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PROJETO DE PEQUENAS

BARRAGENS

O SANGRADOURO
Ou
VERTEDOURO
FUNÇÃO
O Sangradouro é a obra de segurança que
permite a passagem das cheias sem provocar
danos à barragem.
Vazão de Projeto

 Vida econômica de uma barragem  ≈100 anos

 Vazão de projeto do vertedouro  Qp ≥ 100 anos

 Vazão máxima  Qmáx ≥ Qp ≥ Q100


Porte das Barragens

Fonte: Aula Sistemas Extravassores – Luiz Roberto Baretti


Luiz Wagner Angeli
Risco

Fonte: Aula Sistemas Extravassores – Luiz Roberto Baretti


Luiz Wagner Angeli
Cheia de projeto para vertedouros em função do risco
(US ARMY CORPS OF ENGINEERS)
Período de Retorno (Tr)
Dimensão da da Cheia de Projeto
Risco Barragem (CMP)
Pequena 100 anos
Baixo Média 100 anos a 1/2 da CMP
Grande 1/2 da CMP a 1 CMP
Pequena 100 anos a 1/2 da CMP
- Significante Média 1/2 da CMP a 1 CMP
Grande 1 CMP
Pequena 1/2 da CMP a 1 CMP
Alto Média 1 CMP
Grande 1 CMP
CLASSIFICAÇÃO

a) Quanto ao controle

 Com Controle: comportas

 Sem controle
Sem comporta (livre)
Necessidade:
 H  Pequena
 L  Grande

Desvantagens:
 q  Baixa

Vantagens:
 Operação totalmente
automatizada
 custo de manutenção
ínfimo.
Vertedouro com comporta
Necessidade:
 H  Grande
 L  Pequena

Vantagens:
 q  Alta
 Menor área de
inundação.

Desvantagens:
 Construção mais
elaborada
 custo de manutenção
e operação maior.
CLASSIFICAÇÃO (cont.)

b) Quanto à espessura da parede

Vertedor de parede delgada

Vertedor de parede Espessa


Vertedor de parede delgada
Lâmina vertente
(também denominada veia líquida)

Quando o
desenvolvimento da
soleira é menor do que
a lâmina vertente

Soleira
Fundo do canal
Vertedor Creager

Perfil compatível com a face


inferior do jato em um Vertedor
de parede delgada para as
condições de projeto.

Ex: perfis WES, Creager, Ogee,


Scimemi, De archi...

Mais conhecido e usado é


Vertedor de Perfil Creager
Parede Espessa
Aqueles em que a lâmina vertente é menor do que a
superfície de vertência.

Soleira

e
Condição e > 0,66 H
CLASSIFICAÇÃO (Cont.)
c) Quanto à forma da soleira

Vertedor retangular

Vertedor não retangular


Vertedor não retangular
Vertedouro côncavo
Vertedouro Tulipa
Vertedouro Tulipa
Vertedouro labirinto
Vertedouro labirinto
Canal de aproximação
COMPONENTES Canal de
descarga

Estruturas de controle
de descarga

Dissipador de
energia

Canal de restituição
Dimensionamento
a) sangradouro sem comportas
Q = Cd . L. √ 2g H3/2

Onde:
•Q = Vazão em m3/s
•Cd = Coeficiente de descarga
• L = Largura do sangradouro (m)
•H = Carga no sangradouro (distancia vertical (m) da
•crista da soleira do sangradouro ao nível das águas do reservatório)

Para vertedores de parede espessa Cd = (entre 1,65 e 2,25)


 O DNOCS usa Cd = 1,77
Dimensionamento
b) sangradouro com comportas
Q = Cd . Le. √ 2g H3/2

Le = L-2(nKp+Ka)H

Onde:
•Le = Largura real entre os pilares
•n = número de pilares
•Kp = Coeficiente de contração devido aos pilares
•Ka = Coeficiente de contração devido ao emboque
•Le = Largura efetiva do sangradouro (m)
Para vertedores de parede delgada

Q = Cd . L . H3/2

Onde:
•Q = Vazão em m3/s
•Cd = Coeficiente de descarga
•L = Largura efetiva do sangradouro (m)
•H = Carga total sobre a crista do sangradouro

Cd = f (p/H, relação da forma da crista com a lâmina ideal,


do talude
do paramento de montante)
p = profundidade do canal de chegada
Coeficiente de Descarga
Função da forma da soleira, da altura de fundo, da inclinação do
paramento a montante, do nível e da velocidade d’água.
(p1/2/s)

Determinação do valor básico em função de H e P


Vertedouro Perfil Creager
Geometria do Creager:
Depende da lâmina a vertente H0

Bibliografia indicada para dimensionamento do Creager:


a) Hidráulica de los Canales Abiertos – Ven Te chow, Mc Graw-Hill,
1986;

b) Curso de Barragens de Terra (com vistas ao nordeste brasileiro)


Luis Hernani de Carvalho – Vol. 4, 1996;

c) Diseño de Presas Pequeñas – Uited States Department of the


interior - Bureau of Reclamation.
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA

A água que retorna ao leito de um rio, a jusante de uma barragem,


apresenta grandes quantidades de energia cinética, que devem ser
reduzidas antes de retornarem ao curso d’água original, sob pena de
ocasionar excessiva erosão à jusante das estruturas –
comprometendo a estabilidade da própria barragem.

Existem inúmeras formas de se dissipar energia, e estas são


escolhidas, levando-se em conta basicamente a eficiência hidráulica e
o custo (o material do leito do rio poderá implicar em uma maior ou
menor dissipação de energia, sendo ele resistente ou não).
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA (Cont.)

As estruturas podem ser divididas em grupos:

 Estruturas que dissipam em seu interior grande parte da


energia: usadas quando não há pouca resistência do leito
do rio à ação do escoamento;

 Estruturas que dissipam parte da energia em seu interior:


neste caso, parte da energia será dissipada pelo leito do rio,
principalmente aonde o jato incide.
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA (Cont.)

São basicamente três estruturas de dissipação de energia:

 Estruturas de dissipação por ressalto hidráulico


(convencionais);
 Estruturas de dissipação em concha – “roller bucket”;
 Estruturas de lançamento de jato ao ar livre – salto esqui.
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA (Cont.)

Estruturas de dissipação por ressalto hidráulico


convencionais
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA (Cont.)
Estruturas de dissipação em concha – “roller bucket”;
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA (Cont.)

 O perfil de vertedor em degraus pode ser utilizado como forma


de dissipação de energia e sua eficiência restringe-se a vazões
não elevadas.

 A topografia, a geologia, o tipo da barragem, o arranjo geral das


obras, os parâmetros hidráulicos, comparações econômicas,
freqüências de operação e riscos associados são alguns dos
fatores levados em conta na construção de bacias de dissipação.
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA (Cont.)
Perfil de vertedor em degraus
MUITO OBRIGADA !!!!!!

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