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Ministro da Educação
Paulo Renato Souza
Secretária Executiva
Maria Helena Guimarães de Castro
Educação Especial
Apresentação .................................................................................................................................. 4
Introdução.......................................................................................................................................6
Educação Especial..........................................................................................................................7
1. A História do Esforço Ativo pelo Respeito à Dignidade das Pessoas que Apresentam
de 1995.............................................................................. , .....................................................10
Resultados ....................................................................................................................................18
Bibliografia ..................................................................................................................................22
Toda a produção editorial do Ministério da Educação, nestes oito anos, teve como objetivo
primordial oferecer suporte para a implementação das reformas e políticas definidas em relação aos vários
níveis do ensino. O Ministério da Educação procurou liderar as transformações do sistema de educação de
nosso país. Na educação especial, a orientação geral da política educacional foi a de promover a inclusão
dos portadores de necessidades especiais nas classes e escolas do ensino regular.
A prática dessa política, com seu enorme êxito, constitui-se de fato em um importante
componente da política de universalização do acesso ao ensino fundamental. Assim como era importante
criar os meios para incluir na escola o segmento de população afastado das políticas públicas devido à
carência económica, era também essencial promover a inclusão dos que estavam fora da escola devido a
alguma deficiência.
O nosso desafio na implantação das políticas foi criar uma estratégia para atingir o conjunto do
sistema, efetuar uma mudança de cultura e conseguir resultados qualitativos. Evitamos assim a imposição
de programas ou projetos definidos pelo Ministério, buscando sempre a persuasão para que fossem
adotados pelas instâncias descentralizadas. Km um país federativo como o nosso; se o governo federal
tiver a ilusão de que ele vai determinar, ém cada momento, cada passo que vai ser dado, certamente se
perderá numa tecnocracia soberba e sem eficácia. Por todas essas razões era preciso que os programas e
projetos estabelecidos tivessem alta qualidade técnica para que fossem aceitos pelas outras instâncias de
governo. Por outro lado, era também importante ser convincente na argumentação.
Essas perspectivas estiveram sempre presentes na produção editorial do Ministério da Educação.
As publicações neste período servem justamente ao propósito de orientar os gestores do sistema de
educação brasileiro. Procuram convencer sem impor, liderar sem submeter.
É esse também o propósito da presente publicação: a um só tempo, deixar o registro do muito que
foi feito e buscar a sustentabilidade de políticas, programas e ações que, acreditamos, contribuem muito
para a construção de um país melhor e mais justo. Na educação, as coisas não acontecem da noite para o
dia. O processo é lento, difícil. Por isso publicações desta natureza são extremamente importantes para
balizar políticas e debates públicos.
A história da atenção educacional aos portadores O Plano Setorial de Educação e Cultura, por sua
de deficiência, no Brasil, é a que vai do simples vez, (1972-1974) incluiu a Educação Especial no
asilamento institucional ao reconhecimento e ao rol das prioridades educacionais no País (Projeto
atendimento, com qualidade técnico-científica, as Prioritário n°. 35).
suas necessidades educacionais especiais, no
espaço comum da escola. A década de 70 registrou o fortalecimento das
organizações não-governamentais, provocando,
em 1973, por influência dessas entidades, a
criação do Centro Nacional de Educação
A Lei de Diretrizes e Bases, de 1961, assumia,
como política pública, o fortalecimento do setor Especial (CENESP) (órgão responsável pela
privado na atenção à pessoa portadora de
deficiência.
política de educação especial no país) vinculado
ao Gabinete do Ministro da Educação.
A pessoa com necessidades educacionais especiais Para isso, o Ministério vem desenvolvendo
foi reconhecido o direito ao pleno acesso e total diferentes ações no sentido de promover os
possibilidade de participação na comunidade.
ajustes e as adaptações que respondam às
necessidades educacionais dos alunos.
Conforme se pode constatar na Figura 01, o Certamente esse percentual é baixo, quando se
número de alunos com necessidades pensa no universo estimado de pessoas que
educacionais especiais matriculados aumentou de apresentam uma deficiência; entretanto, não se
aproximadamente 337.000 (01.03.1998), para tem registro anterior de índices de aumento
404.000 (01.03.2001), perfazendo um aumento semelhante, em qualquer momento da história da
de 19,9%, em três anos. Educação Especial no país.
2. Alunos beneficiados na Educação Especial com recursos do Ministério da Educação-FNDE.
Figura 02. Frequência de alunos beneficiados por serviços de Educação Especial, com recursos do Ministério da
Educação/FNDE, no período de 1998 a 2001.
Figura 03. Evolução da matrícula de alunos com necessidades especiais, de 1998 a 2001, por modalidade educacional de
atendimento.
A Figura 03, por sua vez, indica que nesse Embora dados quantitativos, por si só, não
mesmo período, 1998 a 2001, houve um pequeno garantam que a inserção de alunos com
decréscimo de matrículas em escolas necessidades educacionais especiais em classes
especializadas e classes especiais. O mesmo comuns assegure que estas tenham se tornado
período registrou um acréscimo de matrículas em efetivamente inclusivas, o aumento do acesso
classes comuns, do ensino regular. desse alunado é indicativo do sucesso da política
em desenvolvimento.
Em março de 1998, eram 2.739 (49,7%) os Este dado também mostra claramente a
municípios (dentre os 5.507 municípios caminhada ascendente que se está construindo,
brasileiros) que ofereciam Educação Especial. na direção da garantia do acesso escolar aos
Em março de 2001, registrou-se um aumento de alunos com necessidades especiais.
9,9%, perfazendo um total de 3.295 municípios.
5. Número de funções docentes da Educação Especial
índice apurado em março de 1998: 37.356 de um total de 1.439.064 de professores da educação básica 2,6%
índice apurado em março de 2001: 42.750 de um total de 1.538.011 de professores da educação básica 2,8%
FONTE: Ministério da Educação/INEP (CENSO ESCOLAR)
Apesar de os números parecerem insignificantes, Importante registrar que a educação inclusiva não
constata-se um avanço no processo de expansão diz respeito tão-somente à educação especial e
e melhoria da educação especial, no tocante à sim à reforma do sistema educacional em seu
qualificação de professores. O foco de atenção da conjunto. Entretanto, as ações empreendidas
Secretaria de Educação Especial, dentro da somam-se ao esforço do governo brasileiro no
política de inclusão escolar, é principalmente sentido de construir uma boa escola para todos.
trabalhar com professores do ensino
fundamental. Para tanto, a
Bibliografia
ARANHA, M.S.F. (2001) Raízes Históricas da Educação Especial: Ministério da Educação / SEESP (1996). Relatório de Gestão da Secretaria
Reagindo ao Texto. Marília: UNESP. de Educação Especial, 1996. Brasília.
BRASIL (1934). Constituição da República Federativa do Brasil Rio de Ministério da Educação / SEESP (1997). Relatório de Gestão da Secretaria
Janeiro. de Educação Especial, 1997. Brasília.
_____ (1961). Lei de Diretrizes e Bases da Educação, n°. Ministério da Educação / SEESP (1998). Relatório de Gestão da Secretaria de
Educação Especial, 1994-1998. Brasília.
4024/1961. Rio de Janeiro.
Ministério da Educação / SEESP (1999). Relatório de Gestão da Secretaria de
_____ (1971). Lei 5.692/1971. Brasília.
Educação Especial, 1999. Brasília.
CUVO, A. (1996). Values and Paradigms: Paradigm Shift: froin facility- UNESCO (1994). Declaração de Salamanca. Brasília: CORDE.
based care to Empowerment. Carbondale. Illinois: Southern Illinois
University. Texto digitado.
Expediente
Elaboração do Texto
Ministro da Educação
Maria Salete Aranha
Paulo Renato Souza
Secretaria de Educação Especial
Secretária Executiva
Maria Helena Guimarães de Castro
Secretária da SEESP
Secretaria de Educação Fundamental Marilene Ribeiro dos Santos
Iara Gloria Areias Prado
Coordenadora Geral da SEESP
Secretaria de Educação Média e Tecnológica Raul Lu/imar Camões Peixoto
David do Valle Junior
Chefe de Gabinete da SEESP
Secretaria de Educação Superior Ivana Siqueira
Francisco César de Sá Barreto
Ministério da Educação Esplanada dos
Secretaria de Educação Especial Ministérios Bloco "L" 70047-900 - Brasília
Marilene Ribeiro dos Santos - DF - Brasil http://www.mec.gov.br
Produzido cm papel Reciclato da Cia Suzano - Papel offset 100% reciclado produzido em escala industrial
Coordenação do Projeto no Brasil, feito a partir de aparas pré e pós-consumo.
Sérgio Tiezz i