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PROJETO DE INTEGRAÇÃO

do Rio São Francisco


com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional

Ministério da
Integração Nacional - MI

Contrato Nº 38/2007-MI

Elaboração do Projeto
Executivo da Primeira
Etapa de Implantação do
Projeto de Integração do
Rio São Francisco com
Bacias Hidrográficas do
Nordeste Setentrional
Lote D

Barragem Barreiro
Memorial de Cálculo Geotécnico

MAIO/2010

1240-MMO-2113-04-02-001-R04

Consórcio ECOPLAN/SKILL

ecoplan
ENGENHARIA
ISO 9001
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01 19/03/10 C
Gerenciadora

00 12/02/10 C Emissão Inicial

NATUREZA DA
REVISÃO Nº DATA DESCRIÇÃO DAS REVISÕES
REVISÃO

(A) PRELIMINAR (D) PARA COTAÇÃO (G) CONFORME CONSTRUIDO


TIPO DE
(B) PARA APROVAÇÃO (E) PARA CONSTRUÇÃO (H) CANCELADO
EMISSÃO
(C) PARA CONHECIMENTO (F) CONFORME COMPRADO (I) DE TRABALHO

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Porto Alegre/RS - CEP 90.540-110
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PROJETO: Projeto Executivo - Lote D


PROJETISTA: Consórcio Ecoplan-Skill
VERIFICAÇÃO: Eng. Civil Talles Araújo DATA: 21/05/10
APROVAÇÃO: Eng. Civil Henrique Kotzian DATA: 21/05/10
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
NORDESTE SETENTRIONAL
PROJETO EXECUTIVO - Lote D

Memorial de Cálculo Geotécnico


MMO-2113
Barragem Barreiro

DATA RUBRICA APROVAÇÃO DATA RUBRICA


PROJETISTA 21/05/10
DESENHISTA
VERIFICADO 21/05/10
ESCALA DOCUMENTO Nº: 1240-MMO-2113-04-02-001-R04 REVISÃO
PROJETISTA: Consórcio Ecoplan-Skill
-- 04
CLIENTE: Ministério da Integração Nacional
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SUMÁRIO

Projeto Executivo ● Lote D -2- 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

ELABORAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO, REFERENTE AO LOTE D, DA


PRIMEIRA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO
RIO SÃO FRANCISCO COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO NORDESTE
SETENTRIONAL

Memorial de Cálculo Geotécnico


Barragem Barreiro
Maio/2010

SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................5
2 OBJETIVO.....................................................................................................................7
3 DESCRIÇÃO DA SEÇÃO TIPO DA BARRAGEM E PREMISSAS DE
PROJETO.............................................................................................................................9
4 DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS ..................................................................17
5 ESTABILIDADE DE TALUDES...............................................................................26

Projeto Executivo ● Lote D -3- 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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APRESENTAÇÃO

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1 APRESENTAÇÃO
O presente documento, intitulado “Memorial de Cálculo Geotécnico – Barragem Barreiro”
contém os cálculos e verificações geotécnicas finais necessárias para a execução de seus
aterros de barramento, sendo esta sua versão preliminar para análises.

Este documento é parte integrante do Contrato Administrativo Nº 38/2007-MI, celebrado


entre o Ministério da Integração Nacional e o Consórcio ECOPLAN-SKILL, que tem por
objeto a execução de serviços de consultoria especializada para “Elaboração do Projeto
Executivo, Referente ao Lote D, da Primeira Etapa de Implantação do Projeto de
Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional”.

Porto Alegre, 21 de Maio de 2010.

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2. OBJETIVO

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2 OBJETIVO

O presente documento tem como objetivo apresentar as principais justificativas técnicas no


que diz respeito ao detalhamento da seção transversal da Barragem Barreiro, conforme
desenho nº 1240-DES-2113-20-59-001-R11. Este documento é complementar ao desenho
supracitado.

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3. DESCRIÇÃO DA SEÇÃO E PREMISSAS ADOTADAS

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3 DESCRIÇÃO DA SEÇÃO TIPO DA BARRAGEM E PREMISSAS


DE PROJETO

A Barragem Barreiro apresenta uma altura máxima sobre os terrenos de fundação da


ordem de 15,00m. Desta forma, trata-se de uma barragem de médio porte, no contexto do
empreendimento em questão.

De acordo com os estudos geológicos da FUNCATE EN.B/V.RF.GL.00011 na área da


barragem ocorre rocha classificada como biotita gnáissica.

Para a barragem de Barreiro assim como para as Barragens Campos, Barro Branco e para o
Dique Moxotó pode-se prever que as escavações provenientes do Lote D – Eixo Leste e
suas jazidas resultarão cinco tipos principais de materiais de aterros, quais sejam:

• Solos aluvionares: constituídos de granulometrias diversas, com forte presença de


solos orgânicos moles e areias fofas a pouco compactas.

• Solos coluvionares e residuais maduros: constituídos de areias argilo-siltosas com


pedregulhos e argilas areno-siltosas com pedregulhos de coloração vermelha (Fotos 03,
15, 16, 17 e 18).

• Solos saprolíticos: constituídos de areias grossas e médias siltosas com pedregulhos


não plásticas e areias grossas e médias silto-argilosas com pedregulhos e com baixa
plasticidade. Estes tipos de solos, também, podem ser classificados como saibros.
Todas as indicações das análises de sondagens e de perfis de escavações dos Lotes 11 e
12 permitem inferir que das escavações do Lote D resultarão volumes menores de solos
saprolíticos com alguma plasticidade, por exemplo, com IP ≥ 8%. As fotos 04, 05, 06,
15, 16 e 17 mostram perfis deste tipo de terreno em escavações dos Lotes 11 e 12.

• Rocha saprolítica: quando escavada apresenta granulometria semelhante a dos solos


saprolíticos, porém são comuns as ocorrências de blocos rochosos imersos na matriz
arenosa. Este material ainda é escavável mecanicamente. As fotos 05, 06 e 07 mostram
perfis de terrenos com este tipo de ocorrências em escavações do Lote 11.

• Rocha sã: é um material de 3ª categoria e sujeito a escavação somente com fogo. A


foto 08 mostra um perfil de terreno rochoso são em uma escavação do canal do Lote
11.

As investigações de jazidas para as barragens do Lote 12 e as observações de escavações


dos Lotes 11 confirmam que nas proximidades da Barragem Barreiro são encontradas
jazidas de solos coluvionares e residuais maduros de rochas granito-gnáissicas, com
coloração vermelha e que apresentam boas condições geotécnicas para a sua utilização em
aterros argilosos de barragens.

Os boletins de sondagens mistas e a percussão demonstram que ao longo do eixo da


Barragem Barreiro são encontrados perfis com ocorrências de solos aluvionares e

1
Projeto de Transposição de águas do Rio São Francisco para o Nordeste Setentrional –Projeto Básico;
Trecho V – Eixo Leste R9- Geologia e Geotecnia – FUNCATE/MIN/INPE, Março 2001
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coluvionares de granulometria variada com espessura variando de 0,4m na sondagem SR-


180 à 2,8m na SM-231 – os materiais coluvionares apresentam, no geral, coloração
avermelhada e podem ser classificados como areias argilosas com pedregulhos. Estas
condições geotécnicas estão representadas no perfil geológico-geotécnico do desenho
1240-DES-2020-04-81-007-R04 - Barragem Barreiro – Seção Geológico-Geotécnica
Longitudinal.

As maiores espessuras de solos aluvionares são registradas no trecho mais profundo do


vale no entorno das sondagens SM-231 e T-360, respectivamente, localizadas nas estacas
km 0+478,2 e km 0+470. Na sondagem à percussão são registradas ocorrências de silte
arenoso com consistência mole, com SPT ~3 a 4. Já, no boletim da trincheira T-360 os
solos aluvionares foram registrados com espessura total de 2,3m, sendo que subjacente e
até a profundidade limite de 3,3m ocorre uma camada de areia grossa. Assim, da análise
comparativa destas duas sondagens pode-se inferir que neste trecho ocorrem camadas de
solos arenosos aluvionares e residuais (saibro) que somadas totalizam a profundidade de
4,8m na sondagem SM-231.

A Foto 2 do Anexo I mostra a ocorrência de afloramentos de blocos de rocha sã no leito do


rio.

Os ensaios de infiltração e perda d’água nos materiais residuais gerais mostram valores de
condutividade hidráulica ou permeabilidade dos solos e rochas (rocha alterada mole e
rocha dura) da fundação numa faixa ampla de 6,4x10-4cm/s a 1,2x10-8cm/s. Estes valores
de condutividade hidráulica, em conjunto, permitem inferir que os solos saprolíticos e
rochas da fundação da barragem apresentam permeabilidade relativamente alta a muito
baixa e numa faixa de variação relativamente significativa.

Os maiores valores de permeabilidade no eixo do barramento são registrados nas


sondagens SM-231 e SM232, no entorno do km 0+478,2. Nestas sondagens os solos e
rocha saprolítica, também classificados como saibros, apresentam permeabilidade na faixa
de valores de 6,4x10-4cm/s a 2,2x10-4cm/s. Estes valores, devido a importância da obra,
podem ser considerados como relativamente altos e o que é típico em materiais desta
natureza (saibros), com classificação de areias médias e grossas siltosas com pedregulhos.

Nas demais sondagens localizadas nas ombreiras esquerda e direita, incluído os locais das
sondagens SR-179, SR-180, SR-181, os ensaios de infiltração e perda d’água demonstram
que os materiais saprolíticos apresentam permeabilidades baixas, com valores na faixa de
2,9x10-7cm/s a 1,2x10-8cm/s.

Ao longo de todo o eixo de barramento e subjacente aos solos transportados, encontram-se


as camadas de solos e rochas saprolíticas de biotita gnáissica com coloração cinza
“mosqueada” (solos de alteração e rocha decomposta ou alterada mole), as quais são
constituídas, predominantemente, de areias médias e grossas siltosas com pedregulhos
finos – materiais que quando não ou pouco plásticos, também, são classificados de saibros.

Um dos aspectos geotécnicos mais importantes da fundação da barragem são as


ocorrências de camadas relativamente espessas de solos e rochas saprolíticas ao longo do
eixo do barramento. Estas ocorrências estão registradas no perfil geológico-geotécnico e
nos boletins das sondagens SM-230, SM-232 e SR-181. Por exemplo, nas sondagens SM-

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232 e SR-181 as camadas de solos e rocha saprolíticas atingem, respectivamente,


espessuras de 5,5m e 9,05m – nestas camadas os valores de SPT são da ordem de 10 nos
solos saprolíticos e maiores do que 20 para os materiais rochosos muito alterados e,
portanto, podem ser considerados como materiais compactos a muito compactos. Estes
valores de referencia dão a fundação do barramento, em toda a sua extensão, uma boa
condição de resistência ao cisalhamento para um maciço homogêneo de terra com altura
menor do que 15,00m.

Em síntese, a fundação da Barragem Barreiro é constituída de uma cobertura de solos


aluvionares e coluvionares de pouca espessura (≤0,9m) nos flancos do barramento e que na
porção mais profunda do vale os solos aluvionares atingem espessura de até 2,8m na
sondagem SM-231. Estes sedimentos por sua natureza apresentam baixa resistência ao
cisalhamento e devido ao porte e importância do empreendimento devem ser removidos
totalmente da planta da barragem de terra.

No perfil geológico-geotécnico,apresentado no desenho 1240-DES-2020-04-81-007-R04 –


Barragem Barreiro – Seção Geológico-Geotécnica Longitudinal é apresentada a linha
limite de escavação dos materiais sedimentares, inferida com base na interpretação dos
boletins de sondagens e inspeções de campo.

Atingidas as camadas de materiais residuais a seqüência de solos e rochas saprolíticas


areno-siltosas com pedregulhos (saibros) apresentam baixa compressibilidade e resistência
ao cisalhamento alta (SPT≥10) e crescente com a profundidade até atingir a rocha sã.

Com relação às condições de permeabilidade dos terrenos saprolíticos da fundação da


barragem destacam-se as ocorrências de materiais saprolíticos com espessura da ordem de
até 3,8m e permeabilidade relativamente alta no entorno do km 0+478,2. Os demais
trechos da fundação da barragem apresentam elementos de projeto que permitem
considerar os materiais saprolíticos e a rocha sã como terrenos com baixa condutividade
hidráulica.

As novas sondagens e as inspeções das escavações das obras dos Lotes 11 e 12


confirmaram as principais características geotécnicas gerais detectadas no projeto básico
da FUNCATE e estas permitem a manutenção da concepção original da barragem com
seção homogênea de terra e filtros vertical e horizontal de areia, conforme desenhos de
projeto executivo.

As condições hidrogeotécnicas e geomecânicas permitem a adoção de uma seção típica


única de barragem homogênea de terra com filtros – não foram detectadas
heterogeneidades na fundação que exijam alteração ou variações da seção tipo do
barramento de terra ao longo do seu eixo de barramento.

A seção homogênea tipo preconizada deverá ser implantada com a utilização preferencial
dos solos residuais de comportamento argiloso e de coloração vermelha. Estes materiais
deverão ser obtidos em jazidas e em escavações obrigatórias do Lote 12. Além destes e
com as devidas análises e atendimento das demais especificações técnicas poderão ser
utilizados como aterros argilosos os materiais coluvionares escavados da própria fundação
da barragem e que são classificados como areias argilosas com pedregulhos.

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As Fotos 03, 11, 12, 13 e 14 são representativas das características ou condições


geotécnicas dos materiais de aterros resultantes das escavações obrigatórias dos canais do
Lote 12 e de jazidas licenciada nesta área.

As Fotos 03, 11, 12, 13 e 14 são representativas das características ou condições


geotécnicas dos materiais de aterros argilosos resultantes das escavações obrigatórias dos
canais do Lote 12 e de jazidas licenciada nesta área. Como materiais de aterros argilosos
para a construção da barragem deverão ser utilizados solos de origem residual ou
coluvionar classificados como areno-argilosos ou argilo-arenosos e que apresentem
coloração avermelhada. Estes materiais de aterro, de acordo com o Sistema de
Classificação dos Solos (SUCS) devem ser classificados como dos grupos CL (argilas de
baixa plasticidade arenosas com ou sem pedregulhos) e CH (argilas de alta plasticidade
arenosas com ou sem pedregulhos). Estes materiais, preferencialmente e a priori, devem
apresentar IP≥8% - este critério e a inclusão de outros tipos de materiais para aterros
argilosos deverão ser reavaliados pela equipe técnica de Supervisão de obras com base em
análises de aterros experimentais.

Como um critério básico para a preparação da fundação da barragem foi estabelecida a


remoção total dos solos aluvionares e coluvionares arenosos e argilosos de baixa
resistência de toda a base dos maciços de barramento – além destes materiais deverão ser
removidos os blocos rochosos que afloram no trecho do rio, conforme mostra a foto 2 do
Anexo I. De acordo com as seções de projeto as escavações devem atingir o topo das
camadas de solos saprolíticos, os quais apresentam SPT ≥10.

Os limites das remoções de solos superficiais de baixa resistência estão definidos nas
seções transversais de projeto, desenho 1240-DES-2020-04-81-008-R02 – Barragem
Barreiro – Seção Geológico-Geotécnica Transversal, e perfil geológico-geotécnico,
desenho 1240-DES-2020-04-81-007-R04 - Barragem Barreiro – Seção Geológico-
Geotécnica Longitudinal, do Projeto Executivo. Desta forma, fica demonstrado que todos
os aterros do barramento estão assentados sobre solos e rochas saprolíticas, com SPT≥ 10.

As linhas limites das escavações da fundação foram inferidas através da análise dos perfis
de sondagens e devem ser objeto de análise visual e tátil e de autorização pela equipe de
Supervisão de obras, trecho a trecho de fundação.

Removidos os solos transportados referidos e os blocos rochosos que afloram no trecho do


rio os aterros do filtro horizontal devem ser lançados sobre os materiais residuais arenosos
da fundação ou sobre o substrato rochoso são. Assim, foi concebido um filtro horizontal
não suspenso, visto que este deverá se assentar sobre o terreno de fundação.

Apesar dos resultados dos ensaios de permeabilidade nos solos saprolíticos da fundação
acusarem baixa permeabilidade nos flancos do barramento foi projetada uma trincheira de
vedação (cut-off), conforme seus limites de profundidade estabelecidos nas seções de
projeto e perfil geológico-geotécnico. Esta estrutura cumpre as funções de inspeção da
fundação, interceptação de fluxos internos através de fendas de tração que ocorrem nos
terrenos naturais de regiões aridas e, finalmente, para reduzir as vazões de percolação

Projeto Executivo ● Lote D - 12 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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através de eventuais estratos areno-siltosos com contraste de permeabilidade, típico em


camadas de solos saprolíticos de rochas gnáissicas e/ou graníticas.

A trincheira de vedação foi projetada com profundidade de até 4,8m, medida em relação ao
terreno natural. Conforme perfil de escavações ao longo do eixo de barramento a sua maior
profundidade deverá ser atingida no km 0+478,2, no entorno do local das sondagens SM-
231 – trecho anteriormente analisado como crítico por apresentar os maiores valores de
permeabilidade e serem detectadas camadas de areia grossa(T-360). Com esta
profundidade a vedação deverá ultrapassar a camada de solo de alteração ou saprolítico
com permeabilidade de 6,4x10-4cm/s a 2,2x10-4cm/s.

Nos flancos do barramento a trincheira de vedação deverá ser implantada com


profundidade variável atingindo valor máximo de 2,5m, medida em relação ao terreno
natural. Com esta profundidade será possível embutir a vedação na rocha saprolítica ou
rocha alterada e superar caminhos preferenciais de fluxo através de possíveis fendas de
tração. Ademais, essa profundidade permitirá uma inspeção suficiente das camadas de
solos saprolíticos, as quais atingem a espessura de até 9,75m na sondagem SR-181.

A ampliação da profundidade da trincheira de vedação (cut-off) somente poderá a vir a


ocorrer se as inspeções das escavações demonstrarem a ocorrência de camadas arenosas
muito permeáveis, que justifiquem tal procedimento. Neste sentido, especial atenção
deverá ser dada à profundidade das escavações da trincheira de vedação no entorno da
estaca 0+170, no local da sondagem T-362, uma vez que neste trecho da ombreira direita o
terreno saprolítico deve atingir uma profundidade total de 3,70m e a trincheira de vedação
de aproximadamente de 2,5m.

Na linha central da trincheira de vedação, deslocada 2,00m à jusante do eixo central da


barragem, deverão ser feitas as injeções de calda de cimento nos terrenos rochosos
saprolíticos e na rocha sã, conforme especificações técnicas.
Nos trechos de barragem com altura menor do que 5,0m, a cortina de injeções, somente
será executada em trechos específicos, determinados pela inspeção e análise in loco das
condições hidrogeológicas do substrato rochoso da trincheira de vedação (cut-off). Nos
casos de necessidade de injeções de calda de cimento pela constatação de descontinuidades
geológicas ou alta condutividade hidráulica dos terrenos rochosos de fundação, a cortina de
injeção será iniciada com a injeção de furos primários com espaçamento de 6 metros,
executando-se, se necessário, injeções secundárias e terciárias com espaçamentos menores.
A profundidade máxima deverá ser equivalente à altura da coluna de água do reservatório
no ponto da injeção.
Como o objetivo de dar um destino mais nobre para os materiais argilosos escavados da
fundação da barragem foi projetado um tapete de impermeabilização localizado à
montante. Desta forma, os solos aluvionares e coluvionares devem ser lançados e
compactados formando um tapete de impermeabilização para montante, conforme a seção
transversal tipo apresentada no desenho 1240-DES-2113-20-59-001-R11 – Barragem
Barreiro – Maciço – Detalhes – Plantas 1/3 a 3/3.

Desta maneira, o tapete de impermeabilização deverá ser construído com os solos


aluvionares e coluvionares argilosos, ambos, provenientes das escavações obrigatórias da
fundação da barragem. Este tipo de aterro, por ser um complemento de vedação da

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barragem nos seus trechos mais altos, deverá ser regularizado e compactado com trator de
esteira – se caracterizando como um aterro argiloso de bota-fora, conforme especificações
técnicas. Como único cuidado especial deste aterro é que antes do enchimento do
reservatório o mesmo receba uma regularização final com trator de esteira para minimizar
os efeitos de fendas de tração.
Ainda, para o controle da percolação da barragem e de sua fundação e tendo em vista se
tratar de um maciço de barramento com altura máxima da ordem de 15,00m, foi adotado
um sistema de drenagem interna constituído de um filtro vertical e horizontal de areia. O
filtro vertical é recomendado para a altura referida, o que facilitará os procedimentos
construtivos deste sistema vital para a estabilidade da barragem de terra.

Os taludes de montante e de jusante deverão ser protegidos com camadas de transição com
brita graduada e enrocamento.

A proteção do talude de jusante com enrocamento se faz necessário e conveniente tendo


em vista as condições climáticas severas da região do empreendimento – a proteção
tradicional deste talude com grama nativa não tem se mostrada eficiente para aterros
argilosos, quando das ocorrências de chuvas torrenciais após períodos prolongados de
secas.

A dimensão da camada de proteção do talude de montante com espessura de 0,50m


(medida perpendicular ao talude) de enrocamento foi definida por um critério prescricional
(valore mínimo para uma obra com grandes volumes de enrocamento provenientes de
escavações obrigatórias) uma vez que o reservatório apresenta extensão reduzida. Esta
dimensão facilita o aproveitamento de blocos de rocha provenientes das escavações
obrigatórias com diâmetros médios da ordem de até 0,30m, sem britagem e com menores
dificuldades de seleção dos materiais de aterros removidos diretamente dos cortes do canal
principal do empreendimento.

O coroamento da barragem deverá ser revestido com uma camada de brita graduada.

Como material de filtro deverão ser utilizadas areias médias e grossas aluvionares de
Jazidas licenciadas. Os filtros da barragem devem atender os critérios de erosão interna
(Piping) e drenagem. Ainda, de forma complementar as areias para filtro não devem
possuir uma porcentagem de material que passa na # 200 maior que 5%.

Os taludes do barramento foram definidos com inclinações de 1V:2,5H para montante e


1V:2,0H para jusante, as quais são comprovadas com análises de estabilidade ao
escorregamento.
Para melhorar o entendimento das definições do projeto, a seguir são apresentados os
registros fotográficos no Anexo I que mostram perfis de terrenos semelhantes aos da
fundação da Barragem Barreiro e os materiais de aterro que resultam das escavações do
Lote D.

Todos os materiais de aterro que compõem a seção tipo da Barragem Barreiro deverão
atender aos critérios de filtro a seguir relacionados, inclusive os materiais saprolíticos da
fundação com os aterros de areias e de brita graduada:

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• D15(filtro)/D85(base) ≤ 52 – critério de contenção ou de erosão interna;


• D15(filtro)/D15(base) ≥ 5; – critério de permeabilidade ou de drenagem;

Onde:

• D15(filtro) – diâmetro da peneira pela qual passa 15% do material de filtro;


• D15(base) – diâmetro da peneira pela qual passa 15% do material de base ou a ser
protegido;
• D15(filtro) – diâmetro da peneira pela qual passa 15% do material de filtro;
• D85(base) – diâmetro da peneira pela qual passa 85% do solo de base ou a ser
protegido;

Os critérios de filtro, se necessário, podem ser abrandados com base na realização e análise
de ensaios de filtragem ou de proteção e sob orientação da Supervisora.

No Anexo II são apresentadas as primeiras verificações dos critérios de filtro para os


diferentes tipos de materiais de aterro que compõem a seção transversal tipo da Barragem
Barreiro. Neste anexo pode-se comprovar que todos os materiais analisados atendem os
critérios de filtro com relação a erosão interna (piping) e de drenagem.

As verificações apresentadas no Anexo II devem ser realizadas de forma sistemática


durante o período de implantação dos diversos tipos de aterros que compõem a seção tipo
da barragem e os terrenos de fundação.

Com as análises dos elementos de projeto pode-se afirmar que a seção tipo da Barragem
Barreiro atende aos principais itens do projeto de uma barragem homogênea de terra, em
especial com relação aos aspectos hidrogeológicos, de compressibilidade, resistência ao
cisalhamento e proteção de seus aterros aos efeitos de erosão superficial.

Nos itens subsequentes são apresentadas as verificações das dimensões do filtro vertical e
as análises de estabilidade de taludes da barragem, as quais atestam as questões relativas a
resistência ao cisalhamento dos diversos tipos de aterros.

2
Para o caso dos materiais de proteção do talude de montante da barragem esta relação de diâmetros pode ser
ampliada para o valor 9.
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4. DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS

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4 DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS

Conforme seções do projeto a Barragem Barreiro atinge sua altura máxima de 14,39m no
km 0+470.

Foi estabelecido como diretriz de projeto para o sistema de drenagem interna da barragem
a adoção de um gradiente hidráulico unitário para o filtro vertical e o valor 0,2 para o filtro
horizontal.

Conforme as análises das condições hidrogeotécnicas da fundação da barragem os


resultados das sondagens SR registram valores de condutividade hidráulica dos solos e
rochas (rocha alterada mole e rocha dura) na faixa de 4,1x10-4cm/s a 2,9x10-7cm/s.

Com vistas ao dimensionamento do filtro horizontal da barragem, os estudos e análises da


FUNCATE antes referidos e os novos ensaios permitem a seleção dos seguintes valores de
condutividade hidráulica ou permeabilidade para análise das condições de projeto dos
filtros da barragem:

- aterro de areia argilosa vermelha: k = 1x10-6 cm/s a 5,0x10-5cm/s ;

- materiais saprolíticos da fundação: k = 4,1x10-4cm/s a 2,9x10-7cm/s;

- aterro de areia média e grossa para filtro: k = 1x10-2cm/s;

- pedrisco para filtro “sanduíche”: k = 1,7 x 10-1cm/s.

A rede de fluxo em meio não confinado do barramento principal foi definida com base na
metodologia clássica de Casagrande admitindo-se fluxo em meio homogêneo e isotrópico.
A linha freática foi definida a partir do NA máximo do reservatório.

Refletindo os resultados dos ensaios de infiltração e perda d’água nas sondagens SM-231 e
SM-232, os estudos geotécnicos do projeto básico e a adoção de uma trincheira de vedação
nas camadas saprolíticas mais rasas, foram adotados os seguintes valores para a
condutividade hidráulica ou permeabilidade dos materiais de aterros da barragem e sua
fundação:

- aterro de areia argilosa: k = 5,0x10-5cm/s ;

- solo e rocha saprolítica da fundação: k = 3,5x10-4cm/s (valor médio na faixa de


-4
10 cm/s determinado nas sondagens SM-231 e SM-232);

- aterro de areia média e grossa para filtro: k = 1x10-2cm/s;

- pedrisco para filtro “sanduíche”: k = 1,7 x 10-1cm/s.

Para o estabelecimento das dimensões do sistema de drenagem interna da barragem (filtros


vertical e horizontal) ao longo do eixo de barramento foram adotadas as seguintes
hipóteses de cálculo:

Projeto Executivo ● Lote D - 17 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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1) Filtro no trecho mais profundo da barragem, entre as estacas 21 e estaca 27

Neste trecho a barragem possui altura sobre a fundação de 14,39 m a aproximadamente


12,00 m. A partir das redes de fluxo das Figuras 4.1 e 4.2 a vazão total (Qtotal) pela
barragem e sua fundação pode ser determinada da seguinte forma:

Qmaciço = 5 x10 −7.13,56. 3 ≅ 5,1x10 −6 m 3 / s / m


4

Q fundação = 3,5 x10 −6.13,56. 4 ≅ 8,6 x10 −6 m 3 / s / m


22

Qtotal = 1.4 x10 −5 m 3 / s / m

- Filtro Vertical

Para o trecho referido e admitindo-se um gradiente hidráulico unitário e o fator de


segurança 10 obtêm-se para a espessura do filtro vertical só com areia o seguinte valor:

10.5,1x10 −6
e= = 0,51m
1,0.1,0.x10 −4

Considerando as condições construtivas foi adotado, para todo o barramento, um filtro


vertical de areia média e grossa com uma espessura de 0,6m.

- Filtro Horizontal

Para o filtro horizontal optou-se pela adoção de um filtro do tipo “sanduíche” com
pedrisco, conforme Figuras 4.1 e 4.2.

Assim, com base nas diretrizes e demais elementos de projeto obtêm-se a seguinte
espessura para a camada de pedrisco para o filtro tipo “sanduíche”:

10.1,4 x10 −5
e= = 0,41m
0,2.1,7 x10 −3

Desta forma, será adotado para o trecho de barragem da estaca 21 a estaca 27 um tapete
drenante do tipo “sanduíche” com 40,0cm de pedrisco envolvido em camadas de areia
média e grossa de filtro com espessura de 25cm, conforme mostrado nas figuras 4.1 e 4.2 e
seções do projeto.

Projeto Executivo ● Lote D - 18 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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2) Filtro horizontal do tipo “sanduíche” nos trechos entre as estacas 9 e 21 e entre as


estacas 27 e 30.

Neste trecho da barragem o maciço de barramento apresenta altura entre 12,0m e 5,0m.
Para esta nova situação são adotados os mesmos parâmetros de projeto da alternativa
anterior e inclusive os fatores de forma das redes de fluxo (figuras 4.3 e 4.4), sendo
variável apenas a carga hidráulica deste trecho.

Assim, admitindo-se o mesmo fator de forma para as redes de fluxo da Figuras 4.3 e 4.4 a
vazão total (Qtotal) pela barragem e sua fundação será:

Qmaciço = 5 x10 −7.11,2. 3 ≅ 4,2 x10 −6 m 3 / s / m


4

Q fundação = 3,5 x10 −6.11,2. 4 ≅ 7,13x10 −6 m 3 / s / m


22

Qtotal = 1,13x10 −5 m 3 / s / m

Admitindo-se as condições e os parâmetros de projeto estabelecidos tem-se para a


espessura do filtro horizontal “sanduíche” com pedrisco:

10.1,13.10 −5
e= = 0,33m
1,7.10 −3.0,2

Desta forma, nos trechos entre as estacas 9 e 21 e entre as estacas 27 e 30 e considerando


os aspectos construtivos será adotado um tapete drenante com 30,0cm de pedrisco
envolvido em camadas de areia média e grossa de filtro com espessura de 25cm, conforme
mostrado nas figuras 4.3 e 4.4 e seções do projeto.

3)Trecho de barragem com altura menor do que cinco metros

Por fim, considerando os aspectos construtivos e as soluções de tratamento da fundação


preconizadas como a trincheira de vedação e as injeções de calda de cimento das rochas
decomposta e sã foi definido que o filtro horizontal, nos trechos de barragem com altura
menor do que 5,0m será constituído de uma camada de areia com espessura de 0,60m.

Assim, com base nas dimensões ou espessuras determinadas e considerando a importância


da obra e por limitações construtivas foram adotadas as seguintes dimensões para os filtros
vertical e horizontal da Barragem Barreiro, conforme seções definidas nesta fase de projeto
executivo:

- Filtro Vertical – em todas as seções da barragem filtro de areia média e grossa com
largura de 0,6m;

- Filtro Horizontal

* Para o trecho entre as estacas 21 e 27 um filtro “sanduíche” com 40,0cm de


pedrisco entre duas camadas de areia de filtro de 25,0cm;
Projeto Executivo ● Lote D - 21 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04
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* Para os trechos entre as estacas 9 e 21 e entre as estacas 27 e 30 – um filtro


“sanduíche” com 30,0cm de pedrisco entre duas camadas de areia de filtro de 25,0cm
(Entre as estacas 31 e 33 estão localizadas as estruturas hidráulicas do vertedor e tomada
d'água de uso difuso);

* Para altura de barragem menor do que 5,0m – filtro horizontal de areia com
espessura de 0,6m.

As transições de espessura das camadas de pedrisco e de areia dos filtros deverão ser
realizadas em trechos de 4,0m de extensão.

Projeto Executivo ● Lote D - 22 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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5. ESTABILIDADE DE TALUDES

Projeto Executivo ● Lote D - 25 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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5 ESTABILIDADE DE TALUDES

Como condição fundamental das análises de estabilidade da Barragem Barreiro foi


considerada como condições básica e fundamental de projeto e obra a remoção completa
dos terrenos aluvionares e coluvionares da fundação do barramento em toda a sua extensão
e o assentamento dos seus diversos aterros sobre os terrenos saprolíticos, todos com
SPT≥10. Além disso, todos os aterros devem atender as demais especificações técnicas.
Em especial, os aterros argilosos devem resultar homogêneos e com baixa permeabilidade.

Para a verificação e análise da estabilidade geral complementar dos taludes da barragem


Barreiro ao escorregamento fez-se uso dos métodos de Bishop Simplificado, Janbu
Simplificado e blocos deslizantes3, sendo adotada como situação crítica de carregamento
ou de cálculo o fluxo estabelecido para o talude de jusante.

Para a elaboração dos cálculos de estabilidade da barragem foram utilizados como


referência os estudos geológico e geotécnicos do Projeto Básico e os resultados dos ensaios
de cisalhamento direto e compressão triaxial realizados em amostras compactadas das
jazidas.

As análises de estabilidade da fase do Projeto Básico foram amplas e permitem a


simplificação e o aproveitamento de seus resultados, tais como as hipóteses de estabilidade
dos taludes da barragem ao final da construção e ao rebaixamento rápido do talude de
montante.

Uma vez que a seção transversal da barragem pode ser considerada como homogênea, o
seu talude de montante estará submetido a um rebaixamento rápido semelhante às várias
hipóteses de cálculo apresentadas no volume EN.B/V.RF.GR0010 da FUNCATE. O
mesmo pode ser admitido para este talude quando da consideração de carregamento de
final de construção. Para estas duas hipóteses de cálculo nenhuma nova condição menos
favorável em relação ao projeto básico foi detectada com as investigações geotécnicas
complementares.

Ademais, estas duas hipóteses de cálculo se mostram seguras para o talude de montante
uma vez que o mesmo foi mantido com inclinação de 1V:2,5H e o barramento se manteve
com altura máxima de 18,95m no km 0+186,40, a partir do terreno natural.

Na Tabela 1 são apresentados os resultados dos ensaios de cisalhamento direto e


compressão triaxial, realizados em amostras compactadas representativas da Jazida
Moxotó e dos materiais das jazidas dos Lotes 11 e 12.

Os parâmetros geotécnicos utilizados nas análises de estabilidade são apresentados na


Tabela 2, sendo que os parâmetros de resistência dos solos residuais e saprolíticos foram
minorados em relação aos dados dos ensaios da Tabela 1.

3
Para os cálculos dos FS’s foi utilizado o programa PCSTABL/Purdue University.
Projeto Executivo ● Lote D - 26 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04
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Tabela 1 – Resumo dos parâmetros geotécnicos utilizados nas análises de estabilidade dos taludes da
Barragem Barreiro

ϕ°
c (kN/m2 )
Amostra/Parâmetros c e ϕ Ângulo de Atrito interno
Coesão efetiva
efetivo

T 194 AM1/Prof. 0,7m ~0,0 38,2

T 194 AM2/Prof. 2,2m


18,2 31,8
(solo saprolítico)

T 197 AM1/Prof. 1,0m 20,0 27,5

T 197 AM2/Prof. 3,0m


32,1 25,4
(solo saprolítico)

Os demais parâmetros geotécnicos utilizados na determinação dos Fatores de Segurança


(FSs) e nas análises de estabilidade foram obtidos a partir de parâmetros típicos de aterros
de areias, dos valores adotados nas análises pregressas do projeto básico e da interpretação
dos ensaios de laboratório e de campo, em especial, os ensaios de laboratório e as
sondagens a percussão realizadas nas camadas de solos saprolíticos silto-arenosos da
fundação.

Tendo em vista as condições geotécnicas da fundação da barragem foi verificada a


estabilidade de uma seção transversal típica da barragem no trecho com a maior altura
(localizada no km 0+470), no local das sondagens SM-231 e SR-180. Essa condição
resulta em uma altura de barragem de ~15,0m em relação ao terreno natural e uma
fundação remanescente constituída de materiais (solos e/ou rocha) saprolíticos com
SPT≥10 – neste trecho, dever-se-á proceder uma escavação de solos aluvionares e
coluvionares da ordem de 3,50m até a cota ~527,3 o que resultará em uma cava de rasa.

Nas análises de estabilidade foi considerado o nível do lençol freático no nível do terreno
de jusante (cota ~527,3), o filtro de areia média e grossa na condição “afogado” e a linha
freática no espaldar de jusante com um gradiente hidráulico de 0,2. Estas podem ser
admitidas como condições hidrogeotécnicas ou de carregamento severas para o talude de
jusante de um barramento com espaldar concebido com aterros de solos residuais com
predominância de materiais com granulometria de areias silto-argilosas, com coloração
vermelha e compactados conforme especificações técnicas.

Projeto Executivo ● Lote D - 27 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Na determinação dos fatores de segurança mínimos não foi admitida nenhuma superfície
potencial de ruptura passando pelo terreno de fundação constituído de solos saprolíticos
com SPT ≥ 10 – nesta condição os terrenos de fundação da barragem podem ser admitidos
como compactos ou muito resistentes e indeformáveis para a altura do barramento.

As situações críticas de carregamento analisadas, são identificadas como Condições de 1 e


2, as quais envolvem as análises de FSs variando os parametros geotécnicos,
respectivamente, nos limites das faixas mostradas na Tabela 2. Cada uma destas condições
de cálculo ainda representam a situação crítica de carregamento de fluxo estabelecido.

- Condição 1 – Talude de jusante com inclinação 1V: 2,0H submetido a um fluxo


estabelecido – parâmetros mínimos definidos na Tabela 2;

- Condição 2 – Talude de jusante com inclinação 1V:2,0H submetido a um fluxo


estabelecido – parâmetros máximos definidos na Tabela 2;

-Condição 3 – Talude de jusante com inclinação 1V: 2,0H final de construção –


parâmetros mínimos definidos na Tabela 2 e ru4=0,1 para o aterro areno-argiloso da
barragem

Tabela 2 – Resumo dos parâmetros geotécnicos utilizados nas análises de estabilidade dos taludes da
Barragem Barreiro

Materiais/Parâmetros de c (kN/m2 ) ϕ° γsat(kN/m3)


Projeto
Coesão efetiva Ângulo de Atrito Massa Específica
interno efetivo Aparente Saturada

Solos Saprolíticos (areias


siltosas) – 20,0 35,05 24,0
Fundação/RAM/SPT≥10

Aterros areno-argiloso do
maciço principal – solos
10,0 28,0 e 30,0 21,0
coluvionares e residuais
compactados

Aterros de areia/Filtro 0 32,0 e 35 19,0

No Anexo III são apresentadas algumas das folhas resumo dos cálculos de estabilidade,
com indicação das superfícies potenciais de ruptura e os fatores de segurança (FS)
mínimos de cada uma das condições estudadas. Foram pesquisadas centenas de outras

4
ru – relação entre a pressão neutra hidrodinâmica e a pressão vertical do aterro
5
Correlação SPT x ϕ - Quaresma et al. “Investigações Geotécnicas in: Hachich, W. et al. “Fundações:
Teoria e Prática”, Editora Pini, São Paulo, 1996.
Projeto Executivo ● Lote D - 28 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04
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superfícies potenciais de ruptura, as quais entende-se dispensam apresentação, pois seus


resultados se situam acima destes valores mínimos.

Nas seções transversais das Condições 1 e 2 a linha em cor azul é a linha freática do talude
de jusante da barragem, a qual foi definida acima da camada do filtro horizontal. Nestas
condições o filtro horizontal está sob carga ou “afogado”.

Na Tabela 3 são apresentados os FS’s mínimos ao escorregamento com superfícies


potenciais de ruptura circulares e planas de cada uma das condições analisadas.

Tabela 3 – Fatores de Segurança mínimos (FS’s) dos taludes da Barragem Barreiro para as situações
de carregamento com fluxo estabelecido e final de construção

Condições/FS’s FSBishop FSJanbu FS Sliding Block

Condição1 1,471 1,486 1,581

Condição 2 1,612 1,603 1,684

Condição 3 1,502 1,513 1,793

Os fatores de segurança mínimos obtidos nos cálculos de estabilidade atendem os critérios


estabelecidos no Projeto Básico, uma vez que para a situação de final da
construção/Condição 3, com ru=0,1 os FSs são maiores do que 1,3 e para as Condições 1 e
2 representativas da situação de carregamento com fluxo estabelecido todos os valores de
FSs determinados se situam acima de 1,5.

Desta maneira, os valores de FSs mínimos determinados nesta fase, também podem ser
considerados como satisfatórios e permitem a adoção de taludes para a barragem com
inclinações de 1V:2,0H para jusante e 1V:2,5H para montante. Para isto, devem ser feitas
as remoções dos solos aluvionares e coluvionares com baixa resistência da fundação da
barragem, conforme definido nas seções do projeto.

Nesse ponto, é importante salientar que as hipóteses de cálculo acima adotadas, que
atestam à segurança do projeto com relação às possibilidades de escorregamentos dos
taludes da barragem, estão relacionadas ao cumprimento das concepções geotécnicas
estabelecidas e das especificações técnicas do projeto. O mesmo pode ser afirmado com
relação à estabilidade dos aterros quanto a rupturas hidráulicas (erosão interna – piping),
onde a prioridade no canteiro de obras deverá ser, como já observado, a obtenção de
aterros argilosos homogêneos e com baixa permeabilidade.

Recomenda-se a execução de aterros experimentais nas fases iniciais de implantação dos


aterros da barragem, e a partir destes devem ser obtidos novos parâmetros de resistência
dos solos e, em seguida, o processamento de novos cálculos e análises de estabilidade dos
taludes da barragem.

Projeto Executivo ● Lote D - 29 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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ANEXO I - REGISTROS FOTOGRÁFICOS

Projeto Executivo ● Lote D - 30 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Foto 01: Vista geral da ombreira esquerda para a direita do eixo da Barragem Barreiro – na porção
frontal vê-se os materiais de alteração de biotita gnaisse, escavados em uma trincheira de inspeção da
Ombreira esquerda, com predominância de areias média e grossa siltosa com pedregulhos de cor cinza
“mosqueado”

Foto 02: Vista geral do eixo da Barragem Barreiro – na parte frontal vê-se afloramento de blocos de
rocha no leito arenoso com pedregulhos finos do Arroio Barreiro.

Projeto Executivo ● Lote D - 31 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Foto 03: Condições de uma trincheira de inspeção da Jazida Moxotó, selecionada para o
aproveitamento dos solos coluvionares e residuais de coloração vermelha como aterro. Estes tipos de
materiais são típicos na região.

Foto 04: Espessa camada de solos saprolíticos em um trecho final do canal do Lote 11 – condição
semelhante é encontrada nas várias sondagens do eixo da Barragem Barreiro.

Projeto Executivo ● Lote D - 32 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Foto 05: Espessa camada de solos saprolíticos/saibro em um trecho final do Lote 11 – condição
semelhante à encontrada nas sondagens da Barragem Barreiro.

Foto 06: Detalhes do perfil de alteração de um corte do Lote 11 com espessas camadas de materiais de
alteração de Gnaisse, sendo que no topo da camada ocorrem os solos saprolíticos e subjacente ou na
base da imagem, a rocha alterada ou decomposta. Este é um material de transição entre o solo de
alteração e a rocha sã.

Projeto Executivo ● Lote D - 33 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Foto 07: Detalhes da camada de rocha alterada ou saprolítica (saibro) da foto anterior. Este tipo de
material se apresenta heterogêneo, com predominância de areias grossas pedregulhosas com pouca
porcentagem de fração de silte e blocos rochosos imersos na sua matriz arenosa e com feições de
terreno muito permeável e não plástico.

Foto 08: Trecho final do Lote 11, predominantemente com seção em corte e em material rochoso são.

Projeto Executivo ● Lote D - 34 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Foto 09: Vista geral de um aterro de enrocamento com rocha sã em um trecho final do Lote 11. Esse
tipo de material de aterro pode ser classificado como do Tipo D.

Foto 10: Idem, foto 09.

Projeto Executivo ● Lote D - 35 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Foto 11: Perfil de solo de alteração ou de solos residuais maduros de coloração vermelha, no primeiro
trecho de escavação do canal do Lote 12, nas proximidades da Barragem Campos. Neste perfil,
superficialmente, são encontradas camadas de solos coluvionares de pouca espessura, também, com
coloração vermelha. Este é um perfil típico da região e do qual poderão ser aproveitados os solos
coluvionares e residuais argilosos para a construção da Barragem Barreiro e demais barragens do
Lote 12.

Foto 12: Idem foto 11.

Projeto Executivo ● Lote D - 36 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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Foto 13: Idem foto 11.

Foto 14: Idem foto 11. Na base da foto, o material amarelado ou variegado é representativo da zona de
transição para as camadas saprolíticas (solos e rocha) de alteração de Gnaisse.

Projeto Executivo ● Lote D - 37 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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ANEXO II - CURVAS GRANULOMÉTRICAS

Projeto Executivo ● Lote D - 38 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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CRITÉRIO DE DRENAGEM
D15 ( filtro )
≥5
D15 ( solo )

Solo Coluvionar X Areia

D15 ( Areia )
≥5
D15 (Coluvionar )
1) 0,38 =760 2) 0,23 =460
0,0005 0,0005

3) 0,38 =3800 3) 0,23 =2300


0,0001 0,0001

Areia X Brita

D 15 ( Brita )
≥ 5
D 15 ( Areia )
1) 3,40 =8,95 2) 2,20 =5,79
0,38 0,38

3) 3,40 =14,78 3) 2,20 =9,57


0,23 0,23

Brita Graduada (C) X Enrocamento (E2)

D15( Enrocamento.)
≥5
D15( Brita)
1) 63,0 =18,53 2) 22,0 =10,00
3,4 2,2

3) 63,0 =28,64 3) 22,0 =6,47


2,2 3,4

CRITÉRIO DE FILTRO
D 15 ( filtro )
≤ 4
D 85 ( solo )

Solo Coluvionar (A) X Saprolito Plástico (B1)

D15( Areia )
≤4
D 85(Coluvionar )
1) 0,23 0,05 2) 0,38 0,08
4,90 4,90

3) 0,23 0,31 3) 0,38 0,51


0,74 0,74

Saprolito Plástico (B1) X Brita Graduada (C)

D 15 ( Brita )
≤ 4
D 85 ( Areia )
1) 3,40 0,85 2) 2,20 0,55
4,00 4,00

3) 3,40 2,83 3) 2,20 1,83


1,20 1,20

Brita Graduada (C) X Enrocamento (E2)

D15( Enrocamento.)
≤4
D85( Brita)
1) 63,00 1,91 2) 22,00 0,67
33,00 33,00

3) 63,00 2,63 3) 22,00 0,92


24,00 24,00

Projeto Executivo ● Lote D - 39 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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CRITÉRIO DE CONTENÇÃO
D15 ( filtro )
≤9
D 85 ( solo )

Solo Coluvionar (A) X Saprolito Plástico (B1)

D15 ( Areia )
≤9
D 85 (Coluvionar )
1) 0,23 0,05 2) 0,38 0,08
4,90 4,90

3) 0,23 0,31 3) 0,38 0,51


0,74 0,74

Saprolito Plástico (B1) X Brita Graduada (C)

D15 ( Brita )
≤9
D 85 ( Areia )
1) 3,40 0,85 2) 2,20 0,55
4,00 4,00

3) 3,40 2,83 3) 2,20 1,83


1,20 1,20

Brita Graduada (C) X Enrocamento (E2)

D15( Enrocamento.)
≤9
D85( Brita)
1) 63,00 1,91 2) 22,00 0,67
33,00 33,00

3) 63,00 2,63 3) 22,00 0,92


24,00 24,00

PERCENTAGEM PASSANTE NOS DIÂMETROS D15, D50 E D85 DOS MATERIAIS

Ø
D15 (mm) D50 (mm) D85 (mm)
Material
Enrocamento
63 300 400
(Faixa 1 )
Enrocamento
22 74 125
(Faixa 2)
Brita
3,4 14 33
(Faixa 1)
Brita
2,2 7,1 24
(Faixa 2)
Areia
0,38 0,93 4
(Faixa 1)
Areia
0,23 0,52 1,2
(Faixa 2)
Solo Coluvionar
0,0005 0,31 4,9
(Faixa 1)
Solo Coluvionar
0,0001 0,0036 0,74
(Faixa 2)
Percentagem Passante nos diâmetros D15, D50 e D85 dos materiais.

Projeto Executivo ● Lote D - 40 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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CURVA GRANULOMÉTRICA - SEDIMENTAÇÃO COM DEFLOCULANTE
PENEIRAS (A.S.T.M)

1,1/2"
3/4"
3/8"
200

100

1"
40

10

2"
50

16
30
100 0

90 10

80 20

70 30
PERCENTAGEM PASSANTE (%)

PERCENTAGEM RETIDA (%)


60 40
Brita
Graduada

50 50
Areia
Solo coluvionar
40 60

Enrocamento
30 70

20 80

10 90

0 100
0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

AREIA PEDREGULHO
ARGILA SILTE
FINA MÉDIA GROSSA FINO MÉDIO GROSSO

Projeto Executivo ● Lote D - 41 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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ANEXO III – SEÇÕES TRANSVERSAIS DA BARRAGEM


COM CÁLCULOS DE FS E SUPERFÍCIES POTENCIAIS DE
RUPTURA DAS ANÁLISES DE ESTABILIDADE DE
TALUDES

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Projeto Executivo ● Lote D - 45 - 1240-MMO-2113-04-02-001-R04


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