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Companhia Catarinense de Águas e Saneamento


Diretoria de Operação e Expansão - DO
Gerência de Políticas Operacionais – GPO

PROJETO BÁSICO

Contratação de Empresa Especializada para Elaboração do Plano de Segurança


de Barragem (PSB), Elaboração do Plano de Ação de Emergência (PAE) e
realização de Inspeção Regular de Segurança (IRS), da Barragem do Rio São
Bento, no município de Siderópolis/SC.

Florianópolis, outubro/2022.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
2 OBJETO ....................................................................................................................... 3
3 LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA ........................................................................... 3
4 LOCALIZAÇÃO .......................................................................................................... 4
4.1 Descrição Geral da Barragem ................................................................................. 5
5 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS ........................................................ 8
5.1 Atualização e Revisão do Plano de Segurança de Barragem (PSB) ....................... 8
5.2 Elaboração do Plano de Ação de Emergência (PAE) ........................................... 11
5.3 Inspeção Regular de Segurança (IRS) .................................................................. 14
6 PRODUTOS ESPERADOS ...........................................................................14
6.1 Relatório de Metodologia ..................................................................................... 14
6.2 Revisão do Plano de Segurança de Barragem....................................................... 19
6.3 Elaboração do PAE ............................................................................................... 17
6.4 Inspeção de Segurança Regular ............................................................................ 15
7 PRAZO CONTRATUAL .................................................................................19
7.1 Administração e Gerenciamento do Contrato ....................................................... 21
8 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES ......................................................... 21
8.1 Premissas .............................................................................................................. 21
8.2 Obrigações da CONTRATANTE - CASAN ........................................................ 21
8.3 Obrigações da CONTRATADA – LICITANTE .................................................. 22
9 DOCUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONSULTA .......................................... 22
10 GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS ............................................. 23
11 PAGAMENTO ........................................................................................................... 23
12 EXIGÊNCIAS TÉCNICAS ....................................................................................... 23
12.1 Exigência Técnica da LICITANTE ...................................................................... 23
12.2 Exigência Técnica da Equipe ................................................................................ 24
13 INFORMAÇÕES TÉCNICAS COMPLEMENTARES ......................................... 26

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1 INTRODUÇÃO

A Lei nº 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de


Barragens (PNSB), estipula, como um dos instrumentos dessa política, a elaboração do
Plano de Segurança da Barragem (PSB), que deve, em determinados casos, conter o
Plano de Ação de Emergência (PAE) e que também deve conter relatórios das inspeções
de segurança, como as inspeções de segurança regulares (ISR).
Conforme estabelecido na Lei nº 12.334/2010, art. 10, a Revisão Periódica de Segurança
de Barragem deverá ser realizada com o objetivo de verificar o estado geral de
segurança da barragem, considerando o atual estado da arte para os critérios de projeto,
a atualização dos dados hidrológicos e as alterações das condições a montante e a
jusante da barragem. Procura não só verificar o estado geral da barragem, como propor
ações de reabilitação e melhoria (caso necessário).
O PAE é um documento formal, a ser elaborado pelo empreendedor, no qual estão
identificadas as situações de emergência em potencial da barragem, estabelecidas as
ações a serem executadas nesses casos e definidos os agentes a serem notificados de
tais ocorrências, com o objetivo de minimizar danos e perdas de vidas

2 OBJETO

O presente Projeto Básico tem como objeto a contratação de serviços para


atualização e revisão do Plano de Segurança de Barragem (PSB), de elaboração do
Plano de Ação de Emergência (PAE) e da realização da Inspeção Regular de Segurança
(IRS), da Barragem do Rio São Bento (BRSB), localizada no município de Siderópolis,
em Santa Catarina, de acordo com as instruções, exigências e condições estabelecidas
na Lei Federal nº 12.334/2010, em resoluções do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos (CNRH) e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) ou regulamentos
emitidos pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE),
entidade fiscalizadora de segurança de barragens no Estado.

3 LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA

 Lei Federal Nº 12.334/2010 e suas alterações, conforme Lei Federal Nº


14.066/2020;

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 Resolução CNRH Nº 230/2022;

 Resolução CNRH Nº 144/2012 e suas alterações, conforme a Resolução


CNRH Nº 178/2016 e Resolução CNRH 223/2020;

 Resolução CNRH Nº 37/2004;

 Portaria SDE Nº 448/2019;

 Portaria SDE Nº 450/2019, e;

Caso ocorra a publicação de nova legislação ou a atualização das legislações


citadas, a CONTRATADA deverá se adequar às novas resoluções, portarias e
legislações.

4 LOCALIZAÇÃO

A Barragem do Rio São Bento, da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, está


localizada após a confluência do Rio Serrinha e do Rio São Bento, na localidade de São
Pedro, no município de Siderópolis, no sul do Estado de Santa Catarina, a 10 Km da
cidade de Nova Veneza, nas coordenadas 28º36’34” Sul e 49º33’33” Leste, conforme
apresentado na Figura 01.

Rio Serrinha Rio São Bento


montante

Rio São Bento


jusante

Figura 01 – Barragem do Rio São Bento. Fonte: CASAN, 2022.

A Barragem do Rio São Bento é classifica como: Dano Potencial Associado (DPA) Alto e
Matriz de Categoria de Risco Médio, sendo classe A, conforme Portaria Nº 448/2019, da

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Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) e classificação


do Cadastro Estadual de Segurança de Barragens – CESB. Segundo o Art. 13, da
Portaria Nº 448/2019, a IRS deverá ser realizada pelo empreendedor, no mínimo, uma
vez por ano.

4.1 Descrição Geral da Barragem

A Barragem do Rio São Bento é do tipo mista de concreto e de enrocamento com núcleo
de argila. A barragem de concreto é de gravidade, em concreto compactado com rolo
(CCR). O trecho de concreto possui 228m e os trechos de enrocamento do lado esquerdo
e direto, possuem 140m e 108m, respectivamente, totalizando 476m de comprimento. A
Barragem do Rio São Bento possui 49m de altura máxima sobre a fundação e 38m de
altura máxima sobre o leito natural do rio. A cota de coroamento da barragem de concreto
é de 159,5m e do enrocamento é de 160m.
O aproveitamento é constituído também por dois maciços sobre pontos de fuga,
denominados Dique Principal e Dique Secundário, localizados na margem esquerda do
reservatório. Os Diques são zoneados, com núcleo de argila e espaldares em cascalho.
O Dique Principal possui 25m de altura máxima sobre a fundação e 258m de
comprimento da crista. O Dique Secundário possui 20m de altura máxima sobre a
fundação e 250m de comprimento. A cota de coroamento de ambos os diques é de
160m.

O vertedouro da Barragem do Rio São Bento é do tipo frontal conformado a um perfil


Creager. Possui uma altura da crista de 37m e largura de 100m, com a calha de
descarga em degraus, sendo a cota da soleira do vertedouro (CSV) de 157,5m. A vazão
de dimensionamento é de 150 m³/s.

O reservatório da Barragem do Rio São Bento é de uso múltiplo, cujo objetivo é o


abastecimento humano, a irrigação, o amortecimento de cheias e a manutenção da
vazão ecológica do rio São Bento. O lago de acumulação possui uma área inundada de
450ha, no nível d’água máximo normal (CSV) na cota 157,5 m. O volume útil acumulado
é de 53,2hm³ e um volume “morto” de 5,0hm³, totalizando um volume total de 58,2hm³. A
vazão regularizada média mensal é de 1,36m³/s para abastecimento público e de
1,01m³/s para irrigação. As estruturas são apresentadas na Figura 2. As principais
características da barragem são apresentadas no Quadro 01.

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Dique Principal

Dique Secundário

Barragem Principal

Figura 02 – Descrição Geral da Barragem. Fonte: CASAN, 2022.

Quadro 01 – Características da BRSB.


Principais características da Barragem do Rio São Bento
Denominação Oficial Barragem do Rio São Bento
Companhia Catarinense de Águas e Saneamento –
Empreendedor
CASAN
Localização
Rios São Bento e Serrinha
Município Siderópolis
Unidade da Federação Santa Catarina
Coordenadas Geográficas 28°36'34.79"; 49°33'33.52"
Existência de barragens a
Não
montante e a jusante
Barragem
Mista: de concreto e enrocamento de núcleo de
Tipo
argila compactada revestida com seixo
Altura máxima acima da
49 m
fundação
Cota do coroamento 160 m
Comprimento do coroamento 476 m
Largura do coroamento 5m
Inclinação do paramento de
1 (V): 1,5 (H)
montante

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Inclinação do paramento de
1 (V): 1,6 (H) com bermas
jusante
Bacia Hidrográfica
Área 113,79 km²
Precipitação anual média na
1800 mm
bacia
Volume anual médio afluente 3,12 m³/s
Vazões máximas 547 m³/s
Características Geológicas Regionais
Fundação Solo coluvionar
Suscetibilidade a
escorregamento de taludes Sim
do reservatório
Sismicidade potencial Não
Reservatório
Nível Mínimo Operacional
136,18 m
(NmO)
Nível Máximo Normal (NMN) 157,50 m
Nível de máxima cheia
159,50 m
(T=100 anos)
Capacidade total do
58,20 hm³
reservatório
Capacidade útil do
53,20 hm³
reservatório
Área inundada (NMN) 4,50 km²
Tempo de esvaziamento 225 dias
Extravasor de cheias
Localização Latitude: 28°36’34,79” S; Longitude: 49°33’33.52” O
Tipo Vertedouro Soleira livre
Comprimento 105 m
Largura (na seção
1,70 m
constante)
Modalidade de dissipação de
Perfil Creager
energia
Comprimento 105 m
Largura 41,20 m
Descarregador de Fundo
Solução 02 Registros de gaveta
Localização Latitude: 28°36’33” S; Longitude: 49°33’31” O
Vazão (sob o NMN) 24,76
Cota da soleira à entrada 127,94 m
Comprimento da conduta 49,30 m
Tipo de comportas Registro de gaveta
Comprimento da bacia de
30 m
dissipação
Fonte alternativa de energia Não
Possibilidade de manobra
Sim
manual
Comando à distância Não

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Tomada d’água
Solução Comportas em níveis alternados
Localização Latitude: 28°36’32,47” S; Longitude: 49°33’32.79” O
Controle à entrada Comportas
Registro de gaveta e válvula dispersora e comporta
Controle à saída
vagão.
Mínimo Operativo da 1ª abertura: 156,18 m
Mínimo Operativo da 2ª abertura: 151,18 m
Cotas das tomadas d’água à
Mínimo Operativo da 3ª abertura: 146,18 m
entrada
Mínimo Operativo da 4ª abertura: 141,18 m
Mínimo Operativo da 5ª abertura: 136,18 m
Fonte alternativa de energia Não
Possibilidade de manobra
Sim
manual
Comando à distância Não
Fonte: CASAN, 2022.

5 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

5.1 Elaboração do Plano de Segurança de Barragem (PSB)

As atividades de elaboração do PSB, deve incluir no mínimo, as seguintes atividades:


5.1.1 Coleta de documentação da barragem e de dados básicos:
 Documentação do projeto e construção e operação/manutenção da barragem;
 Documentação do Plano de Gerenciamento de Risco da barragem;
 Dados hidrológicos, geológicos, geotécnicos e sismológico atualizados.
5.1.2 Inspeção Regular de Segurança (IRS):
 Planejamento e execução no campo, conforme as atividades definidas no item
5.3 deste Projeto Básico.
 Avaliação e apresentação dos resultados.
5.1.3 Estudos Hidrológicos:
 Obtenção e atualização dos dados hidrológicos básicos, utilizando os dados
da estação meteorológica da Barragem do Rio São Bento (desde o ano 2000
a dias atuais);
 Obtenção e atualização dos hidrogramas das cheias naturais para vários
períodos de recorrência; hidrograma da cheia natural e modificada, para
verificação da adequação dos órgãos extravasores; e atualização das regras
de operação do reservatório;
 Atualização do estudo de inundação das cheias de projeto e de ruptura.

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5.1.4 Elaboração do Plano de Ação de Emergência (PAE), conforme determinação da


entidade fiscalizadora:
 Conforme as atividades definidas no item 5.2 deste Projeto Básico.
5.1.5 Estudos geológicos, geotécnicos e sismológicos:
 Revisar mapas geológicos, classificação dos testemunhos das sondagens e
outras informações geológico-estruturais;
 Dar atenção particular aos aspectos que influenciam o projeto,
designadamente, as zonas de cisalhamento, falhas, diaclases, cavernas,
deslizamentos e os materiais de construção;
 Revisar os ensaios de laboratório e de campo relativos à fundação e aos
materiais de construção;
 Correlacionar a atitude das descontinuidades com a estabilidade dos taludes,
estabilidade da fundação e cargas na barragem e reservatório;
 Analisar a compatibilidade da caracterização geotécnica definida no projeto
com a situação encontrada durante a construção da barragem;
 Revisar estudos sismológicos visando a definição das ações sísmicas, se for o
caso.
5.1.6 Estudos da fundação da barragem e do reservatório:
 Avaliação da ocorrência de erosão interna devida à percolação da água pelo
maciço de fundação;
 Análise das vazões de percolação;
 Análise de subpressões em barragens de concreto;
 Análise das perdas de água por infiltração no reservatório, inclusive para vales
colaterais e medidas para evitar ou diminuir perdas de água;
 Análise da estabilidade do reservatório.
5.1.7 Avaliação das estruturas extravasoras e de operação:
 Avaliar vertedouro;
 Descarregador de fundo;
 Propriedades dos materiais de construção, sua colocação em obra e ensaios
de controle.
 Avaliar condição e tratamentos de fundação.
5.1.8 Barragens de terra e de enrocamento:

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 Propriedades dos materiais dos aterros, sua colocação em obra e ensaios de


controle;
 Condições e tratamentos de fundação;
 Análises adicionais de verificação do projeto.
5.1.9 Barragens de concreto:
 Propriedades dos materiais de construção, sua colocação em obra e ensaios
de controle;
 Condições e tratamentos de fundação;
 Análises adicionais de verificação do projeto.
5.1.10 Revisão dos procedimentos de operação e manutenção:
 Plano e registros de operação;
 Área do reservatório e potencial ocorrência de deslizamentos e de
assoreamento;
 Critérios de primeiro enchimento e procedimentos de operação associados;
 Barragens existentes a montante e a jusante, se houver;
 Plano e registros de manutenção das estruturas e dos equipamentos eletro e
hidromecânicos;
 Análise da frequência dos testes dos equipamentos;
 Análise de eventuais intervenções de reparação da estrutura da barragem;
 Planejamento de manutenção da barragem e dos órgãos extravasores;
 Sistemas de comunicação e sistemas de alarme.
5.1.11 Revisão dos procedimentos, equipamento e registros de instrumentação e
monitoramento:
 Plano de monitoramento e instrumentação;
 Análise do estado de conservação da instrumentação da barragem e da
fundação;
 Análise dos registros dos instrumentos e sua interpretação.
5.1.12 Relatórios de revisões periódicas de segurança anteriores:
 Análise dos procedimentos seguidos nessas revisões quanto à segurança da
barragem;
 Verificação da implementação de eventuais medidas de reabilitação
propostas.
5.1.13 Reavaliação da Categoria de risco e do dano potencial associado:

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 Reavaliação das características técnicas da barragem, do estado de


conservação da barragem e do Plano de Segurança da barragem;
 Reavaliação das condições de ocupação a jusante;
 De acordo com a Resolução Nº 143 do CNRH, o relatório da revisão periódica
poderá justificar uma nova classificação da barragem.

Para a definição do conteúdo e dos critérios de elaboração destas componentes e


anexos devem ser seguidas as especificações que constam do “Guia de Revisão
Periódica de Segurança de Barragem “, publicado pela ANA.

5.2 Elaboração do Plano de Ação de Emergência (PAE)

As atividades a considerar para a elaboração do PAE devem ser organizadas em função


da especialidade necessária para o seu desenvolvimento, sendo as seguintes:
5.2.1 Caracterização da Barragem:

 Inspeção da barragem com um nível de detalhamento que permita a correspondente


caracterização e a dos seus órgãos extravasores, instrumentação e acessos;
 Identificação dos meios e recursos em situação de emergência;
 Desenvolvimento de critérios para detecção, avaliação e classificação das situações
de emergência para cada nível de resposta.

5.2.2 Modelagem de cheias e o traçado do mapa de inundação:

 Simulação da cheia induzida pela ruptura da barragem para o cenário de ruptura


mais desfavorável, mas podendo ser adotado, quando devidamente justificado, o cenário
de ruptura mais provável;
 Simulação da cheia de dimensionamento do vertedouro;
 Traçado do mapa de inundação, preferencialmente sobre cartografia à escala
1:25.000, podendo ser adotadas escalas menores (1:50.000, por exemplo),
nomeadamente, em casos onde existam vastas zonas sem ocupação humana. Nas áreas
mais urbanizadas, nas localidades São Bento Alto, São Bento Baixo e em Forquilhinha,
adotar escala de 1:10.000.
 Realização do levantamento topográfico à escala 1:25.000 para apoio aos estudos
de modelagem das cheias. O proponente poderá utilizar o Modelo Digital de Terreno

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(MDT) da SDS (2010), para iniciar a modelagem, sendo que nas áreas mais sensíveis,
onde ocorrerão erros, deverá realizar topografia ou batimetria para correção do modelo.
 A proponente deverá levar em consideração os canais de irrigação existentes na
planície de inundação, na elaboração da modelagem de cheias.
 Realização de topobatimetria no reservatório da barragem do Rio São Bento para
atualização de curvas cota x área x volume;
 Realização de batimetria na calha dos rios São Bento jusante, Mãe Luzia e
Araranguá, até a foz com o oceano, em no mínimo 180 trechos (a cada 500 metros).

5.2.3 Caracterização do vale a jusante:

 Traçado do mapa da zona de autossalvamento (ZAS) sobre cartografia no mínimo à


escala 1:25.000;
 Caraterização do vale a jusante por observação remota da ocupação da área
delimitada, tendo por base imagens de satélite ou, quando existente, cartografia
temática a diferentes escalas;
 A proponente deverá levar em consideração os canais de irrigação existentes na
planície de inundação.
 Contato com os Órgãos de Defesa e Proteção Civil Municipal dos municípios que
poderiam ser afetados, conforme modelagem do mapa de inundação e com a Defesa
Civil Estadual solicitando o apoio na identificação de pontos vulneráveis na ZAS,
tendo em vista que a presença de uma figura da defesa civil pode favorecer a
participação dos residentes da ZAS;
 Inspeção da ZAS para identificação, tipificação e levantamento das coordenadas das
estruturas e pontos vulneráveis.

5.2.4 Definição das responsabilidades e plano de treinamento do PAE:

 Definição das responsabilidades gerais no PAE;


 Definição das ações esperadas para cada nível de resposta;
 Elaboração do plano de treinamento do PAE.

5.2.5 Procedimentos em caso de emergência:

 Definição dos procedimentos de notificação;

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 Definição do sistema de alerta à população;


 Contato com os Órgãos de Defesa e Proteção Civil Municipal e/ou Estadual para
apresentação e discussão de procedimentos de notificação e do sistema de alerta na
ZAS;
 Desenvolvimento de formulários direcionados para o PAE.

O PAE é materializado por documentos vinculativos, cuja elaboração é da


responsabilidade do Empreendedor, relativo à segurança da barragem, do reservatório e
do vale a jusante na zona de autossalvamento (ZAS). Deve ser constituído pelos
seguintes produtos: um Volume Geral e um conjunto de Anexos.
O designado Volume Geral deve ser constituído pelas seguintes seções:
Seção I - Informações gerais do PAE e da barragem;
Seção II - Detecção, avaliação, classificação e ações esperadas para cada nível de
resposta;
Seção III - Procedimentos de notificação e sistema de alerta;
Seção IV - Responsabilidades gerais no PAE;
Seção V - Síntese do estudo de inundação com os respectivos mapas.
A Seção VI do PAE deve ser constituída pelos seguintes anexos:
a) Anexo 1 – Plano de treinamento do PAE;
b) Anexo 2 – Meios e recursos em situação de emergência;
c) Anexo 3 – Formulários direcionados para o PAE;
d) Anexo 4 – Coordenadas das estruturas e pontos vulneráveis na ZAS.

Para a definição do conteúdo e dos critérios de elaboração destas componentes e


anexos devem ser seguidas as especificações que constam do “Guia de Orientação e
Formulários dos Planos de Ação de Emergência “, publicado pela ANA.

Todos os serviços serão elaborados de acordo com as especificações a seguir, e


apresentados na forma de produtos do serviço. As faturas somente serão liberadas para
pagamento, após a aprovação pela FISCALIZAÇÃO da CASAN do produto entregue, não
sendo aceito, para efeito de pagamento, entregas parciais dos produtos.

Nota: Todas as informações deverão ser embasadas em documentos oficiais, fotos,


registros, relatórios e plantas indicando as fontes de referência.

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Para cada produto é associado a uma remuneração específica e um prazo de


execução, conforme apresentado nos itens 6. Pagamento e 3.8 Prazo contratual,
respectivamente.

5.3 Inspeção Regular de Segurança (IRS)

A inspeção de segurança regular da barragem deve incluir, no mínimo, as seguintes


atividades:

i. análise de todos os documentos disponíveis para consulta referidos no item 9


deste TR;
ii. realização da inspeção no campo:
a) contemplando todas as zonas da barragem: o talude de montante, a crista,
o talude de jusante, as ombreiras, a zona do reservatório e os órgãos
extravasores e de operação; acompanhada do preenchimento de uma
ficha de inspeção;
b) com a leitura dos instrumentos existentes;
c) avaliação e apresentação dos resultados.

Para a definição do conteúdo e dos critérios de elaboração destas componentes e


anexos devem ser seguidas as especificações que constam do “Guia de Orientação e
Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem”, publicado pela ANA.

6 PRODUTOS ESPERADOS
Os produtos a serem entregues pela CONTRATADA deverão atender, no mínimo os
seguintes requisitos.

6.1 Produto 1 - Relatório de Metodologia

Neste relatório deverão estar descritas todas as metodologias a serem utilizadas pela
empresa executora na elaboração do PSB, na elaboração do PAE e no planejamento
para Inspeção Regular de Segurança, com sua respectiva fundamentação teórica bem
como a descrição dos profissionais que farão parte do estudo com suas respectivas
ARTs. O conjunto de ARTs apresentadas deverão abranger a execução de todo o escopo

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(não apenas a supervisão ou coordenação). Neste documento deverá ser explicitado o


coordenador geral dos trabalhos com sua(s) respectiva(s) ART(s).

No documento também deverá estar descrita a metodologia dos ensaios exigidos para
caracterização da propriedade dos materiais de construção, sua colocação em obra e
controle, seja para concreto ou terra, conforme o Guia de Revisão Periódica de
Segurança, publicado pela ANA.

Deverão ser apresentados os certificados de calibração dos equipamentos utilizados nos


levantamentos, bem como a certificação do(s) laboratório(s) para cada parâmetro de sua
competência.

Neste relatório também deverá ser apresentada uma caracterização preliminar da área
de estudo com base em dados secundários, bem como um compilado inicial de fontes
secundárias que executaram levantamentos na região. A consultora também poderá
apresentar proposta de alteração da ordem dos produtos elencados no item 6 deste TR
neste relatório, desde que devidamente justificado.

Referente aos levantamentos topográficos e batimétricos: deverão ser descritas as


metodologias de campo, os equipamentos e o planejamento das linhas das seções
topográficas.

Referente à modelagem matemática deverão ser descritas as características dos


modelos numéricos a serem utilizados, identificando todos os eventuais softwares de
apoio utilizados, bem como detalhados os procedimentos de calibração dos modelos.

6.2 Produto 2 - Inspeção de Segurança Regular

A inspeção de segurança regular da barragem tem como produtos finais a ficha de


inspeção e o relatório de inspeção (Produto 2).

A ficha de inspeção deve ser preenchida durante a inspeção no campo, com a


identificação, classificação da magnitude e nível de perigo das anomalias encontradas.

O relatório de inspeção deve conter:

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a) toda a informação recolhida, devidamente documentada com fotografias;


b) análise cuidadosa das anomalias identificadas na ficha de inspeção, sua
magnitude e nível de perigo e sua eventual reclassificação;
c) comparação com os resultados da inspeção de segurança regular anterior;
d) revisão dos registros de instrumentação disponíveis;
e) validação e interpretação dos dados da leitura dos instrumentos;
f) análise do comportamento da barragem;
g) classificação do nível de perigo da barragem;
h) indicação da necessidade de manutenção, pequenos reparos ou realização de
inspeção de segurança especial;
i) no caso de se concluir pela necessidade de melhorias, devem ser apresentados a
respectiva estimativa de custo e, se possível, o prazo de execução.

Devem ser seguidos os modelos de ficha de inspeção e de relatório de inspeção,


constantes do Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de
Barragem, conforme o Art. 35, da Portaria SDE Nº 448/2019.

Sendo a entidade fiscalizadora a SDE e de acordo com o Art. 14 de sua Portaria Nº


448/2019, deve ainda ser
preenchido o extrato da inspeção, contendo:

 a classificação do nível de perigo da barragem;


 a identificação das anomalias, sua magnitude e nível de perigo;
 a necessidade de reparos ou de inspeção especial.
No Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragens,
encontra-se o modelo de extrato adotado pela ANA.

O extrato da inspeção regular deve ser enviado pelo sítio


http://www.cadastrobarragens.sc.gov.br, até 31 de dezembro do ano da realização da
ISR. Também deverá ser preenchido o Extrato da ISR e inserir uma cópia digital do
Relatório da ISR, bem como da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica.

No caso de o NPGB ser classificado como Emergência, o empreendedor deverá informar


imediatamente à SDE e à Defesa Civil.

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6.3 Produto 3 e Produtos Parciais - Elaboração do PAE

Produto Parcial 3.1 – Relatório contendo as evidências das atividades de inspeção da


barragem e elaboração dos critérios de detecção de situações de emergência, conforme
descrito no item 4.1 deste TR. A Atividade 1 deve dar resposta às seguintes
componentes do PAE: Seção I - Informações gerais do PAE e da barragem e Seção II -
Detecção, avaliação, classificação e ações esperadas para cada nível de resposta.

Produto Parcial 3.2 – Relatório contendo os estudos de modelagem de cheias e ao


traçado do mapa de inundação, conforme descrito no item 4.2 deste TR. A Atividades 2
deve dar resposta à componente do PAE: Seção V - Síntese do estudo de inundação
com os respectivos mapas. Para elaboração do item 3.2.4 – Levantamento Topográfico e
Batimétrico para modelagem de cheias, deverá representar em uma planta ou carta a
situação planialtimétrica da área de inundação a jusante do Barramento. O levantamento
deverá ser apresentado em SAD69 e em SIRGAS 2000; deve ser feito um
processamento para cada DATUM, não sendo aceito conversões feitas por softwares. O
levantamento deverá partir de marcos geodésicos da CASAN, a serem informados antes
do início dos trabalhos. O planejamento e realização dos serviços devem estar de acordo
com os seguintes documentos:
 ABNT NBR13133 - 1994 - Execução de levantamento topográfico;
 Manual de Topografia – 3ª Edição da CASAN, disponível em
https://www.casan.com.br/ckfinder/userfiles/files/Documentos_Download/Topograf
ia_3Edicao.pdf
 Resolução R. PR nº5, de 31/03/1993 (Levantamentos GPS);
 Resolução PR nº22, de 21/07/1983 (Levantamentos geodésicos) do IBGE, e;
 Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS, de abril de 2008
elaborada pelo IBGE.
A apresentação dos trabalhos em CAD deve seguir o “Manual de Apresentação e
Representação Gráfica de Desenho em C.A.D. – 3ª edição”, de dezembro de 2018.
Os pontos dos arquivos “.dwg” enviados devem ter compatibilidade com o software
CASANCAD (padrão de importação do software Posição). Caso a contratada não possua
o software Posição, deverá ser encaminhado arquivo “.txt” contendo os pontos do
levantamento topográfico, que serão então convertidos pela CASAN para .dwg para
possibilitar leitura pelo software CASANCAD. Após convertido, o arquivo. dwg será

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encaminhado novamente à contratada, e caberá a esta elaborar/finalizar o desenho de


acordo com o Manual de Apresentação e Representação Gráfica de Desenho em C.A.D.
– 3ª edição e Manual de Topografia – 3ª Edição da CASAN.
Deve ser apresentado para análise e entregue relatório técnico do serviço realizado
contendo fotos do serviço e dos pontos de apoio (que facilite a localização), período de
execução, localização, relação de aparelhos utilizados e demais informações
necessárias.
Deve ser apresentado para análise e entregue os dados brutos (em RINEX no caso do
GNSS) assim como os relatórios de processamento e ajustamento de poligonais, do
processamento de rastreios estáticos e transporte de coordenadas através de GNSS. Os
croquis de campo devem ser escaneados e apresentados no formato “pdf”.
Os levantamentos feitos pelo método RTK devem passar por pós processamento através
de software para ajustamento de suas coordenadas e cotas, mesmo que tenham partido
de base com coordenadas já corrigidas/ajustadas. Os dados de software devem ser
encaminhados em formato RINEX ou compatível com os softwares Leica Geo Office ou
Topcon Tools.
Os memoriais descritivos de áreas assim como monografias de pontos devem seguir
padrão utilizado pela CASAN, sendo fornecido modelo pelo gestor e fiscais do contrato.
Todos os arquivos deverão ser entregues (inclusive para análise) em mídia física (CD,
DVD ou pen drive) e, nos casos que forem necessários impressos em quantas vias forem
necessárias e acordadas junto ao gestor e fiscais do contrato.

Produto Parcial 3.3 – Relatório contendo a caracterização do vale a jusante para


definição das ZAS, conforme descrito no item 4.3 deste TR. A Atividades 3 deve dar
resposta à componente do PAE: Seção V - Síntese do estudo de inundação com os
respectivos mapas.

Produto Parcial 3.4 – Relatório contendo a definição das responsabilidades e plano de


treinamento do PAE, conforme descrito no item 4.4. A Atividade 4, que deve dar resposta
à componente do PAE Seção IV - Responsabilidades gerais do PAE”.

Produto Parcial 3.5 – Relatório contendo os procedimentos em caso de emergência,


conforme item 4.5 deste TR. A Atividade 5 deve dar resposta à componente do PAE,
Seção III -Procedimentos de notificação e sistema de alerta.

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Produto Parcial 3.6 – Edição do documento incluindo plano de treinamento do PAE.


Realização e comprovação do treinamento do PAE com a equipe envolvida.

Produto 3 – Volume Geral do PAE, apresentando todas as Seções e Anexos, conforme


descrito no item 4.6 deste TR. Adicionalmente deverá ser entregue ao contratante uma
memória descritiva, independente do PAE, apresentando as condições, as metodologias
e os resultados da modelagem da cheia induzida pela ruptura da barragem e da cheia de
dimensionamento do vertedouro.

6.4 Produtos 4 e 5 - Elaboração do Plano de Segurança de Barragem

Os elementos resultantes das atividades realizadas e listadas no item 5.1 devem ser
integrados no Relatório Final (Produto 4).
Nesse relatório, em face aos resultados dessas atividades, devem ser apresentadas
conclusões sobre a segurança da barragem e recomendações sobre as ações a
implementar, referentes a melhorias a implementar na barragem, seus órgãos
extravasores e no reservatório, se for o caso.
Essas recomendações devem ser analisadas numa perspectiva da importância dos
riscos, do custo/benefício das melhorias e respectivas prioridades.
Em anexo do Relatório Final (Produto 5) deve figurar a memória descritiva dos estudos
realizados.
Deverá igualmente ser elaborado um Resumo Executivo, incluindo informação
simplificada sobre os temas analisados e conclusões e recomendações sobre as
melhorias a implementar.
Os produtos resultantes da Revisão Periódica de Segurança devem ser entregues em
duas vias em papel e em arquivo digital.

7 PRAZO CONTRATUAL
O prazo de execução dos serviços será de 270 (duzentos e setenta) dias corridos,
após a assinatura do contrato, sendo distribuídos, conforme as seguintes etapas de
desenvolvimento dos trabalhos, apresentadas no Quadro 02.

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Quadro 02 – Cronograma de Execução


DIAS
ATIVIDADES PRODUTOS
30 60 90 120 150 180 210 240 270

Relatório de Metodologia Produto 1


Ficha de Inspeção e Relatório de
Inspeção de Segurança (IRS) Produto 2
1 - Inspeção à barragem e
critérios para detecção de Produto Parcial
situações de emergência. 3.1
2 - Estudo de inundação e de
simulação das cheias induzidas Produto Parcial
pela ruptura e de 3.2
dimensionamento do vertedouro
Plano de Ação Emergencial

3 - Inspeção, caraterização do
vale a jusante e levantamento Produto Parcial
das coordenadas das estruturas 3.3
e pontos vulneráveis na ZAS.
4 - Definição das
responsabilidades gerais no Produto Parcial
PAE e das ações de resposta e
dos procedimentos preventivos 3.4
e corretivos.

5 - Procedimentos de notificação Produto Parcial


e sistema de alerta. 3.5

6 - Edição do documento Produto Parcial


incluindo plano de treinamento
do PAE. 3.6

Volume Geral do PAE e Anexos Produto 3

Relatório Final do PSB Produto 4

Anexos ao Relatório Final do PSB Produto 5

Observações:

 A entrega de cada produto deverá ser acompanhada da versão revisada,


aprovada e assinada pelo responsável técnico, devidamente acompanhada de
sua ART e comprovante de quitação;

 Na hipótese de necessidade de prorrogação de prazo, por razões justificáveis, a


CONTRATADA deverá encaminhar correspondência com pelo menos 30 (trinta)
dias de antecedência em relação ao prazo estabelecido em contrato.

O prazo de vigência do contrato será de 330 (trezentos e trinta) dias corridos, para
possibilitar a tramitação de documentos, que vierem a ser necessários ao longo dos 270
(duzentos e setenta) dias de execução.

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7.1 Administração e Gerenciamento do Contrato


A CONTRATADA deverá indicar e nomear um coordenador, o qual será o
responsável pelas comunicações junto à CASAN que, por sua vez, indicará e nomeará o
fiscal do contrato com as devidas atribuições para atuar na fiscalização, visando efetivar
o fiel cumprimento do contrato com eficiência.

Deverá ser mantida uma boa comunicação entre CONTRATADA e CASAN, de


modo que a CONTRATANTE tenha sempre ciência dos serviços em execução no
desenvolvimento dos Produtos.

8 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

8.1 Premissas

Este contrato parte das seguintes premissas:

 As intervenções devem ser executadas em conformidade com as melhores


práticas, normas técnicas da ABNT e normas internas da CASAN;

 A execução dos serviços deverá se dar por equipe com atribuições,


competências e capacidade para o desenvolvimento das atividades;

 A CONTRATADA deve zelar pela ética, boa-fé, boa técnica, assiduidade e


pontualidade na execução do contrato.

8.2 Obrigações da CONTRATANTE - CASAN

A CASAN ficará obrigada perante a empresa CONTRATADA a:

 Viabilizar o acesso da empresa CONTRATADA ao local, no sentido de


providenciar autorizações quando envolver áreas públicas ou de terceiros, ou
liberar acesso em área da CASAN, quando destes dependerem o acesso;

 Exigir que os serviços contratados sejam executados de acordo com as


especificações contidas neste “Projeto Básico”;

 Fiscalizar a execução dos serviços;

 Aprovar, processar e liberar para pagamento as faturas relativas aos serviços


executados/produtos entregues;

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 Disponibilizar o Plano de Operação da Barragem do Rio São Bento, Programa


de Gerenciamento de Risco da Barragem do Rio São Bento, Programa de
Disciplinamento do Uso e Ocupação do Solo e da Água no entorno do
Reservatório da Barragem do Rio São Bento e demais informações que forem
necessárias para execução dos serviços.

8.3 Obrigações da CONTRATADA – LICITANTE

A empresa LICITANTE ficará obrigada perante à CASAN a:

 Disponibilizar a equipe necessária para executar adequadamente os serviços;

 Recompor de imediato as equipes de serviço quando da ausência de


empregado por motivos de doença, férias, demissão, suspensão, etc.;

 Informar “de imediato” à FISCALIZAÇÃO, a ocorrência de algum fato que


possa estar colocando em risco a execução dos serviços;

 Sempre que solicitado, o engenheiro(a) e/ou o técnico da CONTRATADA


deverá se fazer presente para acompanhamento dos serviços e/ou
atendimento a CASAN, podendo ensejar em penalidades o não atendimento a
solicitação.

9 DOCUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONSULTA

Os documentos existentes, relativos à Barragem do Rio São Bento, estão listados a


seguir e encontram-se disponíveis para consulta no escritório do empreendedor em meio
físico e digital.
 Elementos do projeto: mapa de localização da barragem, objetivo da barragem,
condições gerais, condições geológicas, geologia regional, características da
barragem, tratamento da fundação, sismicidade, descrição do vertedouro e outros.
 Dimensionamento estrutural da barragem e órgãos extravasores e de operação.
 Informação sobre os métodos construtivos e controle de qualidade.
 Relatórios das inspeções de segurança anteriores.
 Análise do Plano de Monitoramento e Instrumentação.
 Análise dos registros da instrumentação.
 Planos de Operação e Manutenção: procedimentos de operação dos
equipamentos. Plano de Operação da Barragem do Rio São Bento (CASAN,
2004)
 Programa de Gerenciamento de Risco da Barragem do Rio São Bento (CASAN,
2004)

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Após julgamento das propostas e seleção do contratado, o empreendedor


disponibilizará toda essa documentação para a realização das atividades previstas neste
Projeto Básico.

10 GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS

Esta contratação terá como gestor da CASAN o Engº. Matheus Ibagy Pacheco, e
como fiscais: os engenheiros Guilherme Salvador Debiasi e Lourenço Paim Zanette,
todos lotados na SRS/GOPS.

Todos servidores do quadro próprio da Companhia, capacitados para a gestão e


fiscalização dos serviços e produtos contratados.

11 PAGAMENTO

Após a conclusão do Produtos, conforme descrito no item 4.7, os pagamentos


serão realizados, 30 dias após a entrega e aceite da nota fiscal, da seguinte forma:
DIAS % DESEMBOLSO
Produtos
30 40 60 70 90 120 150 180 200 210 240 260 270 290
Produto 1 E A 10
Produto 2 E A
20
P. Parcial 3.1 E A
P. Parcial 3.2 E E E E A 10
P. Parcial 3.3 E E E E A 10
P. Parcial 3.4 E E A
P. Parcial 3.5 E E A
20
P. Parcial 3.6 E E A
Produto 3 E E A
Produto 4 E A 15
Produto 5 E A 15
E: Execução pela contratada.
A: Análise pela CASAN.

12 EXIGÊNCIAS TÉCNICAS

12.1 Exigência Técnica da LICITANTE

A Empresa LICITANTE deverá apresentar seu registro no CREA e Atestado emitido


por pessoa jurídica de direito público ou privado, que comprove que a mesma já executou
a elaboração de elaboração de Plano de Segurança de Barragem e Plano de Ação
Emergencial, de acordo com as instruções, exigências e condições estabelecidas na Lei
Federal nº 12.334/2010. Todos os Atestados devem ter sidos registrados no respectivo
conselho de classe.

O Atestado deverá ser emitido em papel timbrado da concedente, datado, assinado,


devendo se referir a serviços concluídos, especificar os serviços executados, e
referências quanto ao cumprimento do prazo de execução.

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12.2 Exigência Técnica da Equipe

A CONTRATADA deverá apresentar e comprovar, no momento em que firmar o


contrato com a CASAN, a composição da equipe técnica mínima:

 01 Engenheiro Sênior e Coordenador Geral – Graduado em Engenharia


Sanitária ou Civil e com 3 anos de experiência em estudos hidrológicos e de
recursos hídricos, hidráulica fluvial e modelação de cheias, bem como em
estruturas hidráulicas, nomeadamente, associadas a projetos de barragens;

 01 Engenheiro Hidrólogo ou Hidráulico – Profissional com experiência em


hidrologia e hidráulica para projetos de barragens e estudos fluviais,
nomeadamente, modelação de cheias com experiência mínima exigida e
comprovada de 3 anos na área;

 01 Engenheiro Estrutural (barragens de concreto) – Profissional com


experiência em projetos estruturais de barragens e/ou projetos estruturais de
recuperação de barragens de concreto, com experiência mínima exigida e
comprovada de 3 anos na área;

 01 Engenheiro Geotécnico (barragens de aterro) ou Geólogo – Profissional


com experiência em projetos geotécnico de barragens e/ou projetos estruturais
de recuperação de barragens de aterro e de obras subterrâneas e com
experiência em estudos geológicos de fundações de barragem;

 01 Engenheiro Mecânico - Profissional com experiência em projetos de


equipamentos hidromecânicos e/ou de recuperação de estruturas auxiliares de
barragens;

 01 Engenheiro Mecatrônico ou de Automação ou Eletricista – Profissional com


experiência em sistemas de comunicações;

 01 Especialista em Sistema de Informação Geográfica - SIG – Profissional com


experiência em SIG.

A comprovação da qualificação técnica dos profissionais dar-se-á mediante a


apresentação de Atestado de Capacidade Técnica emitido por pessoa jurídica de direito
público ou privado, que comprove que o profissional já executou a elaboração de projetos
conforme especificado anteriormente. Todos os Atestados devem ter sidos registrados no

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respectivo conselho de classe. Os profissionais deverão estar com seu registro no CREA
em dia.

Por tratar-se de um serviço que envolve a operação de uma barragem de uso


múltiplo e as questões de risco e segurança é necessário que a CONTRATADA tenha
profissionais com o devido conhecimento técnico e o mínimo de experiência em cada
uma dessas áreas. O tempo de experiência exigido, visa garantir que o profissional
conheça a diversidade dos sistemas envolvidos, garantido que saberá avaliar as diversas
situações e buscar a melhor alternativa, visto que se trata de locais com relevo
acentuado, com complexidade técnica e de grande relevância para a CASAN.

O tempo de experiência de cada profissional foi exigido com base na diversidade e


relevância de cada etapa do sistema. As diversas experiências podem ser acumuladas
em um único profissional e podem ser comprovadas através de atestados de capacidade
técnica e/ou acervos técnicos, sendo este critério aceito apenas para o Engenheiro
Estrutural e Engenheiro Geotécnico ou Geólogo primeiros profissionais listados
anteriormente.

Os profissionais, detentores dos atestados de responsabilidade técnica, deverão


fazer parte do quadro permanente da empresa LICITANTE, na fase contratual. A
comprovação de vínculo destes profissionais pode se dar mediante contrato social ou
registro na carteira profissional, ficha de empregado ou contrato de trabalho ou contrato
de prestação de serviços. Os profissionais não poderão ser contratados em períodos de
experiência, ou por prazo explícito em contrato inferior ao cumprimento do prazo previsto
para a execução dos serviços.

Considerando a ampla gama de profissionais exigida na equipe mínima, com


múltiplas expertises e tempos de experiência, será admitido Consórcio de empresas,
possibilitando o somatório de acervos e expertises dos profissionais integrantes de
empresas consorciadas, que preencham todos os requisitos estipulados neste Termo.
Neste caso, deverá ser nomeado um representante do Consórcio para se reportar ao
Gestor e Fiscal nomeados pela CASAN. As empresas consorciadas deverão apresentar
Termo de Compromisso de constituição de Consórcio no credenciamento.

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13 INFORMAÇÕES TÉCNICAS COMPLEMENTARES

Informações técnicas complementares, ou esclarecimentos, a respeito dos


serviços a serem contratados e dos locais de instalação poderão ser obtidas através do
e-mail licitacoes@casan.com.br.

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