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SOS
JUS NAUFRAGGI - (Primeiros séculos da idade média) o navio
naufragado tinha o seu carregamento e objetos salvos confiscados pelo
senhorio da localidade. A punição era em função da imperícia ou falta
cometida pelo náufrago e a exclusão de estrangeiro que entra em território
alheio.

OBRIGATORIEDADE DO SOCORRO - Convenção de Bruxelas (1910)


(ratificada em 12/07/1913) artigo 1º- todo comandante é obrigado, tanto
quanto lhe seja possível, sem grave perigo para seu navio, respectiva
tripulação e passageiros a prestar assistência a qualquer pessoa ainda que
inimiga encontrada no mar com risco de se perder.

INDENIZAÇÃO POR SERVIÇOS PRESTADOS -

Convenção de Bruxelas (1910)

1. Salvamento de pessoas - sem remuneração


2. Salvamento de pessoas e cargas - quem salvar pessoas recebe parte
da remuneração concedida aos salvadores do navio, carga e
acessórios.

Contrato do lloyd’s

“no cure, no pay”

• - Documento que estipula que em caso de sucesso total ou parcial da


faina de salvamento, os salvadores terão direito a soma previamente
estabelecida pelos serviços prestados.

• Não é estritamente necessária a assinatura, basta a uma declaração


(aceito), ou troca de mensagem entre navios se submetendo ao
contrato mencionado.

NA MB - SERÃO GRATUITOS:

• 1) A salvaguarda da vida humana;

• 2) os serviços prestados a navios de guerra nacionais e estrangeiros;


e
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• 3) os serviços prestados a embarcações de pesca de bandeira


brasileira, até 50 toneladas brutas.

• Os demais serviços serão cobrados de acordo com as portarias nº


1146 e 1147 do ministro da marinha. (ambas de 06/08/81).

ASSISTÊNCIA E SALVAMENTO

É todo ato ou atividade efetuado para assistir e salvar uma embarcação,


coisa ou bem em perigo no mar, nos portos e vias navegáveis interiores.

BUSCA E SALVAMENTO

É todo ato ou atividade efetuada para prestar auxílio à vida humana em


perigo no mar, nos portos e nas vias navegáveis.

Salvamento = Assistência e salvamento de material

Socorro = Busca e salvamento de vida humana

SALVAMENTO MARITIMO

-Serviço prestado a embarcações envolvidas em acidentes marítimos,


fluviais e lacustres, visando única e exclusivamente à recuperação ou
manutenção das suas condições operativas, bem como a flutuabilidade e ao
seu desencalhe.

REBOQUE MARÍTIMO

- Serviço prestado pelos meios navais da MB, que consiste em levar


determinada embarcação de um porto a outro ou de uma posição no mar
para o porto mais próximo.

NAVIO DE SERVIÇO

Navio de sobreaviso previamente designado, capaz de realizar


determinadas tarefas, em situação de emergência, mediante ordem.

As tarefas atribuídas aos navios de serviço não permitem que eles


sejam designados para reboque contratado ou para fainas de salvamento de
material, a menos que haja risco de vidas humanas no mar (SAR).

NAVIO DE SOCORRO
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Navio aparelhado e adestrado para ser empregado em fainas de


salvamento de material, reboques contratados e demais serviços
indenizáveis.

TAREFAS QUE PODEM SER ATRIBUIDAS AO NAVIO DE


SERVIÇO:

1. Busca e salvamento da vida humana no mar (SAR);


2. Busca e apresamento de embarcações infratoras no mar territorial;
3. Apoio e segurança interna; e
4. Apoio ao sistema nacional de defesa civil.

REQUISITOS MÍNIMOS PARA O NAVIO DE SERVIÇO:

1. Possuir canhão ou metralhadora;


2. Estar atestado de óleo combustível e lubrificante;
3. Estar abastecido para um mínimo de 15 dias no mar;
4. Estar com nível completo de munição (de paz) na área SAR;
5. Ter raio de ação suficiente para operar sob jurisdição distrital;
6. Estar na fase II ou III de adestramento; e
7. Estar pronto para suspender, mediante ordem, dentro do menor prazo
possível, levando um médico e uma equipe de mergulhadores a
bordo.

DESIGNAÇÃO DOS NAVIOS DE SERVIÇO

São designados em caráter de rodízio mensal pelos comandantes de


distritos navais com informação ao comando de operações navais. No 1º
DN, em Manaus e Rio Grande, além do navio de serviço, há um
helicóptero de svc.

GENERALIDADES

O navio de serviço não poderá ser escalado para faina de salvamento,


reboque contratado ou qualquer outra que implique num atraso
incompatível com o apresamento necessário ao cumprimento de tarefas.

As tarefas de busca e salvamento da vida humana no mar tem prioridade


sobre qualquer outra que o navio de serviço esteja realizando.

LIMITE PARA O NAVIO DE SERVIÇO SUSPENDER:

NAVIOS DA ESQUADRA
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Durante o expediente - 4 horas

Fora do expediente/rotina de domingo - 6 h.

GRUPAMENTOS, NAVIOS E FLOTILHAS

Durante o expediente - 2 horas

Fora do expediente/rotina de domingo - 4 h.

 As aeronaves de serviço deverão estar aptas a decolar em no máximo


2 horas.
 Atualização do plano de busca.

CONDIÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA FAINA DE SALVAMENTO


OU REBOQUE

O navio suspenderá quando as condições a seguir forem satisfeitas:

1. Declaração de garantia, preenchimento do questionário para socorro


e depósito prévio;
2. Declaração de compromisso e preenchimento do questionário para
socorro.

Nos casos de salvamento ou reboque, os meios para a realização dos


serviços somente serão acionados após a aceitação do pedido.

PORTO DE DESTINO DA EMBARCAÇÃO

A embarcação acidentada, após o socorro/salvamento deverá ser rebocada


para o porto mais próximo, entretanto, a critério do comandante do navio
de socorro poderá ser rebocada para outro porto:

1. Por questão de segurança;


2. Por solicitação do responsável pelo navio socorrido após autorização
da autoridade competente.

QUESTIONÁRIO DO ACIDENTADO

Documento que contém todos dados necessários sobre a embarcação, o


acidente e informações complementares e que servirá de subsídio para
melhor desempenho da faina.

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO
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Documento pelo qual o proprietário, armador, comandante, agente,


consignatário ou representante assume a responsabilidade pelo pagamento
integral da quantia que venha a ser cobrada pelo atendimento do serviço
ora solicitado e se compromete a ressarcir o combustível e lubrificante
consumidos durante a faina. Também exime a MB de toda e qualquer
responsabilidade por acidentes ou agravamento de danos que venha a sofrer
a embarcação assistida, no decorrer dos serviços prestados.

DECLARAÇÃO DE GARANTIA

Documento pelo qual proprietário, armador comandante, agente


consignatário/representante após efetuar o depósito prévio se compromete a
pagar o restante da indenização relativa aos serviços prestados pela MB e a
ressarcir, em espécie, o combustível e lubrificante consumidos durante a
faina, e exime de toda e qualquer responsabilidade por acidentes ou
agravamento de danos que venha a sofrer a embarcação assistida no
decorrer do serviço.

CAPACIDADE DE REBOQUE

Fatores a considerar:

1. Adequação do rebocador ao meio a ser rebocado.


2. Determinação da potência necessária para realização do reboque.
3. Determinação dos fatores que influem na resistência oferecida pelo
rebocado:
a. Deslocamento e área vélica
b. Características das obras vivas
c. Condições meteorológicas

POTÊNCIA DOS REBOCADORES:

PODE SER VERIFICADA EM VÁRIOS PONTOS DO SISTEMA


PROPULSOR.

INDICAÇÕES DE POTÊNCIA

A) IHP (Indicated Horsepower) – Obtida a partir dos parâmetros da


máquina propulsora.

B) BHP (Brake Horsepower) – Medida no acoplamento do eixo da MP, por


meio de um freio mecânico, hidráulico ou elétrico.
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C) SHP (Shaft Horsepower) – Potência útil transmitida pelo eixo.

D) PHP (Propeller Horsepower) ou

DHP (Delivered Horsepower) - Potência No Hélice. Potência realmente


entregue ao hélice.

E) Bollard Pull - Puxada com Velocidade Zero.

DISPOSITIVOS DE REBOQUE

Elemento de ligação entre o rebocador e o rebocado. Sua escolha depende


dos meios disponíveis e da embarcação ou estrutura a ser rebocada.

TIPOS DE DISPOSITIVOS

Tipos de dispositivos de reboque empregados em alto mar:

 Pernada singela;
 Com cabresteira.

PERNADA SINGELA: Constituído por um cabo de reboque e por um


virador, opcional, a ser ligado à estrutura do rebocado ou a uma seção de
sua amarra.

DISPOSITIVO COM CABRESTEIRA

Composto por duas seções de cabo do mesmo comprimento, podendo ser


de aço, manilha, nylon ou duas seções de amarra de mesmo comprimento.
A escolha do tipo de cabresteira depende das facilidades confecção,
instalação, peso do dispositivo e sua segurança.

REBOQUE DE EMBARCAÇÕES FRÁGEIS

Nas embarcações a vela, normalmente, o mastro é um acessório estrutural.


Entretanto, a amarração somente deverá ser feita no mesmo após consulta
prévia.

RETINIDA

É utilizada para iniciar a passagem dos cabos do rebocador para o


rebocado. São lançadas por meio de: rebolos, fuzil lança-retinida ou
foguete lança-retinida. Polipropileno, comprimento ideal de 100m.

CABO MENSAGEIRO
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Utilizado para passar o cabo de leva de um navio para o outro. Cabo de


náilon de 1 ou 1 1/2”. Comprimento ideal de 100m.

CABO DE LEVA

Utilizado para passar o cabo de reboque. Cabo de náilon de 3 ou 3 1/2”.


Comprimento 220m

VIRADOR

Seção de cabo de aço, nylon ou amarra, de comprimento variável, opcional,


destinado a aumentar o peso, sua a elasticidade ou facilitar a fixação no
rebocado.

REBOQUE A CONTRABORDO

Amarração padrão: lançante de 7”, spring de 8”, través de 8”.

• Lançante: Transmite esforços ao rebocado durante o movimento de


máquinas atrás.

• Spring: Transmite esforços ao rebocado durante o movimento de


máquinas avante.

• Través: Responsável em manter o rebocado junto ao rebocador, em


máquinas adiante.

RESPONSABILIDADES E PREUCAUÇÕES

 O responsável pela navegação é o rebocador.


 No planejamento da derrota; o calado, a boca do rebocado assim
como o comprimento do dispositivo devem ser considerados.
 Quando rebocar navios muito altos, designar um oficial munido
de transceptor portátil, para permanecer no rebocado ou uma
embarcação no bordo oposto.
 Aproveitar os efeitos de vento e corrente para auxiliarem nas
manobras.
 As guinadas com segmento devem ser lentas e no máximo de 10
graus.
 O leme do rebocado deve ser utilizado para auxiliar a manobra.
Caso esteja inoperante, mantê-lo a meio.

UM REBOCADOR E VÁRIOS REBOCADOS


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 Árvore de natal
 Empregado em reboques oceânicos de barcaças.
 Necessita de grandes profundidades.
 Honolulu
 Permite a ligação independente de 2 barcaças.
 Facilita a entrega do reboque.
 Tandem (em série)
 O rebocador fica ligado à primeira barcaça, a segunda à primeira e
assim por diante.
 Recomendável para águas interiores.

VÁRIOS REBOCADORES E UM REBOCADO

 Tandem (em série)


 Há um grande esforço na máquina de reboque do rebocador mais
próximo ao rebocado;
 Utilizado somente quando não houver mais que um acessório
estrutural para fixação do dispositivo;
 Caso os rebocadores sejam de classes diferentes, o mais potente
deverá talingar o seu cabo de reboque no rebocado.
 Paralelo
 A resistência do reboque é distribuída pelos dois rebocadores quando
os dispositivos têm o mesmo comprimento.
 Maior risco de colisão quando os dispositivos têm o mesmo
comprimento.

GOVERNO DOS NAVIOS EM FAINA DE SOCORRO E


SALVAMENTO

Durante o reboque, para que o navio não perca o governo, o ponto de


aplicação da força de reboque deve ser bem avante do ponto de aplicação
da força do leme. (cabeço em “h”) a situação ideal seria a aplicação da
força de reboque no centro geométrico do RbAM/Corveta.

LIMITADORES

 Obrigatório na passagem e no recolhimento do dispositivo.


 Só deverá ser empregado com cabo de reboque livre de esforços e de
tração.
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 Limitam o passeio do cabo de reboque deixando-o alinhado na popa


do rebocador.

FLUTUADORES

 Utilizar principalmente, em reboques onde o rebocado está fundeado.

 Quatro na mão do cabo de reboque e um a cada vinte metros.

CAUSAS DE AVARIAS NO CABO DE REBOQUE

 Atrito;

 Aduchamento inadequado no tambor;

 Lubrificação deficiente;

 Esforço demasiado;

 Falta de proteção contra umidade e

 Água salgada;

 Aceleração súbita; e

 Tocar o fundo.

MORDIDAS

 Usar pedaços de madeira, ou almofadas de metal macio ou madeira


dura.

 Cabos de aço não devem ser passados em cabeços com diâmetro


inferior a 12x o seu.

 Amarras não devem ser passadas em cabeços com diâmetro inferior


a 20x o seu.

SUBSTITUICÃO DOS CABOS DE ARAME

OS CABOS DE ARAME DEVEM SER SUSTITUÍDOS QUANDO:

 Os arames estiverem partidos, num mesmo ponto, em cerca de 8 a


20%;

 15 a 20 % dos arames que constituem um cordão estiverem partidos;


e
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 Os arames externos estiverem gastos de 1/2 a 1/3 do seu diâmetro


original.

RESISTÊNCIA DOS ACESSÓRIOS

CARGA DE RUPTURA: Exprime a menor carga capaz de partir um


acessório. É tabelado pelo fabricante.

CARGA DE TRABALHO: Carga máxima a que se deve submeter um


acessório em serviço.

FATOR DE SEGURANÇA: Relação entre a carga de ruptura e a carga de


trabalho. FS = CR / CT

CABOS DE REBOQUE EM USO NA MB

CAEEA. Aço de arado: termo usado na Inglaterra para aços de alta


qualidade. 6 X 37: Normalmente a madre do cabo é de linho cânhamo
alcatroado para não absorver umidade, evitando-se assim a deterioração
dos arames internos. O cabo empregado em reboque é galvanizado.

USO DE GRAMPOS:

Muito empregado para confeccionar alças provisórias em cabos de aço,


inclusive mão do cabo de reboque. Resistência do cabo cai 15%.

USO CORRETO:

Número de grampos usados: N = (3 x D) + 1 , Mínimo de 3 grampos.

Espaçamento entre os grampos: Nunca inferior a 6 vezes o diâmetro do


cabo.

Reapertar os grampos a cada operação de tração.

O vergalhão deve ficar sobre o chicote do cabo e a base sobre o seio.

CUIDADO COM OS CABOS DE AÇO

 A lubrificação será feita com graxa.


 Cabos com arames partidos ou outras indicações que sofreu esforço
excessivo, dobra demasiada ou cocas.
 Guardar em sarilhos ou aduchas.
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 Lavar com água doce, limpar com escovas de arame e lubrificar após
ter sido usado, usar sempre graxa própria para garantir a lubrificação
interna.

GRAXA PARA CONSERVAÇÃO DE CABOS DE REBOQUE

Fluído de base asfáltica diluído em solvente.

CUIDADO COM OS CABOS DE FIBRA E SINTÉTICOS

 Nunca submeter a esforços, cabos que já tenham trabalhado próximo


à carga de ruptura ou em serviço contínuo;
 Não recolher ao paiol, os cabos que não estiverem bem secos;
 O cabo molhado deve ser solecado;
 Nunca permitir a aproximação do pessoal de cabos de nylon sob
tensão.

TRABALHOS QUE ENFRAQUECEM OS CABOS

Emenda em cabos:

Costura de laborar 50% Lais de guia 60%


Costura redonda 85% Volta de fiel 60%
Costura de mão 90% Nó de escota 55%
Volta de fateixa 75% Nó direito 45%
Volta da ribeira 70% Meia volta 45%
Volta redonda e dois cotes 70%
A FAINA DO REBOQUE

 Planejamento e arrumação;
 Número de homens empregados;
 Entrosamento comando-popa;
 Material empregado;
 Emprego de lanchas e flutuadores; e
 Desenvolvimento da faina.

PLANEJAMENTO E ARRUMAÇÃO DA POPA

 Preparação adequada à faina a ser desenvolvida.


 Sempre que possível, realizar a preparação no porto, onde as
condições de tempo, mar e as proximidades de fontes de
suprimento necessárias facilitam enormemente o planejamento da
faina.
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NÚMERO DE HOMENS EMPREGADOS

 Não devem ser muitos (cinco é suficiente)


 Devem ser homens experientes e safos.

ENTROSAMENTO COMANDO-POPA

 Deve ser feito através do imediato, posicionado num convés superior


o mais próximo possível da popa.
 Walk-talk é melhor que telefone.

ENTROSAMENTO REBOCADOR-REBOCADO

 Reunião prévia se possível.


 Walk-talk com a freqüência previamente combinado.
 Preenchimento correto do questionário do acidentado, atenção ao
leme, ao hélice e amarra pronta para largar.

MATERIAL EMPREGADO

 Retinida: se possível, exclusivamente para a faina de reboque.


 Selecionar os melhores arremessadores por meio de competições.
Comprimento adequado 45 braças (aprox. 100m).

FUZIL LANÇA-RETINIDAS: Ter mais de um pronto para uso imediato.

FOGUETE LANÇA-RETINIDA: Não deve ser lançado contra navios


conduzindo inflamáveis.

DESENVOLVIMENTO DA FAINA

GUARNECER O REBOCADO VISANDO:

A verificação dos melhores pontos para fixação do dispositivo;

Orientar o recebimento do dispositivo;

Inspecionar e pedir informações julgadas necessárias quanto às condições


de segurança do rebocado.

Transmitir ao rebocado instruções do comandante do rebocador.

Uma equipe do rebocador deverá permanecer no rebocado durante o


efetivo reboque. Caso haja necessidade de deixar bombas a bordo do
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rebocado, verificar se existe combustível suficiente para o tempo estimado


de reboque.

ÂNGULO DE PERMANÊNCIA

Ângulo formado pela linha proa - popa, de um navio à matroca, com a


direção do vento/mar.

TRANCOS

Caso o comprimento do cabo de reboque seja inferior ao calculado, haverá


grande probabilidade de ocorrerem trancos no cabo.

Os trancos ocorrem com maior freqüência no início da puxada.

Caso o comprimento do cabo de reboque seja superior ao calculado, a


velocidade de avanço será menor.

POSSÍVEIS PROBLEMAS DURANTE O REBOQUE

CABECEIO

Posicionamento irregular do rebocado assumindo posições variadas na


popa do rebocador, acarretando no aumento da resistência ao deslocamento
do reboque.

PRINCIPAIS CAUSAS:

1. Rebocado com trim av;


2. Banda;
3. Projeções nas obras vivas; e
4. Baixa velocidade do reboque

MEDIDAS PARA REDUZIR OU EVITAR

1. Trimar o rebocado pela popa;


2. Alterar a velocidade de reboque;
3. Usar o leme.

ATRITO NO CABO DE REBOQUE E NA AMARRA

Para evitar o excessivo desgaste destes materiais, é necessário refrescar a


mordida, alterando o ponto de atrito do cabo de reboque e da amarra do
rebocado.
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Cabo de reboque - a cada 4 horas (rebocador) e 2 horas (corveta);

Amarra - uma vez por dia.

Na impossibilidade de pagar ou recolher o cabo de reboque ou a amarra do


rebocado, o cabo de reboque deverá ser vestido com uma meia cana de
proteção e a amarra deverá ter instalado na buzina zero um material macio
como madeira.

Alterar o ponto de apoio do dispositivo (trocar a buzina no rebocado) -


último caso.

Utilizar um rebocador pela popa do rebocado (adequado em rios e lagos);

Prover resistência ao reboque pela popa do rebocado (usado em diques


flutuantes sem leme).

REBOQUE DE SUMARINO - CLASSE TUPI

 COMPOSIÇÃO DO DISPOSITIVO:

Um cabo de nylon torcido de 3,5” ( aproximadamente de 30 metros) que


está conectado na proa através de uma patola, que pode ser liberada do
passadiço em caso de emergência. A outra extremidade está localizada no
piso externo ao lado da vela por BB e o seu seio abotoado ao longo do
costado. A mão do dispositivo e constituída de uma alça (tipo espia).

PROCEDIMENTOS PARA O INÍCIO DA FAINA:

A retinida lançada do submarino para o rebocador será recebida no convés


principal para passagem do mensageiro, cabos de leva e de reboque do
rebocador.

O submarino entrará com os cabos até a chegada da mão do cabo de


reboque.

A mão do cabo de reboque do rebocador será talingada ao cabo de reboque


do submarino através de um manilhão.

O cabo de leva que anteriormente permanecia suportando peso do cabo de


reboque será solecado e recolhido a bordo.
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O rebocador aumentará sua velocidade gradativamente manobrando para


que o cabo de reboque do submarino seja liberado do seu alojamento
rompendo os botões.

PROCEDIMENTO PARA LARGAR O REBOQUE:

O rebocador reduzirá gradativamente sua velocidade. O comprimento do


cabo de reboque deve ser controlado para impedir que o mesmo arraste no
fundo do mar

NÃO ESTÁ PREVISTO O REBOQUE PELA AMARRA NESTA


CLASSE DE SUBMARINO.

PROVIDÊNCIAS INICIAIS PARA REBOQUE PORTO A PORTO

1- PREPARAÇÃO DO REBOCADO.

O CASCO deve estar estanque á água, e em boas condições de


rigidez, todos os equipamentos presos ao convés. Se existir material
volante de grande dimensão, pode ser soldado no convés. No caso de
barcaça verificar rigorosamente as condições internas do cavername,
chapas e das soldas em 1/5 do comprimento a partir de vante.

TER ATENÇÃO a presença de água no interior do casco indicando a


possibilidade de rede avariada ou infiltração no casco. Atenção especial à
situação da bucha.

Verificar a estanqueidade de portas, escotilhas e vigias (soldar chapas se


não houver segurança).

SUPERESTRUTURA

Protegê-la contra mar grosso retirando ou peando todo o material volante,


assegurando-se da estanqueidade de portas, escotilhas e vigias.

Para evitar que em certos reboques, como de diques e barcaças, a força das
ondas venham a ser exercida diretamente nos equipamentos do convés, são
construídas na proa, proteções de madeira em forma de “v”.

BOMBA DE ESGOTO
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Caso o rebocado não possua energia, devem ser deixadas bombas de


esgotos portáteis com combustível suficiente. As bombas deverão ser
testadas antes do reboque.

VÁLVULAS

Válvulas que tem comunicação com o mar deverão estar fechadas.

Válvulas de descargas acima da linha d’água devem ser flangeadas ou


terem suas descargas bujonadas.

HÉLICES

Grande resistência ao avanço, reboques longos se possível removê-los, se


não puder, desacoplar o eixo do motor, para que o hélice gire livremente
por ação do deslocamento da água. (atenção à lubrificação dos mancais).

LEME

Sempre que possível utilizá-lo. Caso contrário travá-lo a meio.

FERRO

O rebocado deve ter um ferro sempre pronto para largar.

REFLETOR RADAR

Utilizado em embarcação de madeira ou embarcações baixas, como chatas.

LUZES

Manter as de navegação, célula foto elétrica no rebocado sem energia


alimentada por baterias lanterna a querosene quando houver quem a
reabasteça.

CÓDIGO DE APITO

1 curto = estou guinando para BE

2 curtos = estou guinando para BB

2 longos = continue

1 longo 2 curtos = pare

2 longos 1 curto = mais rápido


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2 curtos 1 longo = entrar o cabo

2 longos 5 curtos = soltar o cabo

1 curto 2 longos = deixar sair mais cabo

3 curtos = agüentar assim

5 curtos 5 curtos - 5 curtos = estou soltando o cabo (emergência)

ANTES DO REBOQUE

Estudar as derrotas, antigos relatórios e cartas pilotos.

Estudar as Inspecionar o cabo de reboque e material a ser empregado no


dispositivo.

Solicitar previsão meteorológica para a área do trajeto a ser realizado.

Caso o rebocado esteja sem guarnição, deixar pronto um dispositivo de


emergência para o caso de avaria no dispositivo principal.

Estabelecer os pontos onde o atrito será maior e providenciar as precauções


necessárias.

Refrescar a mordida, pagando ou recolhendo cabo de reboque de 4 em 4


horas. no caso de amarras, uma vez ao dia.

As alterações de rumo deverão ser feitas de 5° em 5°.

O cabo de reboque não deve ser passado para um navio à matroca durante
mau tempo, somente em situações de emergência.

Em mau tempo adotar o rumo que menos tracionar o cabo de reboque.

Em locais de pouca profundidade, reduzir o comprimento do dispositivo.

COMO ENTREGAR O REBOQUE

Comunicar ETA à autoridade naval do porto de destino. Precauções com


tráfego de mercantes.

Solicitar auxílio de rebocadores de porto. Ao se aproximar do destino,


encurtar o dispositivo. Cuidado para não ultrapassar o rebocado.

Não deixar o dispositivo pousar no fundo.


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No ponto determinado, mandar o rebocado fundear. Rebocador fundeia


simultaneamente.

Se necessário, rebocadores de porto para segurar a popa do rebocado.

Rebocado colhe sua amarra e destalinga o cabo de reboque ou, se estiver


usando cabresteira, entra com o leva /cabo de recolhimento aliviando o
esforço sobre a cabresteira.

Rebocado devolve o dispositivo pagando leva/cabo de recolhimento sem


largá-lo.

O rebocador colhe o cabo. Lavar o cabo, com água doce, durante o


recolhimento.

EM CASO DE AFUNDAMENTO DO REBOQUE

ANTES DE AFUNDAR

Estar pronto para deixar correr todo o cabo de reboque, se em águas


profundas, ou a parte necessária, se em águas rasas.

Procurar levar o navio acidentado para águas fora das rotas mais
navegadas.

B) DEPOIS DO AFUNDAMENTO

Marcar a posição do naufrágio de maneira precisa e informar à DHN.

Deixar uma bóia no local do naufrágio, se o mesmo se deu em águas rasas.

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