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PERFURAÇÃO DE POÇO

EM ÁGUAS RASAS E
PROFUNDAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA A
INDÚSTRIA NAVAL E DE PETRÓLEO OFFSHORE
CURSO EAD
MÓDULO 1 – PERFURAÇÃO – EVOLUCAO
DA PERFURACAO – INTRODUCAO SOLOS −
ANALISE DA LOCAÇÃO E SEUS PROBLEMAS

EMMANUEL FRANCO NOGUEIRA


ENGENHEIRO MECÂNICO, M.SC ENG SUBMARINA E CONSULTOR PERFURACAO
rostapov@gmail.com
(21) 99100-2495
EMENTA
MÓDULO 1 E 2 – PERFURAÇÃO EM AGUAS RASAS E PROFUNDAS

Modulo 1

• Evolucao da Perfuracao
• Introducao a Solos
• Analise da Locacao e seus problemas associados
• Projetos Tipicos para Aguas Rasas e profundas
• Dimensionamento de Condutores

Modulo 2

• Perfuracao em Aguas Rasas


• Perfuracao em Aguas Profundas
Comentários Gerais
• Essa apresentação tem por objetivo mostrar como um poço é construido em Águas Rasas
e em Águas Profundas, apresentando os seus processos e equipamentos associados.

• Os seguintes processos e equipamentos serão abordados

• Introdução a Solos
• Seleção do método de instalação do condutor
• Operações de Início de Poço
• Sistema de Cabeça de Poço Submarino
• Conector Hidráulico do BOP
• BOP
• Riser de Perfuração
• Tensionador do Riser de Perfuração
• Compensador de Movimento
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Evolução da Perfuração
Método Percussivo
Método Rotativo
Evolução do Método Rotativo
Perfuração Onshore
Início da Perfuração Offshore
Mar
Caspio
Introdução a Solos

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AREIA

Areia é um conjunto de partículas de rochas degradadas,


um material de origem mineral finamente dividido em
grânulos ou granito, composta basicamente de dióxido de
silício, com 0,063 a 2 mm.

Forma-se à superfície da Terra pela fragmentação


das rochas por erosão, por ação do vento ou da água.
Por meio de processos de sedimentação pode ser
transformada em arenito.

Areia - Wikipedia
ARGILA

• O termo argila corresponde aos minerais que


apresentam tamanho inferior a 2 µm em uma rocha. Essa
definição granulométrica é uma herança dos
estudos petrográficos efetuados pela microscópia óptica no
fim do século XIX, quando os cristais que apresentavam
tamanho inferior a 2 µm (micrómetro) não podiam ser
distinguidos, sendo classificados pela denominação
genérica "argila". Assim, em geotecnia, na qual o que
interessa é sobretudo o comportamento mecânico dos
solos, designa-se argila os materiais de granulometria
inferior a 4 µm.
CALCÁRIO

Calcário (do latim calx (gen. calicis) ou calcariu,


"cal") é uma rocha sedimentar que contém
minerais com quantidades acima de 30% de
carbonato de cálcio (aragonita ou calcita).
Quando o mineral predominante é a dolomita
(CaMg{CO3}2 ou CaCO3•MgCO3) a rocha calcária
é denominada calcário dolomítico.
Possível
Distribuição do
Solo

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22

O que fazer quando


a nova locação está
definida?
Aspectos a serem considerados
na análise do Início de Poço

Declividade da Locação
Posição do Poço
Análise Geológica
Hidratos
Corais
Shallow Gas
Shallow Water Flow
(SWF)
Atividade Vulcânica
Tipos de Geohazards

• Sea Surface: Geologocal risks associated with fault scarps,


collapse depressions, surface channels, furrows, etc

• Subsoil: geological risks associated with gas-charged sediments,


abnormal pressure zones, gas hydrates, shallow water flow, and
buried channels.

• Man-made: pipelines, wellheads, communication cables, debris


from O&G operations including the effects of hurricanes, etc.

Dutta et. al., Role of 3D seismic for quantitative


shallow hazard assessment in deepwater sediments,
August 2010.
Topografia do Fundo do Mar

Como o relevo do
fundo do mar
pode afetar o
início de poço?
 Reservatórios rasos
(~ 2,900 m TVD)
 Arenitos inconsolidados

 Condições ambientais médias


Fundo do mar grande inclinação
Corais

 Infra-estrutura disponível
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Researchgate.net
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Hidratos
São sólidos cristalinos baseados em água fisicamente semelhantes ao gelo, em que
pequenas moléculas não-polarizadas (geralmente gases) estão capturadas dentro de "gaiolas" de
moléculas de água unidas por ligações de hidrogênio. Em outras palavras, hidratos de clatrato
são clatratos em que a molécula hospedeira é a água e a molécula hóspede é tipicamente um gás.

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Hidratos

Exemplo
Corais no Norte do Brasil

30
32
Shallow Water Video
Shallow Gas

O navio de perfuração Petromar V estava perfurando no sul no


mar da China quando encontrou um bolsão de gás raso, o poço
entrou em descontrole e a redução da densidade da água do mar,
levou o navio à virar. Essa unidade de perfuração era âncorada.
Vários fatores contribuiram para esse acidente, sendo a falha do
diverter e a seleção da sonda apontadas como responsáveis por
esse acidente. 27/08/1981

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Shallow Gas – Petromar V
Shallow Gas – Petromar V
Shallow Gas – Petromar V
Funções dos Revestimentos no
poço

Rev. Condutor

Tie back Rev. Superfície

Rev. Intermediário
Scab Liner

Overlap

Liner Produçãor

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Métodos de Instalação do Condutor

1 – Perfuração e Cimentação

2 – Jateamentp

3 – Cravação
Perfuração e Cimentação
 Normalmente num poço terrestre ou de Jack Up, o revestimento condutor é
perfurado e cimentado. Ele tem a função de proteger os aquíferos da contaminação
da lama e conter as paredes do poço. Também, pode ser utilizado em águas rasas,
profundas e ultra-profundas. A seleção desse método depende de vários fatores,
sendo um deles, o solo. Além disso, a experiência do operador é de grande
influência na escolha do método.

Condutor Cimentado
O comprimento dessa fase vai
depender das cargas axiais e
termicas que vão ser impostas ao
poço
Rubens De Lepeleire - Paulo Sérgio Batista Santos 40
Revestimento Condutor ou Estrutural

 Em poços submarinos, o revestimento condutor tem o importante papel de transferir


as cargas térmicas e axiais para o solo. Esse papel é compartilhado com o
revestimento de superfície. Por isso, que em águas profundas e ultra-profundas fica
melhor chamar o revestimento condutor de estrutural.

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Jateamento
Esse método se baseia na interação do revestimento com o solo. O atrito criado entre
o revestimento e o solo substituirá a cimentacáo do método de perfurar e cimentar.
Isso é possível graças a plasticidade da argila que se recupera contra o revestimento.
Esse método economiza bastante tempo de sonda por evitar várias manobras que são
inerentes ao método de perfurar e cimentar. Dependendo das cargas atuantes no
poço o jateamento pode ter uma profundidade de até 80m abaixo do fundo do
mar.Essa técnica é recomendada para solos com natureza argilosa.

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Cravação Submarina
Em terra ou no mar, o revestimento condutor pode ser cravado até uma
profundidade planejada. Como no jateamento, o atrito com o solo terá a
mesma função que o cimento no método de perfurar e cimentar.
Energia do martelo de cravação é
aplicado no topo do revestimento

Condutor Cravado

O comprimento de
cravação vai depender
das cargas atuando no
poço.
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Cravação Subsea

https://youtu.be/Ohv0JUyx3dc

https://youtu.be/BCkVoo8efOs
Torpedo BaseCravação
(Pile Driving) Subsea
MÓDULO 2 – DIMENSIONAMENTO DE
UM CONDUTOR
EMMANUEL FRANCO NOGUEIRA
ENGENHEIRO MECÂNICO, M.Sc Eng Submarina, E CONSULTOR
PERFURAÇÃO
rostapov@gmail.com
Análise e Verificação de
revestimento Condutor para
Jack Up e Unidades de
Perfuração
EXTERNAL FORCES

MUDLINE

INTERNAL FORCES
1   D2
EXTERNAL FORCES
F C D Dv 2  C M a MORRISON’S EQUATION
2 g 4
F = force per unit length (lb/ft)
CD = drag coefficient (1.0)
 = density of water (64 lb/ft3)
g = acceleration of gravity (32.2 ft/sec/sec)
D = pipe diameter
v = water particle velocity
CM = mass coefficient (1.0 + 1.0 = 2.0)
a = water particle acceleration
WAVE LOADING

INTERNAL FORCES  H cosh ks 


v cos 
T sinh kd  AIRY
STOKES 5th
2 2 H coshks 
STREAM FUNCTION
CURRENT LOADING
a sin 
T 2 sinhkd 

WL = 5.12(T)2 T = wave period

ks=kd = 2(pi)/WL H = wave height


MUDLINE

Y
Análise de Instalação do
Condutor
MLW = 5600’

DRILL PIPE
CONDUCTOR

DRILL PIPE

CONDUCTOR

DRILL PIPE

CONDUCTOR

CONDUCTOR

OPEN HOLE MUDLINE


MLW = 5600’

DRILL PIPE
SURFACE CASING

SURFACE CASING

DRILL PIPE

SURFACE CASING

SURFACE CASING

CONDUCTOR CONDUCTOR CONDUCTOR CONDUCTOR


MUDLINE
MLW = 5600’

LMRP / BOP

LMRP / BOP

LMRP / BOP

LMRP / BOP

WELLHEAD
SURFACE CASING
CONDUCTOR
MUDLINE
WAVE LOADING
90% OPERATING
100 YEAR RETURN
EXTREME PROFILE 90% PROFILE

MLW = 5600’

BOUYANT RISER

BARE RISER

LMRP / BOP

MUDLINE

CURRENT CONDUCTOR
LOADINGS
WAVE LOADING
90% OPERATING
100 YEAR RETURN
EXTREME PROFILE 90% PROFILE

MLW = 5600’

BOUYANT RISER

BARE RISER

LMRP

BOP
MUDLINE

CURRENT CONDUCTOR
LOADINGS
TENSION
FROM
RISER
MARINE DRILLING RISER ANALYSIS PRODUCES LOADS

SHEAR FORCE
FROM VESSEL OFFSET
AND RISER TENSION

BENDING MOMENT
FROM VESSEL OFFSET,
RISER TENSION AND BOP
STACK HEIGHT

MUDLINE

CONDUCTOR
MAXIMUM STRESS IN
CONDUCTOR OCCURS
BELOW THE MUDLINE
Momento
Resultan
Reação te
do
Solo
Exercício de Verificação do Rev. Condutor
Como verificar um revestimento Conductor
Cálculo Aproximado

Dados de Entrada:
S
• M e S são obtidos da
Análise de Riser
M
• Dados do Tubo (OD, ID,
Grau do Aço)
Equações:
Baseado no slide anterior, avalie se o conductor abaixo está
adequado para os carregamentos abaixo. Considerar os
seguintes dados de entrada:

• Momento Fletor = 4,000,000 lbf x ft


• Força Cisalhante = 100.000 lbf
• Conductor = 30” x 1 ½” , grade X-60 (Ϭ = 60.000psi)
• Comprimento do Condutor = 70m
• Anchoring point = 15m below the ML
• Stick Up = 3.5m acima do Fundo do Mar (ML)
Capacities

BARE 53 ksi VME


RISER JOINT

FLEX JOINT 10 degrees

LMRP
interaction
LMRP / BOP CONNECTOR
equation used
BOP

BOP / WELLHEAD CONNECTOR 7000 k-ft


MUDLINE
Typical Deepwater NPT with
12955 k-ft
36” x 2” X-60 CONDUCTOR
A spud in operations:
RL-4HC CONNECTOR #1 14635 k-ft

36” x 2” X-60 CONDUCTOR


B
30” jetted casing (77Klb
12955 k-ft
friction)
RL-4RB CONNECTOR #2 15465 k-ft After surface casing landing
C
36” x 1.5” X-56 CONDUCTOR 9727 k-ft
conductor sunk 2,5m below
ML.
RL-4RB CONNECTOR #3 15465 k-ft
D
NPT = 54h
36” x 1.5” X-56 CONDUCTOR 9727 k-ft

RL-4RB CONNECTOR #4 15465 k-ft


E

36” x 1” X-56 CONDUCTOR 7112 k-ft

RL-4RB CONNECTOR #5 15465 k-ft

36” x 1” X-56 CONDUCTOR 7112 k-ft

20” x 0.812” X-56 CASING

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