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DIR INTERNACIONAL PÚBLICO

UNESA CAMPUS CABO FRIO

ALUNO EVERALDO FREDMAN


MATRICULA 201804054445
TURMA 1011
PROF ANA CAROLINA TYMKIW

Caso concreto 5

Tendo em vista o interesse comum de Brasil e Paraguai em realizar o


aproveitamento hidroelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná,
pertencentes em condomínio aos dois países desde e inclusive o salto
Grande de Sete Quedas ou salto de Guairá até a foz do rio Iguaçu, foi
aprovado o Tratado de Itaipu, em 26 de abril de 1973, criando a entidade
binacional Itaipu, considerada um modelo de integração. Contudo,
passados mais de trinta anos, os paraguaios começaram a se insurgir
contra as disposições desse Tratado, alegando que há uma relação de
exploração em favor do Brasil, que se aproveita do seu poder econômico
para submeter o Paraguai a uma condição subalterna. A polêmica se
acentuou com a eleição de Fernando Lugo à Presidência da República do
Paraguai. Com relação a esse Tratado e às polêmicas que gera, é correto que
As reivindicações dos paraguaios são pertinentes, uma vez que, segundo o
Tratado de Itaipu, ao Brasil cabem 95% da energia produzida pela Itaipu
e ao Paraguai os 5% restantes, proporcionais ao aporte financeiro
realizado por cada país na construção da usina e Por ser uma entidade
binacional, as instalações e obras realizadas em cumprimento ao Tratado
de Itaipu conferem ao Brasil e ao Paraguai o direito de propriedade ou de
jurisdição sobre o território um do outro. (UFPR ? adaptada)
RESPOSTA: No Tratado de Itaipu não a previsão que autoriza o jurisdicionamento o
direito de propriedade de um território sobre o outro por quaisquer de seus membros,
contudo prevê que a energia excedente não utilizada por um dos estados pode ser
utilizada por outro.
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. ITAIPU BINACIONAL. CONTRATO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO
STF. Controvérsia decidida à luz da legislação infraconstitucional. A alegada ofensa à
Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do
recurso extraordinário. Ademais, para se chegar a conclusão diversa daquela a que
chegou o acórdão recorrido, seria necessário o reexame de matéria fática e de cláusulas
contratuais, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com as
Súmulas 279 e 454/STF. Agravo regimental a que se nega provimento. /dlcr.
PARTES AGTE.(S) : ITAIPU BINACIONAL ADV.(A/S) : EDUARDO A L
FERRÃO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : TRIAGEM ADMINISTRAÇÃO DE
SERVIÇOS TEMPORÁRIOS LTDA ADV.(A/S) : IRIS MÁRIO CALDART E
OUTRO(A/S)
Segundo GUSTAVO ZANINI, Professor Assistente-Doutor de Direito
Internacional na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, “nessa
ordem de idéias, convém ressaltar que o aproveitamento dos recursos hídricos
do rio Paraná não redundará em prejuízo para a navegação fluvial...
O Tratado concilia assim dois princípios fundamentais e dois interesses.
Pretende ele assegurar, primeiramente, a execução do princípio da liberdade na
navegação, isto é, permitir a navegação comercial, sem nenhuma discriminação,
e, em segundo lugar, o respeito à soberania dos Estados ribeirinhos. Todas as
estipulações do acordo (principalmente do preâmbulo) são regidas por essas
duas idéias mestras.”

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