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Sumário
1. Introdução
2. Mecânica do fraturamento
5. Técnicas de Fraturamento
6. Métodos de Frac-pack
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Introdução
Introduzido em 1947, o fraturamento hidráulico se tornou rapidamente um dos métodos
mais eficientes de estimulação de poços na indústria de petróleo.
O fraturamento hidráulico pode ser definido como uma técnica de estimulação, ou seja, a
maneira de se aumentar a produtividade ou injetividade dos poços. Esta definição clássica,
apesar de absolutamente correta, não traduz a importância desta atividade na indústria do
petróleo atual.
Atualmente (e continuará a ser no futuro), devido aos avanços de sua tecnologia, que vão
desde a melhor compreensão dos fenômenos envolvidos em sua realização até o incremento
da capacidade computacional dos simuladores de fraturas e simuladores de fluxo em meios
porosos, o fraturamento tornou-se uma ferramenta de gerenciamento de reservatórios.
Poços de altíssima produtividade podem ser fraturados para garantir-se a produtividade
(deliverability) futura ou para compor a malha de drenagem de um campo. Poços de
altíssima injetividade têm sido fraturados como forma de suplantar as deficiências de um
tratamento inadequado da água de injeção. Além disto, com o aumento da produtividade
dos poços, o total de reservas recuperáveis pode ser aumentado.
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• Conectar fraturas naturais
O que é um frac-pack
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Mecânica do fraturamento
O objetivo final da operação de fraturamento hidráulico é obter-se uma fratura sustentada
por um propante, criando um canal preferencial de fluxo altamente condutivo, quando
comparado com o reservatório. De forma concisa pode-se afirmar que para que este
objetivo seja atingido é necessário: quebrar a rocha, propagar a fratura e sustentá-la.
Se um fluido for bombeado contra o reservatório numa vazão superior aquela que pode ser
dissipada pela formação ocorrerá um aumento de pressão no poço e nas suas imediações
(no caso de uma rocha permeável) ou na face da rocha (no caso de rochas impermeáveis).
Esta pressão irá aumentar até que seja induzida uma falha na rocha, criando uma pequena
fissura. Ou seja, ocorrerá a falha por tração da rocha. Obviamente, a falha somente
ocorrerá quando a pressão de bombeio for superior a resistência a tração da rocha.
Uma vez que a falha foi criada ocorrerá a propagação da fratura. Para que isto ocorra é
necessário que a pressão no interior da fratura (portanto a pressão de bombeio) seja superior
a resistência oposta pela rocha. Esta resistência é o resultado da “pressão hidrostática” das
camadas superiores ao reservatório.
De fato, por se tratar de um corpo no estado sólido o termo “pressão” deve ser substituído
por tensão (no inglês stress) e o termo “hidrostático” por litostático. Assim a fratura irá se
propagar contra uma componente da tensão litostática da rocha. Esta grandeza, quando
desconhecida, deverá ser determinada nos testes de calibração, que antecedem o
fraturamento.
Quando a geometria da fratura é atingida é necessário sustentá-la para que após cessado o
suporte hidráulico fornecido pelo bombeio um caminho condutivo seja mantido. Esta
sustentação é executada pelo agente de sustentação (AS ou propante), que é conduzido
através da fratura pelo fluido carreador (FC). Normalmente o FC é composto do mesmo
gel do colchão mais o agente de sustentação. O FC deve manter o AS em suspensão até
que a fratura se feche para que a condutividade da fratura seja homogênea na direção
vertical.
Uma vez que o AS é posicionado na fratura esta deverá se fechar, mantendo aprisionado o
AS. Para que isto ocorra, o fluido injetado na fratura deverá ser filtrado para a formação.
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Os fluidos fraturantes, portanto, precisam ser penetrantes, ou seja, penetrar na formação
não fraturada.
Somente como exercício, se o fluido utilizado no fraturamento for não penetrante (por
exemplo, um fluido de perfuração), após concluído o bombeio do fraturamento a fratura
seria mantida aberta, preenchida por este fluido. Durante a produção do poço o fluido não
penetrante seria produzido, carreando consigo o agente de sustentação, inutilizando a
fratura.
Assim, o colchão que irá definir a geometria da fratura deverá considerar a relação ente o
volume de fluido injetado e o volume de fratura criado, sendo esta relação definida por
eficiência do fluido de fraturamento. A obtenção desta
Além disto, como o fluido carreador também será filtrado para a formação em seu percurso
na fratura, a concentração do AS irá aumentar no FC (Ver detalhamento deste fenômeno na
descrição da técnica de tip screen out). Isto pressupõe que o FC deve conter uma
concentração crescente de AS. No fraturamento hidráulico isto é chamado de rampa.
Assim, a seqüência da criação de uma fratura hidráulica sustentada pode ser assim
sintetizada:
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Conceitos básicos, definições e fundamentos do
fraturamento
Tensões principais
As rochas que compõem um reservatório estão sujeitas a tensões resultantes do peso das
camadas de rocha que a superpões, das forças de coesão das rochas e dos esforços
tectônicos.
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específico da rocha e g a aceleração da gravidade. Se o peso específico variar com a
profundidade, a tensão vertical se torna[17,22]:
σV = ∫0 g ρ ( z ) dz
z
Se as tensões são hidrostáticas e a tensão vertical total for igual a soma do peso da rocha e
do fluido contido nos poros a tensão é chamada de litostática.
Uma relação simples entre as tensões horizontal e vertical é conhecida como relação de
Poisson, na forma:
ν
σHE = σVE
1− ν
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Uma aproximação de campo, para o caso de arenitos, à profundidades usuais de
reservatórios, é considerar a razão de Poisson como sendo aproximadamente 0,25. Neste
caso, a tensão efetiva horizontal é de aproximadamente um terço da tensão vertical.
Obviamente esta relação não é única e pode variar bastante de reservatório para
reservatório. Fjær et alli afirmam que, para reservatórios profundos (acima de 1500 m), a
relação da tensão horizontal e vertical pode variar de 0,2 a 1,5. Para reservatórios rasos
(abaixo de 150 m), esta relação pode variar de 1 até 12.
Uma das maneiras mais efetivas de determinação da tensão horizontal é através de dados de
fraturamento hidráulico. Relações assim obtidas, para profundidades usuais de
reservatórios, variam entre 0,6 e 0,85.
Quando se trata de tensão horizontal, duas direções principais são consideradas. A relação
citada acima refere-se a tensão horizontal mínima. A tensão horizontal máxima é definida
como sendo:
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Pode-se, assim, identificar as três tensões principais em um reservatório: σV ,σH , Min ,σH , Max .
A fratura irá se propagar na direção normal à menor dentre as três.
Como foi dito, quando uma fratura hidráulica é aberta, ela tende a se propagar pelo plano
normal à direção de menor tensão. Visto que, em um reservatório, a tensão vertical é
normalmente maior que a horizontal, a grande maioria das fraturas hidráulicas são verticais.
Alguns casos, entretanto, contrariam a regra geral: Gringarten relata que em alguns
reservatórios rasos foram observadas fraturas horizontais. Na Bacia do Recôncavo
baiano, nos campos de D. João Terra e Mar, ambos com profundidades não superiores a
300 m, também foram observadas fraturas horizontais. Estes casos, no entanto, são
bastante raros e não serão considerados neste trabalho.
onde: ε é a deformação
σ é a tensão aplicada
E é o módulo de Young
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2 – Eficiência do fluido de fraturamento
Quando o fluido de fraturamento é injetado na formação, parte sera filtrado para a formação
(leak off) e parte irá efetivamente criar a fratura.
Define-se como eficiência do fluido a razão entre o volume de fratura criada e o volume de
fluido injetado, ou seja:
VF
η=
VT
Usualmente a eficiência é expressa em percentagem.
Como exemplo, se a eficiência de um fluido for de 5%, para se criar uma fratura de 5 bbl
será necessário injetar-se um volume de 100 bbl de fluido fraturante.
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Etapas do fraturamento hidráulico e do Frac-pack
De maneira simplificada pode-se dividir a operação de fraturamento hidráulico nas
seguintes etapas:
1- Testes de calibração
2- Tratamento principal
3- Fluxo de limpeza
1 - Testes de calibração
a. Teste de injetividade
b. Step Rate Test (SRT)
c. Minifrac
a - Teste de injetividade
São pequenas injeções de fluido com o intuito de verificação dos parâmetros de bombeio,
tais como:
o Pressão de bombeio e potência hidráulica necessária
o Perdas de carga
o Número de canhoneados abertos
Ou dados da formação:
o Permeabilidade da formação
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Os pontos de vazão e pressão são plotados num gráfico Q x P, como mostrado na Figura
abaixo:
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Observa-se que os pontos iniciais do gráfico encontram-se alinhados (até a vazão de 15
bpm, no exemplo).
Esta reta não ocorre por acaso, mas expressa a proporcionalidade de vazão e pressão
expressa pela Lei de Darcy para fuxo radial:
k A ∆P
Q=
µ re
ln
rw
Pode-se inferir daí que o fluxo de injeção destes pontos obedece um regime radial.
A partir da vazão de 15 bpm, para o exemplo, uma nova reta pode ser observada. Trata-se
do acoplamento de duas equações de fluxo linear, uma na formação (eixo y) e outra na
fratura (eixo x), expresso por
k A dP k A dP
Qx = Q =
µ dx e y µ dy
que representam o fluxo bilinear que ocorre quando a fratura é aberta.
Deduz daí, que o ponto de interseção das retas (para o exemplo: Q = 18 bpm e P = 5800
psi) é o ponto em que a fratura começou a se propagar, ou seja Pp = 5800 psi.
c – Minifrac
O minifrac é utilizado para a determinação direta de três dos mais importantes parâmetros
de desenho do fraturamento hidráulico: a eficiência do sistema fluido-formação, o leak off
do fluido e o mínimo stress da rocha reservatório. De maneira indireta (pela reprodução do
bombeio e declínio de pressão do minifrac) ainda é determinado o módulo de Young da
rocha reservatório.
O minifrac consiste na injeção do fluido fraturante numa vazão próxima a que será utilizada
no fraturamento, garantindo-se a criação de uma fratura na formação. Após esta injeção,
cessa-se repentinamente o bombeio e aguarda-se que a fratura se feche, registrando-se os
dados de pressão, ou como é comumente chamado, aguarda-se o declínio de pressão.
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A análise do declínio de pressão, de forma semelhante a análise de pressão de um teste de
formação, fornecerá os parâmetros citados.
Assim, a intersecção destas retas irá fornecer o ponto em que ocorreu o fechamento da
fratura ou closure pressure (Pc), como pode ser observado na Figura abaixo. O valor da Pc
é numericamente igual a mínima tensão horizontal.
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O próximo ponto a ser observado é que quanto maior for a inclinação da reta de declínio do
fechamento da fratura, mais rápido está ocorrendo a filtração o que significa um maior leak
off do fluido e conseqüente menor eficiência do sistema fluido-formação. Assim, a análise
da declividade desta reta fornece a eficiência do fluido e com alguma manipulação
matemática o leak off do sistema.
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Técnicas de Fraturamento
Considera-se aqui como técnicas de fraturamento as maneiras como as fraturas são
desenhadas, especialmente o modo como o agente de sustentação deve ser colocado e
distribuído no interior da fratura.
Convencional
Esta técnica utiliza o conceito pioneiro de fraturamento hidráulico, onde o colchão deverá
ser suficiente para garantir que todo o AS seja posicionado no interior da fratura
considerando-se somente a geometria da fratura obtida através das condições hidráulicas do
bombeio e reologia do fluido fraturante (basicamente a vazão de bombeio e a viscosidade
do fluido) em oposição à resistência da rocha.
A largura de uma fratura hidráulica é função da pressão líquida no interior da fratura (net
pressure). A net pressure, por sua vez, é função, entre outras, da vazão e viscosidade do
fluido fraturante. Assim, a não ser que vazões ou viscosidades muito altas sejam utilizadas,
a fratura criada com a técnica convencional é, normalmente, pouco espessa. Mesmo a
utilização de altas vazões e fluidos de alta viscosidade não garante uma fratura espessa,
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pois o crescimento pode ocorrer no comprimento ou na altura da fratura, com pequeno
ganho de largura.
Fraturamento convencional
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Largura de uma fratura obtida com o fraturamento convencional
A técnica do TSO é utilizada para obter-se fraturas mais espessas, portanto mais
condutivas, próprias para formações de altas permeabilidades. Nesta técnica, um
embuchamento (screen out) na extremidade da fratura (tip) é obtido com a utilização de um
colchão suficientemente pequeno para que seja completamente filtrado para a formação
quando a primeira concentração do AS atingir a extremidade da fratura. Devido a esta
filtração (leak off) do FC para a formação a concentração de areia no FC aumenta durante
seu trajeto do início ao fim da fratura.
De forma esquemática este fenômeno é mostrado na figura acima. Tome-se 1 gal de pasta
contendo 1 lb de AS, no início de uma fratura. A medida que este fluido se desloca para a
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extremidade da fratura, o volume de gel diminui devido a perda de filtrado para a formação
mas a massa de AS permanece constante. Assim, ao chegar na extremidade da fratura, a
concentração de AS (massa de AS/volume de pasta) é muito alta, podendo chegar a 20
lb/gal.
Num mecanismo semelhante (não exatamente o mesmo, visto que, ao contrário do AS,
parte do polímero ingressa na formação), a concentração do polímero no gel também
aumenta.
Estes dois fenômenos em conjunto criam uma pasta compacta, sem características fluidas,
como mostrada na Figura abaixo.
Esta pasta, ao chegar na extremidade da fratura, barra o seu crescimento em área, causando
o embuchamento, estabelecendo o que é conhecido por TSO.
Apesar de fundamental, o TSO não é o objetivo final desta técnica. Uma vez obtido o TSO,
mantém-se o bombeio do FC para a formação. Como o crescimento da fratura foi cessado
em área, resta o aumento da fratura em sua espessura. O bombeio então é mantido até que
a espessura desejada (ou máxima possível) da fratura seja obtida. Tem-se, assim, uma
fratura bastante espessa e muito condutiva.
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Curvas de pressão obtidas num fraturamento com TSO
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Fratura obtida com TSO
Frac Pack
Esta técnica também prevê a utilização do TSO para cessar o crescimento da fratura em
área, conjugado com a manutenção do bombeio de AS após o TSO para obtenção de
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fraturas espessas e condutivas. A principal diferença entre as duas técnicas é que o frac
pack prevê o empacotamento (pack) da fratura (frac).
O objetivo do bombeio após o TSO é aumentar a largura da fratura até uma largura
desejada (com o FC, ou seja, gel e AS) e posteriormente posicionar o AS de modo a manter
esta fratura na largura desejada após a filtração de todo o gel. Isto pressupõe que uma
largura adicional de fratura terá que ser criada para compensar a perda de gel durante o
fechamento da fratura sobre o AS após parado o bombeio.
Entretanto, após o TSO continua ocorrendo o leak off da fratura para a formação e
obviamente a vazão do leak off é inferior a vazão de bombeio (caso contrário a fratura não
teria se propagado). Assim, a vazão de bombeio pode ser reduzida até que se iguale a
vazão de leak off somado a vazão de propante. Se isto ocorrer, ocorrerá a perda de fluido
para a formação na mesma taxa que o gel do FC é bombeado para a fratura e o AS ocupará
de forma uniforme o volume (entenda-se largura) da fratura.
Matematicamente isto pode ser expresso por um simples balanço de massa (ou de volume,
se considerarmos que os componentes do balanço são incompressíveis), como mostrado na
Figura abaixo.
ou seja:
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A vantagem deste método reside na utilização de menor pressão de superfície e menores
quantidades de gel e de propante para uma fratura de mesmas característicascondutivas que
a obtida com o TSO. A dificuldade deste método é que se a vazão for reduzida para um
valor menor que necessário ocorrerá um embuchamento prematuro.
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Fratura obtida com um frac pack
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Métodos de Frac-pack
Entende-se aqui como métodos de frac-pack a forma como a contenção de areia é instalada.
De maneira geral, a instalação do frac-pack prevê as seguintes etapas, que podem ter uma
seqüência ligeiramente alterada de acordo com o método utilizado:
Assim, os métodos são definidos pelo tipo ou sistema de ferramentas que são utilizados.
São eles:
Sistema Petrobras
O sistema Petrobras ou GPSPD (Gravel Pack Sem Perda e Dano) foi desenvolvido em
Sergipe e durante algum tempo foi chamado de gravel pack sergipano. Tentou-se
introduzir a denominação de ZadPack, em homenagem ao autor do método (Zadson) sem
sucesso.
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9 5/8”
9 5/8”
CANHÃO 7 “ 12
ADAPTER KIT JT/FT
2 a 5 m ABAIXO DA BASE
DOS CANHONEADOS
COMP-PERM PACKER
DEBRIS DO
CANHONEIO
Ancora selante
Junta de segurança
Tubos telados
Tubos cegos
TSR com flapper valve ou standing valve
Coluna de fraturamento
TSR
Standing valve
Ancora selante
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Packer de operação
Jar
Registradores de pressão (para coleta de dados dos testes de calibração e avaliação pós
tratamento)
Válvula de reversa
Slip joints (para absorver as variações de comprimento de coluna devido ao
resfriamento/aquecimento da coluna pela injeção e circulação de fluidos).
Após chegado o conjunto de frac-pack ao fundo, a âncora selante é travada no sump packer
e os pinos do TSR são rompidos, liberando a coluna de trabalho.
A coluna é parcialmente retirada, até que packer de operação esteja na posição de trabalho.
O packer de trabalho é assentado permitindo o bombeio do frack pack.
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GRAVEL PACK
CERÂMICA
16-20
FRATURA
Uma ferramenta dedicada, através de suas diversas posições, permite que cada etapa da
aperação de frac-pack seja executada. Um desenho esquemático, para facilitar o
entendimento destas posições é mostrado abaixo.
As posições mais importantes da ferramenta são: posição de reversa sem atuação da esfera
de reversa, posição de reversa com atuação da esfera de reversa e posição de circulação
pelas telas.
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A posição de circulação pela telas permite que os fluidos injetados no anular telas
revestimento, após percolção pelas telas, retorne à superfície pelo anular acima do packer
de gravel.
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A seguir o conjunto de frac-pack é descido, composto por:
Ancora selante
Tubos telados
Tubos cegos
Conjunto externo da ferramenta de gravel, composta por (ver figura abaixo):
Extensão perfurada ou gravel pack port
Closing sleeve
Packer de gravel
FERRAMENTA
DE GRAVEL
PACK
GP PACKER
COMP-SET
EXTENSÃO
PERFURADA
TUBO TELADO
WIRE WRAPPED
5 1/2” GAUGE
0,012 “
SUMP PACKER
COMP-PERM
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Internamente a este conjunto a seguinte composição é descida:
Shifting tool (para fechar a closing sleeve após o frac-pack, evitando a possibilidade
de perdas para a formação)
Wash pipes (que na posição de circulação forçam a passagem do fluido pela parte
inferior das telas
Cross over tool, que direciona o fluxo do interior da coluna para o anular tela-
revestimento.
Após descido o conjunto de gravel a ancora selante é travada no sump packer e o packer de
gravel é assentado.
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ANEXO 1 - Condutividade relativa adimensional de fraturas
hidráulicas
Cf = kf wf
Esta grandeza, embora de fundamental importância na eficiência da fratura, não deve ser
considerada como única referência. Uma fratura eficiente precisa ter uma permeabilidade
significativamente maior que a formação fraturada. Portanto, quanto mais permeável for a
formação, mais condutiva deverá ser a fratura. Esta relação, comumente chamada de
contraste, é incorporada na capacidade (ou condutividade) relativa da fratura (FCD),
introduzida por Prats[55], assim definida:
c1. k . L f
FCD =
k f .wf
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ANEXO 2 – Condutividade relativa adimensional de uma fratura
ácida
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A condutividade da fratura se deve às irregularidades de suas paredes, causadas pela
acidificação não uniforme da rocha. Esta não uniformidade do ataque ácido deve-se
principalmente à heterogeneidade da composição das rochas. Além disto, no processo de
acidificação de carbonatos, é sempre observada a formação de canais preferenciais de fluxo
(no inglês, wormholes). Assim, a abertura da fratura é sustentada pela aspereza ou
rugosidade de suas paredes.
C f = k f . w f = c2 .exp[ − c3 .σ c ] (0-1)
Alguns autores afirmam que a condutividade obtida pelas correlações acima é bastante
subestimada, entretanto mostram a sua grande dependência com a pressão de confinamento
e a resistência compressiva da rocha.
1
A resistência compressiva à incrustração é definida como a força necessária para inserir uma esfera de metal
em uma rocha, até uma distância igual ao raio da esfera, dividido pela área do círculo com este raio.
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ANEXO 3 - Agentes de Sustentação
Como já citado, num fraturamento são usados fluidos especiais, ditos fluidos de
fraturamento, aos quais se adiciona um agente granular de sustentação. Dentre os
principais agentes de sustentação, utilizados comercialmente na indústria de petróleo,
destacam-se a areia, a bauxita sinterizada e a cerâmica, todos com granulometria e
esfericidade controlada.
Numa fratura ideal, o agente de sustentação deveria ser suficientemente permeável para que
não existissem perdas de cargas no seu interior e possuir suficiente resistência compressiva
para suportar, sem deformações, a pressão litostática das camadas superiores de rocha.
Alguns fatores práticos, entretanto, impedem que isto aconteça.
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suportada. Sendo assim, partindo-se da condição ideal inicial, a medida que a fratura se
fecha, as esferas deverão se deformar até seu limite de deformação máximo, aumentando
sua área de contato, até que esta seja capaz de suportar os esforços solicitantes. Caso o
limite de deformação seja alcançado antes que a área de contato seja suficientemente
grande, haverá o rompimento do grão, ocorrendo o que se costuma chamar de
esmagamento do agente de sustentação. Este esmagamento provoca uma alteração do
diâmetro e esfericidade dos grãos e a conseqüente acomodação dos esforços. Estas
deformações, com ou sem esmagamento, entretanto, reduzem a permeabilidade e a largura
da fratura, com grandes reflexos na sua condutividade.
Arredondamento e esfericidade
φf2
k=
kc. SA02 .(1 − φ f ) 2
onde:
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⎛L ⎞
2
kc = kc0⎜ 0 ⎟
⎝ L⎠
6
SA0 =
dm
A Eq. acima é baseada no uso de esferas. Se partículas não esféricas ou não arredondadas
forem utilizadas, o fator de esfericidade deve ser introduzido no cálculo.
A esfericidade é definida como a razão entre a área superficial de uma esfera equivalente
(com o mesmo volume da partícula) e a área superficial da partícula. Portanto, o fator
esfericidade é sempre inferior a 1, e quanto menos esférico e mais irregular for a partícula,
maior será sua área superficial e conseqüentemente menor a permeabilidade do pacote de
partículas.
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Se uma combinação de diferentes tamanhos de partículas for utilizadas, a área superficial
especifica é calculada por:
onde: xi é a fração volumétrica de cada tamanho de partícula com área superficial SA0i .
A Eq da área superficial específica mostra que quanto maior o diâmetro médio das
partículas menor será sua área superficial e por conseguinte maior será a permeabilidade.
As partículas maiores, no entanto, são mais sujeitas ao esmagamento, a altas tensões de
confinamento. Assim a redução de permeabilidade/condutividade com o aumento da
tensão de confinamento efetiva é mais significativa em propantes maiores.
2
A maneira mais comum para se expressar a granulometria do agente de sustentação é através de 2 limites
Mesh (#). A unidade Mesh mede o número de divisões lineares de uma peneira de 1 polegada. Assim, uma
areia 8-12 #, refere-se ao conjunto de grãos que passam por uma peneira 8 # (1 in/8) e são retidas numa
peneira 12 #.
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Concentração
Mp
[ Cp ] =
2. Lf . hf
[ Cp ]
wf =
(1 − φ P ). ρ P
Assim, quanto maior a concentração do propante na fratura, maior será sua condutividade.
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menos pronunciado quanto maior for o número de camadas do agente de sustentação e,
portanto, de sua concentração no interior da fratura.
Resistência Compressiva
O agente de sustentação, a priori, deve possuir uma resistência compressiva3 suficiente para
resistir ao maior esforço a que será submetido ao longo da produção do poço. Pode-se
supor, a partir disto, que é desejável a maior resistência compressiva possível do agente de
sustentação. Entretanto, a resistência do propante aumenta com a diminuição do seu
diâmetro e portanto uma menor permeabilidade máxima pode ser obtida. Por outro lado,
os propantes com alta resistência normalmente são pouco deformáveis, tendendo ao
esmagamento antes que deformações significativas sejam observadas. Estas deformações
são desejáveis para a distribuição dos esforços em áreas de contato maiores, tanto entre as
partículas de propante, quanto entre o propante e as paredes da fratura, evitando ou
abrandando o esmagamento e a incrustração, respectivamente.
3
O termo resistência compressiva refere-se a tensão máxima que se pode aplicar na compressão do agente de
sustentação, embora, como será visto, a falha do agente de sustentação ocorre quando sua resistência à tração
é ultrapassada.
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Esmagamento e Incrustração
O esmagamento ou a
incrustração ocorre quando a
tensão efetiva ultrapassa a
resistência compressiva do
agente de sustentação ou a
resistência compressiva à
incrustração da rocha fraturada.
Naturalmente se o agente de
sustentação possuir uma alta
resistência compressiva, haverá
Figura - Contato parcial entre: a - duas esferas uma tendência à incrustração.
b - esfera-plano
Caso contrário, ocorrerá o
esmagamento.
Não há estudos que quantifiquem os efeitos do rearranjo das partículas dentro da fratura,
embora haja um consenso geral de que este é um fator de redução da condutividade. Sabe-
se, entretanto, que a pressurização e despressurização cíclicas de uma fratura causam uma
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histerese na condutividade. Este fato é explicado como o efeito do rearranjo dos grãos do
agente de sustentação.
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ANEXO 4 - Fluidos de Fraturamento
Características gerais
não deve ser danificante
compatibilidade com a rocha reservatório
compatibilidade com os fluidos da formação
apresentar poucos resíduos (inclusive biológicos)
estabilidade térmica
Teste de Injetividade
teste dos equipamentos em condições dinâmicas
quebra da formação -> penetrante, baixa viscosidade
resfriamento
Pré-colchão
resfriamento -> penetrante, baixa a média viscosidade
propagação -> baixa perda de filtrado
Colchão
propagação da fratura -> alta viscosidade, baixa filtração
aumento da largura-> alta viscosidade na fratura
Fluido carreador
manter aberta a fratura -> alta viscosidade na fratura
carrear o agente de sustentação->alta viscosidade na coluna e na fratura
Deslocamento
deslocar o tratamento principal -> baixa viscosidade
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Fluidos à Base Água
Polímeros
Goma-guar
HPG
CMHPG
CMC
HEC
HPHEC
CMHEC
XG
Poliacrilamida
Exemplo de gel da BJ
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