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Hidroviário Interior
Virtual, 19 a 21 de Outubro de 2021
Modelagem Empírica de Navios em Simuladores de Tempo Real
Ana Voltarelli – Instituto Oceânica, São Paulo/Brasil, avoltarelli@oceanicabr.com
Afonso Cabrera – Instituto Oceânica, São Paulo/Brasil, acabrera@oceanicabr.com
Daniel Cueva – Instituto Oceânica, São Paulo/Brasil, dcueva@oceanicabr.com
Resumo
A simulação de tempo real é comumente utilizada como motor físico para virtual gaming mas também
é importante na indústria para o treinamento de operações e as análises de viabilidade de novas
operações. O motor físico é um software que prove simulação próxima à realidade de certos sistemas
físicos, como dinâmica de corpos rígidos (incluindo detecção de colisão), dinâmica de corpos moles e
dinâmica dos fluidos, que é empregado nos domínios da computação gráfica, vídeo games e filmes
(CGI). Os avanços crescentes na tecnologia de motores de virtual gaming devem mudar o
direcionamento dos sistemas de simulação para a indústria. Esse trabalho discute os aspectos gerais
da modelagem empírica de navios usando resultados de provas de mar para modelagem de cascos e
topsides em sistemas de virtual gaming tridimensionais sob painéis, ajustando coeficientes de arrasto
e atrito alinhado a propriedades de massa, inércia e propulsão dos navios, em detrimento da
modelagem tradicional baseada exclusivamente nas equações hidrodinâmicas de manobrabilidade.
1
(1989) as equações são descritas em uma série de Com a possibilidade de modelar a embarcação em
parâmetros em expansão de Taylor seguindo até sistema hidrodinâmico de painéis, as possibilidades
terceira ordem, a exemplo do sistema: de atuação desse simulador aumentam.
2
3.4. Aceleração em curva First
Com a embarcação parada em relação ao chão, dá- overshoot 13.2° 0.8° 0.6°
se ao mesmo tempo toda máquina e todo leme a angle
um bordo e observa-se os tempos de giro, avanço, Second
overshoot 12.1° 0.6° 1.0°
raio e diâmetro táticos. Repete-se para o outro
angle
bordo com a embarcação novamente parada.
Third
overshot 17.7° 1.2° 1.1°
3.5. Zig-Zag angle
Com a embarcação em velocidade de toda máquina, First
dá-se 10° de leme para um bordo, registra-se tempo overshoot 43.0 1.3 1.7
até que a embarcação gire 10°, inverte-se o leme time(s)
10° para o outro bordo e registra-se o tempo para Second
que a embarcação inverta sua tendência de giro, overshoot 30.0 2.1 1.2
volte ao rumo inicial e ultrapasse 10° no outro time(s)
sentido de giro. Repete-se o procedimento mais Third
duas vezes. A manobra é realizada para os dois overshoot 38.0 2.7 1.9
bordos. time(s)
4. Comparação
5. Considerações finais
São apresentados a seguir alguns resultados
Os resultados observados em diferentes manobras
comparativos de provas de mar reais de uma
em que foram utilizados o simulador de calibração
embarcação ATB (articulated tug barge) e
empírica, como esse apresentado, mostram que
realizadas nos ambientes de simulação tradicional e
método de modelagem é adequado para o cenário
de calibração empírica.
de simulações em tempo real e pode expandir
Os resultados do simulador tradicional e de
capacidades de simulação, uma vez que a partir dos
calibração empírica foram obtidos nos simuladores
resultados de prova de mar validados podem ser
de tempo real full mission do Laboratório de
abertas outras discussões sobre o uso de modelos
Simulações Nautilus do Instituto Oceânica.
de painéis na simulação de manobras, como
entender os escoamentos em escala real e modelar
Tabela 1 – Parada brusca
Prova Desvio Desvio o carenamento de embarcações visando um melhor
de simulador simulador desempenho em canais e portos modelados
mar tradicional de painéis conforme a realidade. O uso de motores físicos
Stopping permite também o desmembramento de comboios
173.4 12.1 8.7 e outras operações de forma facilitada além da
time(s)
Head integração com outras disciplinas e operação de
450.7 18.0 27.0
reach(m) outros sistemas e máquinas a bordo.
Lateral
24.1 0.5 1.2
deviation(m) 6. Referências Bibliográficas
Track LEWIS, E. V.; Principles of Naval Architecture,
460.4 13.8 18.4
reach(m) Volume III: Motions in Waves and Controllability.
Second Revision. SNAME, Jersey City, 1989.
Tabela 2 – Zig-zag
MAIMUN, A.; PRIYANTO, A.; MUHAMMAD, A. H.;
Desvio
Desvio SCULLY, C. C.; AWAL, Z.I.; Manoeuvring Prediction of
Prova de simulador
simulador Pusher Barge in Deep and Shallow Water. Ocean
mar de
tradicional Engineering, Volume 38, Issues 11-12, Pages 1291-
painéis
1299, August 2011.
YASUKAWA, H.; HIRATA, N.; KOH, K.K.; KRISANA, P.;
KOSE, K.; Hydrodynamic Force Characteristics on
3
Maneuvering of Pusher Barge Systems. Journal of
the Japan Society of Naval Architects and Ocean
Engineers, Volume 5, pages 133-142, 2007.
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