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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Síntese dos principais aspectos a considerar
no dimensionamento de barragens de solo e
de solo-enrocamento:
a) Estabilidade dos taludes
b) Evitar galgamento (folga e cota do coroamento)
c) Largura do coroamento
d) Acção sísmica e altura da onda de cheia
e) Filtros e drenos/ Percolação no corpo da barragem
f) Protecção dos paramentos
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Obras de Aterro
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Obras de Aterro
Obras de Aterro
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Obras de Aterro
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Inclinação de taludes
Marcelino (2007)
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Obras de Aterro
Esvaziamento
Tipo Material Maciços Material do Núcleo Montante Jusante
Rápido
Zonada,
Enrocamento, GC,GM,SC,SMCL,
núcleo não crítico 2,0/1 2,0/1
GW, GP, SW, SP ML,CH,MH
mínimo
Enrocamento, GC,GM 2,0/1 2,0/1
Zonada, não
GW, GP, SW, SP SC,SM 2,25/1 2,25/1
núcleo
máximo CL,ML 2,5/1 2,5/1
CH,MH 3,0/1 3,0/1
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Obras de Aterro
Obras de Aterro
Problema de aplicação I:
Verifique a segurança da pequena barragem de 14m de altura
representada na figura. Em pré-dimensionamento adoptaram-se
as inclinações 1:3 e 1:2,5 nos paramentos de montante e
jusante, respectivamente. O material destes dois maciços tem
peso volúmico de 18kN/m3, com φ’=30º e c=5kPa. Durante a
construção foram geradas pressões intersticiais devidas à
compactação tais que ru=0,1.
GP GP
CL
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b) Evitar galgamento ou overtoping
b.1) Folga
A folga de uma barragem é definida como a
diferença entre a cota do coroamento e o NMC.
A fixação de um valor para a folga depende dos
seguintes parâmetros:
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b.2) Cota do coroamento
A cota de coroamento CC define o nível de segurança
da barragem em relação a quaisquer fenómenos que
possam ter como consequência o galgamento.
A fixação do seu valor depende do NMC e do NPA
fixados no dimensionameno hidráulico:
• CC> NPA + folga seca + altura de onda
devida a vento excepcional (v=160km/h,
ICOLD, 1993)
• CC> NMC + 1,5×altura de onda devida a
vento habitual (v=80km/h, ICOLD, 1993)
Para além dos outros factores já mencionados, a definição da
altura de onda em função da velocidade do vento tem em
consideração a probabilidade da ocorrência do vendaval.
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c) Largura do coroamento
A largura do coroamento deve ser estabelecida
considerando:
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Obras de Aterro
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h
Bureau of reclamation (1977) Lc = + 3,3
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Preece Lc = 1,1 h + 1
Regulamento Japonês para zonas
sísmicas Lc = 3,63 h − 3
Comisión Interministerial de Normas
Sismoresistentes de Espanha (1968)
Lc = 3 + 1,53 h − 1,5
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d) Acção sísmica
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Forças estabilizadoras
N tan φ ' = ( P cos α − kP sin α ) tan φ '
Forças instabilizadoras
P sin α + kP cos α kP
(sismo) Fa =Ntanφ’
Coeficiente de segurança
α P
(cos α − k sin α ) tan φ '
F=
sin α + k cos α
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• Ábacos para a verificação da estabilidade
Michalowski (2002)
F – factor de
segurança
φ’- ângulo de
resistência ao
corte
c- coesão
γ- peso volúmico
β- inclinação do
talude
h- altura máxima
da barragem
Khg – aceleração
horizontal
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k hT gh
H sismo =
2 Normas espanholas de 1968
kh – coeficiente sísmico
T – período predominante
g – aceleração da gravidade
h – altura de água a montante
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GP GP
CL
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e) Filtros e drenos
Filtro
Dreno
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Filtros
• Critérios propostos por Terzaghi e Cedergren (1973)
Condição Objectivo
Assegura a capacidade de retenção pelo filtro das
D15 (filtro) ≤ 5d85 (base)
partículas de solo a proteger
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• Critérios propostos por Sherard e Dunningan (1989)
Material a proteger Condição
Argilas e siltes finos com mais de 85% de
D15<9d85 e D15≤ 0,7mm
material passado no peneiro nº 200
Siltes e argilas arenosas com 40% a 80%
de material passado no peneiro nº 4 D15≤ 0,7m
passado no peneiro nº 200
Areias silto-argilosas com menos de 15%
D15≤ 4d85 e d85 pode ser 85% da curva
da parte passada no peneiro nº 4 passado
granulométrica do material integral
no peneiro nº 200
Solos grosseiros de baixa permeabilidade
com menos de 15% passado no peneiro nº D15≤ 4d85 e D15≤0,7mm
200
E ainda:
As areias dos filtros não podem conter partículas finas que comprometam o funcionamento
desejado, pelo que se limita a 15% a percentagem passada no peneiro nº 200
Dmáx <50mm (peneiro 2”)
O diâmetro do
A percentagem passada no peneiro nº 4 é >40% peneiro nº4 é 4,76mm
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Drenos
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Permeabilidade
Existem expressões aproximadas que permitem
estimar a permeabilidade de solos granulares tendo
como base a sua granulometria.
Expressão de Kozeny válida para solos com menos de 5% de
partículas que passam no peneiro nº 200 (d =0,074mm)
150n 3 n – porosidade
k [m / s] =
S 2 (1 − n) 2 S – parâmetro que depende da
distribuição granulométrica
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S = f ∑ Wn Wn – percentagem em peso do
x1 × x2 material com dimensões entre x1 e x2
f – factor de forma (geralmente f=1,1)
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coeficiente de 60
50
permeabilidade do solo 40
30
(n=0,25) a usar num filtro 20
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cuja curva granulométrica 0
0 1 10 100
se apresenta na figura. Diâmetro (mm)
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k – permeabilidade do filtro
Capacidade de
vazão do filtro: Q = kai a – secção (ou espessura)
i – inclinação do filtro
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i – gradiente hidráulico
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E T E – Enrocamento
NMC
T – Filtro (transição)
S S – solo da barragem
Espessura de E: Espessura de T:
Altura da Espessura da
h>1,5D50 e h>dmáx onda (m) camada T (mm)
0-1,2 150
1,2-2,4 225
2,4-3,0 300
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Enrocamento E Filtro T
Geomembrana de protecção de S
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