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Ao se perfurar um poço de petróleo, produz-se uma instabilidade em um
sistema que se encontrava até então equilibrado. Conhecer os fenômenos
envolvidos, quantificar sua intensidade e minimizar seus efeitos nas
operações realizadas, constitui-se em um grande desafio para a engenharia
de perfuração de poços de petróleo.

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Algumas vantagens que podem ser obtidas quando conhecemos as pressões
das formações são:

Elevação da taxa de penetração por utilização de fluidos de perfuração que


venham a gerar baixos diferenciais de pressão nas formações;
Minimização dos riscos de prisão da coluna por prisão diferencial;
Redução de ocorrência de dano a formação;
Redução dos riscos de kicks e blow-outs;

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Algumas vantagens que podem ser obtidas quando conhecemos as pressões
das formações são:

Prevenção a perdas de circulação;


Otimização dos custos de fluido de perfuração;
Prevenção de ocorrências de arraste, drag e torque durante perfuração.
Preservação das propriedades dos fluidos de perfuração que poderiam ser
causadas por invasão de água, óleo e gás de formação.

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Pressões das formações
O conhecimento do valor das pressões das formações atravessadas quando
da perfuração de um poço, é fundamental para se otimizar as operações
envolvidas no processo. A definição das densidades mínima e máxima do
fluido de perfuração aplicado, necessária para se estabilizar as paredes do
poço durante as operações de perfuração, é totalmente dependente do
conhecimento das pressões de formações envolvidas neste mesmo poço.

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As principais pressões que determinamos são:
 Pressão Petrostática ou Tensão Efetiva
 Pressão Hidrostática ou Pressão de Poros
 Pressão de Poros Normal
 Pressão de Poros Anormalmente Alta
 Pressão de Poros Anormalmente Baixa
 Zona de Transição
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Pressão de sobrecarga
É a pressão que as camadas de formação e fluido (água e hidrocarbonetos),
exercem umas sobre as outras. A pressão de sobrecarga aumenta com a
profundidade, pois quanto mais profundo estiver um extrato rochoso, maior
será a carga que o mesmo suportará. No caso de perfurações off-shore,
precisamos considerar a pressão hidrostática que a profundidade de água
exerce sobre as camadas de formação.

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Pressão de sobrecarga
Para facilitar o manuseio e a comparação, transformamos os valores de
pressão de sobrecarga, em cada ponto do poço, em gradiente (lb/gal) e
assim podemos fazer uma correlação imediata com o peso específico do
fluido de perfuração que estamos aplicando. A curva do gradiente de
sobrecarga representa densidade média da formação em função da
profundidade. Para obtermos a pressão de sobrecarga temos que somar
a pressão que cada extrato (rocha + fluido) exerce um sobre o outro.

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Pressão Petrostática ou Tensão Efetiva
É a pressão causada e/ou suportada pelo peso do esqueleto rochoso
apenas. É a parte da sobrecarga devida ao componente sólido da
rocha. É a tensão compressiva grão-grão.

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Pressão Hidrostática ou Pressão de Poros
É a pressão exercida por uma coluna de fluidos. É a pressão
suportada pelos fluidos contidos nos poros das rochas. A mesma
depende da densidade e da altura da coluna de fluido, logo será
influenciada pela concentração de sais dissolvidos na água de
formação, e pelo gradiente de temperatura da área.

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Pressão de Poros Normal
É aquela que ocorre em condições normais de compactação, ou
seja, é a situação em que “fluido suporta fluido e rocha suporta
rocha”. Nesse caso a pressão de poros é equivalente à pressão
hidrostática exercida pela coluna de água salina de uma
determinada área.

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A figura 1.2 mostra uma situação onde há compactação normal, dos fluidos nos
poros de uma formação

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Pressão de Poros Anormalmente Alta
É aquela em que a pressão do fluido contido nos poros, excede a
Pressão Normal da área. Esta situação ocorre quando os fluidos
contidos no espaço poroso suportam uma parte da sobrecarga, que
deveria ser suportada pela matriz rochosa.
Pressões de Poros Anormalmente Altas, são encontradas em quase
todas as bacias sedimentais do mundo.

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Pressão de Poros Anormalmente Baixa
É aquela situação em que a pressão do fluido contido nos poros da
rocha é inferior à pressão hidrostática normal para uma
determinada área. Acontece principalmente em zonas depletadas.

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Zona de Transição
É o intervalo no qual o gradiente de pressão de poros muda de
normal para anormal. Esta transição ocorre geralmente em um
intervalo relativamente curto. Esta zona é geralmente detectável,
devido a uma característica física especial de sua água de poros
original. É importante salientar que em termos de avaliação de
pressões, esta é uma zona pressurizada.

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Doravante chamaremos de Pressão Anormal, à Pressão de Poros Anormalmente
Alta, que é a mais importante em nosso estudo. A origem da Pressão Anormal
não é completamente entendida, contudo, vários mecanismos que podem ser
causadores de Pressão Anormal, têm sido identificados nas bacias sedimentares.
As Pressões Anormais geralmente são desenvolvidas pela combinação de
fatores, porém é importante que se entenda que para haver “Pressão Anormal”
em um determinado ponto, tem que haver restrição ao fluxo de fluido
impedindo que prevaleça as condições de equilíbrio, ou seja: “fluido suporta
fluido e rocha suporta rocha”.
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Desequilíbrio de Compactação
Ao serem depositadas as rochas sedimentares apresentam grandes
quantidades de água. Admite-se que as argilas apresentem porosidade inicial
de até 90%, chegando à 15% depois de litificadas, enquanto a areia pode
apresentar porosidade inicial de até 50%.
Para que haja um equilíbrio ao final do soterramento, “fluido suporta fluido e
rocha suporta rocha” é necessário que os seguintes fatores estejam
balanceados:

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Desequilíbrio de Compactação

 Taxa de sedimentação
 Magnitude de permeabilidade
 Taxa de redução do espaço poroso
 Habilidade do fluido dos poros em excesso, em ser removido.

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Modelo de Compactação de Sedimentos niltonr57@gmail.com
Se um dos processos citados for restrito e a água contida nos poros das rochas
tiverem seu caminho impedido (lateral e verticalmente), enquanto é
progressivamente levada à profundidades maiores, a pressão se torna
anormalmente alta, em grau variável a depender da quantidade de água que ficou
retida.
Ilustramos este princípio com um simples modelo de mecânicas de solo,
unidimensional. Neste modelo os grãos da rocha são representados por pistons
que se contactam entre si através de molas compressionais. A água original
contida no espaço poroso, que preenche os espaços entre os pistons, possui um
caminho natural de fluxo para a superfície. Contudo este caminho pode se tornar
restrito (representado na figura pelo fechamento da válvula). Os pistons são
pressionados pelo peso da sobrecarga.
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Efeito Diagenético
Diagênese é um termo que se refere a alteração química dos minerais das
rochas provocada por processos geológicos Vamos analisar a diagênese
dividindo as rochas em duas partes:

 ROCHAS CLÁSTICAS - (Areias e Folhelhos)


 ROCHAS NÃO CLÁSTICAS – (Calcários, evaporitos e dolomitas)

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ROCHAS CLÁSTICAS
Um exemplo muito citado é a possível conversão de argilas montmoriloníticas
em ilitas, cloritas e caolinitas, durante a compactação na presença de íons
potássio.
Após o estágio inicial de hidratação que ocorre durante o soterramento, inicia-
se o processo diagenético. Ao atingir a temperatura de 60º C, independente da
profundidade, a montmorilonita começa a se desidratar e transforma-se em
ilita. A água adsorvida (próxima ao argilomineral), é a primeira a ser
deslocada, e se aloja nos poros.
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ROCHAS CLÁSTICAS
A partir de 100º C a água estrutural começa a ser liberada e ao final da
transformação de montmorilonita em ilita, a mesma ocupará um volume de
cerca de 50 a 60% do volume inicial da montmorilonita. Se a água expelida
conseguir escapar, teremos uma situação de equilíbrio, caso contrário, a
formação estará sobrepressurizada.

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Diagênese de Argila niltonr57@gmail.com
ROCHAS NÃO CLÁSTICAS
A diagênese em sequências carbonáticas contribui para a origem de pressões
anormais de fluido criando barreiras de permeabilidade em seqüências
porosas. Barreiras de permeabilidade inibem a expulsão de fluidos das rochas
enquanto a carga estática continua a crescer, gerando grande energia
potencial nos fluidos dos poros. Em carbonatos a transição de pressão
hidrostática para a pressão anormal é assustadoramente abrupta.

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ROCHAS NÃO CLÁSTICAS
Precipitação de minerais solúveis também origina formação de barreiras de
permeabilidade em alguns tipos de rochas. Depois de perder a água de
hidratação, a gipsita (CaSO4.2H2O), ficará desidratada e será transformada
em anidrita (CaSO4), um evaporito extremamente impermeável. Os evaporitos
são quase completamente impermeáveis funcionam como selo, contribuindo
para a existência de sedimentos anormalmente pressurizados sob os mesmos.

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Soerguimento (Elevação de Sedimentos)
Pressões anormais podem ser conseqüência da diminuição da tensão vertical total
em uma rocha soterrada e compactada. Soerguimento é o componente vertical de
uma movimentação estrutural. O soerguimento por si só não gera pressões
anormais, sendo necessário que um outro processo geológico reduza o alívio entre a
rocha soterrada e a superfície.
Alguns processos geológicos são representados pela ocorrência de domos salinos, de
deformações plásticas, de falha tensional ou de erosão. O fator tempo é importante
no processo, pois o sistema sempre tentará buscar o equilíbrio. O soerguimento
precisará ocorrer rapidamente, para gerar pressão anormal.
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Tectonismo
O mecanismo de geração de geo-pressões devido a compressão tectônica é bastante
similar ao processo envolvido no desequilíbrio de compactação. Em ambiente
tectônico uma força adicional de compactação (tensão tectônica) é aplicada
horizontalmente.
Caso a água dos poros possa escapar suficientemente rápido para manter o
equilíbrio, prevalecerão pressões normais de poros; todavia, como as taxas de
aumento da tensão da sobrecarga e expulsão de água dos poros das argilas
compactantes são muito próximas, estaria claro que qualquer aumento adicional de
tensão poderia causar desequilíbrio: a água dos poros não teria como escapar a uma
taxa igual à redução de volume no espaço poroso, resultando num aumento da
pressão de poros. niltonr57@gmail.com
Migração de Fluidos
O fluxo de fluido de um reservatório profundo para uma formação mais superficial
pode resultar numa pressurização anormal da formação mais superficial. Quando
isto acontece dizemos que a formação mais superficial está recarregada. O caminho
para o fluxo neste tipo de migração pode ser natural ou induzido. Mesmo quando a
migração de fluidos é interrompida, é necessário bastante tempo para que as
pressões na zona pressurizada se reequilibrem e voltem ao normal. Muitos blow-outs
aconteceram quando uma formação superficial “recarregada” foi encontrada
inesperadamente.

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Situações em que Podem Ocorrer Migração de Fluidos
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Expansão Térmica da Água
Pressão anormal é causada pelo aumento de temperatura com a profundidade de
soterramento e compactação. A água se expandirá em resposta à temperatura mais
alta ao invés de se comprimir em resposta à pressão mais alta.
Esta expansão resulta num decréscimo na densidade do fluido, o que reduz o
gradiente hidrostático de uma água com determinada salinidade. Também a
expansão aumenta o volume do fluido dos poros dentro da rocha, causando
incremento na pressão de poros. Sob contínuo soterramento e compactação, a
pressão do fluido se tornará anormalmente alta.

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Taxa de Penetração
O aumento da taxa de penetração durante a perfuração da zona de transição
(zona em que ocorre a mudança de pressão normal para pressão anormalmente
alta), tem sido o mais efetivo indicador de que se está entrando em uma zona
pressurizada.
Para uma mesma litologia é comum que a taxa de penetração reduza a medida
que a profundidade aumenta, devido a compactação dos sedimentos. Uma
mudança nesta tendência poderá significar que se está penetrando em uma
zona sobrepressurizada. niltonr57@gmail.com
Detecção de Zona Pressurizada Através da Taxa de Penetração
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Monitoramento de Gases
Presença de gás no fluido de perfuração sempre foi considerado como um sinal de
aviso, mas não necessariamente como um problema sério. Por ser ele um material
compressível geralmente aparenta ser um problema mais sério na superfície do que
realmente é no fundo do poço.
Muitas formações argilosas contém gases no espaço poroso fornecendo assim um
nível constante de gás no fluido a medida em que se vai perfurando. Este nível
contínuo de gás, chamado de “background gás”, provém do cilindro cortado pela
broca. Este gás forma uma linha base de referência, que é previsível para cada área.
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Monitoramento de Gases
Alguns gases de areias/arenitos podem aumentar substancialmente a
concentração de gás no fluido, podendo resultar em acentuada redução nos
pesos dos fluidos de perfuração. Esta situação que pode causar certa apreensão
durante a perfuração, a depender da profundidade do poço, poderá não
ocasionar maiores problemas.

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Monitoramento de Gases
Para se detectar zonas de pressão anormal a partir da presença de gases no
fluido, o monitoramento e a interpretação desses gases precisam ser feitos
criteriosamente. É imprescindível que se faça um acompanhamento cuidadoso
bem como se analise todas as variáveis para que se entenda com clareza se a
presença de gás no fluido se deve realmente a elevação da pressão, ou se o
mesmo é proveniente do cilindro de rocha cortado, gás reciclado, redução no
peso de fluido etc.
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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Os fluidos de perfuração podem apresentar mudanças significativas em suas
propriedades, ao se entrar em zonas de pressão anormal com densidade dos
mesmos inferior ao gradiente de pressão da formação. O monitoramento de
algumas destas propriedades pode nos indicar que estamos iniciando a
perfuração de uma zona sobrepressurizada.

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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Densidade do Fluido
Ao atravessarmos uma zona permeável portadora de água, óleo ou gás, caso
haja desbalanceio de pressão, os mesmos podem vir a invadir o fluido de
perfuração, causando alteração na densidade do mesmo

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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Condutividade do Fluido
A capacidade que um fluido de perfuração possui de conduzir mais ou menos
efetivamente a corrente elétrica, é diretamente proporcional à concentração de
eletrólitos existentes no mesmo.
A salinidade das águas dos folhelhos normalmente diminui, observa-se um aumento
na salinidade da água de formação. Assim, uma variação da salinidade do fluido
pode ser um indicativo do aumento da pressão de poros, causado por influxos de
água de formação. niltonr57@gmail.com
Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Condutividade do Fluido
Podemos detectar o aumento da salinidade do fluido medindo a diferença entre a
condutividade do mesmo no retorno e na entrada do poço. Portanto, desde que o
fluido esteja estabilizado e a litologia seja a mesma, o aumento em valores absolutos
dessa diferença, dependerá do fluido invasor, e poderá estar indicando um acréscimo
do Gradiente de Pressão dos Poros.

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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Temperatura do Fluido
O monitoramento da temperatura do fluido de perfuração na entrada e no retorno
do poço pode ajudar na detecção de zonas de lata pressão, através da observação da
mudança de comportamento dos gradientes geotérmicos.

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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Temperatura do Fluido
Para uma determinada área, o gradiente geotérmico é constante, ou seja, existe uma
tendência de aumento da temperatura com a profundidade. Existe um fluxo de calor
constante que vem do centro até a superfície da Terra. Como a água possui uma
condutividade térmica de um terço a um sexto menor que a maioria dos materiais
que compõem as matrizes, é de se supor que o grau de compactação das formações
está diretamente ligado à condutividade térmica.
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Detecção de Zonas Pressurizadas Através da Temperatura do Fluido
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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Análise dos Cascalhos
A análise dos cascalhos retornados durante a perfuração também se constitui em
uma ferramenta útil na detecção de zonas sobrepressurizada. Variações no
tamanho, formato e quantidade de cascalhos cortados também pode ser um
indicador de que se está atravessando uma zona de pressão anormal.

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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Análise dos Cascalhos
Quando se perfura uma zona de folhelho pressurizado com o gradiente do fluido
inferior ao da formação, observa-se na peneira que os folhelhos se tornam mais
alongados (maiores que uma polegada de comprimento), mais finos, com formato
pontiagudo, superfície ligeiramente côncava e também mais numerosos.
É importante observarmos que o cascalho desmoronado, característico de alívio de
tensões, é mais espesso e retangular do que aquele proveniente do desbalanceio
entre o peso do fluido de perfuração e a pressão da formação.
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Amostras Típicas Produzidas por Sub-Balanceamento e Alívio de Tensões niltonr57@gmail.com
Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Densidade dos Folhelhos
A densidade total dos folhelhos recuperados durante a perfuração pode ser monitorada, de
modo a fornecer indicações da presença de zonas com pressão anormal. A densidade dos
folhelhos normalmente aumenta com a profundidade, como conseqüência da compactação
devido ao aumento da pressão da de sobrecarga. Entretanto, em uma zona anormalmente
pressurizada há uma inversão dessa tendência, e são encontrados folhelhos mais porosos e
consequentemente menos denso do que deveria ser encontrado. Essa diminuição na densidade
dos folhelhos também é um indicativo de uma zona sobrepressurizada.
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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Comportamento do Poço
Alguns indícios no comportamento do poço também podem nos dar uma idéia
da condição de balanceamento das pressões.

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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Fundo Falso e Repasse Após Manobra
Quando se perfura um folhelho pressurizado de baixa permeabilidade, em
condição de sub-balanceio (densidade do fluido inferior ao gradiente de pressão
da formação). O folhelho nesta situação implode para dentro do poço durante
manobra e pode se depositar no fundo do poço, gerando um acúmulo chamado
de fundo falso.

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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Aumento de Torque e Drag
A perfuração de zonas sobrepressurizadas em condição de desbalanceio podem ocasionar
implosão de cascalhos para dentro do poço. Estes cascalhos poderão em contato com a
coluna de perfuração, gerar elevação dos valores de torque e drag na coluna.
Alguns outros parâmetros, tais como, a inclinação do poço, a geometria do poço, a
estabilização da coluna, a profundidade, etc também podem influenciar nos valores de
drag e troque.
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Alterações nas Propriedades do Fluido de Perfuração
Poço Fluindo
A condição de sub-balanceio pode redundar em fluxo de fluido da formação para o poço.
Isto ocasionaria aumento de volume do fluido do sistema, que pode ser detectado através
do monitoramento do volume dos tanques de circulação.
Esta detecção precisa ser feita logo no início do fluxo, a fim de evitar invasão de grande
volume de fluido da formação para o poço, o que viria a dificultar as operações de
controle do mesmo.
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As técnicas utilizadas para detectar e estimar as pressões anormais das formações
são usualmente classificadas em: métodos preditivos, métodos aplicados durante a
perfuração e métodos de verificação.
Ao se planejar a perfuração de um poço em uma área pioneira, utilizamos dados de
pressão das formações, que chamamos de dados previstos, ou estimados antes da
perfuração. Estes dados estimados inicialmente são constantemente atualizados, à
medida em que se vai perfurando o poço, através da utilização dos métodos de
determinação das pressões, durante a perfuração. Ao concluirmos a perfuração do
poço, as pressões das formações são checadas, podendo-se utilizar vários métodos
para avaliação da formação. niltonr57@gmail.com
Antes da Perfuração
Quando perfuramos poços de desenvolvimento, podemos estimar as pressões das
formações, a partir de correlações com outros poços próximos. Entretanto, quando
vamos perfurar um poço pioneiro, as únicas informações que temos disponíveis são
os dados de sísmica.
O dado mais importante que se obtém da sísmica é a análise da velocidade a qual
é simplesmente um registro de tempo – velocidade à várias profundidades. Estes
dados podem ser ordenados de tal modo que se venha a obter um perfil de
velocidade média representando o tempo de trânsito versus a profundidade.
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Antes da Perfuração

Detecção de Zonas Pressurizadas Através do Programa Sísmico niltonr57@gmail.com


Antes da Perfuração - Sísmica
A velocidade do som em um material é diretamente proporcional à densidade deste
mesmo material. Portanto, a tendência normal é que a velocidade do som aumente
com a profundidade. Variações com relação a esta tendência normal podem ser
devido a zonas geopressurizadas.
Este método nos permite obter resultados com excelente grau de precisão em
formações relativamente novas, e onde há predominância de folhelhos. Em bacias
sedimentares velhas e onde há litologia variada, a predição de pressões anormais
por este método se torna mais difícil.
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Antes da Perfuração - Sísmica
Para determinar e avaliar pressões anormais é necessário:
 Estabelecer a tendência normal de compactação dos folhelhos;
 Observar os intervalos que ficam à direita da tendência normal. Estes intervalos
podem estar sobrepressurizadas. A pressão de poros pode ser calculada pelo
mesmo método utilizado

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Durante a Perfuração
Ao perfurarmos um poço, quando atingimos uma zona de transição (de normal
para anormalmente pressurizada), variações nas propriedades das rochas e na
performance da broca, geralmente nos fornecem várias indicações indiretas de que
houve mudança na pressão da formação. Para detectar estas mudanças, os
parâmetros de perfuração relacionados com a performance da broca são
monitorados todo o tempo e gravados por instrumentos na superfície. Também as
variações nas propriedades do fluido de perfuração são monitoradas
cuidadosamente e registradas por equipamentos conhecidos por Mud Logging.
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Durante a Perfuração – Análise de Dados
Os parâmetros mais comuns monitorados durante a perfuração são: taxa de
perfuração, peso sobre a broca, rotação da coluna e torque.
A taxa de penetração sofre influência do tipo de informação que se está
atravessando. A taxa de perfuração em uma determinada formação tenderá a
reduzir com o aumento da profundidade. Contudo, quando encontramos uma zona
de transição, esta tendência normal (da diminuição da taxa de perfuração com a
profundidade), é alterada.

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Durante a Perfuração – Análise de Dados
As zonas de transição são mais facilmente perfuradas que as rochas normalmente
pressurizadas, devido a uma redução no diferencial de pressão fluido-formação, e
também a presença de uma matriz rochosa mais fraca como conseqüência da sub-
compactação.
A estimativa dos valores de pressão de poros a partir do monitoramento de
parâmetros de perfuração é limitada pelo grande número de variáveis com que se
trabalha.

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Durante a Perfuração – Análise de Dados
As variáveis que podem afetar a taxa de perfuração são: tipo de formação, tipo de
broca, diâmetro da broca, tamanho dos dentes da broca, desgaste da broca, peso
sobre a broca, rotação transmitida a broca, tipo do fluido de perfuração, densidade
do fluido, viscosidade do fluido, quantidade e tamanho dos sólidos existentes no
fluido, pressão de bombeio e vazão de bombeio. Mudanças nessas variáveis alteram
a taxa de penetração e podem mascarar o efeito da mudança de litologia ou de
aumento na pressão dos poros da formação.

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Durante a Perfuração – Estimativa a partir dos dados
Em 1965 Bingham relacionou matematicamente taxa de penetração, peso sobre a
broca, rotação e diâmetro da broca. Esta equação após sofrer vários estágios de
desenvolvimento, redundou no expoente dc.
Log (R/60n) Gn Onde:
dc = : R= taxa de penetração (ft/min)
log (12PSB/106 Dh) ECD N= rotação da broca (rpm)
PSB= peso aplicado sobre a broca (1.000 lb)
Dh= diâmetro da broca (in)
Gn= gradiente normal (lb/gal)
ECD= densidade equivalente de circulação (lb/gal).niltonr57@gmail.com
Durante a Perfuração – Estimativa a partir dos dados
Quando atravessamos zonas normalmente pressurizadas, o expoente DC
vai aumentando gradativamente, demonstrando que há uma tendência
de compactação para a área em questão. Quando se encontra uma
zona geopressurizada há uma alteração na tendência (redução no valor de
dc).

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Durante a Perfuração – Estimativa a partir dos dados

Detecção de Zonas Pressurizadas Através de Expoente DC niltonr57@gmail.com


Após a Perfuração
Para determinarmos a pressão contida nos poros de uma formação, após perfurar um
poço, podemos utilizar dois métodos: realizar teste de formação e ou interpretar perfis
elétricos e acústicos.
Os perfis utilizados para estimar pressão de poros são: sônico, resistividade e densidade,
sendo que dos três o sônico é o mais usado. Isto se deve ao fato de que o perfil sônico
sofre menos interferência do que os outros dois, além de que nem sempre os perfis de
resistividade e de densidade são ocorridos fora das zonas de interesse. Normalmente
estes dois perfis só são corridos em toda extensão do poço, nos poços pioneiros.
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Após a Perfuração
O conceito básico para a determinação da pressão dos poros é o mesmo para
os três métodos. Entende-se que em uma área com pressão de poros normal, a
porosidade das rochas é inversamente proporcional à profundidade para uma
mesma rocha. No caso da existência de uma zona sobrepressurizada, a
porosidade sairá desta tendência, (aumentará) nesta referida zona.

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A mecânica das rochas se ocupa em estudar as teorias de elasticidade,
falhas mecânicas, tensões existentes nas paredes do poço e propagação
de ondas acústicas. Nós não vamos nos aprofundar nessas teorias, mas
procuraremos entender de forma geral os mecanismos envolvidos na
estabilidade mecânica dos poços.
Quando perfuramos um poço estamos promovendo um desequilíbrio,
em uma massa rochosa. É função do fluido de perfuração restabelecer
este equilíbrio, tanto no aspecto químico quanto no físico.

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A instabilidade mecânica das paredes do poço pode acontecer por
ruptura à tração (ocasionando uma fratura na rocha), ao cisalhamento
(chamada de colapso), à compressão e à flexão. Na análise de
estabilidade mecânica de poços somente se considera dois modos de
ruptura: ao cisalhamento e à tração.
A manutenção da estabilidade de um poço de petróleo é essencial para o
sucesso técnico e econômico das operações a serem realizadas neste
poço.

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MECÂNICA DAS ROCHAS
A seguir citaremos alguns conceitos relacionados com mecânica das rochas
para facilitar nossa compressão do assunto em questão.
 Tensão
 Deformação
 Coeficiente de Poisson
 Tensão Efetiva

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MECÂNICA DAS ROCHAS
Tensão
É a força dividida pela área em que ela é aplicada. Na geotécnica a
tensão de compressão é convencionada como sendo positiva e a tensão
de tração negativa.

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MECÂNICA DAS ROCHAS
Deformação
Quando aplicamos uma força sobre um material ele sofrerá variação de
forma e tamanho. Deformação é a variação do comprimento, isto é o
comprimento final menos o inicial, dividido pelo comprimento original
do corpo.

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MECÂNICA DAS ROCHAS
Coeficiente de Poisson
Propriedade elástica das rochas, que é a razão entre a deformação
lateral e axial de um corpo, submetido a um carregamento axial.

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MECÂNICA DAS ROCHAS
Coeficiente de Poisson

Determinação do Coeficiente de Poisson


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MECÂNICA DAS ROCHAS
Tensão Efetiva
Quando encontramos rochas porosas que contém fluidos em seus poros,
líquido ou gás, precisamos considerar a tensão efetiva e não a tensão
total. Para esta situação a tensão total será igual a pressão de poros
somada a tensão efetiva. Tensão efetiva é portanto a tensão suportada
pelo esqueleto rochoso em uma rocha porosa.

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Para se estimar os gradientes envolvidos na ruptura da parede do poço, são
consideradas as seguintes hipóteses básicas:
 O material rochoso é considerado como sendo contínuo, elástico, homogêneo e isotrópico.

 O poço é considerado como cilíndrico. Seu eixo pode ser vertical ou inclinado.

 Uma das tensões principais na crosta terrestre é considerada atuando na direção vertical.

 Existe uma pressão no fluido da formação.

 É válido o princípio da tens


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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido a Tração.
Este tipo de ruptura gera abertura de uma fratura na parede do poço. A fratura
pode ser tanto axial quanto pode cortar a parede do poço.
A pressão causadora da fratura é chamada de pressão de quebra. A fratura
portanto representa a maior ou menor resistência da rocha em ser partida.
Existe uma estreita relação entre o gradiente de fratura e o gradiente de pressão
de poros, acreditando-se que a fratura acontece quando o gradiente aplicado é
superior ao gradiente poral, porém sem ser superior ao gradiente de sobrecarga
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido a Tração.
Dependendo da relação pressão de poros-resistência coesiva, algumas
considerações podem ser feitas:
 O gradiente de fratura corresponde à soma do gradiente poral ou
hidrostático mais uma parte desconhecida do gradiente petrostático
(tensão efetiva).
 Quanto mais fluido tiver uma rocha, menor será sua resistência coesiva
devido ao enfraquecimento petrostático para uma mesma matriz.
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido a Tração.
Dependendo da relação pressão de poros-resistência coesiva, algumas considerações podem ser
feitas:

 Formações fraturadas de origem calcária com gradientes normais ou sub-


normais, quase não oferecem resistência coesiva.
 Folhelhos ou argilitos homogêneos plásticos em gradiente normal, oferecem
uma resistência à fratura quase igual ao gradiente de sobrecarga.
 Rochas ígneas ou magmáticas terão baixíssima pressão poral, porém altíssima
força coesiva.
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO

Poço Horizontal Perfurado na Direção da Maior Tensão Poço Horizontal Perfurado na Direção da Menor Tensão
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido a Tração.
Dependendo da relação pressão de poros-resistência coesiva, algumas considerações podem ser
feitas:

 Formações fraturadas de origem calcária com gradientes normais ou sub-


normais, quase não oferecem resistência coesiva.
 Folhelhos ou argilitos homogêneos plásticos em gradiente normal, oferecem
uma resistência à fratura quase igual ao gradiente de sobrecarga.
 Rochas ígneas ou magmáticas terão baixíssima pressão poral, porém altíssima
força coesiva.
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Determinação do Gradiente de Fratura
O gradiente de fratura pode ser determinado, na prática ou matematicamente.
Teste de Absorção
O teste de absorção consiste na pressurização da formação até que a mesma atinja a
absorção, que ocorre quando o fluido começa a entrar na formação apenas iniciando
a fratura. O teste de absorção é operacionalmente muito simples.
O objetivo deste teste é determinar a densidade do fluido equivalente que a formação,
abaixo da sapata, suporta e também verificar as condições de isolamento da
cimentação do revestimento.
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
1.0 - Perfurar aproximadamente 10 m abaixo da sapata.
2.0 - Circular até que o fluido de perfuração esteja completamente
homogeneizado. É muito importante esta operação, principalmente para que o
resultado do teste não seja influenciado pelo desbalanceio que pode existir entre
o anular e o interior da coluna.

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
 O teste deve ser feito com a unidade de cimentação, utilizando manômetros de precisão que
permita a leitura facilmente de pequenos valores de pressão. Sugestão: de 20 em 20 psi.

 A broca deve estar posicionada dentro do revestimento.

 Antes de conectar a linha da unidade de cimentação na superfície, bombear fluido através da


mesma para evitar que fique ar na linha.

 As linhas de superfície devem ser testadas antes de se iniciar o teste.

 Como o teste de absorção também fornece uma indicação da qualidade da cimentação na sapata,
quando possível, deve-se deixar aberta a comunicação entre o revestimento descido e o anterior.
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
3.0 - Fechar o BOP e bombear o fluido através do tubo de perfuração ou linha de
injeção com uma vazão constante e igual a do teste do revestimento, ou seja, ¼
a ½ BPM caso a formação seja pouco permeável.

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
3.0 - Fechar o BOP e bombear o fluido através do tubo de perfuração ou linha de
injeção com uma vazão constante e igual a do teste do revestimento, ou seja, ¼
a ½ BPM caso a formação seja pouco permeável.
 A manutenção do nível de fluido na altura do “flow line” é interessante, já que
permite uma melhor visualização na calha de um possível vazamento pelo
BOP.

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
4.0 - Simultaneamente plotar o gráfico Pressão de Injeção x Volume Bombeado
até atingir a pressão de absorção, isto é, parar a bomba imediatamente após a
pressão começar a sair da tendência linear, ou assim que a pressão atingir o valor
máximo pré-fixado.

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
 Quando a formação abaixo da sapata for calcáreo, deve se redobrar o cuidado na
identificação do ponto que ocorre a perda de linearidade, já que a tendência de ruptura deste
tipo de litologia é romper-se subitamente. Neste caso, recomenda-se efetuar o teste de
absorção pelo método por hesitação.
 Se a formação abaixo da sapata for plástica, pode ser bombeado mais 0,5 bbl para se
confirmar a saída de tendência linear antes de se interromper o bombeio.
 Caso persista alguma dúvida quanto ao resultado do teste ou se o teste perder a continuidade
de execução devido a paradas por problemas operacionais, a pressão deve ser aliviada
lentamente e o teste repetido.
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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
5.0 - Após atingir a pressão de absorção, parar o bombeio e por 10 minutos,
registrando a cada minuto a pressão, ou até que a pressão se estabilize.
6.0 - Aliviar lentamente a pressão, drenando totalmente, inclusive o volume das linhas
de superfície. Registrar o volume retornado, subtraindo o volume das linhas de
superfície, que deve ser conhecido, e compará-lo com o volume bombeado. Um alívio
brusco da pressão poderá provocar o desmoronamento das paredes do poço exposto,
ou provocar uma desestabilização que poderá acarretar futuros problemas ao poço.
7.0 - Com a pressão de absorção (PA), calcular a densidade de fluido equivalente na
sapata (ρE). niltonr57@gmail.com
RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO

PA
(ρE) = (ρL) +
0,17 x Prof
Onde:
ρE = Densidade equivalente de fluido equivalente na sapata (lb/gal)
ρL = Densidade de fluido usado durante o teste (lb/gal)
PA = Pressão de absorção (psi).
Prof = Profundidade da sapata (m)

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE ABSORÇÃO
TESTE DE ABSORÇÃO #2 (1-RSS-4)

900

800

700
PRESSÃO DE BOMBEIO

600

500
VAZÃO DE BOMBEIO=0,30BPM
400 BOMBEIO PELA KILL LINE
PESO DO FLUIDO=9,7PPG
300 FORMAÇÃO DA SAPATA=FLH
PROF. SAPATA 13 3/8" @ 1724 m
PRESSÃO ESTABILIZADA=770 PSI/10MIN
200
PRESSÃO ABSORÇÃO=760-150=610 PSI
PESO EQUIV. ABSORÇÃO=11,8 PPG
100 VOLUME INJETADO=ZERO

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
VOLUM E BOM BEADO

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido ao Cisalhamento
A ruptura ao cisalhamento é chamada de colapso da formação e pode
ter como conseqüência dois tipos diferentes de situações:

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido ao Cisalhamento
Em Rochas Plásticas
Em evaporitos e alguns tipos de folhelhos este tipo de instabilidade
ocasiona um escorregamento da formação que produz um fechamento
do poço, com conseqüente redução do seu diâmetro.

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido ao Cisalhamento
Em Rochas Plásticas

Colapso da Formação niltonr57@gmail.com


RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido ao Cisalhamento
Em Rochas Frágeis
Nas rochas com comportamento frágil como a maioria dos arenitos,
calcáreos e rochas ígneas, ao cisalhamento à compressão pode provocar
o rompimento da rocha na parede do poço. Quando isto ocorre, pedaços
de rocha de tamanhos variados caem no poço, fazendo com que o
diâmetro do poço se torne maior que o diâmetro da broca.

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RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido ao Cisalhamento
Em Rochas Frágeis

Colapso da Formação niltonr57@gmail.com


RUPTURA AO REDOR DO POÇO
Ruptura devido ao Cisalhamento
Em Rochas Frágeis
É muito importante que se faça uma distinção entre a ocorrência de colapso,
problemas mecânicos gerados por interação química do fluido de perfuração
com a rocha, e pressão de poros elevada (desbalanceio). Algumas vezes, em
todos os três casos, o que vamos observar na superfície é que houve
desmoronamento do poço. Também quando observamos ao final do poço que
o cáliper está aumentado, precisamos distinguir se o que causou alargamento
do diâmetro do poço foi instabilidade da parede ou erosão provocada pelo
fluido de perfuração niltonr57@gmail.com
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Estabilidade Química
APESAR DA GRANDE CONTROVÉRSIA ACERCA DO ENTENDIMENTO DOS FENÔMENOS
QUE REGEM A INTERAÇÃO ROCHA-FLUIDO, NO PROCESSO DE PERFURAÇÃO DE UM
POÇO DE PETRÓLEO, É CONSENSO ENTRE OS EXPERTS QUE CERTAS FORMAÇÕES
GEOLÓGICAS, EM CONTATO COM ALGUNS ELEMENTOS QUÍMICOS QUE COMPÕEM OS
FLUIDOS DE PERFURAÇÃO, REAGEM QUIMICAMENTE PRODUZINDO PREJUÍZOS À
PERFURAÇÃO DOS POÇOS. QUANDO PERFURAMOS ROCHAS REATIVAS COMO OS
EVAPORITOS, DOMOS SALINOS E OS SEDIMENTOS ARGILOSOS, A INTERAÇÃO DAS
MESMAS COM FLUIDO DE PERFURAÇÃO UTILIZADO, PODE OCASIONAR INSTABILIDADE
NO POÇO DE NATUREZA QUÍMICA.

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Estabilidade Química
Estabilidade em Formações Argilosas
A INTERAÇÃO ROCHA-FLUIDO EM SEDIMENTOS ARGILOSOS, PODE SER
EXPLICADA A PARTIR DE TRÊS MECANISMOS PRINCIPAIS: CAPACIDADE DE TROCA
DE BASES, ADSORÇÃO E HIDRATAÇÃO. A COMPOSIÇÃO ELEMENTAR DA
ESTRUTURA CRISTALINA DOS ARGILOMINERAIS, É DIFERENTE PARA CADA UM
DELES, FAZENDO COM QUE OS SEDIMENTOS ARGILOSOS POSSUAM DIFERENTES
GRAUS DE REATIVIDADE, QUANDO EM CONTATO COM FLUIDOS AQUOSOS.

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Estabilidade Química
Origem dos Argilominerais

OS ARGILOMINERAIS SÃO GERADOS POR DIAGÊNESE DE ROCHAS ÍGNEAS OU


VULCÂNICAS E DE ROCHAS METAMÓRFICAS, ATRAVÉS DA AÇÃO DE LÍQUIDOS,
SOLUÇÕES E GASES EM TEMPERATURAS ELEVADAS. DAS ROCHAS SEDIMENTARES,
OS FOLHELHOS SÃO AS QUE APRESENTAM O MAIOR TEOR DE ARGILOMINERAIS.
OS ESTUDOS DEMONSTRAM QUE HÁ UMA CORRELAÇÃO ENTRE A IDADE
GEOLÓGICA E TIPO DE ARGILOMINERAL PREDOMINANTE

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Estabilidade Química

ORIGEM
DOS
ARGILOMINERAIS

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Estabilidade Química
PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DOS ARGILOMINERAIS

A COMPREENSÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS SÃO IMPORTANTES PARA A


PREVISÃO DO COMPORTAMENTO COLOIDAL DAS DISPERSÕES DE ARGILA. AS
PROPRIEDADES MAIS IMPORTANTES SÃO:

AS PARTÍCULAS DE ARGILA POSSUEM CARÁTER ELETRONEGATIVO PARCIAL. SUA


CARGA RESIDUAL BASAL É NEGATIVA (-), ENQUANTO QUE A CARGA ELÉTRICA DE
SUAS ARESTAS É DE CARÁTER POSITIVO (+).

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Estabilidade Química
PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DOS ARGILOMINERAIS
AS PARTÍCULAS DE ARGILA POSSUEM CARÁTER ELETRONEGATIVO PARCIAL. SUA
CARGA RESIDUAL BASAL É NEGATIVA (-), ENQUANTO QUE A CARGA ELÉTRICA DE
SUAS ARESTAS É DE CARÁTER POSITIVO (+).

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PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DOS ARGILOMINERAIS
A CARGA NEGATIVA É COMPENSADA POR CÁTIONS TROCÁVEIS ADSORVIDOS SOBRE A
SUPERFÍCIE DAS FACES DAS ARGILAS. QUANDO A ARGILA É HIDRATADA ESSES CÁTIONS SE
DIFUNDEM EM UMA ATMOSFERA IÔNICA QUE, JUNTO COM A CARGA SUPERFICIAL DA ARGILA
FORMA A DUPLA CAMADA ELÉTRICA DE ACORDO COM O MODELO DE STERN.

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Estabilidade Química
PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DOS ARGILOMINERAIS
A FIGURA MOSTRA A DIFUSÃO DOS ÍONS E A CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE
POTENCIAL NAS PROXIMIDADES DA SUPERFÍCIE DA PARTÍCULA DE ARGILA.

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Estabilidade Química
PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DOS ARGILOMINERAIS
Capacidade de Troca de Cátions (CTC)

A REATIVIDADE DO CÁTION DEPENDE DE SUA VALÊNCIA, RAIO IÔNICO E ESTEREOQUIMICA. ALÉM


DISSO, EM RELAÇÃO A SUA ORDEM DE PREFERÊNCIA DE ADSORÇÃO AOS ARGILOMINERAIS,
PRECISAM SER CONSIDERADOS, A COMPOSIÇÃO DO ARGILOMINERAL, O SEU TIPO, SUA ÁREA
ESPECÍFICA E SEU GRAU DE COMPACTAÇÃO. HANSHAW MOSTROU EXPERIMENTALMENTE QUE
ESSA ORDEM DE PREFERÊNCIA É K+ > NA+ > H+ > CA++ NAS ESMECTITAS COMPACTADAS.
NO CAMPO APLICA-SE UM TESTE ANALÍTICO VOLUMÉTRICO, BASEADO NA ADSORÇÃO DO AZUL
DE METILENO, PARA DETERMINAR O VALOR APROXIMADO DA CTC, DA ARGILA.

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PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DOS ARGILOMINERAIS
CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC

ARGILOMINERAL CTC, meq/100 g

Esmectita 70 -130
Vermiculita 100 - 200
Ilita e Clorita 10 - 40
Atapulgita e Sepiolita 10 - 35
Caolinita 3 - 15
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Estabilidade Química
Expansão e Inchamento
Todos os argilominerais adsorvem água, portanto todos argilominerais
aumentam de tamanho quando umedecidos. Dentre todos a Esmectita é
o que mais sofre este efeito chegando a aumentar de volume em até dez
vezes ou mais quando em contato com água. O tipo de adsorção que vai
ocorrer como conseqüência da interação entre as moléculas de água e o
argilomineral, vai depender do “tipo” de água do argilomineral que
esteja envolvida no processo.

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Estabilidade Química
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DO ARGILOMINERAIS
Expansão e Inchamento

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Estabilidade Química
Interação Rocha - Fluido
Os argilominerais estão presentes de forma abundante, durante a perfuração de
poços de petróleo. Perfurá-los minimizando sua reação ao entrar em contato
com o fluido de perfuração, é fundamental para operações seguras, rápidas e
econômicas. Devido às características geométricas do poço, e as variáveis
geomecânicas em que ele está inserido, uma instabilidade em suas paredes
iniciada por uma interação química entre a rocha e o fluido utilizado, quase
nunca acontece desacompanhada por um processo físico de instabilidade. Assim
sendo prevenir a interação rocha-fluido se constitui um imperativo da
engenharia de fluidos de perfuração.

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Fatores que Influenciam na Reatividade dos Sedimentos

Considerando que os argilominerais apresentam capacidade de


reatividades diferentes, é importante conhecermos os principais
fatores que influenciam na reatividade dos sedimentos argilosos:

 Teor de Argila
 Tipo e Teor de Cada Argilomineral
 Grau de Compactação
 Tempo de Exposição Rocha - Fluido
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Os três primeiros fatores considerados, são inerentes a constituição dos


sedimentos a serem perfurados, enquanto o último muitas vezes pode
ser manipulado durante o planejamento e a execução do poço.

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Estabilidade Química
A adsorção das moléculas polares da água e/ou dos íons hidratados
solubilizados no meio, sobre a superfície e espaços intercristalinos dos
argilominerais pode dar lugar a dois fenômenos:

Fenômenos que Regem a Interação Rocha - Fluido

 Hidratação Superficial
 Expansão Osmótica

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Estabilidade Química
Fenômenos que Regem a Interação Rocha - Fluido

 Hidratação Superficial

É a adsorção de camadas monomoleculares de água e/ou íons


hidratados orientados, sobre as superfícies planares das camadas do
argilomeral. Este fenômeno praticamente não altera o volume do
material argiloso.

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Estabilidade Química
Fenômenos que Regem a Interação Rocha - Fluido

 Expansão Osmótica
É a adsorção de água devido a osmose, que é função da concentração e
tipos de íons que ocupam as superfícies e principalmente os espaços
inter cristalinos dos argilo-minerais. A expansão osmótica ou
interlamelar das argilas ocorre porque a concentração dos cátions entre
as camadas estruturais é maior do que na solução. Embora não haja a
presença física de uma membrana semipermeável, o mecanismo é
essencialmente osmótico porque é governada pela presença de
eletrólitos.
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Estabilidade Química
Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos

O desenho do fluido de perfuração para se perfurar sedimentos


argilosos, precisa contemplar em sua composição, produtos que
venham a minimizar a interação rocha-fluido, visando assim a
perfuração de um poço dentro das caracterísiticas desejadas. A
interação rocha-fluido e a consequente hidratação de folhelhos e
seus problemas, pode ser minimizada através das seguintes
características dos fluidos de perfuração

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Estabilidade Química
Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos

 Valor do Filtrado Reduzido


 Redução da Pressão Hidráulica do Fluido de Perfuração
 Redução da Pressão Osmótica do Fluido de Perfuração
 Inibição Química da Fase Aquosa
 Utilização de Polímeros nos Fluidos de Perfuração
 Utilização de Fluido não Aquoso

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Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos
Valor de Filtrado Reduzido
A redução do filtrado do fluido de perfuração, minimiza o contato
entre a fase aquosa do fluido e a formação, minimizando assim a
possibilidade de ocorrer interação rocha-fluido. Para se perfurar
zonas onde há argilominerais hidratados, deve-se reduzir o valor do
filtrado do fluido de perfuração, para o patamar mínimo possível.

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Estabilidade Química
Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos
Redução da Pressão Hidráulica do Fluido de Perfuração
O diferencial de pressão fluido-formação resultante da pressão
hidrostática do primeiro, é fator prepoderante na invasão de água nos
argilominerais, e sua conseqüente hidratação. Esta pressão é função do
peso do fluido, da profundidade, da vazão do fluido e da pressão dos
poros da formação. A aplicação de range de pesos de fluidos de
perfuração que equilibrem fisicamente as formações atravessadas, mas
que ao mesmo tempo produza um mínimo diferencial de pressão
fluido-formação é fundamental para prevenir a invasão de água para
os argilominerais.
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Estabilidade Química
Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos
Inibição Química da Fase Aquosa
A fase aquosa também pode ser inibida com a adição de Cátions tais
como Ca++ , K+ , ou polímeros inibidores. A utilização destes
cátions para ser eficiente, deve obedecer a ordem de preferência de
troca entre eles, para a esmectita. O K+ é utilizado com este
propósito com eficiência elevada, devido as seguintes caracterísiticas
que possui:

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Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos
Inibição Química da Fase Aquosa
 Tamanho adequado (2,66 Ao) para se encaixar entre as folhas tetraédricas
(2,80 Ao).
 Grau de coordenação (12), favorável a interações entre si e aos anéis
hexagonais de Oxigênio.
 Baixa energia de hidratação
 Baixa capacidade de hidratar-se
 A utilização do K+ vem enfrentando restrições ambientais em algumas áreas

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Estabilidade Química
Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos
Utilização de Polímeros nos Fluidos de Perfuração
A redução da taxa de hidratação dos argilominerais pode ser
conseguida através da adição de polímeros. Estes produtos são
adsorvidos sobre a superfície das formações argilosas, reduzindo a taxa
de invasão de água e consequentemente a hidratação.

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Estabilidade Química
Prevenindo Problemas com Sedimentos Argilosos
Utilização de FNA
Outra possibilidade é utilizarmos um fluido de perfuração que não
possua água na sua fase contínua. Desta forma o filtrado do fluido não
é água, logo não ocorre hidratação de argilas. Há vários produtos não
aquosos que são utilizados como fase contínua de fluidos de
perfuração. Os mais utilizados atualmente são produtos orgânicos tais
como: parafinas, olefinas, ésteres e diesel hidrogenado.

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Estabilidade Química
ARGILOMINERAIS FLUIDO DE
CLASSE CARACTERÍSTICAS PROBLEMA
PREDOMINANTES PERFURAÇÃO
 Fácil dispersão.  Amolecimento das  Fluidos não aquosos
CTC alto (>15) Paredes do Poço
 Incorporação de sólidos,  Fluidos Base Água
1 Esmectita e Ilita  Teor de água: aumento da densidade e Inibidos com eletrólitos

A tabela compara tipos


(Mole) 25 – 70 % peso das propriedades e polímeros
reológicas do fluido.
 Densidade:  Enceramento da broca e  Fluidos Salgados
diferentes de folhelhos, 1,2 - 1,5 BHA.
 Alargamento uniforme
Saturados

enfatizando suas  Dispersão  Incorporação de sólidos e  Fluidos não aquosos

características, possíveis
moderada. aumento da densidade e
2  CTC médio: propriedades reológicas  Fluidos Base Água
(Mole a Ilita, Esmectita e 7 - 15 do fluido Inibidoscom Eletrólitos
tipos de argilominerais, e meio-
duro)
E-I  Teor da água:
15 - 25%p
 Enceramento da broca e
acessórios da coluna
e Polímeros

tipos de fluidos que  Densidade:


1,5 - 2,2
 Alargamento uniforme  Fluidos Salgados
Saturados
podem ser programados  Expansível.
Plástico.


Deslizamento plástico
Fechamento do poço
 Fluidos não aquosos

para minimizar os 3
Meio- E-I, Ilita e
CTC alto (>15)
 Teor de água:


Prisão da coluna
Enceramento da broca e
 Fluidos Base Água
Inibidos com Eletrólitos
problemas. Duro Clorita 5 - 15%peso
 Densidade:
acessórios da coluna e Polímeros

1,7 - 2,3

 Dispersão baixa.  Desmoronamento  Fluidos Base Água


Baixo CTC (3 - 7). reologicamente
4 Ilita  Teor de água:  Formação de cavernas modificados
Duro Clorita 3 - 10%p.  Fluidos Base Água
 Densidade: Inibidos
2,2 - 2,5  com eletrólitos
 Dispersão baixa.  Geração de fragmentos  Fluidos Base Água
5 Ilita Denso. CTC < 3 duros reologicamente
Muito Clorita  Teor de água modificados
Duro Caulinita < 3%p.  Formação de cavernas
 Densidade:  Fluidos Base Água
2,5 - 2,7 Inibidos com eletrólitos
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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES DE SULFATOS DE CÁLCIO
Em quase todas as áreas do mundo onde se perfura encontra-se
anidrita (CaSO4) ou gipsita (CaSO4 . 2 H2O). Estas rochas são
quimicamente idênticas em sua composição, mas a gipsita por ser
hidratada, é mais solúvel que a anidrita. Ao se perfurar este tipo de
formação, o fluido de perfuração precisa ser compatível quimicamente
para se preservar as características físicas do poço, bem como as
propriedades físico-químicas do fluido de perfuração.

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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES DE SULFATOS DE CÁLCIO
A prática comprova que as maiores dificuldades ao se perfurar, estas
formações dizem respeito a contaminação do fluido. A severidade da
contaminação é diretamente dependente da extensão de anidrita ou
gipsita a ser perfurada.
Quando o Sulfato de Cálcio é solubilizado em água, ele se ioniza em
íons de cálcio e sulfato.
CaSO4 Ca ++ + SO4++

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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES DE SULFATOS DE CÁLCIO

CaSO4 Ca ++ + SO4++

A solubilidade do CaSO4 pode ser controlada pelo pH, pela salinidade


e pela temperatura do fluido de perfuração. Elevações no pH e na
temperatura produzem redução na solubilidade do gesso, enquanto
elevação na concentração de cloretos do fluido, reduzem a
solubilidade.

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Estabilidade Química
INDICADORES DE PERFURAÇÃO DE ANIDRITAS OU GIPSITAS

 ELEVAÇÃO DO TEOR DE CÁLCIO NO FILTRADO


 REDUÇÃO DO PH
 PRESENÇA DE CASCALHOS NA PENEIRA

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Estabilidade Química
INDICADORES DE PERFURAÇÃO DE ANIDRITAS OU GIPSITAS

Elevação do Teor de Cálcio no Filtrado


Este sintoma pode não ser observado inicialmente por uma presença de
concentrações elevadas de íons carbonatos, bicarbonatos e fosfatos, no
fluido de perfuração. Também um tratamento com alcalinizante no
momento em que se perfura estas formações, poderá reduzir a
solubilidade do sulfato de cálcio, impedindo a elevação da concentração
do íon cálcio no filtrado.
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Estabilidade Química
INDICADORES DE PERFURAÇÃO DE ANIDRITAS OU GIPSITAS

Elevação do Teor de Cálcio no Filtrado


A partir do momento que estes produtos químicos não estiverem mais
disponíveis no sistema, ocorrerá uma redução do pH, porque o pH do
gesso é na faixa de 6,0 a 6,5. Esta redução no pH resultará em grande
elevação do íon cálcio, uma vez que a solubilidade do cálcio é
inversamente proporcional ao pH.

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Estabilidade Química
INDICADORES DE PERFURAÇÃO DE ANIDRITAS OU GIPSITAS

Redução no pH
Redução no pH e na alcalinidade e elevação no cálcio no filtrado são os
sintomas mais confiáveis de que se está perfurando uma destas
formações.

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Estabilidade Química
INDICADORES DE PERFURAÇÃO DE ANIDRITAS OU GIPSITAS

Presença de Cascalhos nas Peneiras


Devido a solubilidade relativamente limitada da anidrita e da gipsita, em
muitos casos a presença destes minerais, nos cascalhos recolhidos nas
peneiras, se constitui o primeiro sintoma de que se está perfurando uma
destas formações.

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Estabilidade Química
TRATAMENTO DE FLUIDOS PARA CONTAMINAÇÃO COM GIPSITA E ANIDRITA

Ao se perfurar um poço onde se atravessa formações a base de Sulfato de


Cálcio, tratamentos preventivos e corretivos devem ser levados a cabo
para, que este composto não apresente um sério problema para as
operações. Dentre os tratamentos disponíveis, os seguintes são
relacionados:

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Estabilidade Química
TRATAMENTO DE FLUIDOS PARA CONTAMINAÇÃO COM GIPSITA E ANIDRITA

Aplicação de FNA
A utilização de fluidos em que a base aquosa não é água, permite que se
perfure as formações a base de Sulfato de Cálcio, sem que hajam
solubilização do mesmo. A aplicação de FNA neste cenário, garante a
obtenção de poços bem calibrados.

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Estabilidade Química
TRATAMENTO DE FLUIDOS PARA CONTAMINAÇÃO COM GIPSITA E ANIDRITA

Tratamento de Sistemas Base Água com Carbonato de Sódio


O Carbonato de Sódio é utilizado como tratamento corretivo, para
precipitar o íon Cálcio que é incorporado ao fluido de perfuração quando
se atravessa anidrita ou gipsita. O Na2CO3 é preferido em relação ao
NaHCO3 porque sua solubilização se dá em pH de 11 a 11.4, enquanto a
do NaHCO3, ocorre em pH de 8 a 8.5.

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Estabilidade Química
TRATAMENTO DE FLUIDOS PARA CONTAMINAÇÃO COM GIPSITA E ANIDRITA

Tratamento de Sistemas Base Água com Carbonato de Sódio


O Carbonato de Sódio é utilizado como tratamento corretivo, para
precipitar o íon Cálcio que é incorporado ao fluido de perfuração quando
se atravessa anidrita ou gipsita. O Na2CO3 é preferido em relação ao
NaHCO3 porque sua solubilização se dá em pH de 11 a 11.4, enquanto a
do NaHCO3, ocorre em pH de 8 a 8.5.

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Estabilidade Química
TRATAMENTO DO FLUIDO QUANDO DA PERFURAÇÃO DE ANIDRITAS OU GIPSITAS

Tratamento de Sistemas Base Água com Carbonato de Sódio


Quando a Barrilha é dissolvida em água o pH aumenta devido a formação de hidroxila.
-
2Na2CO3 + H2O HCO3 + CO3 + 4Na+ + OH
-

Se há íons Cálcio presentes eles são precipitados como Carbonato de Cálcio que é insolúvel.
Na2CO3 + CaSO4 Na2SO4 + CaCO3

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Estabilidade Química
TRATAMENTO DO FLUIDO QUANDO DA PERFURAÇÃO DE ANIDRITAS OU GIPSITAS

Manutenção do pH entre 9,5 e 10,5

A manutenção do pH entre 9,5 e 10,5, com adição de Soda de Cáustica.


Esta faixa de pH limita a solubilidade do Sulfato de Cálcio.
-

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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES SALINAS
Os três tipos de rochas salinas que ocorrem naturalmente e que
são encontradas nas operações de perfuração são halita (NaCl),
Silvinita (KCl) e carnalita (KMgCl3 . 6H2O). Dentre estes o mais
comumente encontrado nas perfurações no Brasil é a Halita.

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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES SALINAS
Problemas Potenciais Quando da Perfuração de Halitas
Fluência do Sal
A halita é uma rocha evaporítica sujeita ao fenômeno de fluência
quando submetida às variáveis de estado tensão diferencial e
temperatura. A fluência promove o fechamento do poço com o tempo
sendo responsável pelo aprisionamento das colunas de perfuração e
colapso do revestimento. Para minimizar este efeito são estimados os
valores de peso específico necessários para equilibrar fisicamente as
tensões envolvidas.
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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES SALINAS
Problemas Potenciais Quando da Perfuração de Halitas

Fluência do Sal
É comum a aplicação de brocas bicêntricas que produzem um poço
ligeiramente alargado, como forma de compensar o fechamento
produzido pela fluência. Também pode-se aplicar fluidos de
perfuração com salinidade ligeiramente inferior a de saturação do sal,
de modo a permitir enquanto se perfura pequenas dissoluções do sal,
compensando assim o efeito da fluência.
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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES SALINAS
Problemas Potenciais Quando da Perfuração de Halitas

Dissolução do Sal
Quando se perfura camadas de halita com aplicação de fluidos de
perfuração a base água, com salinidade inferior a de saturação do sal,
haverá dissolução do sal. Esta dissolução acontecerá até o ponto em
que se atinja a saturação do mesmo no fluido de perfuração.

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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES SALINAS
Problemas Potenciais Quando da Perfuração de Halitas

Dissolução do Sal
Este processo produzirá a elevação do cáliper do poço, e será mais
crítico quanto maior for o volume de fluido circulante, menor for a
salinidade do fluido ao se encontrar o sal, e menor for o intervalo de
halita atravessado. Perfurações de domos salinos em cenários de PDA
ultra profundas, se constitui um cenário delicado, devido aos grandes
volumes de fluidos de perfuração envolvidos no processo.

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Estabilidade Química
ESTABILIDADE EM FORMAÇÕES SALINAS
Problemas Potenciais Quando da Perfuração de Halitas

Contaminação do Fluido de Perfuração


A perfuração de domos salinos com FBA não saturados em sal, produz
contaminação nos mesmos a medida em que o sal da formação vai se
dissolvendo e incorporando no fluido. Os sintomas mais comuns
apresentados são, elevação da reologia, do filtrado, do peso específico
e dos cloretos. O tratamento recomendado é a saturação do sistema,
ou sua substituição por um FNA

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Durante a perfuração de alguns argilominerais, os mesmos podem
aderir à broca ou à coluna de perfuração, principalmente ao BHA.
Esta adesão é chamada de enceramento de coluna. O enceramento
ocorre durante a perfuração de folhelhos moles e plásticos e pode
causar travamento dos cones da broca, recobrimento dos
estabilizadores e comandos de perfuração.

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SINTOMAS DE ENCERAMENTO DA COLUNA

Durante a perfuração vários sintomas isolados ou combinados,


podem evidenciar a ocorrência de um enceramento. Os principais
sintomas são:

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SINTOMAS DE ENCERAMENTO DA COLUNA

Elevação da Pressão de Bombeio


O enceramento da coluna pode ser detectado através da elevação da
pressão de bombeio, uma vez que a adesão dos cascalhos na coluna, vai
elevar o diâmetro externo do BHA, restringindo o fluxo de fluido neste
ponto, e elevando a pressão de bombeio.

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SINTOMAS DE ENCERAMENTO DA COLUNA

Redução do Torque da Coluna


O enceramento do BHA mais propriamente da broca, produz sensível e
imediata redução nos valores de torque medidos. A broca passa a
deslizar e se torna difícil até mesmo colocar peso sobre a mesma.

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SINTOMAS DE ENCERAMENTO DA COLUNA

Redução da Quantidade de Cascalhos na Peneira


O retorno de cascalhos a superfície diminui, como conseqüências da
própria redução da taxa de penetração, e de uma possível aglomeração
de cascalhos no anular, que pode até mesmo vir a obstruí-lo.

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SINTOMAS DE ENCERAMENTO DA COLUNA

Obstrução das Telas das Peneiras


O plugueamento das telas das peneiras durante a perfuração de
formações plásticas, pode ser um indicativo forte de que se está
perfurando em um cenário propício ao enceramento.

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SINTOMAS DE ENCERAMENTO DA COLUNA

Drags Acentuados Durante Manobras


Os drags exageradamente elevados, persistentes e acumulativos, durante
a retirada da coluna são indícios fortes de enceramento de coluna, com
provável obstrução de anular.

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SINTOMAS DE ENCERAMENTO DA COLUNA

Ameaça de Prisão da Coluna


Ameaças de prisão da coluna, durante a sua retirada podem ser indícios
fortíssimos de enceramento da mesma.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

A engenharia de fluidos de perfuração, tem como meta prevenir o


enceramento de colunas de perfuração, ao invés de buscar remediar os
enceramentos uma vez ocorridos. Além de ser mais fácil prevenir,
geralmente em um poço de petróleo, os problemas nunca ocorrem
desacompanhados, o que dificulta mais ainda sua remediação, e implica
em perdas financeiras muitas vezes elevadas.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Aplicação de Fluidos Quimicamente Inibidos


Quando se perfura uma formação propensa a produzir enceramento da
coluna, recomenda-se a aplicação de um FNA, ou FBA quimicamente
inibido. O FNA, vai molhar os cascalhos argilosos e também a coluna de
perfuração com a matéria orgânica de sua fase contínua, impedindo que
haja aderência dos cascalhos entre si e a coluna de perfuração.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Aplicação de Fluidos Quimicamente Inibidos


A inibição dos cascalhos cortados vai mantê-los íntegros (em seu
tamanho original de corte pela broca) durante seu transporte até a
superfície, impedindo que eles se agrupem e venham a aderir à coluna
de perfuração.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Aplicação de Fluidos Quimicamente Inibidos


Uma boa inibição dos cascalhos argilosos é conseguida através da
aplicação de um FBA, que tenha em sua composição a combinação
cátion / polímero. A seleção dos tipos e concentrações adequadas destes
produtos, vai propiciar um sistema que previna de forma eficiente o
enceramento da coluna.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Utilização de produtos para prevenir enceramento


A engenharia de Fluidos de Perfuração tem disponibilizado no mercado,
produtos específicos para auxiliarem na prevenção do enceramento da coluna
de perfuração. Ao se perfurar formações compostas de argilominerais
hidratáveis, pode-se adicionar preventivamente um destes produtos ao fluido de
perfuração, visando prevenir o enceramento da coluna.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Utilização de produtos para prevenir enceramento


Estes produtos são chamados de detergentes, possuem afinidade com a
superfície metálica da coluna de perfuração, e atuam produzindo um
filme na superfície do metal, reduzindo assim o potencial de aderência
das argilas à broca e à coluna.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Utilização de produtos para prevenir enceramento


Estes produtos precisam ser conhecidos antes de aplicados, deve ser
realizada uma análise de custo benefício em sua utilização. Alguns
efeitos colaterais podem ser observados, como geração de espumas no
sistema e fluorescência em amostras de calhas.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Evitar aplicação de peso excessivo sobre a broca


Ao se perfurar formações plásticas, deve-se evitar a aplicação exagerada
de PESO sobre a broca, pois esta prática pode vir a atolá-la. Quando este
atolamento ocorre quase sempre a broca é encerada, e se torna
necessário retirá-la, para que seja desencerada.

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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO
Garantir adequada limpeza do anular
Quando se perfura esse tipo de formação é necessário um cuidado especial
com a limpeza do poço. Os folhelhos mais plásticos que são mais propensos
a encerar a coluna, geralmente situam-se nas formações mais superficiais.
Os projetos de poços geralmente levam a se perfurar estas formações com
maiores diâmetros. A natureza física da formação redunda em obtenção de
elevadas taxas de penetração. Taxas de penetração elevadas em grandes
diâmetros, solicitam atenção especial ao monitoramento da limpeza do
anular, seja através da observação do processo, poço e peneiras de lama,
seja através de avaliações constantes com o SIMCARR.
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MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR O ENCERAMENTO

Utilização de broca adequada


Quando já se conhece antecipadamente que uma formação plástica,
propensa a produzir enceramento da coluna vai ser atravessada, pode-se
fazer a escolha por uma broca que tenha menos facilidade em encerar.
Geralmente brocas tricônicas são menos susceptíveis a enceramentos, do
que as brocas PDC.

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DESENCERAMENTO DA COLUNA

Apesar da prática demonstrar que não é muito fácil desencerar uma


broca ou uma coluna de perfuração, dependendo do grau em que o
processo esteja, às vezes se consegue sucesso aplicando as seguintes
técnicas.

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DESENCERAMENTO DA COLUNA

Quando da aplicação de fna


Quando se perfura com fluido de base não aquosa, é muito raro que se
ocorra enceramento, entretanto às vezes ocorre. Nestas situações deve-
se deslocar um tampão de fluido com baixa viscosidade, ou da própria
matéria orgânica base do sistema. Quando esses tampões se
aproximarem da broca, deve-se elevar a vazão de bombeio ao máximo
permitido. Além disto é recomendável que se eleve a coluna até a broca
atingir a profundidade da sapata e girá-la com a maior rotação possível.
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DESENCERAMENTO DA COLUNA

Quando da aplicação de FNA


Caso se consiga desencerar a coluna, deve-se aumentar a concentração
do agente de molhabilidade no sistema, monitorar as peneiras para
constatar a eficiência do mesmo e realizar um tratamento para elevar a
salinidade do sistema, se possível.

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DESENCERAMENTO DA COLUNA
Quando da aplicação de FBA
É comum acontecerem de enceramentos quando se aplica FBA nos
cenários susceptíveis a sua ocorrência. Nestas situações deve-se deslocar
um tampão de fluido com baixa viscosidade, contendo detergente em
sua composição. Outra técnica utilizada é o deslocamento de tampões
de salmoura, ou até mesmo de Água Doce. Quando esses tampões se
aproximarem da broca, deve-se elevar a vazão de bombeio ao máximo
permitido. Além disto é recomendável que se eleve a coluna até a broca
atingir a profundidade da sapata e girá-la com a maior rotação possível.
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DESENCERAMENTO DA COLUNA

Quando da aplicação de FBA


Caso nenhuma destas técnicas funcione a coluna será retirada
lentamente, e o BHA limpo na superfície. Ao se retomar a perfuração as
medidas preventivas à ocorrência de enceramento deverão ser
observadas.

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Durante a perfuração de poços de petróleo é comum
atravessarmos formações portadoras de gases ácidos em seus
espaços porais. Estes gases se não forem devidamente reagidos,
podem causar vários problemas, dentre eles a corrosão e a
quebra da coluna de perfuração, corrosão dos revestimentos do
poço, danos à saúde do pessoal envolvido nas operações, morte
do pessoal envolvido nas operações. Obviamente que o fluido de
perfuração nesta etapa do poço, é o meio mais adequado para o
tratamento desses gases.
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OCORRÊNCIA NATURAL DE GÁS SULFÍDRICO

O H2S pode ser encontrado associado ao gás natural e/ou dissolvido no


petróleo. A ocorrência de gás sulfídrico é mais frequente e em teores mais
elevados nas bacias sedimentares carbonáticas. Isto deve-se ao fato de que
os sedimentos orgânicos destas bacias permitem gerar teores mais
elevados de gás sulfídrico, alguns minerais encontrados nos carbonatos
catalisam a reação do enxofre com os hidrocarbonetos.

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CONTROLE DE H2S PELA ALCALINIDADE

O controle pela alcalinidade do fluido de perfuração é feito


através da elevação do pH e Pm, pela adição de Soda Cáustica
ou Cal Hidratada.

H2S + OH- = HS- + H2O.

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CONTROLE DE H2S PELA ALCALINIDADE
O pH deve ser mantido num nível em que o vapor de H2S em equilíbrio seja mantido em concentrações
aceitáveis de segurança (< 8 ppmv no ar).
O Gráfico retrata as curvas de equilíbrio de H2S em função do pH.
A partir deste gráfico podemos observar que:
 para pH > 9,5, o percentual da espécie H2S molecular dissolvido é desprezível. Sem a espécie
molecular no fluido este não é capaz de gerar vapor. Portanto, é uma faixa segura de pH.
 no fluido com pH=10, o gás sulfídrico está todo na forma de HS- . Acima de 10 a espécie S=
começa a aparecer predominando a um pH > 13.
A incorporação de H2S no fluido de perfuração decresce o pH e aumenta o teor de sulfetos totais
dissolvidos. Isto favorece o aumento de H2S molecular aquoso.
O controle pela alcalinidade não é recomendado porque a reação de neutralização é reversível caso haja
queda de pH e, portanto, perigosa.
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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE

Os Sequestrantes são aditivos que removem o gás sulfídrico do


fluido de perfuração por formação de sulfetos metálicos. Os
aditivos são sais, óxidos ou hidróxidos de metais que formam
sulfetos insolúveis. Os mais usados atualmente são: Óxido de
Zinco (ZnO); e Esponja de Magnetita (Fe3O4).

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
Em Fluidos Base Água

ZINCO
O íon zinco reage com o íon sulfeto para formar sulfeto de zinco.

Zn++ + S= ZnS

O Óxido de Zinco é utilizado na concentração de 1 a 2 lb/bbl no fluido de


perfuração.
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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
Em Fluidos Base Água

FERRO
As reações que ocorrem são as seguintes:

Em meio ácido:
Fe2O3 + 6H2S 3FeS + 4H2O + 2H+

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
EM FLUIDOS BASE ÁGUA (FBA)

FERRO
As reações que ocorrem são as seguintes:

Em meio Básico:
Fe2O3 + 4H2S 3FeS + 4H2O + S
FeS + S FeS2

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE

O mecanismo de reação da esponja de magnetita com H2S e suas


espécies iônicas HS- e S= não é totalmente conhecido, porém
podemos afirmar que a cinética da reação com o H2S é bem
superior àquela com reação com HS-, que por sua vez é superior
àquela com a espécie S=.
A espécie H2S molecular existe no fluido com pH menor que 9.
Logo, a redução de pH para valores menores que este, aumenta a
velocidade de eliminação do gás sulfídrico, tornando a Esponja de
Magnetita mais eficaz. niltonr57@gmail.com
CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
Para pH acima de 12, há controvérsia sobre a eficiência da Esponja de Magnetita.
Apesar disso, no campo, costuma-se manter o pH elevado (pH > 10) para reduzir a
espécie molecular H2S no fluido e assegurar que este não escape para a atmosfera a
níveis prejudiciais. Manter o fluido com pH elevado é uma medida de segurança a
mais, pois mesmo que a esponja não tenha uma boa atuação, ou seja toda
consumida, estaríamos ainda protegidos da emanação de gás sulfídrico pela
alcalinidade.
Apesar de ser um seqüestrante de H2S, com bom rendimento e apresentar custos
atrativos, a Esponja de Magnetita não tem sido muito utilizada no âmbito da US-
PO/SF, porque seu caráter magnético, interfere fortemente nos perfis que funcionam
exatamente a partir deste princípio. niltonr57@gmail.com
CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
EM FLUIDOS NÃO AQUOSOS (FNA)

Recomenda-se utilizar maior Razão O/A, devido à


temperatura do “flow-line” ser normalmente maior do que
104ºF, na qual o H2S é mais solúvel, à pressão ambiente, no
óleo do que na água (vide Gráfico 5.2). Em cenários de Águas
Ultra profundas, a temperatura do flow-line é inferior a 104ºF.

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
EM FLUIDOS NÃO AQUOSOS (FNA)

Outra recomendação é a manutenção de alcalinidade


elevada pelo Óxido de Cálcio, pela sua capacidade de
neutralização do gás sulfídrico.

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
EM FLUIDOS NÃO AQUOSOS (FNA)

CÁLCIO
As reações do Cálcio com os Sulfetos e Bissulfetos para precipitar Sulfeto de
Cálcio e Bissulfeto de Cálcio são reversíveis, com redução do pH. Entretanto,
em fluido à base de óleo a redução do pH para a faixa ácida dificilmente
ocorre.

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
EM FLUIDOS NÃO AQUOSOS (FNA)

ZINCO
O Óxido de Zinco tem apresentado bons resultados. O Óxido de Zinco e o
Sulfeto formado não alteram as propriedades do fluido.

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
EM FLUIDOS NÃO AQUOSOS (FNA)

FERRO
A eficiência da Esponja de Magnetita em fluido à base de óleo é prejudicada
pela deposição de um filme graxo na sua superfície, reduzido sensivelmente
a área reativa. Isto faz com que o produto não seja tão eficiente nesse
sistema quanto no fluido à base de água. No Brasil este produto tem sido
utilizado com resultados satisfatórios.

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CONTROLE DE H2S POR SEQUESTRANTE
EM FLUIDOS NÃO AQUOSOS (FNA)
ADITIVOS PROTETORES DE COLUNA
São produtos químicos, líquidos, à base de aminas catiônicas, que quando
pulverizados na superfície metálica, formam um filme protetor resistente à ação do
H2S, impedindo que o gás ataque a coluna de perfuração causando sérios problemas
de corrosão.
Este material é normalmente aplicado interna e externamente na coluna, após ser
diluído em n-parafina na razão 1:1.
É importante observar que estes aditivos não têm nenhuma ação de proteção sobre
o pessoal da sonda.
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MONITORAMENTO DO GÁS SULFÍDRICO
Monitora-se a presença de H2S no fluido de perfuração, mediante testes
realizados no GGT (Garret Gás Train).
Este instrumento tem capacidade para determinação de valores até acima
de 4000 ppm de sulfetos no fluido de perfuração a base de água. O seu
princípio químico de funcionamento é submeter a amostra a uma reação
química para liberar os sulfetos que são absorvidos por uma esponja reativa
à base de acetato de chumbo, existente no tubo Drager. No campo são
realizados testes com amostras de fluido de perfuração, bem como de seu
filtrado.

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DETECÇÃO E CONTROLE DO GÁS CARBONICO
Outro gás ácido que traz problemas no processo de perfuração de
poços é o CO2. Este gás é encontrado em alguns reservatórios, e pode
ser gerado como resultado de reações químicas ocorridas em
algumas operações como acidificações. O gás carbônico pode
produzir problemas para o pessoal envolvido nas operações, ao
chegar a superfície, como também problemas operacionais causando
corrosão da coluna ou do revestimento.

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DETECÇÃO E CONTROLE DO GÁS CARBONICO

CORROSÃO CAUSADA PELO CO2


A corrosão provocada pelo CO2 nas operações de perfuração acontece segundo as
seguintes reações:

O CO2 é solúvel na água, formando ácido carbônico:


CO2 + H2O H2CO3
Por sua vez, o ácido carbônico reage, no anodo, formando carbonato de ferro:

H2CO3 + Fe FeCO3 + H2

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DETECÇÃO E CONTROLE DO GÁS CARBONICO
CORROSÃO CAUSADA PELO CO2

O carbonato de ferro formado é solúvel no ácido carbônico; através de sua


dissolução, fica uma superfície exposta e reativa, de ferro, altamente sujeita à
corrosão.
Em concentrações equivalentes, o oxigênio é mais corrosivo que o CO2; porém,
em presença dos dois gases, a corrosão é mais acentuada, devido ao aumento
do potencial desenvolvido pelos agentes despolarizantes, tanto no anodo, como
no catodo.
A presença de CO2 em fluidos de perfuração pode ser constatada através dos
seguintes índicos: niltonr57@gmail.com
DETECÇÃO E CONTROLE DO GÁS CARBONICO
CORROSÃO CAUSADA PELO CO2
A presença de CO2 em fluidos de perfuração pode ser constatada através dos
seguintes índicos:
 redução do pH,
 elevação das concentrações de CO3-- e HCO3- ,
 elevação das propriedades reológicas do fluido,
 presença de Carbonato de Ferro, Magnésio ou
Cálcio, sob a forma de escamas, na superfície
da coluna de perfuração
 identificando o CO2, mediante detetores de gás.
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DETECÇÃO E CONTROLE DO GÁS CARBONICO
CONTROLE DO GÁS CARBONICO

UTILIZAÇÃO DE DESGASEIFICADORES

O processamento do fluido em desgaseificadores na


superfície, é um recurso prático para a eliminação deste gás
indesejável.

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DETECÇÃO E CONTROLE DO GÁS CARBONICO
CONROLE DO GÁS CARBONICO

ADIÇÃO DE ALCALINIZANTES
A adição de Soda Cáustica ou Cal Hidratada, para reestabelecer os
valores apropriados da alcalinidade e do pH. A eliminação do CO2 neste
caso acontece conforme as seguintes reações:
2 NaOH + CO2 + H2O 2 H2O + Na2CO3
Ca(OH)2 + CO2 + H2O 2 H2O + CaCO3

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DETECÇÃO E CONTROLE DO GÁS CARBONICO
TRATAMENTO DO CO2 NA SUPERFÍCIE

Nas situações em que se detecte a chegada de CO2 na superfície,


deve-se alinhar o fluxo de retorno para o choke a fim de se evitar o
contato da equipe com este gás. Operações onde há retorno de HCl
reagido com formações calcárias, são operações críticas quanto a
presença de Gás Carbônico. Também deve-se processar o fluido
retornado no desgaseificador, até que se certifique que o fluido está
livre do CO2.
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Durante a perfuração de um poço o projeto hidráulico, é desenhado
de forma que a máxima potência hidráulica possível, seja alocada na
broca. Considerando que para que isto ocorra, a maior quantidade de
perda de carga precisa estar nos jatos da broca, é necessário que a
coluna de perfuração se apresente estanque, ou seja, não tenha
nenhum tipo vazamentos.
Chamamos de Washout durante a perfuração, quaisquer vazamentos
que tenhamos na coluna de perfuração durante o processo. Sua
causa é o rompimento da parede dos tubos de perfuração, ou
conexões de comandos, heavy weigts e tubos de perfuração
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CAUSAS MAIS COMUNS
Desgaste da Coluna de Perfuração

Durante o processo de perfuração de poços a coluna trabalha dentro do poço


em movimentos verticais e rotacionais. Estes esforços vão produzindo
desgastes naturais na coluna. Este desgaste vai depender da taxa de utilização
de cada elemento da coluna, bem como do tipo de esforço a que estará
submetido ao longo da perfuração do poço. São realizadas inspeções
periódicas para substituir preventivamente os tubos afetados, de modo a não
ocorrer problemas durante a perfuração

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CAUSAS MAIS COMUNS
Oxigênio Dissolvido

O oxigênio dissolvido em fluidos de perfuração tem sido responsável por


muitas falhas nas colunas de perfuração. Ele é introduzido ao sistema através
das peneiras, funis de mistura, agitadores, bombas centrífugas e hidrociclones.
É portanto essencial que sua concentração seja mantida em valores mais
baixos possíveis. Desta forma é conveniente que os sequestradores de oxigênio
possuam boa eficiência em função da temperatura, pressão e teor de sais
contidos nos fluidos.

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CAUSAS MAIS COMUNS
Oxigênio Dissolvido

Os produtos mais utilizados são para sequestrar Oxigênio em fluidos de perfuração são:

 Sulfeto de Sódio

 Hidrazina

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CAUSAS MAIS COMUNS
Oxigênio Dissolvido

Os produtos mais utilizados são para sequestrar Oxigênio em fluidos de perfuração são:

Sulfeto de Sódio
Na2SO3 + O2 Na2SO4

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CAUSAS MAIS COMUNS
Oxigênio Dissolvido

Os produtos mais utilizados são para sequestrar Oxigênio em fluidos de perfuração são:

Hidrazina
N2H4 + O2 N2 + H2O

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MEDIDAS CORRETIVAS

Se ocorrer um washout durante a perfuração, o mesmo é


detectado através de uma redução na pressão do bombeio. O
que se faz é retirar a coluna sem circular, para que o furo não
aumente e não redunde na quebra da coluna. Ao chegar a
superfície substitui-se o tubo danificado. Quedas de pressão de
bombeio ocorrem também por queda dos jatos de broca.

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Apesar dos resultados dos desmoronamentos serem muito
parecidos, há diversos mecanismos que os geram durante as
operações de perfuração. Os principais mecanismos são:

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 Colapso da Formação
 Perfuração Desbalanceada
 Camadas de Folhelhos Extremamente Inchadas
 Hidratação de Folhelhos
 Erosão da Parede do Poço
 Pistoneio

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Colapso da Formação
Quando ocorre desequilíbrio de tensões na parede do poço e a pressão
hidrostática do fluido é inferior à tensão de compressão em uma rocha
frágil, esta formação pode desmoronar para dentro do poço. Isto
acontece geralmente quando se perfura arenitos, calcários e rochas
ígneas.

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Colapso da Formação

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Problemas de Poços
Perfuração Desbalanceada

Chamamos de perfuração desbalanceada aquela em que utilizamos peso


do fluido inferior ao gradiente de pressão de poros. Quando isto se dá em
formações porosas, porém impermeáveis, ocorre queda de cascalhos para
dentro do poço.

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Perfuração Desbalanceada

Os cascalhos que desmoronam devido a colapso da formação, possuem tamanho


e formato diferentes daqueles que são geopressurizados.
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Camadas de Folhelhos Extremamente Inchadas

Quando ocorre esta condição em folhelhos endurecidos, quebradiços, os


mesmos desabam para dentro do poço. Situações como estas devem ser
evitadas, uma vez que dependendo da profundidade do poço, e
consequentemente das tensões que este folhelho suporta, ao iniciar um
processo de desmoronamento, se torna muito difícil, reequilibrar
fisicamente as paredes do poço.

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Hidratação de Folhelhos
Geralmente folhelhos que estão em profundidades maiores apresentam
mais problemas de hidratação e desmoronamento do que aqueles que
estão a menores profundidades. Estes folhelhos que estão mais
profundamente soterrados, são mais compactados e possuem menores
quantidades de água. Esta escassez de água e a consequente abundância
de superfícies de argila eletricamente carregada, resultam na elevação
do potencial de absorção do folhelho.

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Hidratação de Folhelhos
Tal absorção ocorre devido a diferenças no potencial químico entre o
fluido de perfuração e a formação. Ela se desenvolve até se atingir o
equilíbrio. O movimento de íons e água nos folhelhos é devido a duas
forças separadas: o diferencial de pressão fluido-formação, e a pressão
osmótica através das interfaces. A primeira é função do peso do fluido,
da profundidade, da vazão do fluido, da pressão de poros e a segunda é
função das composições químicas e potenciais químicos do fluido e da
formação.

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Hidratação de Folhelhos
Quando estes folhelhos absorvem água, eles se hidratam e incham.
Acontece uma força de expansão que atua de dentro para fora, agindo
nas paredes do poço, até ocorrer desmoronamento.

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Erosão da Parede do Poço
Desmoronamento também podem ocorrer por erosão da parede do
poço. A erosão pode ser provocada por choques da coluna de perfuração
com a parede do poço, ou por turbulência no fluxo do fluido de
perfuração. É necessário que se faça um criterioso monitoramento do
perfil hidráulico que se obtém no poço aberto, durante toda a
perfuração, de modo a se evitar o fluxo turbulento e assim prevenir a
erosão da parede do poço.

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Pistoneio
O pistoneio é o alívio de uma parte da pressão hidrostática do fluido,
durante retirada da coluna. Este alívio se dá pela movimentação
ascendente da coluna, durante a retirada da mesma. Este alívio de
pressão pode gerar desmoronamento de cascalhos para o poço.

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Medidas de Combate
 Controle do Peso do Fluido
 Controle do Regime do Fluxo
 Cimentação de Formações Inconsolidadas
 Evitar Pistoneio
 Prevenir Hidratação de Folhelhos

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Medidas de Combate
Controle do Peso do Fluido
Através da Pressão hidrostática do fluido, podemos controlar ou
combater vários tipos de desmoronamento. A elevação do peso do
fluido é uma medida que geralmente podemos adotar, quando já
tivermos ultrapassado a profundidade de estabilização do poço.

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Medidas de Combate
Controle do Peso do Fluido
O gráfico nos mostra o modelo de progressão dos gradientes de
colapso e de pressão de poros durante a perfuração de um poço de
petróleo. No caso de colapso da formação, perfuração sub-
balanceada, ou camadas de folhelhos inclinadas, a elevação do peso
do fluido pode vir a sanar o problema de desmoronamento.

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Medidas de Combate
Controle do Peso do Fluido

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Medidas de Combate
Controle do Regime de Fluxo
A existência de regime de fluxo turbulento no anular, pode redundar
em desmoronamento causado por erosão da parede do poço. Controlar
as propriedades reológicas do fluido adequando a vazão de bombeio,
de modo que tenhamos fluxo laminar no anular.

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Medidas de Combate
Cimentação de Formações Inconsolidadas
Quando perfuramos formações fissuradas, micro-fraturadas e
altamente inconsolidadas, devemos utilizar um fluido que “cimente” a
parede do poço. Nestes casos utilizamos um fluido com elevado teor de
Bentonita com polímeros, com material de combate a perda, fibras
celulósicas, para que minimizando a perda de fluido, também
combatamos o desmoronamento.

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Medidas de Combate
Evitar Pistoneio
Evitar variações bruscas de pressão, durante as manobras, retirando e
descendo lentamente a coluna, em frente a formações passíveis de
desmoronamento. Antes de cada manobra deve-se calcular a
velocidade máxima de retirada da coluna, em função dos diâmetros
envolvidos e dos valores reológicos do fluido aplicado, de modo a não
permitir um alívio da pressão hidrostática que possa comprometer a
estabilidade da parede do poço.

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Medidas de Combate
Prevenir Hidratação de Folhelhos
Para evitar a hidratação de folhelhos existem várias medidas a adotar.
A primeira medida é minimizar o contato entre a fase aquosa do fluido
e a formação. Minimizamos este contato, reduzindo o valor do filtrado
do fluido.

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Medidas de Combate
Prevenir Hidratação de Folhelhos
A outra medida é inibir a fase aquosa do fluido que invade a formação.
Nesta inibição buscamos primeiro reduzir a pressão osmótica que
acontece através da interface. A fase aquosa também é inibida com a
adição de Cátions tais como Ca++ , K+ , N+ ou polímeros inibidores.

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Medidas de Combate
Prevenir Hidratação de Folhelhos
Tal absorção acontece devido a diferenças no potencial químico entre o
fluido de perfuração e a formação. Esta absorção acontece até se
atingir o equilíbrio. O movimento de íons e água nos folhelhos é devido
a duas forças separadas. Têm sido usados dois princípios químicos para
combater este problema: alterar as características de hidratação das
argilas e/ou isolar formações instáveis de contato com a fase aquosa
do fluido.

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Uma das mais importantes funções do fluido de perfuração é gerar uma
pressão hidrostática superior à pressão dos fluidos contidos no poros das
formações cortadas pela broca. Se por algum motivo esta pressão
hidrostática se tornar menor que a pressão de uma formação e se esta
possuir permeabilidade suficiente, deverá haver fluxo do fluido da
formação para o interior do poço. A este fluxo é dado o nome de kick e
diz-se que o controle primário do poço foi perdido.
Um kick deve ser detectado o mais prontamente possível e o fluido
invasor (que também recebe o nome de kick) deve ser removido do poço.
Se a equipe de perfuração falhar na detecção ou na remoção do kick
fora do poço, o fluxo das formações pode se tornar sem controle,
incorrendo numa situação chamada de blowout.
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Quando operando em unidades flutuantes de perfuração,
especialmente em águas profundas, o volume do fluido invasor deve
ser o mínimo possível devido às complicações e particularidades
inerentes ao controle de poço neste tipo de ambiente de perfuração.
A pronta detecção do kick torna-se assim imperativa. Estas
complicações e particularidades são em sua maioria devidas ao tipo
e a configuração dos equipamentos de segurança utilizados em
unidades flutuantes.

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A figura abaixo mostra a configuração do sistema de equipamentos
de controle de poço existente em unidades flutuantes. O BOP e a
cabeça do poço estão localizados no fundo do mar. O riser de
perfuração faz a ligação entre o equipamento submarino e a
embarcação, tendo assim as funções de conduzir o fluido de
perfuração até a superfície e guiar as colunas de perfuração e de
revestimento ao poço. Acontecendo o kick, o BOP é fechado e o
acesso ao poço não pode ser feito mais através do riser e sim por
duas linhas paralelas ligadas lateralmente ao riser chamadas de
linhas do choke e de matar.
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Configuração do Sistema de Equipamentos de Controle de Poço

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As principais complicações advindas da utilização desta configuração e
agravadas com o aumento da espessura da lâmina de água estão
listadas abaixo e serão discutidas com mais detalhe ao longo desta
apostila. Elas são as seguintes:
 Ocorrência de baixos gradientes de pressão de fratura das formações.
 Existência de perda de carga por fricção excessiva na linha do choke.
 Necessidade de ajustes rápidos na abertura do choke, quando o gás
entra na linha do choke e posteriormente quando ele a deixa, devido
à grande diferença entre a área transversal do espaço anular e da
linha do choke.

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Complicações
 Possibilidade de formação de hidratos no BOP.
 Possibilidade de haver gás no riser após fechamento do BOP.
 Possibilidade de haver gás trapeado abaixo do BOP após a circulação de um
kick
 Uso de uma margem de segurança na massa específica do fluido de perfuração
(Margem do Riser), devido à possibilidade de desconexão de emergência.
 Utilização do procedimento conhecido como hang off no fechamento do poço.

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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS

Fluidos de Perfuração
O fluido de perfuração é o responsável pelo controle primário do poço. Se a
pressão hidrostática gerada pro ele se tornar menor que a pressão da
formação, o controle primário do poço poderá ser perdido. Além de controlar
as pressões no interior do poço, o fluido de perfuração tem a s funções de
remover os cascalhos debaixo da broca; carrear os cascalhos até a superfície;
manter os cascalhos em suspensão; evitar o fechamento do poço; e resfriar e
lubrificar a broca e a coluna de perfuração.
As propriedades mais importantes dos fluidos de perfuração do ponto de
vista do controle de poços são as seguintes:
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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS

Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes

Massa Específica
É definida como massa por unidade de volume sendo expressa neste texto
em libra por galões (lb/gal) e simbolizada pela letra grega ρ.
Esta propriedade também é conhecida como peso ou densidade do fluido de
perfuração.

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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS

Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes


Massa Específica
 Responsável pela geração da pressão hidrostática que irá evitar o fluxo dos
fluidos das formações para o interior do poço.
 Influenciar na perda de carga por fricção no regime turbulento e no fluxo
através de orifícios ( jatos da broca e no choke). Nestas duas situações, a
perda de carga é diretamente proporcional à massa específica do fluido.
 Indicar uma possível contaminação por fluidos da formação (corte de gás,
óleo ou água salgada) quando ocorrer uma redução desta propriedade no
fluido que retorna do poço esta propriedade.
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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS

Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes


Parâmetros Reológicos
São propriedades que se referem ao fluxo dos fluidos no sistema de circulação
sonda-poço.

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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS

Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes

Força Gel
Representa a resistência em se movimentar o fluido de perfuração a partir do
repouso e é expressa em lb/100 pe2. Esta propriedade é também medida em
viscosímetros rotativos. Força gel alta resulta em pistoneio elevado, dificuldade na
separação do gás da lama na superfície, redução da velocidade de migração do
gás e dificuldade na transmissão de pressão através do fluido de perfuração.

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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS
Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes
Salinidade
Representa a concentração de sais dissolvidos no fluido de perfuração. É
medida através de métodos de titulação. Alterações nesta propriedade
podem indicar kicks de água doce ou salgada.
Outras propriedades como o teor de sólidos, teor de bentonita, pH e
filtrado, não são significativas do ponto de vista do controle do poço.

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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS
Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes
Pressão Hidrostática
É a pressão exercida pro uma coluna de fluido. Para os líquidos, esta
pressão é dada por:
Ph = 0,17 . ρm . D
Ph = pressão hidrostática do líquido (psi)
ρm = peso específico do fluido (lb/gal)
D = altura de líquido(m)
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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS
Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes
Pressão Hidrostática
Percebe-se pela fórmula que a pressão hidrostática é uma função direta da
massa específica e da altura de fluido no poço. Assim, o abaixamento do nível
de fluido resulta numa diminuição da pressão hidrostática no poço. Quando
existem mais de dois tipos de líquidos no poço, a equação acima pode ser
aplicada para cada intervalo considerando a massa específica e altura de
fluido correspondente. A pressão atuando no fundo do poço será dada pelo
somatório das pressões hidrostáticas calculada em cada intervalo.
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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS
Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes
Pressão Hidrostática
No caso de gases, a pressão hidrostática é dada por:
Ph = Pb – Pt Onde:
γg . ∆D Ph = pressão hidrostática do gás (psi)
PT e PB = Pressões absolutas no topo e na base do gás (psia)
16,3 . Z . (T + 460)
γg = densidade do gás em relação ao ar
∆D = altura da coluna de gás (m)
Z = fator de compressibilidade do gás
PT = PB . e T = temperatura do gás (ºF)

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CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE DE POÇOS
Fluidos de Perfuração – Propriedades mais Importantes
Pressões no Sistema Sonda - Poço
Uma maneira eficaz de se entender o comportamento das pressões
existentes no interior de um poço em perfuração é utilizar o conceito de
tubo em “U” onde o interior da coluna de perfuração representa um ramo
do tubo enquanto que o espaço anular representa o outro. Em condições
estáticas, a pressão a montante dos jatos da broca (interior da coluna) é
igual à pressão a jusante (espaço anular) deles.
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Durante as operações normais de perfuração, a pressão no poço deve ser
maior que aquela das formações permeáveis para se evitar kicks, isto é, fluxo
não intencional e indesejado de fluidos da formação para o interior do poço.
As causas de kicks estão geralmente relacionadas com a redução do nível
hidrostático no interior poço e/ou com a redução da massa específica do
fluido de perfuração. Qualquer ação ou acontecimento que implique na
redução dos valores destes dois parâmetros que determinam a pressão
hidrostática constitui-se num potencial causador de influxos. As principais
causas de kicks são discutidas neste capítulo.
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Existem, entretanto, operações na perfuração do poço em que ele os fluidos
das formações são produzidos intencionalmente. São elas: testes de formação,
perfuração sub-balanceada de uma determinada fase do poço e completação
para por em produção um poço. Para estas operações, existem procedimentos
operacionais e equipamentos específicos de segurança para o controle seguro
e adequado do poço de petróleo.

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Falta de Ataque ao Poço Durante as Manobras
Para se evitar que o nível de fluido caia no poço durante as manobras, é
necessário enchê-lo com um volume de fluido de perfuração correspondente
ao volume de aço retirado. Este enchimento do poço deve ser monitorado
através do tanque de manobra cuja existência é obrigatória em unidades de
perfuração que atuam em águas profundas e deve seguir o programa de
ataque ao poço previamente elaborado. Se o volume de fluido de perfuração
para completar o poço é menor que o calculado, pode-se estar caminhando
para uma situação de kick.
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Falta de Ataque ao Poço Durante as Manobras
Neste caso a manobra deve ser interrompida e o poço observado para ver se
ele está fluido. Caso haja fluxo, deve-se fechar o poço imediatamente.
A perda de pressão hidrostática no fundo do poço pode ser estimada através
do procedimento de cálculo descrito a seguir. Deve-se primeiro determinar o
volume de aço retirado do poço (que numericamente é igual ao volume de
fluido necessário para completar o poço) através da seguinte equação.

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Falta de Ataque ao Poço Durante as Manobras

Vol = Lcol . DEScol


Vol = volume de fluido para completar o poço (bbl)
Lcol = comprimento da tubulação retirada (m)
DEScol = deslocamento da tubulação retirada (bbl/m)

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Falta de Ataque ao Poço Durante as Manobras
O deslocamento da tubulação pode ser encontrado em tabelas disponíveis na
literatura ou calculado através da equação:
DEScol = 0,00318 . (d et2 – d it 2)
det e dit = respectivamente os diâmetros externo e interno da tubulação expressos em
polegadas. A redução da pressão no poço é dada por:
∆P = redução de pressão (psi)
ρm = peso específico do fluido de perfuração(lb/gal)
Cr = capacidade do revestimento (bbl/m)
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Falta de Ataque ao Poço Durante as Manobras
A capacidade do revestimento pode ser também encontrada em tabelas disponíveis na
literatura ou calculado através da equação.
Cr = 0,00318 . Dir 2
dir = diâmetro interno do revestimento expresso (pol)
Quando a coluna de perfuração está sendo retirada com os jatos entupidos (coluna
molhada), ou quando a coluna está sendo descida com uma float valve, o
deslocamento da coluna é calculado por:
DEScol = 0,00318 . det 2

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Falta de Ataque ao Poço Durante as Manobras
Em situações onde a coluna está saindo molhada, deve-se utilizar um “baú”
em boas condições para que a perda de fluido seja mínima possibilitando
assim um melhor acompanhamento do volume através do tanque de
manobra. No início da manobra, pode-se utilizar um tampão pesado para
evitar que o fluido de perfuração retorne pelo interior da coluna. A queda de
nível de fluido de perfuração no interior da coluna (∆D) em metros pode ser
estimada utilizando a seguinte equação:
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Falta de Ataque ao Poço Durante as Manobras

∆D = Vtampão . ρm _ 1
Ccol ρtampão

Vtampão = volume do tampão (bbl)


ρtampão = massa específica do fluido de perfuração do tampão (lb/gal)

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Pistoneio
Pistoneio é a redução da pressão no poço causada pela retirada da coluna de
perfuração. Mais detalhes ver capítulo XII.

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Perda de Circulação
Uma perda de circulação resulta num abaixamento do nível de fluido de
perfuração no poço com a conseqüente redução da pressão hidrostática. Se
houver no poço uma formação permeável cuja pressão se torne maior que
pressão hidrostática na sua frente, ela pode fluir ocasionando um kick. Uma
situação potencialmente perigosa ocorre quando a circulação é perdida numa
formação profunda pois formações mais rasas poderão entrar em kick.

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Perda de Circulação
A perda de circulação poderá se (a) natural em formações fraturadas,
vulgulares, cavernosa, com pressão anormalmente baixa ou depletadas ou (b)
induzida através da massa específica excessiva do fluido de perfuração, da
pressão de circulação excessiva no espaço anular, do surgimento de pressão
devido a descida da coluna de perfuração ou de revestimento e de outras
causas que conduzam ao aumento de pressão no interior do poço.

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Peso de Fluido de Perfuração Insuficiente
Esta causa de kicks está normalmente associada à perfuração em áreas com
formações com pressão anormalmente alta. Em perfurações efetuadas nestas
áreas, os indicadores e as técnicas de detecção e medição de pressões
anormalmente altas devem ser empregados para se elevar adequadamente a
massa específica do fluido de perfuração de forma a se evitar influxos.

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Peso de Fluido de Perfuração Insuficiente
É importante também lembrar que a massa específica do fluido de perfuração
pode ter o seu valor reduzido pelo descarte de baritina no sistema de
remoção de sólidos (centrífuga), sedimentação da baritina no poço ou nos
tanques de lama, nas diluições e no aumento de temperatura do fluido
especialmente em poços HPHT. Assim, para minimizar esta causa de kicks, é
necessário sempre comparar a massa específica do fluido de perfuração com
a equivalente de pressão de poros da formação.

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Peso de Fluido de Perfuração Insuficiente
Uma solução óbvia para se evitar o kick causado por peso de lama
insuficiente sereia elevar o valor dessa propriedade. Entretanto, este aumento
sendo excessivo, pode resultar em fratura de formações frágeis, redução da
taxa de penetração e aumento das chances de prisão por pressão diferencial.

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Corte do Fluido Por Gás
A incorporação de fluidos da formação no fluido de perfuração é conhecida
com o nome de corte da lama. O corte de lama por gás é o que de longe
causa mais problemas à segurança do poço pois o gás se expande quando
trazido à superfície, causando uma diminuição na massa específica da lama e
um conseqüente decréscimo da pressão no poço que pode ser suficiente para
gerar um kick. Pequenas quantidades de gás no fluido de perfuração que
retornam à superfície são registradas pelos detectores de gás.
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Corte do Fluido Por Gás
A quantidade de gás registrada por estes instrumentos é expressa em termos
de Unidades de Gás (UGT) que é uma medida puramente arbitrária e não
padronizada entre os vários fabricantes de detectores de gás. Quando
quantidades maiores de gás estão presentes no fluido de perfuração, o corte
se manifesta por um redução da massa específica do fluido na superfície
quando medida com uma balança densimétrica não pressurizada. Embora a
massa específica do fluido de perfuração muitas vezes esteja bastante
reduzida na superfície, a presão hidrostática no poço não decresce
significativamente, pois a maior expansão do gás ocorre próximo à superfície.
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Corte do Fluido Por Gás
Esta redução na pressão hidrostática pode ser estimada pelo uso da seguinte
fórmula:
ρm Ph
∆P = 34,5 . - 1 . log10
ρmc 15

∆P = redução de pressão no ponto em consideração (psi)


ρm = peso específico do fluido de perfuração (lb/gal)
ρmc = peso específico do fluido cortado na superfície (lb/gal)
Ph = pressão hidrostática no ponto em consideração (psia)
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Corte do Fluido Por Gás
Assim, na maioria dos casos, o corte do fluido de perfuração por gás não
provoca a ocorrência que um kick. Entretanto, é importante que o gás já
incorporado ao sistema seja removido pelo uso de desgaseificadores e que a
causa da contaminação seja identificada e eliminada.
Existem vários maneiras nas quais o gás se incorpora à lama. As mais comuns
designam o tipo de contaminação como:

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Gás de Fundo ou Background
É o gás na lama oriundo das formações pouco permeáveis. A leitura de
gás permanece constante ao longo da perfuração. Variações para mais
nesta leitura devem ser investigadas.

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Gás de Manobra
É o gás que aparece na superfície após o tempo necessário à circulação do
espaço anular (bottoms-up) após uma manobra. Pode indicar que houve
pistoneio e um ajuste na margem de manobra pode ser recomendável.

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Gás de Conexão

É o gás que aparece na superfície após a circulação de um bottoms-up após a


conexão de um tubo durante a perfuração. Ele é gerado pela redução da
pressão no fundo do poço devido à cessação das perdas de carga por fricção
no espaço anular quando a bomba de lama é desligada para a conexão. Um
aumento da massa específica do fluido de perfuração é recomendado.

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Gás dos Cascalhos Cortados
Gás proveniente de formação com alta porosidade e portadora de gás que é
perfurada numa alta taxa de penetração. O gás contido nos poros desta
formação se expande quando trazido à superfície, causando um decréscimo
de pressão no poço que pode ser suficiente para gerar um kick. Quando esta
condição existe, deve-se tomar uma ou algumas das seguintes ações:
 Redução da taxa de penetração;
 Aumento da vazão de bombeio;
 Parada da perfuração e circulação em intervalos de tempo regulares.
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Além das causas mais comuns acima descritas, existem operações e
situações potencialmente causadoras de kick. Três destas situações são
discutidas a seguir:

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Fluxo de Gás Após a Cimentação
Após o deslocamento da pasta de cimento, haverá o
desenvolvimento de uma estrutura gel na pasta antes do seu
endurecimento. Isto dificulta a transmissão da pressão hidrostática
para o fundo do poço. Simultaneamente, haverá uma redução de
volume de pasta por perda de filtrado. Estes dois fenômenos
associados poderão gerar uma redução de pressão hidrostática
capaz de provocar fluxo de gás através do cimento ainda não
endurecido.
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Fluxo de Gás Após a Cimentação
Algumas ações preventivas para minimizar o problema seriam:
 Manter anular pressurizado;
 Usar pastas com tempo de pega diferenciado;
 Usar de múltiplos estágios;
 Usar de aditivos bloqueadores de gás;
 Uso de external casing packer (ECP).

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Teste de Formação
A operação de teste de formação a poço aberto não é recomendada em
perfurações em unidades de perfuração flutuantes. Esta operação possui
riscos que são agravados quando existem formações portadoras de gás no
trecho de poço aberto. Os riscos mais comuns são:
 Fratura da formação durante a circulação reversa;
 Existência de gás acumulado abaixo do packer após a circulação reversa;
 Queda de nível no anular na abertura da válvula de circulação reversa;
 Pistoneio causado pelo packer durante a retirada da coluna testadora.
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Colisão de Poços
Se um poço que está sendo perfurado cortar as colunas de revestimento e de
produção de um poço produtor, poderá ocorrer um kick naquele poço. Existe
uma norma de segurança operacional que determina a interrupção da
produção de poços numa plataforma durante a perfuração de um poço nesta
mesma plataforma.

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Objetivos dos Métodos
Os objetivos básicos dos métodos de controle de kicks são os de remover do
poço o fluido invasor e de restabelecer o controle primário do poço através do
ajuste da massa específica do fluido de perfuração. Durante a remoção do
influxo e aplicação do processo de ajuste da massa específica do fluido de
perfuração, o estado de pressão no poço deve ser mantido num nível
suficiente para evitar influxos adicionais sem contudo causar danos
mecânicos às formações e ao equipamento de segurança de cabeça de poço
ou ao revestimento. Isto é conseguido, utilizando-se o princípio da pressão
constante no fundo do poço.
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Princípio da Pressão no Fundo do Poço Constante
Quando o kick é detectado, o poço é fechado e as pressões no seu interior
aumentam até o instante no qual a pressão no poço iguala-se à pressão da
formação no fundo do poço. Conforme visto anteriormente, neste instante o
fluxo da formação cessa e um método de controle de poço pode ser aplicado.
Seja qual for o método de controle adotado, ele utiliza o princípio da pressão
constante no fundo do poço que diz que a pressão neste ponto deve ser
mantida constante durante toda a implementação acrescido de uma margem
de segurança.
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Princípio da Pressão no Fundo do Poço Constante
Se a circulação é possível, utiliza-se o Método do Sondador ou o Método do
engenheiro, onde margem de segurança de pressão aplicado no fundo do
poço é numericamente igual ao valor das perdas de carga pro fricção no
espaço anular. Caso a circulação não seja possível, pode-se implementar o
Método Volumétrico onde a margem de segurança é um valor arbitrário
conforme será visto futuramente.

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Método do Sondador
O método do sondador foi o adotado no Brasil para ser usado tanto em
sondas com ESCP de superfície como naquelas com ESCP submarino. Este
método consta de duas fases: na primeira circulação o kick é deslocado para
fora do poço; na segunda circulação, a lama original é substituída pela lama
para matar.

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Métodos Volumétricos
Os métodos volumétricos são utilizados nas situações em que o fluido de
perfuração não pode ser circulado para deslocar o kick para fora do poço. Estas
situações incluem jatos da broca entupidos, problemas com as bombas ou
equipamentos de superfície, coluna fora do poço, etc. Durante a aplicação de um
método volumétrico, a pressão no fundo do poço é mantida aproximadamente
constante num valor mínimo igual a pressão da formação que gerou o kick mais
uma margem de segurança arbitrária (normalmente 100 psi). Em sondas
terrestres e em plataformas fixas ou auto-elevatórias, o método volumétrico
estático é utilizado enquanto que em sonda flutuantes recomenda-se a utilização
do método volumétrico dinâmico.
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Método Volumétrico Estático
A primeira fase do método consiste em se permitir a migração do gás sob
expansão controlada até ele atingir a superfície. Esta expansão controlada é
obtida através da drenagem de lama na superfície pelo choke. A aplicação do
método consiste em seguir um procedimento em ciclos de migração e
drenagem onde a pressão no fundo do poço é mantida aproximadamente
constante.

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Método Volumétrico Dinâmico
Para o caso de águas profundas recomenda-se utilizar o método volumétrico
dinâmico quando não é possível a circulação através da coluna de perfuração.
Uma forte razão para a não utilização do método volumétrico estático em
águas profundas é a possibilidade de formação de hidratos no BOP e nas
linhas de choke e de matar.

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Método Volumétrico Dinâmico
O método consiste em circulara o fluido de perfuração original pela linha de
matar, BOP submarino e retorno pela linha do choke enquanto o kick migra
para a superfície devido à segregação gravitacional. Durante esta circulação,
o aumento do volume de lama nos tanques causado pela expansão do gás
durante a fase de migração e posteriormente a diminuição deste volume
quando o kick é produzido na superfície devem ser monitorados assim como
a pressão de bombeio.

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Bullheading
A operação de bullheading consiste em deslocar ou injetar a mistura de fluido
de perfuração e influxo na formação exposta mais fraca no poço. Esta
operação é empregada em muitos casos como o último recurso disponível,
pois em algumas situações ela pode criar ou agravar um underground
blowout ou causar um blowout em volta do revestimento.

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Bullheading
Esta operação pode ser considerada para uso nas seguintes situações:
 kick de H2S;
 Circulação normal não é possível ( jatos da broca entupidos, coluna fora do
fundo do poço, partida ou fora do poço, falta de material para preparo do
fluido de perfuração, defeito de equipamento, etc.);
 Volume de gás elevado no poço (dificuldade para ser processado pelo
separador e geração de pressões altas no choke);
 Combinação de kick e perda de circulação.
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Stripping
Esta operação consiste em se movimentar a coluna de perfuração com o
preventor fechado objetivando a sua descida até o fundo ou até o ponto mais
profundo possível no poço e a circulação do fluido de perfuração para
remoção do kick e amortecimento do poço.

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Gases Rasos e Sistema de Diverter
Eventos conhecidos como gases rasos podem ser definidos como ocorrências de
gás durante a perfuração de um poço, proveniente de uma formação acima do
ponto de assentamento da sapata do primeiro revestimento descido com o
objetivo de conter as pressões no poço (normalmente o revestimento de
superfície). O fechamento do poço nestas condições poderá causar a fratura da
formação na sapata do último revestimento descido e devido a sua baixa
profundidade ela poderá se propagar até a superfície formando crateras,
impondo desta maneira, riscos às unidades de perfuração marítimas apoiadas no
fundo do mar.
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Gases Rasos e Sistema de Diverter
Os sistemas de diverter são compostos de uma ou duas linhas de fluxo
diametralmente opostas com diâmetro interno mínimo de 6”, válvulas de
abertura plena e um elemento de vedação semelhante a um preventor anular
conforme está mostrado na Figura seguinte.

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Gases Rasos e Sistema de Diverter

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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Os poços horizontais são perfurados por proporcionarem aumento da vazão
de produção e da recuperação final do reservatório. Este tipo de poço
apresenta algumas particularidades quanto ao controle de kicks, dentre as
quais destacamos:

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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Kick por Desbalanceamento Hidrostático
Em um poço horizontal um pequeno desbalanceamento hidrostático pode gerar
um kick de grandes proporções devido a longa extensão do reservatório que fica
exposta durante a perfuração.
O controle do peso do fluido e os cuidados com as manobras, para se evitar
pistoneio devem ser redobrados. O fluido deve possuir propriedades reológicas
que garantam a adequada limpeza do poço, porém que ao mesmo tempo não
sejam muito elevadas minimizando as perdas de carga por fricção e consequentes
pistoneios.
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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Flow Check Negativo
Em poços horizontais, quando ocorrer kick originado por pistoneio do poço,
enquanto o gás estiver na secção horizontal o poço não apresentará fluxo
com a bomba desligada, e as pressões de fechamento do poço serão nulas.
Neste caso deve-se descer a coluna no poço aberto sempre observando
cuidadosamente o retorno do fluido. A partir do momento em que se observe
que o kick saiu da parte horizontal do poço, proceder stripping até o fundo e
circular o kick para fora do poço.
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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Conforme visto anteriormente, a depender das condições de pressão e
temperatura existentes no fundo do poço, o gás produzido durante um kick pode
entrar em solução no fluido de perfuração. Do ponto de vista prático, os casos
mais importantes de solubilidade de gases em fluidos de perfuração são os
seguintes: gás sulfídrico (H2S) em fluidos a base água e em fluidos a base óleo
diesel ou sintético; e gás natural em fluidos a base óleo diesel ou sintético; gás
carbônico (CO2) em fluidos a base óleo diesel ou sintético. Nesta seção será
discutida a última combinação apresentada pois é a mis frequente.
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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Durante algum tempo a utilização de fluidos a base óleo em águas profundas foi
proibida devido aos problemas de controle de poço relacionados à solubilidade
do gás no fluido e a poluição (principalmente numa desconexão de emergência).

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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Com o advento dos fluidos de óleo sintético (menos poluentes) e com uma maior
compreensão do fenômeno da solubilidade, este tipo de fluidos voltou a ser usado
em águas profundas para atender a necessidade de se perfurar poços de longo
alcance e de alta pressão e alta temperatura (HPHT) além de se obter uma maior
inibição à formação de hidrato, maiores taxas de penetração e uma maior
economia total de perfuração quando comparadas àquelas proporcionadas pelos
fluidos de perfuração a base água.
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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
As principais dificuldades operacionais encontradas em kicks de gás em poços
com fluido a base óleo são as seguintes:
 Detecção do Kick Solúvel no Fluido de Perfuração
 Redução da Pressão no Poço
 Compressibilidade do Fluido de Perfuração

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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Detecção do Kick Solúvel no Fluido de Perfuração
A solubilização de parte do gás no fluido de perfuração faz com que a detecção
de um kick se torne mais difícil. Assim, o volume ganho medido na superfície é
menor que o volume real do influxo. Quando os fluidos de perfuração a base óleo
são utilizados, a sonda deve possuir um sistema de detecção de kicks confiável e
preciso pois o aumento da vazão de retorno e do nível de fluido nos tanques bem
como os flow checks não serão tão pronunciados como no caso de um kick num
fluido a base água.
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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Redução da Pressão no Poço
Se o influxo não for percebido, ele continuará a ser circulado em direção à
superfície com a conseqüente redução da pressão. Na profundidade em que a
pressão correspondente ao ponto de bolha é atingida, uma grande quantidade de
gás sairá de solução do fluido a base óleo deixando o poço cheio de gás. Este
ponto normalmente se situa próximo a superfície podendo assim se transformar
num sério problema operacional de controle de poço. Em águas profundas, este
problema poderá ser maior caso este ponto esteja no interior do riser.
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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Compressibilidade do Fluido de Perfuração
A maior compressibilidade do fluido de perfuração não aquoso poderá causar
os seguintes problemas:

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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Compressibilidade do Fluido de Perfuração
Maior tempo para estabilização das pressões de fechamento.
Maior tempo de resposta na pressão do tubo bengala após manipulação do choke.
O poço permanecerá fluindo durante algum tempo devido à descompressão do fluido
de perfuração após a parada da bomba. Devem ser medidos o volume de retorno e o
intervalo de tempo no qual o fluxo cessa para auxiliar numa futura identificação de um
influxo.
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Controle de Kicks em Poços Horizontais
Controle de Kicks Solúveis no Fluido de Perfuração
Compressibilidade do Fluido de Perfuração
Se o kick entretanto é detectado e o poço fechado, ele poderá ser circulado
utilizando as técnicas usuais de controle. Mais uma vez o método do sondador é o
indicado. É importante notar que se a pressão equivalente ao ponto de bolha não
é atingida à montante do choke, o kick se comportará como líquido conduzindo a
baixas pressões no choke. A sonda deverá estar equipada com um sistema de
manuseio de gás bem dimensionado pois a quantidade de gás que será liberado
após a passagem pelo choke poderá ser grande principalmente em poços HPHT.
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Quando perfuramos um poço precisamos usar um peso de fluido que consiga
balancear as pressões dos poros das diversas formações atravessadas, sem
fraturar outras formações de resistência inferior. Assim muitas vezes o peso do
fluido é limitado a problemas de fratura.
Tolerância de kick é um conceito que verifica se há ou não a fratura da formação
mais fraca (normalmente assumida na sapata) durante o fechamento do poço
após a detecção de um kick. O conceito de tolerância de kick é utilizado na fase
de projeto do poço na determinação da profundidade de assentamento da
sapata, no acompanhamento da perfuração do poço e na verificação das
condições de segurança do ponto de vista da fratura da formação na ocorrência
de um kick.
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Dedução da Equação
A tolerância de kick durante o fechamento do poço é definida como a
máxima pressão de formação (expressa em termos de massa específica
equivalente) tal que, ocorrendo um kick com determinado volume, a certa
profundidade e com a lama existente, o poço poderá se fechado sem fraturar
a formação exposta mais frágil.
A sua expressão matemática pode ser facilmente derivada relacionando a
pressão da formação que gera ou poderá gerar o kick com a pressão de
fratura da formação na sapata do último revestimento descido.

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Dedução da Equação
Assim, conforme está mostrado na Figura 8.3, a máxima pressão de poros
na profundidade D está relacionada com a pressão de fratura da
formação na profundidade Dsap pela seguinte expressão:
A Tolerância ao Kick pode ser estimada pela seguinte equação

ρkt = Dsap . (ρf - ρm) – Hk . (ρm - ρk) + ρm


D D
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Dedução da Equação
ρkt = Dsap . (ρf - ρm) – Hk . (ρm - ρk) + ρm
D D
Onde:
ρkt = tolerância ao kick (lb/gal)
Dsap = profundidade da sapata (m)
ρf = gradiente de fratura na sapata (lb/gal)
Hk = altura do Kick em (m)
ρm = peso específico do fluido de perfuração (lb/gal)
D = profundidade do kick (m)
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Utilização do Conceito no Acompanhamento da Perfuração
No acompanhamento da perfuração do poço deve-se comparar numa mesma
profundidade a tolerância de kick calculada pela fórmula acima mostrada
com a pressão de poros fornecida pela unidade de mud logging ou pelo LWD.
A diferença entre as duas foi denominada de Margem de Pressão de Poros,
sendo expressa pela equação:
ρkt = ρkt – ρp

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Utilização do Conceito no Acompanhamento da Perfuração
ρkt = ρkt – ρp
Onde:
ρp = é o gradiente da pressão de poros na profundidade D(lb/gal)

Deve-se estabelecer um valor que seja mínimo para permitir a perfuração de


cada poço com segurança. Em alguns casos é recomendável a descida de um
revestimento para permitir a perfuração de um poço.

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Em sondas flutuantes existe a possibilidade de desconexão de
emergência do riser principalmente em sondas posicionadas
dinamicamente (DP). Por este motivo ao se perfurar neste cenário deve
ser adicionada ao peso do fluido de perfuração, uma margem se
segurança conhecida como Margem de Segurança de Riser (MSR), para
compensar a perda parcial de pressão hidrostática, devido a remoção do
fluido de perfuração que se encontra dentro do riser.

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Ela é estimada pela seguinte fórmula:
MSR = (D . ρp) – (8,5 . Dw) - ρp
D - Dw
Onde:
Dw = Profundidade de água (m)
ρp = Gradiente de Pressão de Poros (lb/gal)

Em algumas situações principalmente em cenários de Águas Ultra Profundas,


abre-se mão de aplicar a MSR, e utiliza-se redundância no BOP. Esta prática
é adotada quando a aplicação desta margem inviabilizaria o projeto.
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 Tamanho e forma dos Cascalhos
 Aumento do Torque
 Mudança na Temperatura do Fluido
 Aumento do Arraste
 Teor de Gás no Fluido
 Mudanças dos Parâmetros do Fluido
 Aumento da Taxa de Penetração

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Perfurando:

 Aumento da Taxa de Penetração


 Aumento do Fluxo de Retorno
 Aumento do Volume de Fluido nos Tanques
 Aumento na Velocidade da Bomba
 Corte do Fluido por Líquido ou Gás
 Fluxo de Fluido com Bombas Paradas
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Manobrando:
 Poço Aceitando menos Fluido que Volume de Aço.
 Poço Devolvendo mais Fluido que Volume de Aço.

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 Tamanho do kick
 Pressões lidas no Choke
 Menor Perda de Tempo nas Operações de Controle

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 Menor Pressão de Circulação
 Menor Esforço da Bomba
 Maior Tempo para Aumento do Peso do Fluido
 Menor Risco de Fraturamento
 Facilita Manuseio do Choke
 Circula em Regime Laminar ou Tampão
 Reduz Desgaste dos Equipamentos

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 Máxima Pressão Permissível no Choke, em função da Resistência Interna do
Revestimento e da Pressão de Absorção da Formação
 Máxima Pressão no Choke em Condições Dinâmicas
 Máxima Pressão de Bombeio com Gás acima da Sapata
 Capacidades do Tubos, Comandos e Anulares
 Capacidades de Deslocamentos e Eficiência Volumétrica das Bombas
 Vazão Reduzida de Circulação com Pressão (PRC)
 Volume Total de Fluido do Sistema

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Pressão de Bombeio
PB = ∑ΔPc = ΔPs + ΔPint + ΔPb + ΔPan
PB = ΔPs + ΔPint + ΔPb + ΔPan + (Pha – Phi)
Pressão no Fundo do Poço (BHP)
Estática
BHP = Ph
Dinâmica
BHP = Ph + ΔPan
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 Pressão de Absorção (Pabs)
 Pressão de Fratura (Pfra)
 Pressão Gerada por Pistoneio
 Massa Específica Equivalente
 Densidade Equivalente de Circulação (ECD)
ECD = ρequi = (Ph + ΔPa) / 0,17 * Profundidade
Capacidade Hidrostática
Cap. Hid. = Ph / V
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Pf = 5.400 BHP = 6.675 BHP = 7.950 BHP = 10.500
psi PSI PSI PSI

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Na Ocorrência

1. Pressão estabilizada no Choke (SICP)


2. Pressão Estabilizada no Bengala (SIDPP)
3. Volume de Fluido Ganho nos Tanques
4. Profundidade Vertical e Medida da Extremidade da Coluna

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Pressões Estabilizadas.
Interior da Coluna:
BHP = SIDPP + Phc
Anular:
BHP = SICP + Pha + Phg

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Volume do Kick
Tipo do Fluido Invasor
Strokes para Deslocamento do Fluido no Interior Coluna e Anular
Peso do Fluido Novo
Quantidade de Baritina necessária ao Adensamento
Aumento do Volume devido acréscimo da Baritina
Pressão Inicial de Circulação (PIC)
Pressão Final de Circulação (PFC)

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Pressão Hidrostática do Fluido Invasor (Phi)
SICP + Pha + Phi = SIDPP + Phc
ρi = Massa Específica do Fluido Invasor

ρi = ρlo – SICP - SIDPP


0,17 * hi

ρi < 4,0 lb/gal – Basicamente Gás


4,0 lb/gal < ρi < 8,0 lb/gal – Óleo com possibilidade de Gás
ρi > 8,0 lb/gal – óleo e água ou só Água

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Massa Específica do Fluido Novo

ρnm = ρm +Δ ρ
ρnm = (SIDPP / (0,17 * hc) )+ ρm

Quantidade de Baritina (lb/bbl)


WB = 1.500 * (ρnm- ρm) / (34,6- ρm)
Volume acrescido em função da Baritina (bbl)
VB = WTB (lbs) / 1454
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Pressão Inicial de Circulação (PIC)
PIC = PRC + SIDPP

Pressão Final de Circulação (PFC)


PFC = PRC * (ρnm / ρm)

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Objetivos:

 Circular o Kick para fora do Poço de maneira Segura


 Restabelecer o Controle Primário do Poço.
 Evitar Kicks adicionais
 Evitar Pressões Excessivas na Superfície e Formação

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Principíos com BHP constante
O influxo cessa quando BHP = Pp, com Poço Fechado
Circula-se o Kick mantendo-se, no Choke, perda de carga que resulte numa
BHP Igual ou ligeiramente maior que Pp

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 Método do Sondador

 Método do Engenheiro

 Método Volumétrico

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Método do Sondador
Método das 02 circulações
1.0 – Expulsão do Fluido Invasor
2.0 – Enchimento do Poço com o novo Fluido de Perfuração

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Método do Engenheiro
Método de 01 circulação
A circulação do Fluido invasor é efetuada com o Fluido de
perfuração novo.

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Método Volumétrico
Método das 02 circulações
1.0 – Permite Migração com Expansão Controlada
2.0 – Substituição do Gás por Fluido Pesado (Top Kill)

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Bibliografia

1. STEFAN, Petru - Manual de Fluidos de Perfuração: Salvador, 1982.


2. GONÇALVES, Clemente J.C.; FERREIRA, Francisco Henriques - Básico de Mecânica das Rochas – Simulador
SEST
3. GARCIA, José Eduardo de Lima; DE PAULA, José Luiz; FERNANDES, Paulo Dore; MARTINS, José Alcides
Santoro; RODRIGUES, Valdo Ferreira; FERREIRA, Francisco Henriques - Fraturamento Hidráulico: 1997 versão 2.

4. SCHLUMBERGER - Rock Mechanics for Fracturing – 1999.


5. MACHADO, José Carlos; SOMBRA, Cristiano L.; JOCHIMEK, Miriam R. - Argilo–Minerais e as Formações
Argilosas.
6. DA COSTA, Álvaro Maia; JUNIOR, Edgard Poiate; FALCÃO, José Luiz; CARDOSO, Carlos de Oliveira - Previsão
Numérica do Comportamento do Poço 1-RJS-602 Durante a Travessia da Zona de Sal e Dimensionamento do
Fluido de Perfuração: Rio de Janeiro, 2003.
7. DEPER - Manual de Fluidos de Perfuração.

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Bibliografia

8. MARTINS, André Leibsohn; LEAL, Rafael Amorim Ferreira; RODRIGUES, Luiz Fernando; LOURENÇO, Fábio
Gustavo Fernandes; DE SOUZA, Cleyson do Nascimento - Transporte de Partículas de Aço Gerados pela Abertura de
Janela em Poços Multilaterais – 2000.

9. DA SILVA, Michele Sabbá; DE FREITA, Alexandre Mussumeci Valim - Formação de Hidratos em Fluidos de
Perfuração: Rio de Janeiro, 2002.

10. PANTOJA, Sérgio R.S. - Problemas de Poço – 1983.

11. SANTOS, Otto Luiz Alcântara - Manual de Treinamento em Controle de Poço.

12. MACHADO, José Carlos Vieira - Fundamentos de Química Coloidal – 1994

13. A HALLIBURTON COMPANY – MWD/LWD Sevices Profile.

14. Manual de Fluidos Baroi & Hojas com Datos de Productos Baroid – CD

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Bibliografia

15. Drilling Fluids Enginnering Manual MI – CD


16. MARTINS, André Leibsohn - Otimização da Perfuração de Poços de Trajetória Complexa – 2000.
17. SAMPAIO Jr., Jorge Hygino Braga - Aplicativo para Estimativa de Surge e Swab para Cenários
UDW/Formações Frágeis: Rio de Janeiro, 2002.
18. MARTINS, A.L.; ARAGÃO A.F.L.; MOURA E.M.; LEAL R.A.F.; SANSONI JR U.; BOVE A. Optimizing Synthetic Oil
Based Fluids for Milling Operations in Deepwater Well.
19. ROCHA, Luis Alberto S. e NAVAES, Marcos de L.- Pressões das Formações – CAPER 90.
20. McCLURE, Leo V.- Drill Abnormal Pressure Safely
21. SANTOS, Hélio Maurício R. - Estimativa dos Gradientes de Colapso e Fratura.
22. MOURA, Eliabe M. e SANTOS, José Luiz dos - Pressões das Formações – 1989.
23. SATO, Ademar Takashi - Teste de Abosorção.
24. dos SANTOS, Gildeon Luiz; Perfuração de Poços de Petróleo em Áreas Contendo Gás Sulfídrico – Revisada em
Março/96. niltonr57@gmail.com
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Durante as operações de perfuração a coluna é movimentada
verticalmente, seja em movimentos ascendentes, sejam em movimentos
descendentes. Esta movimentação da coluna produz fricção entre a coluna
de perfuração e o fluido que está no poço, e como consequência desta
fricção há uma alteração da pressão exercida no fundo do poço. Na
condição em que as bombas estão desligadas, e a coluna está em repouso,
a pressão exercida no poço é consequência direta do peso específico do
fluido de perfuração.

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A movimentação da coluna nesta condição, produz um acréscimo de
pressão no poço chamado de pressão de surge, quando seu movimento é
descendente. Quando seu movimento é ascendente, há uma redução de
pressão no poço chamada de pressão de swab ou pistoneio.
A pressão de surge e swab é influenciada pelos parâmetros reológicos do
fluido de perfuração, pela velocidade e aceleração com que a coluna está
sendo movimentada, e pela geometria do poço.

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A pressão de surge deve-se ser monitorada quando se está perfurando num
cenário de formações frágeis e/ou permeáveis. Durante a perfuração em
cenários de Águas Ultra Profundas é comum operarmos no limite da pressão
de absorção de determinadas formações.

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Nestes casos deve-se ter especial cuidado com a limpeza do poço antes das manobras,
com a manutenção das propriedades reológicas do fluido dentro dos valores mínimos
necessários para manter o poço limpo, e com a velocidade de descida da coluna de
perfuração.

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Pistoneio é portanto a redução da pressão no poço causada pela retirada
da coluna de perfuração. Este efeito pode se manifestar de duas
maneiras:

 Pistoneio Mecânico
 Pistoneio Hidráulico

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Pistoneio Mecânico
É a redução do nível hidrostático causada pela remoção mecânica do fluido
de perfuração para fora do poço devido ao enceramento da broca ou dos
estabilizadores. Este tipo de pistoneio manifesta-se pelo retorno do fluido de
perfuração na superfície num possível aumento do peso da coluna na sua
retirada.

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Pistoneio Hidráulico
É a redução da pressão no poço devido à indução de perdas de carga por
fricção através do movimento descendente do fluido de perfuração que irá
ocupar o espaço vazio deixado abaixo da broca na retirada da coluna de
perfuração.

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A magnitude do pistoneio hidráulico é função das propriedades reológicas
do fluido de perfuração, da geometria do poço e da velocidade de retirada
da coluna. A seguinte fórmula de perda de carga por fricção para o espaço
anular (fluxo laminar), adotando o modelo Binghmiando, pode ser
utilizada para uma estimativa do valor do pistoneio hidráulico:

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∆P = Lcol . 1 + μp . VRet
60,96 . (dE – dI) 5574 . (dE – dI)2

∆P = redução de pressão abaixo da broca (psi)


Lcol = comprimento da coluna de perfuração(m)
τ1 = limite de escoamento (lbf/100 pe2 )
dI = diâmetro externo do tubo de perfuração (pol)
dE = diâmetro do poço ou interno do revestimento( pol)
µp = viscosidade plástica (cp)
VRet = velocidade de retirada da coluna (m/min)

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É recomendável o uso de uma margem de segurança na massa específica do
fluido de perfuração para minimizar os riscos de kicks devido ao pistoneio.
Esta margem é avaliada no início da manobra (instante mais desfavorável) e
é definida pela seguinte expressão:

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MSM = margem de segurança para manobra (lb/gal)
MSM = 2. ∆P
D = profundidade do poço(m)
0,17 . D

De acordo com o projeto, pode-se manipular em quantas vezes se


multiplica o ∆P, para estabelecer o range de margem que se deseja. A
fórmula acima que estabelece um acréscimo na hidrostática de duas vezes
a redução de pressão causada pelo pistoneio, é na verdade uma fórmula
conservadora
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Durante a descida da coluna nas operações de perfuração, algumas
vezes ela encontra resistência e não consegue chegar ao fundo.
Quando isto ocorre dizemos que a coluna topou, além da coluna de
perfuração, as ferramentas de perfilagm, algumas vezes também
topam durante a descida.

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 EXISTÊNCIA DE BATENTES NO POÇO
 DOG-LEGS SEVEROS
 FECHAMENTO DO POÇO
 FUNDO FALSO POR MÁ LIMPEZA
 FUNDO FALSO POR DESMORONAMENTO

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Existência de Batentes no Poço
A medida em que se vai perfurando um poço de petróleo, não se consegue
obter um cilindro perfeito. As variações litológicas e de parâmetros de
perfuração aliadas a inclinação das camadas de formação, favorecem a
formação de batentes no poço. Estes batentes são comuns quando há a
intercalação de uma formação mole, com formações duras. Durante a
perfuração destes intervalos a broca fica por longo tempo trabalhando sobre a
formação dura, enquanto a turbulência produzida próximo aos jatos da broca,
acabam por erodir o poço na formação mole, que está logo acima.
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Existência de Batentes no Poço
Este fenômeno é muito comum quando se perfura lentes de calcários em
areias inconsolidadas. Neste caso deve-se reduzir a vazão enquanto se perfura
as lentes da formação mais dura de modo a reduzir a probabilidade de
erosão. Após a detecção dos batentes, pode-se reduzi-los trabalhando-os
mecanicamente com estabilizadores.

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Dog-Legs Severos
Chama-se de dog-leg o desvio acentuado de direção do poço em uma
pequena extensão do mesmo. Estes desvios geralmente produzem drags e
arrastes elevados, e podem redundar em topadas da coluna e de
ferramentas de perfilagem. Durante a perfuração deve-se controlar a
inclinação do poço desde a fase do projeto, de modo a evitar a ocorrência
de dog-legs severos.

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Fechamento do Poço
Quando se perfura formações plásticas, em que o gradiente de colapso é
superior ao peso específico do fluido, ocorre o escorregamento da formação
para o poço, com a consequente redução do cáliper do mesmo. Quando isto
ocorre, ao se tentar descer a coluna de perfuração no poço, a mesma topa
na profundidade em que ocorreu o fechamento do mesmo. Neste caso é
necessário elevar o peso do fluido e repassar o intervalo fechado.

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Fundo Falso por má Limpeza
O projeto hidráulico de um poço deve contemplar a limpeza do poço
durante toda sua perfuração. O desenho reológico do poço e os parâmetros
de perfuração programados precisam convergir para que enquanto se
perfura, todo o cascalho cortado pela broca seja removido até a superfície.
Quando este processo não funciona adequadamente, parte dos cascalhos
cortados permanecem no anular do poço. Durante as manobras de coluna,
enquanto não há circulação estes cascalhos decantam e caem para o fundo
do poço.
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Fundo Falso por má Limpeza
Quando se desce a coluna a mesma ao atingir o topo dos cascalhos
decantados, não desce mais. Chamamos a esta ocorrência de topada da
coluna por fundo falso. O remédio para esta situação é realizar uma
lavagem nesse fundo falso. Liga-se a bomba e sem rotação a coluna vai
sendo descida até remover todo o cascalho e atingir o fundo do poço. Neste
caso os parâmetros de limpeza devem ser redimensionados e monitorados
de modo que se certifique que doravante o poço será limpo.
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Fundo Falso por Desmoronamento
A parede do poço pode desmoronar por alívio de tensões ou por perfuração
desbalanceada. Este tipo de situação pode ser identificada pelo adequado
monitoramento da limpeza do poço e pela análise dos cascalhos retornados
nas peneiras. Os cascalhos desmoronados possuem formas diferentes
daqueles cortados pela broca. Assim sendo a análise dos cascalhos
retornados após a lavagem de um fundo falso, é importante para se ajudar
a entender o processo que está ocorrendo no poço.
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Fundo Falso por Desmoronamento
Para este tipo de topada de coluna, deve-se aplicar o mesmo tratamento
acrescido da elevação do peso do fluido de perfuração. É importante estimar
adequadamente os valores dos gradientes de colapso e de pressão de poros,
de modo que elevação do peso do fluido seja adequada e não exagerada,
para que não sejam gerados problemas por overbalance elevado.

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Prisão de coluna é um dos mais comuns e sérios problemas existentes na
perfuração de poços. A seriedade diz respeito ao potencial de prejuízos
que uma prisão pode gerar. Os problemas decorrentes das prisões são:
perda de tempo operacional, perda da coluna de perfuração, desvio do
poço e perda do próprio poço.
Prisão de coluna é a condição em que a coluna (ferramenta) não pode
ser retirada do poço mesmo empregando a máxima tração admissível
pelos tubos.

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São várias as ocorrências que podem redundar na prisão da coluna enquanto
se perfura um poço.

 Por Desmoronamento de Cascalhos


 Devido a Poço Subcalibrado
 Por Chaveta
 Prisão em Batentes
 Por Diferencial de Pressão

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Por Desmoronamento de Cascalhos
Quando ocorrem desmoronamentos maciços das paredes do poço, os
mesmos podem prender a coluna de perfuração. Pode acontecer na
prática prisão pro desmoronamento de areia, folhelho ou calcário.

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Desmoronamento de Areia
O desmoronamento de areia durante a perfuração ocorre geralmente
devido a perda de circulação no fundo do poço. Quando isto acontece o
anular fica completamente bloqueado e a coluna presa. Este tipo de
prisão é caracterizado pela perda de circulação que o antecede, ou por se
deixar o poço sem circulação, durante conexão ou manobra.

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Desmoronamento de Areia
Solução a adotar: bombear água a máxima vazão possível, operando
simultaneamente com “jar” e “bumper”. Se esta operação não surtir
efeito, bombear colchão de mud-acid (HCl 12% + HF 6%) para dissolver
parte da areia que está sobre a broca. Tracionar à máxima tração
permissível a coluna durante bombeio do tampão.

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Desmoronamento de Areia

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Desmoronamento de Folhelho
Quando da prisão por desmoronamento de folhelho, podemos bombear
tampão (HCl 12% + HF 6%). No caso de formações argilosas, o ataque de
mud acid é bastante eficaz.

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Desmoronamento de Folhelho

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Desmoronamento de Calcáreo
Quando perfuramos formações onde há intercalações de calcário com
areia é comum ocorrer esta situação. A prisão se dá pela queda de placas
de calcário que ficam acunhadas entre a coluna e a parede do poço.
Nesta situação podemos deslocar um colchão de HCl 15%, pois a reação
do HCl com CaCO3 é rápida, tornando a operação eficaz.

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Desmoronamento de Calcáreo

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Por Queda de Bloco de Cimento
Quando blocos de cimento caem no poço aberto, eles podem atuar como
uma cunha na coluna de perfuração. Isto pode acontecer quando o
cimento se torna instável em volta da sapata do revestimento, ou em
tampões de cimento a poço aberto.

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Por Queda de Bloco de Cimento

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Devido a Poço Subcalibrado
Este tipo de prisão ocorre quando o diâmetro do poço, em algum ponto,
está menor do que o diâmetro da broca usada. Este tipo de prisão pode
ser causado por situações diferentes.

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Devido a Poço Subcalibrado - Fechamento
O poço pode vir a fechar devido a colapso de formações plásticas tais
como: folhelhos ou, domos salinos. Outras causas de fechamento do poço
podem ser: existência de folhelhos geopressurizados, aderência entre
cascalhos e as paredes do poço (formações plásticas), inchamento de
folhelhos hidratáveis, reboco espesso.

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Devido a Poço Subcalibrado - Fechamento
Os sintomas observados neste tipo de prisão são ausência de circulação e
rotação da coluna e aumento da pressão de bombeio. Este tipo de prisão
ocorre geralmente durante retirada ou descida da coluna.
Para liberar a coluna neste tipo de prisão, podemos deslocar tampões
lubrificantes, tampões cáusticos (água + soda cáustica) ou mud acid.

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Devido a Poço Subcalibrado - Fechamento

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Devido a Poço Subcalibrado – Fechamento de Halita

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Devido a Poço Subcalibrado – Acunhamento da Broca
Ocorre quando na perfuração dos últimos metros ocorre um desgaste no
calibre da broca. Ao descer a nova broca, a mesma pode ser engavetada
ou acunhada. Esta situação ocorre próxima ao fundo do poço e neste tipo
de prisão a coluna fica estática e sem circulação de fluido.
Os procedimentos adotados para liberar a coluna, vão depender da
litologia na qual ela se encontra presa. No caso de formações argilosas
podemos adotar as práticas anteriores, se for em formação onde
predomine areia, podemos utilizar mud-acid ou tampão lubrificante, no
caso de calcário usar HCl ou tampão lubrificante.
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Devido a Poço Subcalibrado – Acunhamento da Broca

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Prisão por Chaveta
Quando um poço sofre durante sua perfuração um desvio muito
acentuado, nós temos a formação de um “dog-leg”. O tubo de perfuração
começa atritar neste ponto do poço criando um canal que possui o
diâmetro do tubo. Ao se tentar retirar a coluna, os comandos de
perfuração devido ao seu maior diâmetro, não conseguem passar no
canal feito pelo tubo de perfuração ficando a coluna presa.

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Prisão por Chaveta

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Prisão por Chaveta
Para solucionar estes problemas, trabalha-se a coluna para baixo, e
utiliza-se tampão lubrificante. Pode-se usar tampões ácidos (HCl 15%)
para o caso em que a chaveta ocorra em formações calcárias, ou mud
acid (HCl 12% + HF 6%) quando a mesma estiver em formações
areníticas e/ou argilosas. Neste caso ocorre a destruição química da
chaveta.

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Prisão por Batente
Batentes ou micros dog-legs, são formados, quando se perfuras
intercalações de rochas duras e moles. As formações plásticas podem
sofrer alargamento enquanto as formações duras, se mantém calibradas
no diâmetro do poço. Esta situação pode ser agravada pela inclinação
das camadas e por frequentes mudanças no ângulo ou na direção do
poço. As lâminas do estabilizador pode ficar presas sob estes batentes,
durante manobras ou conexões.

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Prisão por Batente

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Por Diferencial de Pressão
É a prisão da ferramenta em frente a uma formação permeável
(arenito/calcarenito), quando se perfura com um diferencial de pressão
fluido/formação, muito alto. Neste caso os comandos ficam encostados à
parede do poço pressionados pelo excesso de pressão hidrostática do
fluido. Geralmente um único comando encostado em frente a formação
permeável é suficiente para prender a coluna, impedindo a sua liberação
somente com tração.
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Por Diferencial de Pressão
Exemplo: Para um diferencial de pressão de 500 psi, com apenas um
comando encostado (9 m de comprimento), sendo a largura da faixa
encostada apenas 3 polegadas, a área encostada será igual a 1062 m2.
Assim sendo, a força exercida pela hidrostática na área de contato será
de 537.496 libras, muito superior a resistência à tração do tubo. Durante
este tipo de prisão a coluna permanece imóvel, e a vazão é inalterada.

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Por Diferencial de Pressão - Mecanismo
Enquanto se perfura, os comandos estão em movimento e sua área de
contato com o reboco é lubrificada por uma fina camada de fluido.
Quando o movimento da coluna é interrompido, os comandos encostam
na parede do poço, formando uma área de isolamento. O diferencial de
pressão fluido-formação, continua inalterado, forçando os comandos
contra o reboco.
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Por Diferencial de Pressão - Mecanismo
O reboco na área isolada é compactado e comprimido, tornando-se
menos espesso e consequentemente aumentando a área de contato
comando-reboco.

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Por Diferencial de Pressão - Mecanismo

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Por Diferencial de Pressão – Medidas Preventivas
 Movimentar a Coluna, evitando que a mesma permaneça parada em frente
á formações permeáveis.
 Usar comandos espiralados para reduzir área de contato entre comandos e
reboco.
 Usar estabilizadores.
 Reduzir o teor de sólidos do fluido.
 Reduzir o filtrado e a espessura do reboco.
 Reduzir o peso específico do fluido dentro dos limites de segurança.
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Há várias técnicas para liberação de coluna presa por diferencial de pressão, e
para cada situação haverá a melhor técnica a ser aplicada. A prática tem
demonstrado que no caso de uma prisão deste tipo, deve-se tentar liberar a
coluna o mais rapidamente possível, pois o tempo pode levar a uma evolução
da prisão, sob outros mecanismos, o que dificulta sobremaneira a sua liberação.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Redução do Diferencial de Pressão
Em alguns casos a simples redução do peso específico do fluido, ou a redução
da pressão hidrostática, através do deslocamento de um fluido menos denso no
anular, é suficiente para liberar a coluna.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampão de Tensoativo não Adensado
Esta técnica consiste em se colocar um tampão composto de uma base orgânica
mais um tensoativo, cobrindo os comandos, e deixando parte no interior da
coluna. Este volume que fica dentro da coluna é deslocado para o anular em
períodos de tempo pré-determinados para compensar a migração.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampão de Tensoativo não Adensado
A função do tensoativo é destruir o reboco permitindo a molhabilidade
preferencial do aço pela base orgânica, uma vez que ele atua na interface
água-base orgânica reduzindo a tensão interfacial e facilitando a penetração
da base orgânica entre o comando e o reboco.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampão de Tensoativo não Adensado
Este tampão deve ser preparado com a concentração de 4 a 6% de
volume de tensoativo não adensado para o volume da base orgânica.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampão de Tensoativo Adensado
Quando utilizamos fluidos de perfuração adensados, é necessário
prepararmos um tampão com o peso específico similar ao peso
específico do fluido, com o objetivo de evitar migração de fluido no
tampão.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampão de Tensoativo Adensado
Composições Recomendadas
PESO ESPECÍFICO N-PARAFINA TENSOATIVO ÁGUA INDUSTRIAL BARITINA
(lb/gal) (bbl) (tb/200l) (bbl) (sc / 50 Kg)
10,0 58 6 26 140
11,0 58 6 26 155
12,0 54 6 22 250
13,0 54 6 22 270
14,0 49 6 21 350
15,0 49 6 21 375
16,0 51 6 11 465
17,0 51 6 11 495
18,0 44 6 10 570 niltonr57@gmail.com
Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampões de Água
Este tampão é aplicado para os casos de prisão por embuchamento com
sólidos perfurados ou desmoronados. Este tampão é bombeado direto
usando a bomba de fluido de perfuração, à máxima vazão possível.
Recomenda-se bombear um tampão viscoso a seguir, para carrear os
sólidos que o tampão de água vai lavar.
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampões de Ácido
Aplica-se para os casos de prisão por chaveta, diferencial de pressão e
acunhamento, obedecendo o seguinte critério:
 Formações calcárias e calcareníticas – utilizar o HCl 15%.
 Formações arenosas, areníticas e/ou argilosas – utilizar Mud Acid Regular.
 Formações arenosas, areníticas e/ou argilosas – caso de não ter êxito com o
Mud Acid Regular – utilizar o Super Mud Acid.
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Tampões de Ácido
Composições Recomendadas:

PRODUTOS MUD ACID SUPER MUD ACID


ÁCIDO CLORÍDRICO (15%) (HCl – 12% + 3%) (HCl – 15% + 6%)

Água Industrial 582 gal / 1000 gal 582 gal / 1000 gal 350 gal / 1000 gal

Ácido Clorídrico 33% 418 gal / 1000 gal 418 gal / 1000 gal 650 gal / 1000 gal

Inibidor de Corrosão Consultar Fabricante Consultar Fabricante vide tabela abaixo

Bifluoreto de Amônio - 400 gal / 1000 gal 868,5 lb / 1000 gal niltonr57@gmail.com
Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampões de Ácido
Em alguns casos pode-se adensar o tampão de ácido, adensando a água de
preparo com algum sal. Pode-se usar ácidos orgânicos para a confecção de
tampões para liberação de coluna presa.
A reação do ácido poderá gerar o H2S, em contato com o sulfeto de ferro
(produto residual da corrosão dos tubos no poço), portanto a sala da peneira
e trip tanque deverão estar equipada com alarme de H2S e o pessoal que fará
o acompanhamento do ácido retornado deverá portar máscara de fuga
autônoma para H2S.
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Tampões de Ácido
Ao circular fora o tampão de ácido, alertar para a chegada do gás (CO2) na
superfície originada da reação do ácido com o calcário da formação. Avisar o
pessoal que não é kick, alertando para ocorrência de bolhas que pode
aspergir ácido no pessoal que estiver próximo a peneira e trip tanque.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U”
À técnica do tubo em “U” consiste no deslocamento de uma parte do fluido
do poço por um fluido mais leve, com o conseqüente retorno espontâneo de
uma parte deste fluido menos denso, em circulação reversa, para uma
posição de equilíbrio no tubo em “U”. Este fluido menos denso pode ser água,
óleo diesel, gás nitrogênio, álcool, etc... O deslocamento pode ser feito pelo
tubo ou pelo anular.
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U”

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U”
Precisamos inicialmente definir o peso equivalente reduzido desejado, e a
profundidade que queremos aplicá-lo.
É importante atentarmos para a presença de zonas produtoras expostas, bem
como suas pressões. Podemos deixar cerca de 30 psi sobre a formação
produtora a depender de sua distância acima da zona de prisão.
Antes de realizar o tubo em “U”, calculamos o volume de fluido leve a injetar,
o volume total de refluxo espontâneo e a pressão máxima de
desbalanceamento.
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” - Exemplo
Em um poço vertical a ferramenta prendeu, por diferencial de pressão a 3000
metros de profundidade. O último revestimento descido foi de 9 5/8” 47 lb/ft.
A coluna de perfuração é de 5”, 19,5 lb/ft. O peso do fluido é de 9,6 lb/gal.
Projetou-se a aplicação de tubo em “U” para reduzir o peso equivalente do
fluido na broca para 8,4 lb/gal.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” - Exemplo
Dados:
Peso específico do fluido (ρF) = 9,6 lb/gal
Capacidade do anular (Ca) = 0,16039 bbl/m
Capacidade do DP (DP) = 0,06805 bbl/m
Peso específico da n-parafina (ρP) = 6,7 lb/gal
Peso específico equivalente (ρe) = 8,4 lb/gal.
Determinação da Redução na Pressão Hidrostática (PH).
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” - Exemplo
Para obtermos ρe = 8,4 lb/gal a 3000 m, precisamos reduzir a pressão
hidrostática em:
PH = (ρf – ρe) x Profundidade (m) x 0,17
PH = (9,6 – 8,4) x 3000 x 0,17
PH = 612 psi.
Pressão final desejada no anular (PF).
PH = 8,4 x 3000 x 0,17
PF = 4284 psi
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” – Exemplo

Altura da coluna de ar após o refluxo (Hr).

614
Hr = 9,6 x 0,17 Hr = 375m

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” – Exemplo

Volume a bombear (Vb).


Vb = ρf x Hr x (Ca / ρf + Cdp/ρf – ρP)

Vb = 9,6 x 375 x 0,16039 0,05805


+ 9,6 2,9

Vb = 3600 x (0,0167072 + 0,0223069)


Vb = 140 bbl de n-Parafina
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” – Exemplo
Volume á Retornar (Vr).
Vr = Hr x Ca
Vr = 375 x 0,16039
Vr = 60 bbl de n-Parafina

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” – Assentamento do Paker

Pode-se assentar um packer para produzir o mesmo princípio do tubo em “U”,


que é a redução da hidrostática frente a zona onde ocorreu a prisão. Assim
que o packer é assentado há uma imediata redução da pressão hidrostática,
com conseqüente inversão no diferencial de pressão e liberação da
ferramenta.
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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” – Assentamento do Paker

O assentamento do packer se constitui em uma operação mais onerosa e mais


demorada do que o tubo em “U”. Ao ser assentado o packer libera a pressão
imediatamente enquanto o tubo em “U” libera gradualmente ao mesmo
tempo em que permite que se trabalhe com jar e bumper.
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Técnica do Tubo em “U” – Utilização de Técnicas Combinadas
Acrescentar ao tubo em “U” um tampão lubrificante, de tal modo, que ao
término do refluxo este tampão fique em frente à zona de prisão, é possível, e
aumenta a eficácia do tubo em “U”.

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Por Diferencial de Pressão – Técnicas para Liberação
Técnica do Tubo em “U” – Utilização de Técnicas Combinadas

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Durante a perfuração de um poço, o transporte dos cascalhos cortados pela
broca até a superfície, é fundamental para o sucesso das operações. Se estes
cascalhos não são removidos do anular, eles se aglomeram no poço e
podem vir a causar empacotamento, principalmente em volta do BHA. Este
empacotamento que chamamos de obstrução do anular, pode vir a causar
vários problemas, como a prisão da coluna, e perda de circulação.
Este problema ocorre mais comumente em seções de poço calibradas, em
situações onde a velocidade no anular é reduzida. A figura ilustra uma
ocorrência de obstrução do anular em um poço inclinado.

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 Excessiva Taxa de Penetração Instantânea
 Aplicação de Hidráulica Inadequada
 Reologia do Fluido Insuficiente
 Poços Altamente Desviados
 Tempo de Circulação Insuficiente para Limpar Poço

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Excessiva Taxa de Penetração Instantânea
A aplicação de taxas de penetrações excessivas instantâneas, gera uma
concentração de cascalhos tal que não pode ser circulada mecanicamente,
do anular.

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Aplicação de Hidráulica Inadequada
Utilização de baixas vazões durante o processo de perfuração pode propiciar
um acumulo, localizado, de cascalhos no espaço anular, inferindo em uma
obstrução.

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Reologia do Fluido Insuficiente
Sabe-se que a reologia do fluido é responsável pelo eficiente transporte de
cascalhos á superfície, bem como de sua suspensão quando da supressão da
circulação.

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Poços Altamente Desviados
Poços com elevadas inclinações são mais difíceis de serem limpos, uma vez
que os sólidos perfurados têm a tendência a se depositarem na parte
inferior do poço, produzindo camadas. Uma vez que essas camadas se
formam, elas não são facilmente removidas.

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Tempo de Circulação Insuficiente para Limpar Poço
Cada vez que vai-se retirar a coluna do poço após perfurar, é necessário
circular o tempo suficiente para que todo os cascalhos cortados, cheguem a
superfície. É necessário usar um bom simulador, reproduzindo as condições
do anular do fundo do poço de forma a definir o tempo ideal de circulação.
Quando a circulação não é suficiente os cascalhos podem decantar em volta
do BHA e empacotá-lo, prendendo a coluna.

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Durante a perfuração pode-se monitorar a obstrução do anular através da
observação dos seguintes aspectos:
 Ocorrência de Drags e Torque Elevados
 Aumento da Pressão de Bombeio
 Pouco Cascalho Retornando em Relação ao Cortado
 Flutuação da Coluna

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Ocorrência de Drags e Torque Elevados
Durante as manobras para retirada da coluna e também quando das
conexões, deve-se monitorar o drag e qualquer valor excessivo pode indicar
um início de obstrução do anular. Da mesma forma o torque excessivo na
coluna, durante repassamentos podem estar apontando para o mesmo
problema.

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Aumento da Pressão de Bombeio
Obstrução no anular durante a perfuração, geralmente vai causar uma
elevação na pressão de bombeio, mas nem toda elevação é sempre
consequência de obstrução do anular. Por isso este sintoma deve ser visto
com cuidado, antes de se definir que está ocorrendo uma obstrução de
anular.

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Pouco Cascalho Retornando em Relação ao Cortado
Durante a perfuração o retorno de cascalhos precisa ser monitorado todo o
tempo, para se ter certeza de que o poço está sendo adequadamente limpo.
Na maioria das vezes um acompanhamento visual é suficiente para se
concluir por uma boa limpeza ou não do poço. Em projetos mais especificos
principalmente nos poço ERW (Poços de Longo Afastamento), é
recomendável monitorar a massa de cascalhos retornados, através de um
medidor mássico conhecido como Cuttings Flowmeter.

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Pouco Cascalho Retornando em Relação ao Cortado
Este medidor vai registrando a massa de cascalhos recuperados nas
peneiras, e confrontando este valor, com a taxa de penetração, a densidade
dos cascalhos, o diâmetro do poço, podemos observar se o poço está sendo
adequadamente limpo e até mesmo se está desmoronando.

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Flutuação da Coluna
Este sintoma também é importante para ajudar a fechar o diagnóstico da
obstrução do anular.

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Prevenir a obstrução do anular, é sempre a melhor opção do que tentar
remediar uma obstrução que já tenha acontecido. Alguns cuidados podem
ser tomados para se evitar que o anular seja obstruído.

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Evitar Altas Taxas de Perfuração Instantânea
A aplicação de elevadas taxas de perfuração instantâneas, favorece a
concentração de cascalhos no anular, dificultando assim seu transporte e
consequentemente criando um potencial muito grande de obstrução do
anular. Ao se perfurar formações que permitem taxas elevadas, precisa-se
ter o cuidado de evitar que este problema ocorra.

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Garantir a Limpeza Adequada do Poço
O monitoramento da limpeza do poço com a aplicação de um simulador
confiável, é necessária durante toda a perfuração. O monitoramento da
quantidade de cascalhos retornada, é essencial para se observar se a mesma
é compatível com a taxa de penetração aplicada. Em casos de dúvidas
quanto a limpeza do poço, deve-se deslocar tampão de lavagem, seguido de
tampão viscoso e observar seus retornos às peneiras. Caso haja acréscimo
acentuado de cascalhos quando do retorno dos tampões, deve-se
redesenhar os parâmetros hidráulicos aplicados para que o poço
possa ser limpo adequadamente.
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Monitorar a Elevação da Pressão
Utilizar o Mud logging para dar alarme quando a pressão de bombeio
aumente, e acompanhar conjuntamente a pressão do anular, através do
PWD. Caso se perceba que o aumento gradual de pressão é devido a
acúmulo de cascalhos no anular, interromper a perfuração e circular para
limpeza do poço, utilizando tampões, conforme descrito no item anterior.

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Utilizar Booster Line
Quando da perfuração em cenários de águas profundas e ultra-profundas a
utilização de booster line, é fundamental para garantir a limpeza do riser.
Deve-se utilizar a booster line durante a perfuração e também durante as
circulações. Por causa de seu diâmetro, o transporte dos cascalhos no riser
se constitui em um ponto crítico nas perfurações nestes cenários.

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Caso ocorra obstrução total do anular, aplicar as seguintes técnicas:
 Desligar as bombas de imediato e não pressurizar o poço com
pressão elevada na tentativa de restabelecer a circulação, pois isto
agravaria o problema, empacotando o ponto de obstrução e podendo
até prender a coluna ou fraturar a formação.
 Trabalhar a coluna para cima e para baixo, girando com alta rotação
e tentar restabelecer a circulação de forma lenta e gradual, não
ultrapassando a pressão equivalente ao teste de absorção para não
induzir a fratura da formação.
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Caso ocorra obstrução total do anular, aplicar as seguintes técnicas:
 Só tentar retirar a coluna após tentar por várias vezes restabelecer a
circulação.
 Caso tenha que fazê-lo, retirar uma seção com a coluna girando e
repetir as tentativas de restabelecer a circulação.
 Proceder desta forma, seção a seção, caso sejam infrutíferas as
tentativas.
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Caso ocorra obstrução total do anular, aplicar as seguintes técnicas:
 Quando for restabelecida a circulação aumentar gradativamente a
pressão para a pressão equivalente à vazão de trabalho, sempre
trabalhando a coluna para cima e para baixo.
 Observar o drag de manobra, não tentando retirar a coluna com drag
excessivo. Manter durante todo o tempo a máxima vazão pela
booster line.

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Hidratos são compostos sólidos, semelhantes a gelo, compostos de água
juntamente com uma ou mais substâncias com certas propriedades
químicas, que propiciam a sua formação.
Vários dos componentes do gás natural têm essas propriedades e podem
formar hidratos. Em condições favoráveis, o hidrato pode formar-se a
uma temperatura bem superior à do ponto de congelamento da água –
até a cerca de 30ºC. As condições favoráveis são:

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 Alta pressão
 Composição adequada do gás
 Ausência de inibidores
 Uma relação adequada água/gás

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PRESSÃO (psi) PRESSÃO (psi) TEMPERATURA (o C)
8,15 118,175 0
10,47
13,31
CURVA DE EQUILÍBRIO DE HIDRATO
151,815
192,995
2
4
16,88 244,76 6
21,4 310,3 8
27,21 394,545 10
34,79 6000 504,455 12
44,98 652,21 14
59,29 859,705 16
80,86
116,3
5000 1172,47
1686,35
18
20
172,53 2501,685 22
248,23 4000 3599,335 24
P (psi)
342,14 4961,03 26

3000
2000
1000
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
T (graus C)

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Este conjunto de condições favoráveis pode ocorrer na perfuração de um
poço em lâmina d’água profunda com fluido à base de água se, por
qualquer motivo, este fluido se contaminar com gás natural. Se o poço for
fechado para combater um influxo de gás que pode ser a fonte da
contaminação, as chances de formação de hidrato tornam-se maiores e
as conseqüências de sua formação piores. Neste caso, uma grande
quantidade de hidrato se formará na cabeça do poço, prendendo a
coluna e as peças móveis do preventor de erupções, deixando o poço
completamente bloqueado.
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Assim, em lâmina d’água profunda, deve-se evitar manter o poço fechado
por muito tempo com gás aprisionado próximo à cabeça de poço. Os
gases mais comuns que estão envolvidos na formação de hidratos são:
Gás Carbônico, Gás Sulfídrico, Nitrogênio, Metano, Etano, Propano e
Butano.

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Inibidores Termodinâmicos
Estes produtos quando em dissolução na fase aquosa do fluido, reduz a
temperatura de formação de hidratos em meio aquoso. Os produtos mais
comuns utilizados com este fim são Álcoois e alguns Sais. Os gráficos
13.2, 13.3 e 13.4 mostram as curvas de equilíbrio de formação de hidrato
em alguns sais.

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B R 16/11/95 HID95 11

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Inibidores Cinéticos
São substâncias que retardam o crescimento dos cristais de hidrato por
encapsulamento. A aplicação destes produtos ainda é restrita uma vez
que ainda é reduzido o conhecimento acerca da cinética de formação dos
hidratos. Alguns experimentos de laboratório com inibidores cinéticos
disponíveis no mercado, tem que eles atuam até uma pressão de 2000
psi. Para pressões superiores a este valor, não se tem constatação de
inibidores cinéticos eficientes.

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Inibidor Cinético

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O gráfico anterior tipifica um teste de formação de hidratos em um fluido
de perfuração, contendo baixa concentração de eletrólito e um inibidor
cinético de formação de hidratos. O resultado aponta para um retardo de
500 seg na formação do hidrato, mas a partir deste tempo o inibidor não
foi capaz de impedir sua formação.

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Outro recurso que se utiliza para prevenir a formação de hidratos durante
a perfuração, é a aplicação de um fluido de perfuração preparado a partir
de uma base orgânica que solubilize o gás. A solubilização do gás na base
orgânica, vai dificultar seu contato com água e mesmo a temperaturas
reduzidas e submetido a elevadas pressões hidrostáticas, não haverá
formação de hidratos.

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A afinidade preferencial do gás pela base orgânica vai dificultar seu
contato com a água emulsionada no Fluido de Perfuração. Também é
importante lembrar que os Fluidos de Perfuração de Bases Orgânicas,
possuem sua fase aquosa com elevada concentração de eletrólitos, o que
dificulta grandemente a formação de hidratos, mesmo que haja contato
do gás com a água.
Os Fluidos de Perfuração não Aquosos, são utilizados para perfurar em
ambientes propícios a formação de hidratos.

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A perda de Fluido de Perfuração para o poço é chamada de perda de
circulação, ou perda de retorno. Perda de circulação traz sérios
problemas para as operações de perfuração de um poço. Dentre eles
podemos citar elevação do custo do fluido, instabilidade das paredes
do poço, prisão da coluna, kicks e até mesmo blow-outs como
problemas que podem acontecer como decorrência de perdas de
circulação.

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No caso em que a perda ocorre no reservatório em que se vai produzir,
a capacidade produtora do poço, e portanto o investimento final do
projeto tende a ficar comprometido.
As perdas de circulação ocorrem em diferentes formações litológicas, e
podem ser naturais ou induzidas.

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 Areias Inconsolidadas e Alta Permeabilidade
 Cavernas ou Zonas Vugulares em Carbonatos (Calcita e Dolomita)
 Fraturas Naturais, Falhas e Zonas de Transição em Carbonatos e Folhelhos Duros
 Fraturas Induzidas por Excessiva Pressão

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A figura ilustra
tipos diferentes
de situações
suscetíveis a perdas
de circulação

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 Invasão
 Por Fraturamento Hidráulico

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Invasão
Em muitos casos a perda de circulação não pode ser prevenida em são
cavernosas, vugulares, fraturadas ou inconsolidadas. As formações
favoráveis à ocorrências de perdas de circulação por invasão são:

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Invasão
 Formações Inconsolidadas
 Formações Depletadas
 Zonas Cavernosas ou Vulgares
 Zonas normalmente Fraturadas ou Fissuradas

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Formações Inconsolidadas
As formações grosseiras e inconsolidadas, geralmente possuem
permeabilidade elevada, permitindo a invasão de fluidos durante sua
perfuração. Estas formações ocorrem geralmente mais
superficialmente, e também em cenários de águas profundas e ultra-
profundas.

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Formações Depletadas
A perfuração de poços em campos produtores, leva a atravessar zonas
depletadas. Por depleção entende-se a redução da pressão dos poros
da rocha, gerando uma pressão sub-normal, por extração do fluido
(óleo ou gás) que está sendo produzido. A aplicação de fluidos com
peso específico elevado, pode gerar perdas nestas formações
depletadas.
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Formações Depletadas

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Zonas Cavernosas ou Vugulares
Estas formações aparecem normalmente associadas a carbonatos com baixa
pressão. Nos carbonatos os “vugs” são criados pelo fluxo prévio de água que
dissolve parte da matriz da rocha, criando um espaço que posteriormente vai
ser preenchido por óleo. Quando se perfura estas rochas, tão logo a broca
atinge a região onde há o vão, é observada uma rápida perda de fluidos de
perfuração. A severidade da perda neste tipo de formação vai depender do
grau de conexão existente entre os “vugs” da formação.
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Zonas Normalmente Fraturadas ou Fissuradas
As fraturas e fissuras podem ocorrer naturalmente, e ao atravessá-las
podem ocorrer severas perdas de circulação. As falhas geológicas também
são pontos propensos a perdas de circulação. Ao se projetar a perfuração
de um poço, deve-se evitar atravessar falhas conhecidas, ou previstas nas
informações sísmicas.

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Perda Por Fraturamento Hidráulico
O fraturamento hidráulico com consequente perda de circulação
acontece, quando a pressão de fratura de alguma parte do poço, é
atingida ou superada. Uma vez que a fratura é criada ou aberta, é
difícil reparar a situação e a rocha não recupera mais suas
características de coesão originais. Nesta condição a perda de
circulação geralmente persiste mesmo após o peso específico do fluido
ser reduzido.

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Perda Por Fraturamento Hidráulico
O fraturamento hidráulico é causado por uma pressão excessiva no
fundo do poço. Esta pressão excessiva pode ser causada por vários
motivos tais como: dimensionamento inadequado do peso do fluido,
ECD (Pressão Equivalente de Circulação) superior ao gradiente de
fratura da formação, obstrução do anular, etc. Considerando que
remediar perdas de circulação é uma tarefa complexa, precisamos
trabalhar para evitá-las.
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Ao se projetar um poço e se desenhar os fluidos de perfuração para o
mesmo, já se toma medidas para evitar a perda de circulação. As
medidas mais comuns para evitar ou minimizar perdas de circulação são:

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 Controlar a Velocidade de Descida da Coluna
 Evitar Altas Taxas de Penetração Instantâneas
 Ligar e Desligar as Bombas Lentamente
 Manter ECD Inferior ao Gradiente de Fratura
 Controlar a Reologia do Fluido de Perfuração
 Perfurar com o menor Overbalance Possível
 Utilizar Materiais de Combate a Perda
 Utilização de Fluidos Viscoelástico
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Controlar a Velocidade de Descida da Coluna
Ao descer a coluna durante as manobras, não exceder a velocidade
crítica. O surge deve ser calculado em função dos parâmetros
utilizados, de modo a se garantir que a pressão de fratura não se será
atingida, evitando perdas de circulação.

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Evitar Elevadas Taxas de Penetração Instantâneas
A aglomeração de cascalhos no anular podem provocar a obstrução
do mesmo, e a conseqüente fratura da formação se a bomba não for
desligada a tempo.

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Ligar e Desligar as Bombas Lentamente
Acionamentos rápidos das bombas de lama podem produzir pressão
de surgência. Acionamento rápido das bombas pode criar uma
pressão que cause perda de circulação, principalmente ao se retomar
a circulação no fundo ao final de uma manobra. Parte da pressão de
surgência é conseqüência da pressão requerida para quebrar a
estrutura gel do fluido de perfuração.

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Ligar e Desligar as Bombas Lentamente
Girar a coluna ao iniciar o funcionamento das bombas, auxiliará na
quebra do gel, reduzindo a pressão de surgência. Outra opção é
manter os valores de géis do fluido, reduzidos. Em alguns casos onde é
impossível, recomenda-se realizar circulações intermediárias para que
ao chegar ao fundo, grande parte do gel já esteja quebrado.

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Manter ECD Inferior ao Gradiente de Fratura
Na etapa de planejamento do poço deve-se estimar um valor de ECD,
que seja inferior a menor pressão de fratura da Fase. Durante a
perfuração deve-se monitorar o mesmo através de um bom simulador
de modo a mantê-lo inferior a pressão de fratura, minimizando o risco
de perdas de circulação.

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Controlar a Reologia do Fluido de Perfuração
Os valores reológicos do fluido influenciam nas perdas de carga e
também na pressão de surgência. Os mesmos devem ser mantidos em
uma faixa que garantam o carreamento e a suspensão dos cascalhos,
e ao mesmo tempo impedir que haja perdas dinâmicas ao retomar a
perfuração.

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Perfurar com o Menor Overbalance Possível
O peso do fluido de perfuração deve ser mantido durante todo
processo, no valor mínimo necessário para manter a estabilidade do
poço, e atender as margens requeridas. Pesos de fluidos elevados
produzirão pressões elevadas no fundo do poço e consequentemente
maior propensão a perdas de circulação.

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Utilizar Materiais de Combate a Perda no Fluido
Em algumas situações constitui boa prática a utilização de materiais de
combate a perda no próprio fluido de perfuração ao iniciar as operações. O
conhecimento prévio das zonas potenciais de perda a serem atravessadas,
permite definir o tipo, a concentração e o tamanho dos materiais que serão
utilizados para se obter êxito no combate a perda. Precisa-se tomar cuidados
com a utilização destes materiais de modo a não se provocar o entupimento
dos jatos da broca, ou de algum componente da coluna de perfuração.
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Utilização de Fluidos Viscoelásticos
A aplicação de fluidos com propriedades viscoelásticas, tem sido um
instrumento eficaz na perfuração de alguns cenários de perda de
circulação, principalmente nos cenários de águas ultra-profundas.
Estes fluidos são desenhados reologicamente de forma a se escoar
facilmente quando submetidos ao fluxo, e se gelatinizarem sob baixas
taxas de cisalhamento, resistindo ao fluxo, e portanto dificultando a
perda de fluido nos poros das rochas.
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Quando ocorre perda de circulação em um poço de perfuração, é necessário
que se tenha a mão todas as informações possíveis, tais como: informações
geológicas, parâmetros de perfuração aplicados, condições de operação em
que ocorreu a perda e propriedades do fluido de perfuração em uso. De
posse do maior número de dados possível fica mais fácil definir a
profundidade da perda, o tipo de rocha em que se deu a mesma, e a razão
por que se deu. Uma vez que se entenda a perda, fica mais fácil estabelecer
um tratamento de combate a mesma.
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De acordo com a intensidade ou vazão da perda, nós as classificamos
como:

 Perda por Infiltração


 Perda Parcial
 Perda Total

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Perda por Infiltração
Perdas de circulação da ordem de 1 a 10 bbl/h, são classificadas como perda
por infiltração. Estas perdas geralmente podem ser debeladas, por redução
do ECD, redução do peso específico do fluido de perfuração, utilização de
selantes finos, ou alteração das propriedades reológicas do fluido.

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Perda Parcial
As perdas de circulação que atingem entre 10 e 500 bbl/h, são chamadas de
perda de circulação parcial. O combate a este tipo de perda vai depender
muito da sua natureza bem como da formação onde estiver localizada.

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A utilização da melhor técnica para combater a perda vai depender do
conhecimento que se tenha da mesma.
 Utilização de Materiais de Combate a Perda
 Squeeze com Tampões de Elevada Filtração
 Aplicação de Tampões de Cimento
 Tampões de Polímeros Reticulados
 Perfuração sem Retorno
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Utilização de Materiais de Combate a Perda
Os materiais que são utilizados no combate a perda de circulação, variam
em seu tipo e em sua granulometria. A escolha dos mesmos vai depender do
tipo de perda que se quer combater. Os tipos principais de materiais de
combate a perda de circulação são: laminares, granulares e fibrosos. O
gráfico 14.2 mostra o efeito do tipo e da concentração de diferentes
materiais na ação de combate a perdas de circulação.
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Utilização de Materiais de Combate a Perda
Os materiais que são utilizados no combate a perda de circulação, variam
em seu tipo e em sua granulometria. A escolha dos mesmos vai depender do
tipo de perda que se quer combater. Os tipos principais de materiais de
combate a perda de circulação são: laminares, granulares e fibrosos. O
gráfico 14.2 mostra o efeito do tipo e da concentração de diferentes
materiais na ação de combate a perdas de circulação.
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Squeeze com Tampões de Elevada Filtração
Quase todo tipo de fluido de perfuração pode ser utilizado para preparar
tampões de combate a perda de circulação. Entretanto os que possuem
maiores valores de filtrados são mais eficazes, pois ao se depositarem no
local da perda, a água do filtrado penetra na formação enquanto os sólidos
se depositam na parede do poço, formando uma ponte que acaba por selar e
debelar a perda. Em alguns casos recomenda-se fechar o BOP e injetar o
fluido na formação.
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Squeeze com Tampões de Elevada Filtração

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Aplicação de Tampões de Cimento
Em caso de perdas severas muitas vezes a aplicação de tampões de cimento
se constitui em uma solução técnica interessante para debelar perdas de
circulação. A idéia é posicionar o tampão de perda em frente a formação
onde há a perda, impedindo assim o fluxo de fluido para a formação.

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Aplicação de Tampões de Cimento
Uma vez que a perda é sanada, é descida coluna com broca e cortado o
tampão para perfurar avante. As limitações da aplicação do cimento, dizem
respeito a sua densidade que é elevada, favorecendo a perda para a
formação por elevação da hidrostática, e também por ser um contaminante
potencial para alguns fluidos de perfuração.

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Tampões de Polímeros Reticulados
São aplicados no combate a perda tampões de géis reticulados esses
tampões são preparados na superfície e bombeados para o fundo do poço
onde em contato com a temperatura reticulam e ficam na forma esponjosa,
ductil, de goma elástica. Estes tampões são efetivos para combate a perdas
em fraturas e em formações vugulares.

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Perfuração sem Retorno
Em alguns casos decide-se perfurar sem retorno de fluido à superfície. Neste
caso bombeia-se água do mar enquanto perfura, deslocando periodicamente
tampões viscosos para garantir limpeza do poço. Esta operação é
extremamente delicada, e deve ser realizada com bastante cuidado e
somente em situações extremas.

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BIBLIOGRAFIA:

1. STEFAN, Petru - Manual de Fluidos de Perfuração: Salvador, 1982.

2. GONÇALVES, Clemente J.C.; FERREIRA, Francisco Henriques - Básico de Mecânica das Rochas – Simulador SEST

3. GARCIA, José Eduardo de Lima; DE PAULA, José Luiz; FERNANDES, Paulo Dore; MARTINS, José Alcides Santoro; RODRIGUES,
Valdo Ferreira; FERREIRA, Francisco Henriques - Fraturamento Hidráulico: 1997 versão 2.

4. SCHLUMBERGER - Rock Mechanics for Fracturing – 1999.

5. MACHADO, José Carlos; SOMBRA, Cristiano L.; JOCHIMEK, Miriam R. - Argilo–Minerais e as Formações Argilosas.

6. DA COSTA, Álvaro Maia; JUNIOR, Edgard Poiate; FALCÃO, José Luiz; CARDOSO, Carlos de Oliveira - Previsão Numérica do
Comportamento do Poço 1-RJS-602 Durante a Travessia da Zona de Sal e Dimensionamento do Fluido de Perfuração: Rio de Janeiro,
2003.

7. DEPER - Manual de Fluidos de Perfuração.

8. MARTINS, André Leibsohn; LEAL, Rafael Amorim Ferreira; RODRIGUES, Luiz Fernando; LOURENÇO, Fábio Gustavo Fernandes; DE
SOUZA, Cleyson do Nascimento - Transporte de Partículas de Aço Gerados pela Abertura de Janela em Poços Multilaterais – 2000.
BIBLIOGRAFIA:

9. DA SILVA, Michele Sabbá; DE FREITA, Alexandre Mussumeci Valim - Formação de Hidratos em Fluidos de Perfuração: Rio de
Janeiro, 2002.

10. PANTOJA, Sérgio R.S. - Problemas de Poço – 1983.

11. SANTOS, Otto Luiz Alcântara - Manual de Treinamento em Controle de Poço.

12. MACHADO, José Carlos Vieira - Fundamentos de Química Coloidal – 1994

13. A HALLIBURTON COMPANY – MWD/LWD Sevices Profile.

14. Manual de Fluidos Baroi & Hojas com Datos de Productos Baroid – CD

15. Drilling Fluids Enginnering Manual MI – CD

16. MARTINS, André Leibsohn - Otimização da Perfuração de Poços de Trajetória Complexa – 2000.

17. SAMPAIO Jr., Jorge Hygino Braga - Aplicativo para Estimativa de Surge e Swab para Cenários UDW/Formações Frágeis: Rio de
Janeiro, 2002.
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18. MARTINS, A.L.; ARAGÃO A.F.L.; MOURA E.M.; LEAL R.A.F.; SANSONI JR U.; BOVE A. Optimizing Synthetic Oil Based Fluids for
Milling Operations in Deepwater Well.

19. ROCHA, Luis Alberto S. e NAVAES, Marcos de L.- Pressões das Formações – CAPER 90.

20. McCLURE, Leo V.- Drill Abnormal Pressure Safely

21. SANTOS, Hélio Maurício R. - Estimativa dos Gradientes de Colapso e Fratura.

22. MOURA, Eliabe M. e SANTOS, José Luiz dos - Pressões das Formações – 1989.

23. SATO, Ademar Takashi - Teste de Abosorção.

24. dos SANTOS, Gildeon Luiz; Perfuração de Poços de Petróleo em Áreas Contendo Gás Sulfídrico – Revisada em Março/96.

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