Você está na página 1de 15

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Pág. 01 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
DIRETORIA DE PROJETOS DE OBRAS RODOVIÁRIAS

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO

IS - 06

ESTUDO HIDROLÓGICO

Abril 2023

181
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 2 / 14

Pág. 02 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
2. PROJETOS DE IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO .......................................................... 4
2.1 Fase de Pré-Análise .......................................................................................................... 4
2.2 Fase de Estudo de Corredores ......................................................................................... 4
2.2.1 Objetivo ....................................................................................................................... 4
2.2.2 Escopo básico ............................................................................................................ 4
2.2.3 Metodologia ................................................................................................................ 4
2.2.4 Apresentação ............................................................................................................10
2.3 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 1: Anteprojeto ..........................................11
2.3.1 Objetivo ......................................................................................................................11
2.3.2 Escopo básico ...........................................................................................................11
2.3.3 Metodologia ...............................................................................................................11
2.3.4 Apresentação ............................................................................................................11
2.4 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 2: Projeto Executivo ...............................11
3. PROJETOS DE RESTAURAÇÃO ........................................................................................12
3.1 Fase de Pré-Análise..........................................................................................................12
3.2 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 1: Anteprojeto .........................................12
3.2.1 Objetivo ......................................................................................................................12
3.2.2 Escopo básico ...........................................................................................................12
3.2.3 Metodologia ...............................................................................................................12
3.2.4 Apresentação ............................................................................................................12
3.3 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 2: Projeto Executivo ...............................12
4. PROJETOS DE MELHORAMENTO .....................................................................................10
4.1 Fase de Pré-Análise..........................................................................................................10
4.2 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 1: Anteprojeto .........................................10
4.3 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 2: Projeto Executivo ...............................10
5. CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE ......................................................................................11

ANEXOS

Anexo 1 Tabela 1.1, Valores “K” calculados segundo a lei de Gumbel Tabela
1.2, Valores “K” calculados segundo a lei de Gumbel

Anexo 2 Tabela 2.1, Coeficiente de escoamento “C” em áreas rurais Tabela


2.2, Coeficiente de escoamento “C” em áreas urbanas

Anexo 3 Tabela 3, Valores das curvas - número - “CN”

182
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 3 / 14

1. INTRODUÇÃO

Pág. 03 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
A IS-06 especifica os serviços mínimos a serem desenvolvidos pelo Setor Técnico de
Hidrologia, na elaboração do Estudo Hidrológico visando o Projeto de Drenagem, durante as
diferentes fases do projeto de uma rodovia, com base na IS-01.

O Estudo Hidrológico é função do tipo de projeto rodoviário, se de Implantação e


Pavimentação, Restauração ou Melhoramento, e segue as fases estabelecidas na Instrução
de Serviço IS-01, ou seja, Pré-Análise, Estudo de Corredores e Projeto Final de Engenharia:
Parte 1 - Anteprojeto e Parte 2 - Projeto Executivo.

As especificações de serviços apresentadas nesta instrução devem ser consideradas como o


conjunto de tarefas mínimas a serem efetuadas em cada fase, devendo ser ajustadas às
peculiaridades da área em projeto.

Estas instruções de serviços não pretendem coibir inovações ou o uso de outras


metodologias, que são incentivadas pelo Órgão, devendo, entretanto, qualquer variação
metodológica proposta, ser submetida à aprovação prévia pelo Setor Técnico da Secretaria de
Infraestrutura.

183
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 4 / 14

2. PROJETOS DE IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO

Pág. 04 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
2.1 Fase de Pré-Análise

Nesta fase não é necessária a elaboração do estudo hidrológico.

2.2 Fase de Estudo de Corredores

2.2.1 Objetivo

O objetivo do estudo hidrológico é a coleta e o processamento dos dados pluviométricos,


pluviográficos e fluviométricos, de maneira a possibilitar a determinação das vazões das
principais bacias (maiores de 150 ha) que interferem com a área de estudo.

2.2.2 Escopo básico

Os serviços a executar nesta fase são basicamente os seguintes:

– coleta de dados gerais;

– processamento de dados pluviométricos;

– determinação das curvas de intensidade - duração – freqüência;

– coleta e processamento de dados fluviométricos;

– determinação dos períodos de recorrência;

– cálculo da vazão pelo método racional;

– cálculo da vazão pelo método do hidrograma triangular sintético;

– cálculo da vazão dos rios mediante métodos estatísticos.

2.2.3 Metodologia

2.2.3.1 Coleta de dados gerais

Deve-se coletar dados hidrológicos junto aos órgãos oficiais, estudos existentes, etc., que
permitam a caracterização climática e pluviométrica da região e mais especificamente da área
em que se localiza o trecho em estudo, com indicação do órgão responsável pela coleta e os
respectivos períodos de observação, caracterização dos instrumentos medidores, tais como:
pluviômetros, pluviógrafos, etc.

Deve-se coletar os elementos que permitam a definição das dimensões e demais


características físicas das bacias de contribuição (forma, declividade, tipo de solo,
recobrimento vegetal) tais como: levantamentos aerofotogramétricos, cartas geográficas,
levantamentos radamétricos, levantamentos fitopedológicos e/ou outras cartas disponíveis.

Deve-se coletar os elementos que permitam a identificação das modificações futuras que
ocorrerão nas bacias tais como projetos, planos diretores e tendências de ocupação

184
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 5 / 14

2.2.3.2 Processamento de dados pluviométricos

Pág. 05 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
O posto que caracteriza o trecho deve ser escolhido criteriosamente para calcular os
seguintes elementos: totais médios anuais precipitados; máximas, médias e mínimas dos dias
de chuvas de cada mês; as precipitações máximas, médias e mínimas mensais e as alturas
máximas anuais, durante o período de observação.

Os dados pluviométricos para o período de observação serão processados de modo a se


obter:

– tabelas e histogramas das precipitações pluviométricas máximas, médias e mínimas


mensais, com valores médios da precipitação máxima diária e desvio padrão;

– tabelas e histogramas do número de dias chuvosos (máximos, médios e mínimos);

– curvas de intensidade - duração – freqüência.

2.2.3.3 Determinação das curvas de intensidade - duração - freqüência

Ven Te Chow demonstrou que a maioria das funções de freqüência hidrológica podem ser
calculadas com a seguinte equação:
_
𝑥 = 𝑥 + 𝐾𝜎

onde:
x_ - altura pluviométrica esperada para o período de retorno desejado
x- média aritmética das chuvas máximas anuais
K- fator de frequência em função do período de recorrência e número de eventos
- desvio padrão da amostra
n- número de anos considerados

dados:

_ ∑𝑥
𝑥=
𝑛

_
∑(𝑥 − 𝑥)
𝜎=
𝑛−1

Os valores de K (fator de freqüência) são obtidos segundo a distribuição da lei de Gumbel e


apresentados no Anexo 1.

Aplicando a teoria dos extremos das amostras ocasionais na série histórica da estação
pluviométrica escolhida, pode-se definir a altura pluviométrica máxima diária para o
período de recorrência desejado.

Para transformar as alturas pluviométricas máximas diárias em alturas pluviométricas


horárias, aplica-se o Método do Engenheiro Taborga Torrico ou, de forma alternativa, o
método proposto pelo DNER.

185
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 6 / 14

Segundo o método de Taborga, as alturas pluviométricas para 24 horas guardam uma

Pág. 06 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
relação constante e independente do período de retorno, de 1,095 com a altura
pluviométrica máxima diária, e, para alturas de 1 hora e 0,1 hora pode-se identificar as
isozonas de características iguais, definidas por Taborga (Fig. 1). A relação entre altura
pluviométrica máxima diária, precipitação horária e de 0,1 hora aparece na Tab. 1.

Fig. 1 Mapa do sul do Brasil com isozonas segundo Taborga

TEMPO DE RECORRÊNCIA
Zona 10 25 100
1,0 hora 0,1 hora 1 hora 0,1 hora 1 hora 0,1 hora
A 35,8% 7,0% 35,4% 7,0% 34,7% 6,3%

B 37,8% 8,4% 37,3% 8,4% 36,6% 7,5%

C 39,7% 9,8% 39,2% 9,8% 38,4% 8,8%

D 41,6% 11,2% 41,1% 11,2% 40,3% 10,0%

E 43,6% 12,6% 43,0% 12,6% 42,2% 11,2%

F 45,5% 13,9% 44,9% 13,9% 44,1% 12,4%

G 47,4% 15,4% 46,8% 15,4% 45,9% 13,7%

H 49,4% 16,7% 48,8% 16,7% 47,8% 14,9%

Tab. 1 Relação entre precipitações máximas diárias e precipitação horária segundo


Taborga

Com estes valores pode-se construir as curvas de altura de chuva - duração - freqüência

H t , T 

186
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 7 / 14

e destas obter as curvas de intensidade - duração - freqüência

Pág. 07 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
I t , T 
onde:
H = altura de precipitação, em mm;
t = tempo de duração da chuva, em hora;
T = tempo de recorrência, em anos;
I = intensidade de precipitação, mm/h.

Esta metodologia somente é aplicável se existirem dados de um período de observação


suficientemente longo (período mínimo de 10 anos), caso contrário os resultados calculados
serão imprecisos. Se não existirem dados da área em que se localiza o trecho em estudo,
devem ser utilizados dados do posto mais próximo na região. Neste caso, deve ser verificado
se as condições topográficas e climáticas são similares com as condições da área em que se
localiza o trecho em estudo.

Quando há disponibilidade de dados representativos de várias estações meteorológicas,


deverão ser utilizados valores médios, interpolados conforme o método de Thiessen.

Nas regiões em que se dispõem de dados pluviográficos representativos de chuvas de curta


duração de uma estação meteorológica confiável, perto da rodovia em estudo, convém utilizá-
los em substituição ao método do Taborga.

2.2.3.4 Determinação dos períodos de recorrência

Baseado em considerações econômicas, recomendam-se os seguintes períodos de


recorrência para os tipos de obras abaixo classificadas:

– obras de drenagem superficial 10 anos


– bueiros 25 anos
– pontes 100 anos

2.2.3.5 Cálculo da vazão pelo Método Racional

O método mais usado para o cálculo das vazões é o Método Racional. Este método tem por
definição um coeficiente de escoamento para cada bacia, o qual permite definir a vazão
máxima para uma chuva determinada e tem por base as seguintes hipóteses:

– a chuva utilizada para cálculo é uniforme em toda a área da bacia;


– a relação entre a intensidade da chuva e o coeficiente de escoamento é constante para
uma determinada bacia;
– a vazão máxima é produzida no tempo de concentração;
– o tempo de concentração é o tempo de escoamento do ponto mais distante da bacia.

Este método é aplicado geralmente para áreas de até 10 km2. Nas áreas maiores,
recomenda-se a aplicação do Método do Hidrograma Unitário Triangular.

Para a delimitação das bacias, devem ser utilizadas cartas, fotografias aéreas e
levantamentos topográficos existentes. A área será determinada através de planímetro ou por
digitalização.

187
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 8 / 14

As vazões de contribuição, para efeito da escolha e dimensionamento das obras de

Pág. 08 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
drenagem, segundo o Método Racional, são calculadas da seguinte forma:

𝐶𝐼𝐴
𝑄= (𝑚 /𝑠)
360
Onde:
Q - vazão, em m3 /s;
C - coeficiente de escoamento ou deflúvio;
I - intensidade de precipitação, em mm/h para o tempo de concentração e o
período de recorrência considerado;
A - área da bacia, em ha.

Os valores do coeficiente de escoamento "C" são obtidos no Anexo 2. Para o cálculo do


tempo de concentração, propõe-se a fórmula do DNOS. Segundo estas referências, o
tempo de concentração das bacias é calculado da seguinte forma:

10 𝐴 , 𝐿 ,
𝑡𝑐 =
𝐾 𝑖 ,
onde:
tc - tempo de concentração, em minutos;
A - área bacia em ha;
L - comprimento do talvegue principal, em m;
i - declividade do talvegue principal em %;
K - coeficiente adimensional dependente das características da bacia (Tab.2).

CARACTERÍSTICAS K
Terreno areno-argiloso coberto de vegetação intensa, absorção elevada 2
Terreno argiloso coberto de vegetação, absorção média apreciável 3
Terreno argiloso coberto de vegetação, absorção média 4
Terreno com vegetação média, pouca absorção 4,5
Terreno com rocha, vegetação escassa, absorção baixa 5
Terreno rochoso, vegetação rala, absorção reduzida 5,5
Tab. 2 Coeficiente K fórmula DNOS

Para as obras de drenagem superficial, será utilizado o tempo de concentração igual a 6 (seis)
minutos.

2.2.3.6 Cálculo da vazão pelo Método do Hidrograma Triangular sintético

Este método leva em conta as características físicas, climáticas e hidrológicas das bacias,
baseado nas seguintes equações:

0,208𝐴𝑞
𝑄𝑝 = (𝑚 /𝑠)
𝑡𝑝

188
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 9 / 14

Pág. 09 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
onde:
Qp - descarga máxima, em m3 / s;
A - área da bacia, em km2;
tp - tempo de pico, em horas;
q - escoamento superficial, em mm, produzido pelo excesso de chuva de
duração De

A duração do excesso de chuva é calculada por:

,
𝐷𝑒 = 2𝑡𝑐

,
𝑡𝑝 = 𝑡𝑐 + 0,6𝑡𝑐
ou
𝐷𝑒
𝑡𝑝 = + 0,6𝑡𝑐
2

onde:
tc - tempo de concentração, em horas.

O escoamento superficial q é obtido em função da precipitação total P , para um tempo de


duração De e do coeficiente CN, selecionado entre os valores da tabela apresentada no Anexo
3. É calculado através da seguinte equação:

(𝑃 − 0,2𝑆)
𝑞=
𝑃 + 0,8𝑆
Onde:
q - escoamento superficial, em mm;
P - precipitação, em mm, para um tempo de duração De ;
S - valor adimensional que depende das características da bacia (coeficiente
CN), cuja equação é apresentada abaixo:

25400 − 254𝐶𝑁
𝑆=
𝐶𝑁

Os valores de CN são obtidos no quadro apresentado no Anexo 3.

No caso de existir uma lagoa ou área alagadiça com área > 100.000 m2, em terreno plano e a
montante da obra a ser dimensionada, a capacidade de retenção deve ser considerada. A
curva da vazão Q(t) usada para o cálculo da retenção deve ser calculada pelo método do
hidrograma triangular sintético.

2.2.3.7 Coleta e processamento de dados fluviométricos

Caso existam dados fluviométricos em local próximo ao da obra de arte a ser projetada,

189
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 10 / 14

estes poderão ser utilizados para o dimensionamento.

Pág. 10 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
Se não houver disponibilidade destes dados, a vazão deverá ser determinada através de
métodos hidrológicos.

Os dados para elaboração dos fluviogramas normalmente são apresentados em alturas do


nível d’água e/ou vazões medidas no posto fluviométrico em consideração.

Os dados fluviométricos a processar são:

– vazões;
– cotas de máxima cheia.

Os dados fluviométricos serão processados de modo a se obter:

– uma tabela, contendo os valores extremos das vazões diárias (m3/s) nos cursos
d’água e em local próximo ao da obra de arte a ser projetada;
– uma tabela, contendo as cotas máximas das cheias observadas na região, se houver
disponibilidade de régua linimétrica.

Através dos dados disponíveis, vazão máxima anual ou a altura da cheia máxima anual
observadas, será calculada a vazão máxima e/ou a cota da máxima cheia pelo método
estatístico de Gumbel. Os dados existentes serão extrapolados para o respectivo período de
recorrência.

Esta metodologia é aplicável somente para tempos de recorrência de, no máximo, 100 anos,
ou menos que o dobro do período dos dados disponíveis.

2.2.4 Apresentação

Os serviços realizados nesta fase deverão ser apresentados de forma concisa, com uma
memória descritiva onde conste os seguintes elementos:

– dados regionais, em forma de tabela;


– chuva média mensal e anual, máximos e mínimos mensais do período de
observação, em forma de tabela e em forma gráfica;
– alturas de chuva máximas;
– curvas de altura de chuva - duração - tempo de recorrência;
– curvas de intensidade - duração - tempo de recorrência;
– planta das bacias hidrográficas maiores de 150 ha, tabela de áreas e coeficientes de
escoamento utilizados para cada traçado de alternativa analisada;
– análise do vulto das obras-de-arte especiais e previsão da alteração da qualidade do meio
ambiente, para cada alternativa de traçado;
– justificativa da solução adotada;
– recomendações.

190
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 11 / 14

2.3 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 1: Anteprojeto

Pág. 11 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
2.3.1 Objetivo

O objetivo do estudo hidrológico nesta fase é a complementação dos dados das


bacias restantes, para possibilitar a determinação das vazões das bacias com área
inferior a 150 ha, que interferem com a área de estudo.

2.3.2 Escopo básico

É similar ao escopo básico da fase de estudo de corredores para Projetos de


Implantação e Pavimentação, considerando todas as bacias.

2.3.3 Metodologia

É similar à metodologia da fase de estudo de corredores para Projetos de


Implantação e Pavimentação, incluindo todas as bacias.

2.3.4 Apresentação

É similar à metodologia da fase de estudo de corredores para Projetos de


Implantação e Pavimentação, incluindo todas as bacias.

2.4 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 2: Projeto Executivo

Para esta fase, o estudo hidrológico já está definido.

191
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 12 / 14

3. PROJETOS DE RESTAURAÇÃO

Pág. 12 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
3.1 Fase de Pré-Análise

Para esta fase, não é necessário o estudo hidrológico.

3.2 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 1: Anteprojeto

3.2.1 Objetivo

O objetivo do estudo hidrológico é a coleta e processamento dos dados


pluviométricos, pluviográficos e fluviométricos, para possibilitar a verificação da
capacidade das obras de arte correntes e pontes existentes.

3.2.2 Escopo básico

É similar ao escopo básico da fase estudo de corredores para Projetos de


Implantação e Pavimentação, considerando todas as bacias.

3.2.3 Metodologia

É similar à metodologia da fase estudo de corredores para Projetos de


Implantação e Pavimentação, incluindo todas as bacias.

3.2.4 Apresentação

É similar à metodologia da fase estudo de corredores para Projetos de


Implantação e Pavimentação, incluindo todas as bacias.

3.3 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 2: Projeto Executivo

Nesta fase, o estudo hidrológico já está definido.

192
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 10 / 14

4. PROJETOS DE MELHORAMENTO

Pág. 13 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
4.1 Fase de Pré-Análise

Para esta fase, não é necessário o estudo hidrológico.

4.2 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 1: Anteprojeto

É idêntico ao projeto de restauração.

4.3 Fase de Projeto Final de Engenharia - Parte 2: Projeto Executivo

Nesta fase, o estudo hidrológico já está definido.

193
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÓDIGO: REVISÃO:

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SIE/SC-IS-06-P B

SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE EMISSÃO: FOLHA:

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA 2023 11 / 14

5. CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE

Pág. 14 de 14 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5.
A aceitabilidade dos serviços está condicionada à correta elaboração dos Estudos e execução dos
Trabalhos, além do acompanhamento e atestado dos serviços pela fiscalização. Também a
entrega dos relatórios, e o controle da qualidade dos resultados dos ensaios e determinações
devidamente interpretados, caracterizam a qualidade do serviço executado e os requisitos
impostos pelas normas vigentes da ABNT e do DNIT.

Assim, na elaboração de Projetos de Engenharia Rodoviária, o aceite dos estudos será dado pela
Fiscalização do Órgão.

A seguir estão descritos critérios específicos que deverão ser atendidos para condicionar a
aceitabilidade dos projetos pelo Órgão:

a) O Estudo Hidrológico deverá ser entregue através de relatórios de cada fase, além
dos Relatórios de Avanço Periódicos, conforme o item apresentação desta
Instrução de Serviço;

b) Os Relatórios deverão ser entregues no número de vias descrito na IS-18 –


Instrução de Serviço para a Apresentação de Relatórios e Projetos, em meio físico
e digital (com arquivos editáveis);

c) ART da empresa(s) e/ou consórcio(s) responsável(is) pela elaboração do Estudo


Hidrológico;

d) ART do responsável técnico pela elaboração do Estudo Hidrológico;

e) Aceite dos Relatórios do Estudo Hidrológico por parte da Fiscalização;

f) Entrega dos levantamentos topográficos, estudos de campo e cadastros que


subsidiaram a elaboração do estudo hidrológico, em conformidade com as
instruções de serviço afetas a esses estudos, em meio físico e digital;

g) Não serão admitidas inconformidades com as normas técnicas/manuais/ instruções


de serviço, sendo de responsabilidade da Contratada a verificação e aplicação das
especificações técnicas vigentes no período de execução do objeto contratual.

194
Assinaturas do documento

Código para verificação: 20CG2CH5

Este documento foi assinado digitalmente pelos seguintes signatários nas datas indicadas:

JOSÉ ABEL DA SILVA (CPF: 422.XXX.659-XX) em 02/06/2023 às 14:43:26


Emitido por: "SGP-e", emitido em 13/07/2018 - 14:10:29 e válido até 13/07/2118 - 14:10:29.
(Assinatura do sistema)

JERRY EDSON COMPER (CPF: 986.XXX.239-XX) em 05/06/2023 às 12:22:52


Emitido por: "SGP-e", emitido em 27/02/2023 - 13:38:02 e válido até 27/02/2123 - 13:38:02.
(Assinatura do sistema)

VISSILAR PRETTO (CPF: 008.XXX.819-XX) em 12/06/2023 às 14:48:17


Emitido por: "SGP-e", emitido em 19/04/2023 - 14:11:58 e válido até 19/04/2123 - 14:11:58.
(Assinatura do sistema)

Para verificar a autenticidade desta cópia, acesse o link https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo/conferencia-


documento/U0lFXzY5NjVfMDAwMTg3ODRfMTg3OTlfMjAyM18yMENHMkNINQ== ou o site
https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SIE 00018784/2023 e o código 20CG2CH5
ou aponte a câmera para o QR Code presente nesta página para realizar a conferência.

Você também pode gostar