclusagens.

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