Um navio graneleiro sofreu danos materiais durante operações de carregamento no terminal TERMISA no Rio Grande do Norte devido a fortes ventos e chuva. Uma investigação concluiu que o carregador de navio ficou sem controle sob a ação do vento e atingiu estruturas do navio. O navio foi condenado por deficiência na manutenção do carregador que contribuiu para o acidente.
Um navio graneleiro sofreu danos materiais durante operações de carregamento no terminal TERMISA no Rio Grande do Norte devido a fortes ventos e chuva. Uma investigação concluiu que o carregador de navio ficou sem controle sob a ação do vento e atingiu estruturas do navio. O navio foi condenado por deficiência na manutenção do carregador que contribuiu para o acidente.
Um navio graneleiro sofreu danos materiais durante operações de carregamento no terminal TERMISA no Rio Grande do Norte devido a fortes ventos e chuva. Uma investigação concluiu que o carregador de navio ficou sem controle sob a ação do vento e atingiu estruturas do navio. O navio foi condenado por deficiência na manutenção do carregador que contribuiu para o acidente.
N/G “BALTIC COUGAR”. Avaria em carregador com danos materiais. Deficiência
de manutenção. Condenação.
Lidos, relatados e discutidos os autos.
No dia 29 de marco de 2020, o Navio Graneleiro “BALTIC COUGAR” sofreu avarias, com danos materiais, quando atracado no terminal TERMISA/RN, enquanto estava sendo carregado. No inquérito, realizado pela Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN), foram ouvidas testemunhas, realizado laudo pericial e juntada a documentação de praxe. Verifica-se que em 29 de marco de 2020, o Navio Graneleiro “BALTIC COUGAR”, classificado para atividade de carga em mar aberto, medindo 189,99 metros de comprimento procedente do Porto de Santos/SP, chegou a Areia Branca/RN no dia, com a finalidade de receber um carregamento de sal num total de 31117 toneladas. O navio permaneceu no fundeadouro interno do TERMISA/RN, atracando neste terminal somente às 10h20min do dia 07 de abril 2020, tendo iniciado as operações de carregamento às 11h40min do mesmo dia. Durante todo o dia, as operações ocorreram sem anormalidades, com paradas ocasionais devido a falhas no carregador de navio do terminal ou por ocasião de condições meteorológicas desfavoráveis. Durante a permanência do navio no TERMISA, encontrava-se a bordo deste, o Supervisor de Carregamento da Agencia Marítima Arrow Shipping Company, o Sr. MANOEL DE JESUS SANTOS, elo de comunicação entre navio e terminal. Por volta das 21h40min, em razão de uma forte chuva, o Imediato chamou o Supervisor de Carregamento e solicitou que fizesse contato com o TERMISA, a fim de parar o carregamento e retirar o carregador de navio. A comunicação foi feita com o TERMISA, via rádio, e a operação de carregamento foi interrompida. Entretanto, aos 22h05min, quando o operador tentou movimentar o carregador para fora do navio girando este para a esquerda, sentido contrário à direção do vento, devido à posição da tampa do porão que ocupava o lado oposto, o motor do carregador recebeu uma sobrecarga em face da ação do vento e desarmou o disjuntor, deixando o carregador de navio sem comando, a mercê do vento e da chuva. Ato contínuo, o equipamento foi jogado para direita, indo de encontro ao guindaste nº 2 do navio, amassando sua balaustrada e avariando o refletor do carregador. As tampas do porão foram finalmente fechadas e a equipe de manutenção do TERMISA foi acionada para verificar a situação do carregador e rearmar o disjuntor, voltando este a funcionar, porém o refletor continuou apagado. Às 23h03min, o operador voltou a movimentar o carregador para a posição de estacionado, no entanto foi surpreendido por uma rajada de vento lançando o equipamento sobre a balaustrada do convés principal, a meia-nau por bombordo, amassando-a e danificando parte de uma escada de quebra peito que se encontrava no local. As 03h30min do dia 12/04/2020, quando as condições meteorológicas abrandaram, as operações de carga entre o navio e o TERMISA foram retomadas. Em decorrência do acidente da navegação, o Navio Mercante “BALTIC COUGAR” sofreu as seguintes avarias: uma mossa de 1,37m da balaustrada do convés principal por bombordo,