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COMPRESSIBILIDADE, ADENSAMENTO E

RECALQUES NO SOLO
Teoria

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Como podemos definir
● Compressibilidade
● Adensamento
● Poropressão

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Definições:
● Compressibilidade
● É a diminuição do volume sob a ação de cargas aplicadas.
● É uma característica que todos os materiais possuem de se
deformarem quando submetidos a forças externas.
● Relação que não depende do tempo entre variação de volume
(deformação) e tensão efetiva.

Compressão (ou expansão): é o processo pelo qual uma massa de


solo, sob a ação de cargas, tem variação no volume (“deforma”) sem
perder a sua forma.

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Definições:
● No solo podem ocorrer deformações
● de volume (compressão)
● de forma (distorção)

● COMPRESSÃO:
● processo pelo qual uma massa de solo, sob a ação de cargas, varia de
volume mantendo sua forma constante.
● DISTORÇÃO:
● processo pelo qual uma massa de solo, sob a ação de cargas, o solo muda de
forma mantendo seu volume constante.

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Definições:
● Adensamento
● Todos os materiais sofrem deformações quando estão sujeitos a
esforços.
● A deformação na maioria dos solos (mesmo sob pequenas cargas) é
bem maior que a dos materiais estruturais (aço, concreto), podendo
ser produzida imediatamente ou ao longo do tempo.
● Adensamento: processo que depende do tempo de variação de
volume (deformação) do solo devido à drenagem de água dos poros.

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Definições:
● Adensamento
● O ensaio de adensamento é particularmente importante para argilas e solos
problemáticos

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Definições:
● Processo de adensamento
● Variação de volume das partículas sólidas é desprezível.
● A variação de volume do solo é resultante da variação de
volume dos vazios.

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Principais causas do adensamento do solo
● As edificações que estão presentes nos centros urbanos e no campo
representam a principal causa para o solo perder a força em termos de água
ao ponto de diminuir de tamanho.
● Devido ao aumento do lixo no mundo, as sociedades precisam reservar
espaços nos quais se encontram os aterros sanitários. Com o excesso de
resíduos o solo perde a capacidade de absorver a água e diminui o volume.
● Com o aumento de espécies que precisam de água subterrânea para
sobreviver, como os carvalhos ou outras classes de árvores que possuem a
particularidade de gerar a celulose. Ao levar em consideração os abusos na
água subterrânea o solo pode ficar prejudicado ao ponto de acontecer o
adensamento.

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Principais causas do adensamento do solo
● Locais que não têm chuvas constantes precisam drenar água do solo
para desviar para a agricultura, prejudicando e acelerando o
adensamento do solo.
● Níveis de umidade também trazem diferença no sentido da terra
aumentar ou diminuir de tamanho.
● Os níveis de minerais influenciam de maneira positiva ou negativa
conforme a intensidade. Não se pode ignorar o fato de que o excesso
pode ser prejudicial de maneira direta, não apenas de adensar, mas
também de transformar o solo em um grande deserto.

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Processo de adensamento
● Portanto...
● a compressibilidade dos solos só é possível devido a
grande porcentagem de vazios em seu interior.
● Índice de Vazios:
e = Vv/Vs

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Processo de adensamento
● A diminuição do índice de vazios e a quebra de
estruturas sólidas, em função da aplicação de cargas,
geram redução de volume e assim uma estrutura mais
densa.

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Poropressão - u
● Pressão da formação ou pressão de poros, é a pressão que o fluido exerce no
interior dos poros dos elementos porosos como os solos e as rochas.;
● A água nos poros de um solo saturado possui uma pressão conhecida como
pressão de poro ou pressão neutra - u.

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Modelo mecânico de Terzaghi

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Modelo mecânico de Terzaghi

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Modelo mecânico de Terzaghi

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Modelo mecânico de Terzaghi
● Nos solos, o fenômeno comporta-se de modo similar:
● o recalque total depende
– da rigidez da estrutura do solo,
– da espessura da camada e
– do incremento de carga vertical;
● o tempo de dissipação
– da pressão neutra depende da permeabilidade do solo e
– das condições de drenagem que há nos contornos da camada

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Modelo mecânico de Terzaghi
● Obs.:
● Os solos continuam apresentando alguma variação de
volume, mesmo após o final do que se denomina
adensamento primário (e que corresponde à analogia de
Terzaghi).
● Há saída de água mesmo com poropressão praticamente
nula.

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Teoria de adensamento de Terzaghi
● Considerações
● solo homogêneo e saturado;
● partículas sólidas e a água contida nos vazios do solo são incompressíveis;
● compressão (deformação) e drenagem unidimensionais (vertical);
● propriedades do solo permanecem constante;
● lei de Darcy é verdadeira;
● há linearidade entre a variação do índice de vazios e as tensões aplicadas.
● adensamento é o fenômeno pelo qual os recalques ocorrem com expulsão da
água dos vazios.
● para projetar uma construção, deve-se prever os recalques a que esta
estará sujeita para definir o tipo de fundação e até mesmo o sistema
estrutural a ser adotado.

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Teoria de adensamento de Terzaghi
● Para estimar a ordem de grandeza dos recalques por adensamento,
deve-se:
– realizar o reconhecimento do subsolo (espessura, posição e natureza das
camadas, localização dos níveis d’água);
– conhecer a distribuição de tensões produzidas;
– determinar propriedades e características de adensamento dos tipos de solos
existentes no local ENSAIO DE ADENSAMENTO.
Ensaio de Adensamento Unidimensional ou ensaio de compressão
edométrico;
– NBR-12007 ou MB-3336;

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Ensaio de Adensamento Unidimensional
● Consiste na compressão do solo contido dentro de um molde que
impede qualquer deformação lateral.
– simula o comportamento do solo quando ele é comprimido pela ação do
peso de novas camadas de solo, construção de aterros ou outras cargas
externas.
● No ensaio deve-se utilizar amostra indeformada ou compactada,
conservando os seguintes parâmetros:
– o índice de vazios;
– a umidade;
– a estrutura do solo.

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Ensaio de Adensamento Unidimensional

111
Ensaio de Adensamento Unidimensional
● O processo de adensamento consiste em:
– aplicação da carga com consequente expulsão da água dos poros
através das pedras porosas;
– medida das deformações geradas através de um extensômetro e da
variação da altura ao longo do tempo;
– aplicação de um novo acréscimo de carga (geralmente, o dobro da
carga anterior), realização de novas leituras ao longo do tempo e assim
por diante.

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Curva de Compressão

● Como resultado do ensaio tem –se pares de


valores de carga aplicada versus índice de
vazios correspondente à deformação final de
cada estagio.

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Curva de Compressão
● Quando o corpo de prova é carregado podem ocorrem três
processos:
– (re)compressão inicial: • pequena deformação inicial que tem caráter
elástico
– adensamento primário: • variação de volume mais pronunciada causada
por deformações elástica e plásticas;
– adensamento secundário: • para valores elevados no adensamento
primário observa-se a ocorrência de uma deformação residual lenta com
expulsão de água dos vazios com gradientes bem mais baixos.

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Curva de Adensamento
● Representa a consolidação do solo com o passar do tempo.
● É obtida para cada estágio de carregamento do ensaio de adensamento.
● O formato pode ser ajustado pela Teoria de Adensamento de Terzaghi.
● À partir da curva de adensamento se obtêm o coeficiente de adensamento,
a partir do qual pode-se calcular a velocidade com que os recalques
ocorrem .
● Não confundir curva de compressão com curva de adensamento
– curva de compressão:
● magnitude dos recalques
– curva de adensamento:
● velocidade dos recalques

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Curva de Adensamento ● Observa-se que o início da curva de
adensamento obtida em laboratório
não coincide exatamente com a curva
teórica;
–deve-se fazer um ajuste da curva de
laboratório para obter o 0% de recalque
por adensamento primário;
● Da mesma forma, é necessário
determinar quando ocorre o 100% do
adensamento primário, sendo que
deste ponto em diante tem-se o
adensamento secundário; Os métodos
normalmente utilizados para realizar
esta correção são propostos por:
● Casagrande
● Taylor 116
● Exercícios teóricos- Entrega próxima aula.

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COMPRESSIBILIDADE, ADENSAMENTO E RECALQUES NO SOLO

Prática

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Compressibilidade
Redução de volume de um solo
Causas da compressão:
● - Compressão das partículas sólidas e da água existente nos vazios do solo
● - Deslocamento das partículas de solo
● - Compressão dos espaços vazios com a consequente expulsão de água
(ADENSAMENTO)

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RECALQUES
Requisitos básicos para a análise da estabilidade de um solo de fundação:
● Não deverá haver ruptura do solo;
● - Os recalques devem ser compatíveis com os que a estrutura suporta.

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Recalques
● Recalque (wf): deslocamentos verticais sofridos pelas fundações das estruturas

126
Ensaios de laboratório - Recalques

127
Causas frequentes de recalques de edifícios:
- Normais:
● compressão do solo e fundação por ação das carga
saplic < sult
w previsíveis e calculáveis
- Indeterminados
● escoamento do solo (saplic > sult)
● w previsíveis e indeterminados
● w indefinidamente - saplic
● erro ou desconhecimento das cargas e sult

128
Causas frequentes de recalques de edifícios:
- Deteriorização das fundações
● apodrecimento das fundações
● w previsíveis e evitados por medidas de proteção das
fundações
- Imprevisíveis
● construções, vizinhos, rebaixamento do NA, terremoto, etc

129
Tipos de recalques:
- Imediato (wi): imediatamente após o carregamento
- No tempo (wt): ao longo do tempo

130
Recalques imediato (wi)
● Distorção elástica do solo.

retirada de Q retorno da estrutura original (Teoria da Elasticidade)

131
Recalque no tempo (wt) :
● adensamento primário
e
● compressão secundária

132
Adensamento primário:
● processo de compressão do solo, com redução de volume, devido a
expulsão de água em seus vazios.

133
134
Compressão secundária:
● processo de compressão do solo, com redução de volume, devido a expulsão
e/ou deformação da água adsorvida pelos grãos de solo
● Considera-se que ocorra após o adensamento primário (expulsão de toda
água livre).

135
De forma que:

wt = wa+ ws

● Onde:
● wt = recalque no tempo
● wa = recalque por adensamento primário (expulsão da água livre)
● ws = recalque por compressão secundária (expulsão e/ou deformação da água
adsorvida)

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Recalques por Carregamentos na Superfície
● Tipos de recalques:
- Rápidos: solos granulares e argilas não saturadas
- Lento: argilas saturadas

137
Ensaios de campo - Recalques

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140
Pela NBR 6489:
- Placa circular de 0,50 m2, ocupando todo o fundo da cava
- Relação D/B igual à da fundação real
- Carregamento incremental até estabilização

141
Observação:
● Solos de drenagem rápida
- wt rápido devido a água nos vazios fluir com facilidade
- areias ou argilas parcialmente saturadas
● Solos de drenagem lenta
- wt lento (baixa permeabilidade)
- argilas saturadas

142
Recalques Diferenciais Admissíveis
● Recalque diferencial (dw): é a diferença entre o recalque apresentado por
dois pontos (fundações) de uma construção.

143
Distorção angular:
● Distorção angular (tgb): rotação de uma reta imaginária que une dois pontos de
uma construção

144
● Valores limites da distorção angular(tgb) para edifícios estruturados:

145
Distorções
angulares e
danos
associados

146
Recalques Totais Limites
● Para casos de rotina em que o engenheiro de fundações não julgue necessário
análises mais profundas recomenda-se adotar:
● areias Recalque absoluto limite = 25 mm
● Recalque absoluto limite = 50 mm p/ radiers
● Recalque absoluto limite = 40 mm p/sapatas
● Recalque absoluto limite = 65 mm p/ radiers
● blimite igual a 1/500
● argilas Recalque absoluto limite = 65 mm p/sapatas
● Recalque absoluto limite = 100 mm p/ radiers

147
Métodos para Estimativas de Recalques
● Métodos empíricos ● Métodos empíricos:
● Métodos - semi-empíricos →sadm são estimados a partir da associação com recalques
● Métodos teóricos usualmente aceitos em estruturas convencionais com base na
descrição do terreno;
É comum a utilização de tabelas de normas que devem ser utilizadas
apenas em anteprojetos de obras de pequeno porte.

148
149
Cálculo dos Recalques
● Teoria da elasticidade
● Analogia edométrica

150
Métodos semi-empíricos
● Utilizam correlações para a determinação de propriedades de deformação
dos solos a partir de ensaios de campo (SPT e CPT), que são utilizados em
modelos teóricos.
● Burland e Burbidge (1985)

onde:
s = recalque em mm
qa = tensão média aplicada (kN/m2)
B = largura da fundação (m)
Nspt = média do número de golpes do SPT
fs = fator de forma = (1,25L/B)/(L/B+0,25)
fl = fator de espessura compressível = H/Z1(2-H/Z1)
ft = fator que considera o tempo de recalque
151
Terzaghi e Peck (1948, 1967)

● onde
● σadm é a tensão, em kgf/cm2, que produz um recalque de 1”
● B é a menor dimensão em pés (B > 4´)
● Nspt é o número de golpes da sondagem à percussão (SPT).

152
Métodos teóricos
● Nos métodos teóricos os parâmetros de deformabilidade são obtidos por
ensaios específicos, de laboratório ou campo, e utilizados em modelos
teoricamente exatos
● Teoria da Elasticidade
● O recalque imediato de uma sapata sob carga centrada é dado por:
Onde:
Se = rec. elástico
Ds = pressão vertical líquida
B = menor dimensão da fundação
u= coeficiente de Poisson
Es = módulo de elasticidade
Ip = Fator de influência
153
Cálculo dos Recalques pela Teoria da Elasticidade
● w imediato de sapata sob carga centrada:

● Onde:
s = w = recalque em mm
q = tensão média aplicada (kN/m2)
B = largura da fundação (m)
Is = fator de forma (Influência)- Tabela
Id = fator de forma – desconsiderar(Lopes, 1979)
Ih = fator altura - altura

154
Fatores de Forma Is para carregamentos na superficie de um meio de
espessura infinita

155
Recomendações:

156
Valores Is .Ih para carregamento na superfície (Id=1,0) de um meio de espessura finita.

157
EXERCICIO 1:
● Considere um bloco de fundação retangular com 1m x 2 m em planta
localizada em uma camada de areia que se estende a uma grande
profundidade. Considere que o módulo de elasticidade da camada de areia
seja 14000 kN/m2 e o coeficiente de Poisson de 0,4. Se o aumento líquido na
fundação for de 96 kN/m2, estime o recalque elástico levando em conta que a
fundação seja rígida.

158
Cálculo dos Recalques por Compressibilidade
● O recalque é a diferença H1 e H2, donde:

● O recalque especifico, ou deformação, fica


expresso por:

159
Cálculo dos Recalques por Adensamento de Argilas
Saturadas
● O ensaio edométrico ou ensaio de adensamento lateralmente confinado, é um
tipo de ensaio utilizado para medir as propriedades mecânicas dos solos:
resposta do solo a uma dada solicitação no que diz respeito a deformações
verticais. Através desse ensaio é obtido o coeficiente de adensamento, com o
qual é realizado, por exemplo, o dimensionamento das fundações de uma obra.

160
161
Cálculo dos Recalques por Adensamento de Argilas Saturadas

● Ensaio de adensamento (edométrico): w de argilas saturadas


● Processo lento: k
● Gráfico semi-log

162
Cálculo dos Recalques por Adensamento de Argilas Saturadas

● Trecho I: ñ linear, recompressão


● Trecho II: linear, compressão, reta virgem
● svm: divisor de I e II (tensão de pré-adensamento)
163
Solos Normalmente Adensados e
● A inclinação da reta virgem (trecho II) é: log s

● E como:

● Cc = Coeficiente de Compressão
164
Cálculo dos Recalques por Adensamento de Argilas
Saturadas
● O que é um solo Normalmente Adensado e um solo Pré-Adensado?
● Solo normalmente adensado:
● O solo nunca esteve submetido anteriormente a tensões maiores que a atual
(si = svm)
● Solo pré-adensado:
● Solo esteve, no passado, sujeito a tensões maiores que as atuais (si < svm)

165
Casos frequentes:
1. Solo sedimentar em formação
svo< sv1 < sv2

Solo normalmente adensado (NA)

166
Casos frequentes:
2. Solo submetido a erosão das camadas superficiais
sv1< svo

Solo pré-adensado (PA)

167
Razão de Adensamento
● O “grau” de adensamento é definido como:

Onde:
RSA (OCR) = razão de pré-adensamento
RSA = 1 solo NA
RSA > 1 solo PA

168
Métodos para Determinação da Tensão de Pré-adensamento
● Casagrande
● Pacheco Silva (IPT)

Método de Casagrande

169
Métodos para Determinação da Tensão de Pré-adensamento
● Método do IPT (Eng. Pacheco Silva)

● Obs:

170
Cálculo dos Recalques de Solos Pré-adensados
● Caso 1: sf’ < svm’
● si’ = svo’
● sf’ = svo’+Ds

● Cr= Coeficente de Recompressão 171


Teoria do adensamento e o recalque ao longo do tempo
● Teoria do adensamento unidimensional de Terzaghi:
Estudo da transferência de u para estrutura sólida do solo, com a consequente
redução de volume;
● Grau de Adensamento (Uz)
Deformidade em um instante t

deformidade final
Substituindo fica:
● A deformidade final (ef) é:

● A deformidade (e) em um instante t é:

Uz é dado pela relação a De


no instante t e a De devida
ao carregamento 173
Teoria do adensamento e o recalque ao longo do tempo
● Consideremos a relação linear e x s
● início: s1 – e1
● carregamento: Ds u1 = Ds (sem De)
● c/ dissipação de u1 s2’ = s1’ + Ds e2 (final)

● Por semelhança ABC = ADE, então:

Uz é dado pela relação a Ds’


no instante t e a Ds’ no final
do adensamento 174
Uz = f (u)
● P/ expressar Uz = f (u), temos que:

● Mas como:

● Substituindo em (I):
Uz pode ser expresso em função da
pressão neutra dado pela relação de u
dissipada até o instante t e a u total que
irá dissipar ao final do adensamento
175
Em resumo:

176
Coeficiente de Compressibilidade (av)
● Admitindo a relação linear e x s
● A inclinação da reta é o a av :

● Mas como s’ u, então ds’ = - du então

177
Dedução da Teoria do Adensamento
● Da Lei de Darcy ( agua é expulsa em uma:
V= k. i
K = Coeficiente de Permeabilidade;
i = gradiente hidráulico

O gradiente é variável em função da


profundidade (z) e do tempo (t), teremos:
i= - h/ z
Teremos com as substituições : A Eq. de fluxo num solo saturado indica a DV no
tempo

178
Dedução da Teoria do Adensamento
● No adensamento, há fluxo apenas na vertical (2 primeiros termos = 0):

(I)
Mas DV ocorre nos vazios, assim:

Sendo que:

179
● Então:

● Igualando c/ a Eq. I:

● Mas apenas o excesso de carga, em relação à hidrostática, provoca fluxo:

180
● Substituindo na Eq. II, fica:

● Onde cv é o coeficiente de adensamento:


(reflete características de compressibilidade, porosidade e
permeabilidade)
● Finalmente:

Equação Diferencial do Adensamento

181
Terzaghi demonstrou que:

● Expressão indica a variação da pressão, ao longo da profundidade, através do


tempo
● Com a integração da Eq (III), define-se o fator tempo (T) por :

● Onde o fator tempo (T) correlaciona os tempos de recalque com as características do


solo, através do Cv, e às condições de drenagem do solo, através do Hd (maior distância
de percolação da água)
● Cv= Coeficiente de Adensamento
● t = tempo
182
● Hd = Distância de drenagem
Condições limites:
● Para as condições limites:
● Existe completa drenagem nas duas faces;
● A sobrepressão inicial é constante ao longo de toda
a altura e é igual ao acréscimo de tensão aplicada
A solução da equação III, p/ as condições
limites é:

Onde: m: valor inteiro


Uz = grau de adensamento ao longo da profundidade

183
A solução da Equação V para diversos tempos após o carregamento é dada por:
- Indica como a pressão neutra
se apresenta ao longo da espessura, para
diversos instantes após o carregamento,
através de curvas correspondentes a
diversos valores de T
- Curvas: isócronas (mesmo tempo)
- A dissipação de u e as deformações
ocorrem muito mais rapidamente nas
proximidades das faces drenantes do
que no interior da camada
Gráfico 1

184
● Já o grau de adensamento médio ( das e ao longo de z), U, é denominado de
porcentagem de recalque e é dado por:

Obs.: U indica a relação entre o recalque sofrido até o instante considerado e o


recalque total correspondente ao carregamento, ou seja:

185
Graficamente U, Eq. VI, para diversos valores de T

● Gráfico 2

186
Fator Tempo em função da Porcentagem de Recalque para Adensamento
pela Teoria de Terzaghi

● Tabela 1

187
Para drenagem por uma só face:
● Solução igual ao do caso anterior, no entanto, considera-se a
● metade do gráfico da Figura A, ou seja, Hd passa a ser a
● espessura da camada (máxima distância de percolação)

188
Exercício (1):
3. A camada de argila normalmente adensada da figura, sofreu um acréscimo de
tensão de 75 kPa para 125 kPa. Determine:
a) O recalque total da camada
b) O tempo para que atinja uma % de adensamento de 70%.
c) O tempo para que ocorra praticamente 100% de adensamento.

189
Exercício (2):
Um depósito de argila da Baixada Fluminense tem drenagem através de uma
camada de areia embaixo e livre por cima. Sua espessura é de 12m. O coeficiente de
adensamento obtido em laboratório é Cv = 1,0 x 10-8 m2/s. Obtenha o grau de
adensamento e a poropressão residual, cinco anos após o carregamento
unidimensional de 100 kN/m2 , nas profundidades de z = 0, 3, 6, 9 e 12m.
● Solução: para t = 0 a pressão neutra aumentou de 100 kN/m2 em todos os
pontos.

190
ATIVIDADE:
● Exercícios – No ECAD.
● OBSERVAÇÃO: ENTREGAS INDIVIDUAIS.

191

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