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CAP 05-ODÔMETROS –

DOPPLER LOG

PROF: CCB ROMMEL


GOMES
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São equipamentos
instalados a bordo dos
navios destinados a
medir a distância
percorrida e a velocidade
do navio.
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ODÔMETRO DE FUNDO

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ODÔMETRO

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ODÔMETRO

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ODÔMETRO

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4.1 Princípio de funcionamento

Os hodômetros ou Odômetros medem a
velocidade do navio na superfície, isto é,
em relação à massa d’água circundante
(depois a velocidade é integrada em
relação ao tempo e transformada em
distância percorrida). A velocidade
também pode ser medida em relação à
massa d’água do fundo do navio.
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4.2 Diferença entre hodômetro de fundo e hodômetro de
superfície
• Hodômetro de fundo, tipo de pressão (tubo de
Pitot) - Neste tipo de hodômetro, diferente do
hodômetro de superfície, o cálculo de velocidades
depende da diferença entre a pressão normal
(pressão estática) da água, resultante da
profundidade à qual está mergulhado o elemento
sensível do equipamento abaixo da quilha, e a
pressão resultante do movimento do navio
através da água (pressão dinâmica).
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Assim, quanto maior for
a velocidade do navio
sobre a água, maior será
a diferença entre estas
duas pressões.
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O equipamento consiste de uma haste, que
é projetada através do casco por uma
válvula de mar. Dentro da haste sensora
existe um tubo de Pitot, que, na realidade,
é constituído por dois tubos: um tubo que
abre para vante e outro que abre para ré.
Quando o navio se movimenta, a parte de
vante da haste (tubo de vante) é exposta à
pressão total.

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O tubo que abre para ré fica exposto
apenas à pressão estática. Conhecidas
as duas pressões, determina-se a
pressão dinâmica e, então, a
velocidade do navio (proporcional à
pressão dinâmica). A haste sensora
induz um sinal que é transmitido ao
indicador, convertido em velocidade.

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A velocidade, integrada
em função do tempo por
meios elétricos e
mecânicos, é, por sua vez,
convertida em distância
navegada.
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• Hodômetro de fundo, tipo eletromagnético –
Os hodômetros eletromagnéticos se baseiam
no princípio fundamental do
eletromagnetismo que diz: “Se um condutor se
move através de um campo eletromagnético,
será induzida neste condutor uma força
eletromotriz (FEM); a magnitude desta FEM
dependerá da intensidade do campo magnético e
da velocidade com que o condutor se move e
cruza as linhas do fluxo magnético.
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O procedimento inverso também é
verdadeiro: “se o condutor está imóvel
e um campo magnético é passado
através dele, então uma FEM é gerada
no condutor, que será proporcional à
magnitude do campo magnético e à
velocidade com que as linhas de força
de fluxo magnético passam pelo
condutor”.
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O campo magnético é produzido
por um solenóide, normalmente
situado na quilha e próximo à
proa, e o condutor é a água do mar
que passa pela proa do navio. A
pequena FEM gerada é detectada
pelos sensores montados junto ao
solenóide.
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Um transdutor é instalado na quilha do
navio, que transmite um feixe da onda
acústica em um ângulo normalmente de
60º em relação à quilha na direção frontal.
O feixe é ressaltado do leito do mar ou da
camada d'água e recebido de volta no
transdutor. A diferença de frequência
entre os sinais transmitidos e recebidos é
medida e é proporcional à velocidade do
navio.
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TRANSDUCER

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INTEGRADOR DISTÂNCIA

ODÔMETRO
(velocidade)

alimentação da bobina

campo magnético

F.E.M induzido no plano d’água

movimento
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ODÔMETRO DE FUNDO

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Hodômetro de superfície – os cálculos de
velocidades são em relação ao
deslocamento do navio na superfície. É um
instrumento antigo, pouco usado hoje em
dia, porém é fácil de montar e fornece
resultados bastante precisos; é formado
por um hélice, um volante, uma linha de
reboque e um registrador. Atualmente, os
navios mantêm o hodômetro de superfície
como equipamento de emergência.
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Durante o funcionamento do
hodômetro de superfície, quando o
navio se desloca, o hélice adquire um
movimento de rotação que, através da
linha e do volante, é transmitido ao
contador, em cujo mostrador se pode
ler, a cada instante, o total da
distância navegada desde que o
instrumento foi lançado ao mar.
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O comprimento da linha que
se lança ao mar depende
essencialmente da velocidade
do navio e só
experimentalmente pode-se
concluir o valor correto do
comprimento do reboque.
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4.3 Hodômetro Doppler

O efeito Doppler é a mudança da freqüência de
uma onda quando a fonte de vibração e o
observador estão em movimento, um
relativamente ao outro.

O fenômeno leva o nome do físico austríaco
Christian Johann DOPPLER (1803 – 1853) que,
em 1842, publicou um trabalho intitulado “Sobre
a Luz Colorida das Estrelas Duplas”, em que
descrevia o efeito em questão.
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O hodômetro doppler possui, no casco do
navio, um transdutor de emissão e um de
recepção. Um sinal de freqüência ultra-sonora
é emitido (como se fosse um ecobatímetro) e o
receptor capta o sinal refletido pelo fundo do
mar ou por pequenas partículas na água. Se o
navio estiver em movimento, a freqüência
recebida será levemente diferente da
freqüência emitida e o aparelho mede essa
diferença eletronicamente.

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A diferença de freqüências é
diretamente proporcional à
velocidade do navio. A
velocidade é integrada,
também eletronicamente, e
assim é obtida a distância
navegada. 29/10/2023 25

O hodômetro doppler é o único que
mede a velocidade no fundo. As
indicações dos outros tipos estão
influenciadas pelos movimentos
devido às correntes oceânicas,
correntes de marés, ventos, etc.
Também o hodômetro doppler tem a
vantagem de poder indicar
velocidades muito pequenas.
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O sinal emitido pelo hodômetro
doppler também se move em relação
ao fundo do mar. O efeito do balanço
pode ser eliminado, dando ao feixe
emitido um formato de feixe de sonar.
Mas o movimento de caturro pode
introduzir erros com o movimento do
feixe para vante ou para ré, através
do fundo do mar.
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Transdutores especialmente projetados
reduzem e até eliminam esses erros nos
grandes navios, mas nas embarcações
menores (iates, pesqueiros, etc.), eles só
poderão ser minimizados. Nas
indicações de distâncias, os erros devido
ao caturro geralmente se anulam, mas
na indicação da velocidade sempre
haverá dúvida.
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4.4 Efeito doppler nas manobras de
atracação e desatracação

Os grandes navios V.L.C.C. (“Very Large
Crude Carrier”) e U.L.C.C. (“Ultra Large
Crude Carrier”) hoje construídos,
geralmente possuem um aparelho sonar
sensor de velocidade doppler, que opera
em dois eixos, um longitudinal e outro
transversal.
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Ele pode indicar as velocidades de
deslocamento do navio no sentido proa-
popa (para vante e para ré), como para
bombordo e para boreste. É muito útil nas
manobras de atracação e desatracação,
quando se necessita conhecer a velocidade
de aproximação do cais com o máximo de
precisão. Estes hodômetros são os mais
usados hoje em dia.

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ERROS DO LOG DOPPLER
1) Erro na orientação do transdutor: Os transdutores
devem fazer um ângulo perfeito de 60 ° em relação à
quilha, ou então a velocidade indicada será imprecisa.
2) Erros na freqüência do oscilador: A freqüência gerada
pelo oscilador deve ser precisa e constante, qualquer
desvio na freqüência resultará em erro na velocidade
indicada.
3) Erro na velocidade de propagação da onda acústica: A
velocidade da onda acústica na temperatura de 16 ° C e
salinidade de 3,4% é de 1505m / seg, mas geralmente é
tomada como 1500m / seg para o cálculo. Essa velocidade
muda com a temperatura, salinidade ou pressão.
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ERROS DO LOG DOPPLER
4) Erros devidos ao movimento do navio: durante o
intervalo entre a transmissão e a recepção, o navio pode
rodar ou inclinar marginalmente e assim o ângulo de
transmissão e recepção pode mudar e para uma diferença
de dois graus entre o ângulo de transmissão e recepção, o
efeito líquido será um erro de 0,10% da velocidade
indicada, que é marginal e pode ser desprezada.
5) Erros devidos ao efeito de rolamento e inclinação: O
efeito de inclinação causará um erro na velocidade de
avanço, mas não afeta a velocidade de avanço. Da mesma
forma, a rolagem causará um erro em athwartship, mas
não na velocidade de avanço.
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ERROS DO LOG DOPPLER
6) Erros devidos à imprecisão na medição da frequência
de comparação: A diferença nas frequências recebidas
pelos transdutores de avanço e de ré deve ser medida
com precisão, pois qualquer erro será refletido
diretamente na velocidade da embarcação.
7) Erro devido ao sidelobe: Quando a recepção do
lóbulo lateral domina a recepção do feixe principal,
haverá um erro na velocidade indicada. Este erro é mais
pronunciado em um fundo desleixado, onde o lóbulo
lateral será refletido em um ângulo mais favorável e
terá comprimento de caminho menor que o feixe
principal.
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VLCC

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VLCC

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