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Superposição de efeitos e efeito película

3º Estágio

Disciplina: Fluxo de fluidos em meios porosos


Docente: José Edilson Neves
Discente: Anna Júlya Cardoso dos Santos - 118110987
Período: 2022.2
SUMÁRIO:

1. Introdução
2. Metodologia e métodos
3. Conclusão
4. Referências
1. Introdução: O princípio da superposição de efeitos

O princípio da superposição de efeitos constitui uma particularidade matemática aplicável às equações


diferenciais lineares. Segundo esse princípio, qualquer combinação linear de soluções desse tipo de equação é também
uma solução da equação. Sendo a equação da difusividade hidráulica uma diferencial parcial, a superposição de efeitos
poderá ser aplicada tanto em relação ao tempo quanto ao espaço.

Um exemplo de superposição no tempo é conseguido quando se altera a vazão de um poço, conforme ilustrado
no exemplo a seguir:
1. Introdução: O princípio da superposição de efeitos

As diversas variações da vazão, expressamos por: (q1-q0),


(q2-q1), (q3-q2), …, (qn-qn-1), onde q0=0

Podemos imaginar isso sendo vários poços produzindo de um


mesmo ponto, com estas vazões citadas acima, durante os
tempos tn, (Tn-t1), (Tn-T2), …, (Tn-Tn-1) , respectivamente.

Esquema de vazão variável


2. Metodologia e métodos: O princípio da superposição de efeitos

Se admitirmos que o reservatório se comporte como se fosse infinito e utilizando a solução da linha fonte, a
pressão em qualquer ponto do sistema, para o caso de vazão constante Qဃ é dada pela equação:

Então, a queda de pressão em relação à inicial, ∆P= Pi - P, para o caso de vazão constante é:
2. Metodologia e métodos: O princípio da superposição de efeitos

No caso da figura já apresentada, a superposição de efeitos fornece para a queda de pressão no instante Tn’.
2. Metodologia e métodos: O princípio da superposição de efeitos

Demonstrando a situação:

Admitindo a situação explicada, onde, ambos os poços iniciem a ŕpdução simultaneamente, o cálculo da
queda de pressão em um ponto C do reservatório é obtido pela soma dos efeitos das produções dos poços A
e B, isto é:

Onde: ΔPa,C e ΔPB,C representam as quedas de pressão do ponto C, referentes às produções dos poços A e
B, respectivamente:
2. Metodologia e métodos: O princípio da superposição de efeitos

Demonstrando a situação:

Onde rAC e rBC são as distâncias do ponto C aos pontos A e B, respectivamente. Então, a queda de pressão
no ponto C é:

ou
2. Metodologia e métodos: O princípio da superposição de efeitos

Exemplificando a situação:

1. Um poço fechado está localizado a 150m de um poço produtor e a 300m de um segundo poço
produtor. O primeiro produzia 40m3 durante 3 dias, ao fim dos quais o segundo poço começou a
produzir 60 m3 stdld. Qual é a queda de pressão observada no poço fechado 8 dias após o início da
produção do primeiro poço? Outras informações do reservatório, são:

Permeabilidade efetiva ao óleo: K0 = 200 md


Viscosidade do óleo no reservatório: M0 = 2,0 cp
Fator volume formação do óleo: Bo = 1,4 m3/m3 std
Espessura da formação: h = 3 m
Porosidade da rocha: Φ = 0,30
Compressibilidade total do sistema: C1 = 8x10-5 (kgfl cm2)-1
2. Metodologia e métodos: O princípio da superposição de efeitos

Exemplificando a situação / Solução:

Aplicando o princípio da superposição de efeitos (tanto no espaço como no tempo), a queda de pressão no
poço fechado é calculada através da expressão:

ou
2. Metodologia e métodos: O princípio da superposição de efeitos

Exemplificando a situação / Solução:

Onde T1 e T2 são os tempos de produção dos poços 1 e 2, respectivamente, e . Nas


unidades empregadas no exemplo, essa equação passa a ser escrita como:

onde:

então:
2. Metodologia e métodos: Efeito de película e dano ou (Estímulo de formação)

O efeito de película, idealizado por Van Everdingen (1953) e Hurts (1953), é um modelo puramente
matemático cuja finalidade é simular uma situação física causada por um fenômeno real: o dano ou
(estímulo) da formação. Basicamente, o dano de formação ocorre devido a alguns seguintes fatores:

● Redução da permeabilidade absoluta da formação, causada pelo tamponamento dos canais de fluxo,
por sólidos em suspensão ou inchamento de argilas.
● Redução da permeabilidade relativa ao óleo, devida ao aumento da saturação de água ou gás.
● Aumento da viscosidade do óleo por parafinação, formação de emulsões, etc.
2. Metodologia e métodos: Reservatórios Naturalmente Fraturados. Comportamento do fluxo

Esses reservatórios têm heterogeneidade. Meio poroso


com dupla porosidade: matriz e fraturas e fissuras naturais.
Figura superior ao lado, no modelo idealizado a matriz
nos paralelepípedos, as fraturas e os espaços entre eles.
Nas fraturas (elevada permeabilidade), dá-se o transporte
do fluido alimentado pela matriz (baixa permeabilidade).
Nesses reservatórios, há quatro regimes de fluxo:
transiente nas fraturas ; transição; transiente no sistema
total; permanente (alimentação externa) ou
pseudopermanente (sela do externamente). Início
transiente nas fraturas; segue-se transição e o sistema
contribui na produção; finalmente os limites influem e o
regime pseudopermanente é alcançado.
2. Metodologia e métodos: Poços verticais artificialmente fraturados. Fluxo nas fraturas

Os poços são fraturados artificialmente para remover os


danos ou para estimulá-los. O processo de fraturamento é
hidráulico, provocando fraturas geralmente verticais (visto
que a menor tensão é horizontal) e aumentam
consideravelmente os índices de produtividade ( ou
Injetabilidade). Quando o reservatório é naturalmente
fraturado, as fraturas artificiais tendem a ser paralelas às
naturais. As figuras ao lado: em A, a situação ideal do
faturamento; em B, o real. Fraturas artificiais têm
comprimentos limitados e condutividade finitas.
2. Metodologia e métodos: Poços verticais artificialmente fraturados. Fluxo nas fraturas

Modelos de fraturas: A com fluxo uniforme; B


condutividade infinita; e C condutividade finita. No modelo
A, a densidade de fluxo q*= é a mesma em toda
extensão da fratura, com queda de pressão finita no
interior da fratura. No modelo B, admitindo não haver
perda de carga no interior, há pressão uniforme em toda
a fratura; q* máxima nas extremidades e mínima no
centro. O modelo C é o mais comum; a forma da curva
de q* ao longo da fratura varia com a condutividade;
diminui à medida que se afasta do poço e volta a
aumentar nas extremidades da fratura.
2. Metodologia e métodos: Efeito de película e dano ou (Estímulo de formação)

Demonstrando a situação:

Imagine uma situação de poço danificado onde uma região ao seu redor se apresenta com uma
permeabilidade alterada, conforme é mostrada na figura a seguir:

Quando a região alterada se restringe às imediações do poço,


normalmente se alcança uma situação tal que o gradiente de pressão
varia bruscamente na interface das duas regiões, e o perfil de pressão
em um determinado instante após o início da produção poderia ser Representação de dano à formação

representado pela figura:

Perfil de pressão de um poço danificado


2. Metodologia e métodos: Efeito de película e dano ou (Estímulo de formação)

Demonstrando a situação:

Caso não houvesse alteração da permeabilidade do reservatório, a queda de pressão devida à produção do
poço com vazão Q do ponto Ra até o poço, seria dada por:

Entretanto a queda de
pressão na região alterada é:
2. Metodologia e métodos: Efeito de película e dano ou (Estímulo de formação)

Demonstrando a situação:

Essas duas equações podem ser usadas para determinar a queda de pressão adicional devida à alteração da
permeabilidade nas imediações do poço:

Nota-se que essa queda de pressão independe do tempo e varia com a magnitude e profundidade da
alteração das características do reservatório.

O modelo efeito película foi criado para representar matematicamente a situação física descrita
anteriormente.
3. CONCLUSÃO

Este estudo é de suma importância para verificar diversos fatores no reservatório como
citados durante o trabalho. Entender o meio poroso é vital para uma produção eficaz e de
sucesso.
O conceito fator película introduzido por Hawkins, em 1956, tem sido usado para
representar poços verticais fraturados ou estimulados, isto é, poços com fatores de película
negativos. Já o outro conceito introduzido por Van Everdingen (1953) e Hurst (1953), funciona
bem para poços danificados, mas apresenta algumas dificuldades matemáticas e fśicias quando
s<0, ou seja, um fator de película negativo, representa fluxo do poço para a formação.
Uma outra maneira de se verificar a produtividade de um poço é através da razão de
dano, definida como a relação entre os índices de produtividade teórico e real do poço.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

❏ Livro: Engenharia de Reservatório (2006) - Adalberto José Rosa, Renato de Souza Carvalho, José Augusto Daniel Xavier. 1ª Edição
❏ https://www.passeidireto.com/arquivo/35488206/aula-12-fluxo-de-liquidos-nos-meios-porosos-parte-02
OBRIGADA

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