Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 APRESENTAÇÃO
1 Os dados do artigo estão baseados na pesquisa de doutorado intitulada “O Programa de Escrita Inventada
na alfabetização de jovens e adultos” (em andamento), com previsão de defesa em fevereiro de 2020, sob
a orientação da Prof.ª Dr.ª Francisca Izabel Pereira Maciel.
2 Coordenado pela Profª. Margarida Martins.
3 Estudos de Lanza (2018), Macêdo (2019), Resende e Montuani (2020).
3 A ESTRUTURAÇÃO DO PROGRAMA
4 Também apresentamos a pesquisa de Reis (2015), que traz um levantamento de estudos que apontam
o Programa Escrita Inventada como uma atividade geradora de conflitos cognitivos para as crianças
participantes, levando-as a refletirem sobre a linguagem escrita, partindo de uma perspectiva socio-
construtivista. Tais autores compartilham, ainda, das ideias de que o trabalho com a Escrita Inventada
permite que as crianças avancem na compreensão e na aquisição do princípio alfabético, uma vez que
os programas proporcionam a construção de conhecimentos a respeito da consciência fonológica, da
relação entre o oral e a escrita, do conhecimento de letras, de reflexões metalinguísticas e das estruturas
do código alfabético (REIS, 2015).
Após o pré-teste foram realizadas oito sessões com cada grupo pesquisado,
totalizando 24 encontros. Cada grupo da pesquisa participou do mesmo número
de encontros e seguiu a mesma ordem de sequência das palavras. Posteriormente,
fizemos uma análise com os resultados finais, comparando o teste do pré-teste e
pós-teste que ocorreu após aplicação final das sessões. Em cada encontro referente
as sessões realizou-se a escrita de três palavras, conforme o quadro abaixo. Cada
encontro durou certa de 1 hora, não estendendo 1 hora e 30 minutos.
A seguir, apresentamos o quadro com as palavras selecionadas usadas
durante as sessões. Grande parte das palavras escolhidas fazem parte de outros
estudos da Escrita Inventada do Grupo de Alfabetização (CEALE/FaE/UFMG),
contudo, algumas modificações foram feitas com a substituição de palavras
consideradas do universo infantil por palavras mais próximas ao vocabulário
usual do público adulto5.
5 Lembramos que as palavras substituídas continuaram respeitando os critérios usados pelo GPA, levando
em consideração a extensão das palavras, a estrutura silábica e a relação de correspondência direta
entre nome da letra e escrita da sílaba inicial.
ORDEM LETRAS
SEQUENCIAL TRABALHADAS
1ª DEDO
2ª GALO
3ª CASA
4ª PAU
5ª BULA
6ª VILA
7ª MEIA
8ª REDE
9ª FOTO
10ª PIPOCA
TOTAL 10
Fonte: elaborado pelas autoras.
6 Reis,2015, Alves Martins, Salvador, Fernández, 2017; Alves Martins, 1994; Alves Martins, Silva, 2010;
Alves Martins, Silva e Lourenço, 2009; Alves Martins e Albuquerque, 2017, Lanza, 2018, Macêdo, 2019,
Resende e Montuani, 2020.
GRUPO 1
Pré-teste Pós-teste
GRUPO 2
92,68% 87,80%
85,37% 85,37%
80,49%
75,61% 73,98%
65,85%
Pré-teste Pós-teste
Fonte: Elaborado pelas autoras com os dados da pesquisa
GRUPO 3
80,49%
75,61%
70,73%
53,66%
48,79%
43,90%
Pré-teste Pós-teste
Fonte: Elaborado pelas autoras com os dados da pesquisa
Tabela 4: Evolução dos grupos na escrita das palavras nos exames do Pré-teste e Pós-teste
GRUPOS EXPERIMENTAIS
87,80%
75,61% 76,69%
73,98%
66,67%
59,08%
54,47%
48,79%
Pré-teste Pós-teste
Fonte: Elaborado pelas autoras com os dados da pesquisa
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
ALVES MARTINS, Maria Margarida d’Orey; SILVA, Ana Cristina; LOURENÇO, Inês. O
impacto de programas de escrita na evolução das escritas inventadas em crianças de
idade pré-escolar. In: Actas do X Congresso Internacional Galego Português de Psicope-
dagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009.
ALVES MARTINS, Maria Margarida d’Orey; SILVA, Ana Cristina. The impact of the arti-
culatory properties of phonemes on the evolution of preschool children’s writing. Applied
Psycholinguistics, n. 31, v. 4, p. 693-709. doi: 10.1017/S0142716410000202, 2010.
ALVES MARTINS, Maria Margarida d’Orey; SALVADOR, Liliana.; FERNÁNDEZ, Manuel.
Montanero. “Otro niño lo escribió así”. Ayuda educativa y resultados de actividades de
escritura inventada. Revista de Educación, n. 377, p. 161-186. doi: 10.4438/1988-592X-
RE-2017-377-357, 2017.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação
verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CID-PROENÇA, Margarida; SILVA, Ana Cristina; REIS, Andreia Cristina da Silva; ALVES
MARTINS, Maria Margarida d’Orey. Programas de Escrita Inventada desenvolvidos com
crianças do pré-escolar. Revista de Estudios e Investigación em Psicología y Educación,
[s.l.], v. extra, n. 9, p. 29-33, nov. 2015.
CORREA, Andreia Alves. Impacto de um programa de ensino para o desenvolvimento de
habilidades metafonológicas e metamorfológicas na aprendizagem inicial da leitura e da
escrita. 2016. 163 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do
Paraná, Curitiba, 2016.
CORREA. Jane A pesquisa-intervenção na investigação do aprendizado da escrita. In:
CASTRO, Lucia Rabello de; BESSET, Vera Lopes, (Orgs.). Pesquisa-intervenção na infância
e juventude. Rio de Janeiro: NAU, 2009. p. 274-293.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
DI PIERRO, Maria Clara; GRACIANO, Mariângela. A Educação de Jovens e adultos no
Brasil: informe apresentado à oficina Regional da UNESCO para a América Latina y
Caribe. São Paulo: Ação educativa, 2003. Disponível em: http://www. acaoeducativa.
org.br. Acesso em: 13 de agosto de 2010.
FERRARI, Ilka Franco. A Ignorância fecunda inerente à pesquisa-intervenção. In: CAS-
TRO, Lucia Rabello de; BESSET, Vera Lopes, (Orgs.). Pesquisa-intervenção na infância
e juventude. Rio de Janeiro: NAU, 2009. p. 87-94.
FERREIRO, Emília Beatriz Maria. Alfabetização em processo. 20. ed. São Paulo: Cortez,
2011.
FERREIRO, Emília Beatriz Maria. O ingresso na escrita e nas culturas do escrito: seleção
de textos de pesquisa. Tradução Rosana Malerba. São Paulo: Cortez, 2013.
FERREIRO, Emília Beatriz Maria; TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita.
Trad. Diana Myriam Lichtenstein et al. Porto Alegre: Artmed, 1985.
GOMES, Maria de Fátima Cardoso; MONTEIRO, Sara Mourão. A aprendizagem e o ensino
da linguagem escrita. Caderno do Professor. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.
v. 2. (Coleção Alfabetização e Letramento).
KLEIMAN, Ângela; VÓVIO. Cláudia Lemos. Letramento e Alfabetização de pessoas jovens
e adultas: um balanço da produção científica. Caderno Cedes, Campinas, v. 33, n. 90,
p. 177-196, maio-ago. 2013. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br . Acesso em:
16 fevereiro 2018.