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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Departamento de Tecnologia – DTC


Engenharia Civil

Disciplina: Hidráulica II
Aula: Escoamento Permanente e Uniforme
03/02 e 07/02

Professora: Dra. Mariana de O. Pereira

Umuarama – PR
2022
1. INTRODUÇÃO

 Escoamento uniforme:

 Há uma constância dos parâmetros hidráulicos para as várias

seções do canal.

 Velocidade média = constante → só ocorre em condições

de equilíbrio dinâmico.

 A força de resistência depende da velocidade média de

escoamento.
2
1. INTRODUÇÃO

 É necessário que o canal prismático tenha um comprimento

razoável e declividade e rugosidade constantes para que haja

possibilidade do estabelecimento do escoamento permanente e

uniforme.

 Fora dos trechos onde existe a influência das extremidades

de montante e jusante.

Esquemático 3
1. INTRODUÇÃO

 Verifica-se, portanto, que em canais curtos, as condições de

escoamento uniforme não são atingidas e que este tipo de

escoamento é difícil de ocorrer na prática.

Todavia, adota-se esse modelo para fins de cálculos de


escoamentos em canais!

Vamos tratar de canais prismáticos, de baixa declividade, com


fronteira rígida (não sujeita a erosão) e altura d’água constante y
chamada altura normal. 4
2. EQUAÇÕES DE RESISTÊNCIA

Equações que relacionam a perda de carga em um trecho à


velocidade média ou vazão, através de parâmetros geométricos e
da rugosidade do perímetro molhado.

 Equação geral da resistência:

RH – raio hidráulico (m)


R H × I = ϕ(v) I – declividade do fundo do canal (m/m)
𝜙(v) – certa função da velocidade média
2. EQUAÇÕES DE RESISTÊNCIA

Equações que relacionam a perda de carga em um trecho à


velocidade média ou vazão, através de parâmetros geométricos e
da rugosidade do perímetro molhado.

 Equação geral da resistência:

RH – raio hidráulico (m)


R H × I = ϕ(v) I – declividade do fundo do canal (m/m)
𝜙(v) – certa função da velocidade média
1.8 FÓRMULA DE CHÉZY

 Fórmula de Chézy com coeficiente de Manning:

1 2 1
v = . 𝑅𝐻 . 𝐼 2
3
6
𝑅𝐻 𝑛
C= 𝑛
ou
𝑛.𝑄
= 𝐴. 𝑅𝐻 2/3
𝐼

RH – raio hidráulico (m)


I – declividade do fundo do canal (m/m)
A – área molhada (m²)
Q – vazão (m³/s)
n – coeficiente de rugosidade
1.8 FÓRMULA DE CHÉZY

 Efetua a descrição matemática do escoamento uniforme em

condutos livres.

 Dificuldade: reside na definição do fator de resistência C.

Ganguillet e Kutter
Formulações Bazin
Gauckler (Manning e Strickler)

6
𝑅𝐻 n – traduz a resistência ao escoamento
C= 𝑛 associada à parede do conduto.
1.8 FÓRMULA DE CHÉZY
Expressão que define a velocidade de
1 escoamento correspondente ao
2 1
v = . 𝑅𝐻 . 𝐼 2
3 escoamento uniforme: condição de
𝑛 equilíbrio entre a força motriz
(gravidade) e a força de resistência ao
escoamento (atrito).
 Combinando essa expressão a Equação da Continuidade:

Fórmula de Manning. Uso bastante difundido no meio técnico

brasileiro.
Fórmula de Manning é bastante utilizada
para cálculos hidráulicos relativos a
𝑛.𝑄
= 𝐴. 𝑅𝐻 2/3 canais naturais e artificiais.
𝐼
Dificuldade: determinação ou fixação do
coeficiente de rugosidade de Manning.
1.8 FÓRMULA DE CHÉZY

A Fórmula de Chézy pode ser deduzida, também,


8𝑔 da Eq. Universal da perda de carga.
C= f – fator de atrito da Eq. Universal (depende da
𝑓
rugosidade relativa e do n° de Reynolds).

 Da mesma forma, a Fórmula de Manning, correspondente a

uma aproximação da Eq. Universal para o caso do

escoamento turbulento (situação + comum).

𝐾 1/6
n= K – rugosidade equivalente.
8 𝑔
2. COEFICIENTE DE RUGOSIDADE DE MANNING

 Dificuldade no cálculo do escoamento uniforme:

 Avaliação dos fatores de atrito que traduzem a perda de

carga.

Na utilização da Fórmula de Manning, o maior problema a


resolver consiste na determinação do coeficiente de
rugosidade n.

De que forma podemos proceder?


2.1. DETERMINAÇÃO DIRETA DO COEF. DE RUGOSIDADE

 Baseada na medição de vazões e de características das seções,

quando exequível, é raramente efetuada, pois envolve

trabalhos de campo, implicando em prazos e recursos

relativamente elevados.

 Um dos procedimentos que pode ser adotado, fundamentado

nas hipóteses do escoamento gradualmente variado é o

seguinte:
2.1. DETERMINAÇÃO DIRETA DO COEF. DE RUGOSIDADE
2.2. ESTIMATIVA DO COEF. DE RUGOSIDADE

 Na impossibilidade de determinar “n” diretamente (o que é

frequente), torna-se necessário efetuar uma estimativa de seu

valor.

 Existem metodologias que possibilitam a definição desse

parâmetro:
2.2. ESTIMATIVA DO COEF. DE RUGOSIDADE
2.2. ESTIMATIVA DO COEF. DE RUGOSIDADE
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Básicas (disponibilizadas na Biblioteca ou aquisições


recomendadas)

AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. 8ª. ed. São


Paulo, Edgard Blücher, 1998.
BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia
hidráulica. 3ª. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
PORTO, R. M. Hidráulica básica. 4ª. ed. São Carlos: EESC-
USP, 2006.NEKRASOV, B. Hidráulica. Moscou: Mir, 1988.
279p.

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