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Modelo

Hidrogeológico Alunos:
Como a presença de águas subterrâneas e as poropressões
resultantes podem afetar o projeto e o desempenho de taludes de
André Felix
mina a céu aberto. Gabriel Matiazo
Itamar Fernandes
Luan Tavarares
Tomaz A. Dutra
Sandoval Lourenço
introdução

Influência da água subterrânea em


uma mina de cèu aberto:

1. + tensão efetiva + pressão dos poros. 2. água parada dentro da mina.


reduzirá a resistência ao perca de acesso
cisalhamento, podendo maior uso de explosivos/explosivos
ocasionar falhas no especiais; aumento de falhas no
talude desmonte.
condições de trabalho inseguras.
porosidade e
poropressão:
porosidade: poropressão:
a maior parte da água pressão da água subterrânea
subterrânea está localizada dentro dos espaços porosos
em espaços porosos de rochas ou solos.
interticiais. pressão é =0 no nível do lençol
solo - 100 a 300 l/m³. freático.
espaços intergranulares. negativa ácima do lençol
rochas fraturadas - 1 a 30 l/m³. freático.
+ abaixo do lençol freático.
controle de pressão:
determinado medindo a
altura de uma coluna de água
em um determinado ponto
porosidade e
poropressão:
Armazenabilidade:

armazenamento não armazenamento


confinado: confinado:
a rocha ou solo libera água
não ocorre a liberação de
por gravidade devido ao
água com o rebaixamento do
rebaixamento do lençol
lençol freático.
freático.
desaguamento de minas
e controle de
poropressão:
esforço dependerá dos
seguintes fatores:

caracteristicas benefícios:
hidrogeológicas
toda mina escavada abaixo + estabilidae
profundidade de escavação - custo com talude
do lençol freático deve ser
abaixo do lençol freático redução de água nas
desidratada.
resistência dos materiais que bancadas
compõem a mina + segurança
Antecedentes da hidráulica
das águas subterrâneas
Bibliografias:
Driscoll FD (1986), "Águas Subterrâneas e Poços, 2ª ed.
Projetos RG.”

Congelar RA e Cherry JA (1979), "Lençóis Freáticos.


Prentice Hall.”

Preço M (2003), "Água Subterrânea", Editorial Limusa,


Grupo Noriega, México.”
Princípios da Hidráulica de
Águas Subterrâneas:
Lei de Darcy:
Governa o fluxo de águas subterrâneas, definindo a relação entre taxa de
fluxo, área de seção transversal e gradiente hidráulico.

Permeabilidade = Condutividade Hidráulica P=KiA

Permeabilidade e Gradiente Hidráulico:


Permeabilidade é crucial para determinar a capacidade de fluxo, enquanto
o gradiente hidráulico influencia a velocidade e direção do fluxo.
Lei de Darcy:
Em situação de campo:
Considere uma unidade permeável de
espessura constante contendo água, a
pressão dos poros é em todos os lugares
maior que a pressão atmosférica. Quando
perfuramos nessa unidade, a agua sobe
acima do topo da unidade.
Configurações de Fluxo:
Meio poroso intergranular e fluxo em fraturas são comuns em ambientes de
mineração, exigindo abordagens específicas de despressurização.

Heterogeneidade e Anisotropia:
Rochas e solos variam em permeabilidade e direção de fluxo, afetando a
dinâmica das águas subterrâneas.
Desafios e Estratégias:

Alterações na Argila:
Podem representar desafios significativos, exigindo estratégias específicas
de despressurização.

Fluxo em Rochas Duras:


Ocorre predominantemente em juntas e fraturas, requerendo abordagens
diferenciadas para despressurização.

Modelagem Hidrogeológica:
Essencial para entender a dinâmica das águas subterrâneas e planejar
medidas de despressurização.
Processos e Controle da
Pressão dos Poros:
Descarga do Maciço Rochoso:
Afeta a pressão dos poros e a permeabilidade ao longo do tempo.

Zona Danificada pela Explosão:


Influencia a pressão dos poros, variando conforme procedimentos de
detonação e propriedades da rocha.

Redução da Pressão dos Poros:


Ocorre devido à expansão da rocha em profundidades maiores e à
descarga litostática.
Influência de Fatores
Externos:

Profundidade, Estrutura Geológica, Litologia, Alteração,


Mineralização e Intemperismo: influenciam o fraturamento e o fluxo
de águas subterrâneas em torno de minas a céu aberto.

Tubulação de Materiais de Taludes: causa instabilidade devido a


mudanças rápidas e transitórias de pressão em materiais macios.
Desenvolvendo um modelo
hidrogeológico
Integração do modelo de talude da cava
no modelo regional
Para a maioria dos estudos de despressurização de
taludes de cava, é necessário integrar o programa
específico para taludes de cava no programa
hidrogeológico ou de desidratação total para o local da
mina. As condições específicas das águas subterrâneas
em torno das encostas da cava são influenciadas pela
configuração regional.
Barrick Goldstrike em Nevada, onde as formações
carbonáticas dentro da cava estão interligadas por
O primeiro passo no desenvolvimento de um modelo dezenas de quilômetros de distância da área da cava .
hidrogeológico conceitual das encostas da cava é
determinar o modelo hidrogeológico regional
Modelo hidrogeológico
conceitual em escala de mina
O modelo hidrogeológico conceitual em escala de mina geralmente inclui toda a área do sistema
de águas subterrâneas que pode ser influenciada pela operação de mineração a céu aberto.

1-definição da área
2-definição dos limites hidráulicos do local
3-definição da porosidade
4-definição quantidade de água dentro de cada unidade hidroestratigráfica da mina.
O modelo hidrogeológico conceitual para uma mina
a céu aberto geralmente inclui os seguintes itens:

1-Uma descrição detalhada da cobertura e do leito rochoso geologia e hidrogeologia do


local da mina

2-Uma descrição do sistema regional de fluxo de águas subterrâneas

3-unidades hidroestratigráficas que compõem o sistema regional de fluxo de águas


subterrâneas

4-Avaliação das áreas de recarga de águas subterrâneas e da magnitude da recarga de


águas subterrâneas, incluindo interacção águas subterrâneas/águas superficiais.

5-Avaliação das elevações das águas subterrâneas.

6-Avaliação das áreas naturais de descarga de águas subterrâneas e como a escavação


da cava a céu aberto pode alterar o padrão de descarga.
Modelo hidrogeológico detalhado
de taludes de cavas
Esta seção detalha a avaliação e o controle das pressões dos poros, visando principalmente
aumentar a tensão efetiva do material e a estabilidade dos taludes da cava. O modelo conceitual de
taludes é geralmente definido pelo domínio geotécnico usado na análise de estabilidade de taludes.

-Natureza do fluxo de água subterrânea em cada unidade;


-Permeabilidade horizontal e vertical de cada unidade;
-Rendimento específico e retenção específica de cada unidade;
-Carga de pressão em cada unidade;
-Principais alinhamentos estruturais e sua influência no fluxo de água subterrânea;
-Continuidade ou descontinuidade das cabeceiras das águas
-Padrões de resposta à infiltração nas paredes do poço ou ao estresse de bombeamento;
-Testes de packer de furos centrais para obter valores de permeabilidade e pressões de
fechamento para estruturas específicas.
Modelo hidrogeológico detalhado
de taludes de cavas

O modelo detalhado é desenvolvido para diferenciar entre diferentes unidades


quanto à sua resposta à drenagem e dissipação de poros-pressões. Também
prevê o perfil atual de poropressão e taxa de mudança, taxa de dissipação futura
da pressão dos poros, e o nível de despesas necessário para aumentar a taxa de
dissipação da pressão dos poros e permitir o aumento da estabilidade do talude.
Modelos hidrogeológicos
numéricos

Definição
O modelo numérico hidrogeológico é uma
simplificação da complexa realidade da natureza.
Um modelo propicia a estrutura para sintetizar
informações de campo e para a conceitualização
dos processos hidrogeológicos.
Modelos hidrogeológicos
numéricos
Modelos hidrogeológicos
numéricos

Escala regional

Escala de mina

Escala de inclinação de poço

Escala de talude de cava

Modelos para abordar questões

hidrogeológicas específicas
modelagem:

Desidratação em escala de mina

Pressões de poros em taludes de cava

Modelagem em 2D

Modelagem em 3D
Softwares de modelagem numérica
de fluxo de água subterrânea

1° etapa: Desenvolvimento de modelo.


2° etapa: Entrada de dados de
planejamento de mina.
3° etapa: Simulação de alterações nas
propriedades hidráulicas devido a
descargas e deformações.
4° etapa: Calibração do modelo.
5° etapa: Simulações preditivas.
6° etapa: Interação com modelo
geotécnico.
Métodos de despressurização
de taludes

Infiltração Natural; Drenagem por gravidade;

Drenagem bombeada; Túneis de Drenagem;


Infiltração Natural

Taludes Robustos;

Permeáveis e homogêneos;
Drenos por gravidade

Drenos Horizontais
Pressão da agua;

Furos 100 - 200mm;

Tubos 25 - 50mm;

450m;
Drenos por gravidade

Drenos Verticais
Furos no topo;

Zona de despressurização;
Poços de bombeamento

Parte inferior;

150 - 200mm;

0,02 - 0,2 L/s;


Túneis de drenagem

Encosta da cava;

Facilitar o acesso;

Rochas Saturadas;
Escolha do método

Escala da Operação e custo;

Modelo Hidrogeológico;

Poropressões e tempo;
Áreas para pesquisas
futuras

Caracterização Dinâmica de Fraturas:


Propõe uma pesquisa mais aprofundada na relação dinâmica
entre fraturas de alta ordem mais permeáveis (associadas a
zonas de falha) e fraturas de baixa ordem menos permeáveis
(criadas por juntas), considerando o comportamento
hidráulico variável dessas fraturas.
Áreas para pesquisas
futuras

Padronização da Inserção de Poropressão em


Modelos Geotécnicos:
Destaca a necessidade de desenvolver padrões para a
inclusão de campos de poropressão em modelos geotécnicos,
considerando a escala em que as pressões dos poros são
relevantes e a heterogeneidade do maciço rochoso.
Áreas para pesquisas
futuras

Caracterização de Poros-Pressões Transitórias:

Sugere a melhoria na caracterização e modelagem de poros-


pressões transitórias, abrangendo desde escalas sazonais até
escalas de tempo de milissegundos, e examinando o impacto
dessas variações na estabilidade dos taludes.
Áreas para pesquisas
futuras

Abordagem Prática para Modelagem Acoplada:

Enfatiza a necessidade de desenvolver uma abordagem


prática para modelagem acoplada, considerando a coleta de
dados, a análise numérica e a aplicação em campo,
ressaltando que a modelagem deve ser proporcional aos
dados e conhecimentos disponíveis.
Conclusão

Conclui-se que o estudo aprofundado do capítulo 6 do livro


"Guidelines for Open Pit Slope Design" de John Read e Peter
Stacey revelou importantes considerações na modelagem
hidrogeológica para taludes de minas a céu aberto. A
abordagem detalhada sobre poropressão, interações entre
fraturas de alta e baixa ordem, padronização na interação
entre poropressão e modelos geotécnicos, poropressão
acoplada e modelagem geotécnica.
Conclusão

Em síntese, este estudo oferece uma visão crítica das


complexidades envolvidas na modelagem hidrogeológica
para taludes de minas a céu aberto, identificando áreas de
pesquisa futura e enfatizando a necessidade de uma
abordagem integrada para enfrentar os desafios presentes.
Referências

READ, John; STACEY, Peter. Guidelines for Open Pit Slope


Design.Austrália: CSIRO, 2009

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