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Universidade do Estado do Amazonas

UNIVERSIDADE
DO ESTADO DO
AM AZONAS Escola Superior de Tecnologia

INSTALAÇÕES PREDIAIS II

CAPÍTULO 2:
SISTEMAS ELÉTRICOS EM BAIXA TENSÃO E
CARGAS CONSUMIDORAS
TRANSFORMAÇÃO ENERGÉTICA
A transformação energética ocorre pela utilização de fontes
primárias de energias renovável ou não renovável para se obter
energia elétrica.
Perdas na Perdas
Transformação Consumo
Petró
leo
CENTRO C
O
DE Fonte Energia
Fonte de Secundária
N
S
TRANSFORMAÇÃO (energia
Água Energia elétrica, U
(refinaria,
gasolina, etc) M
Primária hidrelétrica, O
termelétrica)
Sol
Vento
etc
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
A geração de energia elétrica pode ocorrer por diversas formas, por exemplo,
utilizando energia mecânica de uma turbina para girar gerador elétrico de corrente
alterada (CA).

Energia Turbina Gerador


mecânica

ACOPLAMENTO

EM EE
ω, T

EM – Energia mecânica; EE – Energia elétrica; ω – Velocidade angular; T – Torque


GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Turbina hidráulica acionando Motor de combustão interna acionando
gerador de corrente alternada gerador de corrente alternada
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Geração de energia elétrica (corrente contínua – CC) utilizando luz do Sol que
incide em módulos fotovoltaicos, compostos por células fotovoltaicas

Módulo fotovoltaicos para


produção de energia elétrica (CC)

Célula solar fotovoltaica: um conjunto


dessas unidades básicas interligadas em
série formam um módulo fotovoltaico
Potência de algumas usinas hidrelétricas brasileiras

USINA DE ITAIPU:...................... 12.600MW


USINA DE TUCURUÍ:.................... 8.000MW
USINA DE ILHA SOLTEIRA:............ 3.444MW
USINA DE P. AFONSO I-II-III-IV:..... 2.462MW
USINA DE JUPIÁ:........................... 1.551MW
USINA DE SERRA DA MESA:........... 1.275MW
USINA DE FURNAS:........................ 1.216MW
USINA DE BELO MONTE:........................ 11.233MW
USINA DE SANTO ANTÔNIO:................ 71,6MW
USINA DE JIRAU:........................ 3.750MW
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP)

TRANSMISSÃO: redes que interligam a geração ao centros de


carga;
INTERCONEXÃO: interligação entre sistemas independentes;
SUBTRANSMISSÃO: rede onde a distribuição não se conecta a
transmissão. Há estágio intermediário de repartição da energia
entre várias regiões.
DISTRIBUIÇÃO: rede que interliga a transmissão (ou
subtransmissão) aos pontos de consumo.
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP)

G: gerador síncrono de EE;


T-1: transformador elevador de tensão;
LT: linha de transmissão de EE;
T-2: transformador abaixador de tensão (alta tensão (AT) para média tensão (MT));
DP: rede de distribuição primária de tensão (MT);
T-3: transformador abaixador de tensão (MT para BT);
T-4: transformador abaixador de tensão (MT para BT);
DS: rede de distribuição secundária de tensão (BT).
VALORES DE TENSÃO DE TRANSMISSÃO

Tensões de transmissão em CA adotadas no Brasil:


1) AT – Alta Tensão: 69kV a 230kV (inclusive):
Exemplos AT: 69, 88, 138, 230kV.
2) EAT – Extra Alta Tensão: 345kV a 750kV:
Exemplos EAT: 345, 440, 500kV.
3) UAT – Ultra alta tensão: acima de 750kV
Exemplos UAT: 765, 800kV.
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Rede de Distribuição Primária: atende grandes consumidores:
indústria, centros comerciais, hospitais, etc. Potência superior
a 75 kW.
Níveis de tensões primárias (kV):
3,8;
6,6;
11,9;
13,2;
13,8;
20;
23,5;
34,5
DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA

Rede de Distribuição Secundária: atende pequenos e


médios consumidores, potência até 75 kW
Valores de tensões secundárias (BT) até 1 kV:
127/220V
115/230V
220/380V
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)

Interligação de sistemas elétricos: Vantagem


econômica permitindo caminhos alternativos para o seu
suprimento, necessitando de menos unidades geradoras
de reserva para o atendimento de picos de cargas.

Melhor aproveitamento das disponibilidades


energéticas de determinadas regiões.
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)
Interligação de sistemas elétricos: Vantagem econômica permitindo
caminhos alternativos para o seu suprimento, necessitando de menos unidades
geradoras de reserva para o atendimento de picos de cargas.

O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um sistema


hidro-termo-eólico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e
com múltiplos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é constituído por
quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da
região Norte.

A interconexão dos sistemas elétricos, por meio da malha de transmissão,


propicia a transferência de energia entre subsistemas, permite a obtenção de
ganhos sinérgicos e explora a diversidade entre os regimes hidrológicos das
bacias. A integração dos recursos de geração e transmissão permite o atendimento
ao mercado com segurança e economicidade.
Fonte: Operador Nacional do Sistema (ONS, 2021)
SIN - Mapa do Sistema de Transmissão - Horizonte 2024
SISTEMA ISOLADO
Sistemas Elétricos de Geração, Transmissão e Distribuição
não interligados ao SIN.

Atualmente, existem 212 localidades isoladas no Brasil. A maior


parte está na região Norte, nos estados de Rondônia, Acre,
Amazonas, Roraima, Amapá e Pará. A ilha de Fernando de
Noronha, em Pernambuco, e algumas localidades de Mato Grosso
completam a lista. Entre as capitais, Boa Vista (RR) é a única que
ainda é atendida por um sistema isolado. O consumo nessas
localidades é baixo e representa menos de 1% da carga total do
país. A demanda por energia dessas regiões é suprida,
principalmente, por térmicas a óleo diesel.
Fonte: Operador Nacional do Sistema (ONS, 2021)
Sistema Trifásico a 3 Condutores (primário) e 4 Condutores (secundário)

Lado primário do transformador ligado em delta (ou triângulo):


V1: tensão de linha ou tensão fase-fase = tensão de fase v1. No exemplo V1 = 13.800 V (13,8 kV);
i1: corrente de fase, corrente em cada enrolamento do primário;
I1: corrente de linha, corrente em cada linha de alimentação primária I1 = √3 x i1;

Lado secundário do transformador ligado em estrela:


v2: tensão de fase ou tensão fase-neutro. No exemplo v2 = 127 V
V2: tensão de linha ou tensão fase-fase. No exemplo V2 = √3 x v2 = 220 V;
i2 = corrente de fase, corrente que circula em cada enrolamento do secundário;
I2: corrente de linha, corrente em cada linha de saída secundária I2 = √3 x i2.
Exemplo de Sistema Elétrico a 3 Condutores (Bifásico)

Circuitos terminais
INSTALAÇÕES PREDIAIS II

CAPÍTULO 2: SISTEMAS
ELÉTRICOS EM BT E CARGAS
CONSUMIDORAS

CARGAS CONSUMIDORAS

19
CARGAS CONSUMIDORAS
Um sistema elétrico e os diversos circuitos alimentadores e
terminais são concebidos para atender um conjunto de cargas
consumidoras ou uma carga individual. As cargas devem funcionar
com segurança e operar continuamente, de acordo com a
necessidade. Para efeito de atendimento elétrico, as cargas
consumidoras podem ser divididas em três grupos:
1) Cargas consumidoras de uso normal: nesse grupo de cargas
estão as que podem ser desligadas, sem prejuízo operacional ou
sem comprometer a segurança de pessoas;
2) Cargas consumidoras essenciais: fazem parte desse grupo as
cargas que não podem ter sua alimentação elétrica interrompida
ou interrompidas por curto tempo;
3) Cargas consumidoras de emergência: nesse grupo estão as
cargas que não podem sofrer interrupção de alimentação.
CARGAS CONSUMIDORAS
1) Cargas consumidoras normal: cargas como televisores,
máquina de lavar roupa, de lavar louça, algumas tomadas de uso
geral (TUG), alguns pontos de iluminação, ou seja, são cargas que
podem ser desligadas, sem prejuízo operacional ou sem
comprometer a segurança de pessoas;

2) Cargas consumidoras essenciais: são cargas como iluminação


de escadas, de corredores, elevadores, alguns aparelhos de ar
condicionado ou de ventilação. São cargas alimentadas por fonte de
emergência, p.e. grupo-gerador, fonte fotovoltaica off-grid, etc.

3) Cargas consumidoras de emergência: essas cargas são


consideradas críticas, pois fazem parte de protocolos de segurança
humana e operacional de processos. Exemplos: combate a incêndio;
processamento de dados (TI); vigilância eletrônica. São cargas
alimentadas por fonte ininterrupta de energia (UPS).
CARGAS CONSUMIDORAS

Para efeito de consumo elétrico ENERGIA


as cargas podem ser: ELÉTRICA
1) Cargas Resistivas – R;
2) Cargas Indutivas – L;
3) Cargas Capacitivas – C; e DISTRIBUIÇÃO E CONTROLE
4) Cargas Mistas – M ou cargas
eletrônicas.

A energia elétrica é
convertida em outras formas de
L C M
energia. R

Energias
Energia Energia Energia Luminosa,
Reativa Elétrica,
Térmica Mecânica Capacitiva etc.
CARGAS CONSUMIDORAS
1) Cargas Resistivas – R: cargas utilizadas para aquecimento ou
iluminação, monofásicas, bifásicas ou trifásicas. Caracterizada por
consumir ou dissipar apenas potência ativa (W). Exemplos:
lâmpada incandescente, forno elétrico, ferro de passar roupa,
chuveiro elétrico, etc.
CARGAS CONSUMIDORAS
2) Cargas Indutivas – L: cargas formadas por bobinas (indutores)
ou enrolamentos elétricos, monofásicas, bifásicas ou trifásicas.
Caracterizada por consumir potência ativa (W), potência reativa
indutiva (VAr) e potência aparente (VA). Exemplos: ar
condicionado, motores elétricos, geladeira, freezer, reator
eletromagnético, lâmpada fluorescente (lâmpada a descarga), etc.
CARGAS CONSUMIDORAS
3) Cargas Capacitivas – C: cargas caracterizadas por predominar
a potência reativa capacitiva, ou seja, o componente capacitivo.
Injetam energia reativa capacitiva no circuito/rede. Exemplos:
capacitor, banco de capacitores para corrigir o fator de potência.
Podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos.
CARGAS CONSUMIDORAS
4) Cargas Mistas – M: cargas compostas por parcelas de
componentes R, L e C (RLC), em geral são circuitos eletrônicos de
controle e de potência (cargas eletrônicas). Podem ser monofásicas,
bifásicas ou trifásicas. Exemplos: lâmpada LED, televisor LCD, no
break, microcomputador, notebook (fonte), impressora, etc.
TRIÂNGULO DE POTÊNCIAS
1) Cargas Resistivas – R: fator de potência (FP) quase unitário (≈ 1,00);
2) Cargas Indutivas – L: fator de potência atrasado (0,60 a 0,98);
3) Cargas Indutivas – C: fator de potência adiantado (0,92 a 0,99);
4) Cargas Mistas – M: fator de potência atrasado ou adiantado (0,60 a 0,99).

L
R Qe 0,00
Se Qe
Pe Se
c
Pe
Pe Potência ativa consumida de entrada (W)
Qe Potência reativa consumida de entrada (VAr)
Se Potência aparente consumida de entrada (VA)
c ângulo do fator de potência da carga
POTÊNCIAS CONSUMIDAS
Pd Ps Potência ativa
Pe (W)
η de entrada

Pe
Carga Se (VA) Potência aparente
Pe Ps Cos c de entrada
(cosφ, η)
η : rendimento do aparelho (%)
Pe Fator de potência da carga Pd Pe - Ps (W) Potência dissipada
Cos c
Se ou da instalação ou perdida

Pe R.I e2 (W) Pe Ve.Ie.Cos c (W) Qe Pe.tg c (VAr)


Se Ve.Ie (VA) (Se)2 (Pe)2 (Qe)2 (VA) monofásico

Pe 3R.I e2 (W) Pe 3Ve.Ie.Cos c (W) Qe Pe.tg c (VAr)


Se 3Ve.Ie (VA) (Se)2 (Pe)2 (Qe)2 (VA) trifásico
INSTALAÇÕES PREDIAIS II
CAPÍTULO 2: SISTEMAS
ELÉTRICOS EM BT E CARGAS
CONSUMIDORAS

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

29
SISTEMA ELÉTRICO BT
1) Um circuito elétrico alimenta um forno elétrico bifásico com
potência de 3 kW e tensão de 220 V. Pede-se calcular:
a) As potências consumidas;
b) A corrente nominal consumida.
1 - Solução
a) Potências consumidas:
- Pe = Ps = 3 kW; Qe = 0,00; Se = 3 kVA;

a) Corrente nominal consumida:


- Ie = Se/Vn = 3.000,00/220 Ie = 13,65 A.

30
SISTEMA ELÉTRICO BT
2) Um sistema elétrico trifásico com neutro (3F+N), 220V/127V,
alimenta os seguintes equipamentos:
i) Uma estufa elétrica trifásica em 220V, potência de 12 kW;
ii) Trinta lâmpadas LED, sendo 10W, FP = 0,60 e η = 90% de cada
lâmpada.

Pede-se calcular:
a) As potências consumidas por grupos de carga e total do sistema
elétrico;
b) A corrente consumida por grupo de carga;
c) Corrente consumida do sistema elétrico;
d) O fator de potência do sistema elétrico.

31
SISTEMA ELÉTRICO BT
2-Solução
a) As potências consumidas por grupos de cargas e total:

1) Estufa elétrica: Pe1 = 12 kW; Se1 = 12 kVA; Qe1 = 0,00;

2) Lâmpadas LED: Ps2 = 30 x 10W = 300 W. η = 90% . Pe2 = 300/0,90


Pe2 = 333,33 W. FP = 0,60. ϕc = 53,13º. Tg ϕc = 1,33. Qe2 = 333,33 x 1,33
Qe2 = 443,33 VAr (Se)2 (Pe)2 (Qe)2 (VA)
Se2 = 554,66 VA

Potência total entrada:


- Pte = Pe1 + Pe2 = 12.000 + 333,33 = 12.333,33 W = 12,33 kW
- Qte = Qe1 + Qe2 = 0,00 + 443,33 = 443,33 VAr
- Ste = 12.341,30 VA = 12,34 kVA

32
SISTEMA ELÉTRICO BT
2-Solução
1) A corrente consumida por grupos de cargas;
- Estufa: Pe1 = 12 kW; Se1 = 12 kVA; Qe1 = 0,00. Ve = 220V/3F
Se
Ie (A) Ie1 = 31,5 A
3Ve
- Lâmpadas LED: Pe2 = 333,33 W. Qe2 = 443,33 VAr. Se2 = 554,66 VA
- Distribuição de potências nas fases (A-N; B-N e C-N)
- Fase A Pea = 10x10/0,90 Pea=111,11 W. Qea = 111,11 x 1,33 = 147,8 Var
- Sea = 184,90 VA (potência aparente fase A);
- Corrente Fase A Iea = 184,90 / 127 Iea = 1,46 A;
- Fase B = Fase A. Seb = 184,90 VA (potência aparente fase B);
- Corrente Fase B Ieb = 1,46 A;
- Fase C = Fase A. Sec = 184,90 VA (potência aparente fase C);
- Corrente Fase C Iec = 1,46 A.
33
SISTEMA ELÉTRICO BT
Solução
c) Corrente consumida do sistema elétrico Se
Ie (A)
3Ve

- Pte = Pe1 + Pe2 = 12.000 + 333,33 = 12.333,33 W = 12,33 kW


- Qte = Qe1 + Qe2 = 0,00 + 443,33 = 443,33 VAr
- Ste = 12.341,30 VA = 12,34 kVA
Ite = 32, 4A (corrente fornecida pela fonte)

d) O fator de potência do sistema elétrico: Cos e Pte


Ste
Pte 12,33
Cos e 1,00
Ste 12,34

Devido a elevada potência da carga resistiva o FP ≈ 1,00 (visto pela geração)

34
SISTEMA ELÉTRICO BT
2-Solução
N In
A Ia
B Ib
C Ic
PE

Estufa 10xLED 10xLED 10xLED


10W 10W 10W
12 kW/3F 127V 127V 127V
220V

N – Condutor Neutro;
A – Condutor da Fase A;
B – Condutor da Fase B;
C – Condutor da Fase C;
PE – Condutor de Proteção (cabo terra).
35
SISTEMA ELÉTRICO BT
3) Uma rede bifásica 220V está alimentando um motor de indução
com potência nominal de ½ cv, 60Hz, fator de potência de 0,55 e
rendimento de 75%. Calcular:
a) As potências consumidas da rede e o triângulo de potências;
b) A corrente consumida pelo motor;
c) A corrente de partida do motor, fator de partida = 6;
d) Potência perdida no motor.

36
SISTEMA ELÉTRICO BT
3) Uma rede bifásica 220V está alimentando um motor de indução com potência
nominal de ½ cv, 60Hz, fator de potência (FP) de 0,55, rendimento (ηm) de 75% e
fator de serviço (Fs) de 10%. Calcular:
3-Solução
a) Potências consumidas da rede e o triângulo de potências:
-Potência mecânica máxima eixo: Pm=Fs x ½ cv Ps=1,1x0,5x736 = 404,8 W;
-Potência de entrada máxima: Pe = Ps / ηm Pe = 539,73 W;
-FP = 0,55(atrasado). Φm=56,63º. Tgϕc=1,52. Qe=404,8x1,52 Qe=615,30 VAr;
-Se = 818,5 VA
Triângulo de potências
Pe
m
Qe
Se

37
SISTEMA ELÉTRICO BT
3) Uma rede bifásica 220V está alimentando um motor de indução com potência
nominal de ½ cv, 60Hz, fator de potência de 0,55, rendimento de 75% e fator de
serviço de 10%. Calcular:
b) A corrente consumida pelo motor;
c) A corrente de partida máxima do motor, para fator de partida = 6.

3-Solução
b) A corrente máxima consumida pelo motor:
- Se = 818,5 VA. Ie = Se/Vn Ie = 818,5/220 Ie = 3,72 A (corrente máxima).

c) A corrente de partida máxima do motor, para fator de partida = 6:


Ip = 6 x Ie Ip = 6 x 3,72 Ip = 22,32 A

38
SISTEMA ELÉTRICO BT
3) Uma rede bifásica 220V está alimentando um motor de indução com potência
nominal de ½ cv, 60Hz, fator de potência de 0,55 e rendimento de 75%.

3-Solução
d) Potência perdida máxima no motor:
Pd = Pe – Ps Pd = 539,73 – 404,8 Pd = 134,93 W

Pd - perda

Pe - entrada MOTOR Ps - saída

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SISTEMA ELÉTRICO BT
4) Considere os seguintes conjuntos de cargas:
01 ar condicionado split 9000 BTU/h, tensão bifásica 220V e FP = 0,90;
01 televisor LCD que consome, cada uma, 1,8A/127V e FP = 70%;
01 chuveiro 6500W, tensão bifásica 220V;
01 micro-ondas 1100W/127V, η = 90% e FP = 88%;

Pede-se calcular:
a) As potências consumidas por cada carga;
b) A potência total consumida do sistema elétrico;
c) O fator de potência final.

40
SISTEMA ELÉTRICO BT
4) Considere os seguintes conjuntos de cargas:
01 ar condicionado split 9000 BTU/h, tensão bifásica 220V e FP = 0,90;
01 televisor LCD que consome, cada uma, 1,8A/127V e FP = 70%;
4-Solução:
a) As potências consumidas por cada carga:
1) Ar Cond. Split. Considerar 1 BTU/h = 0,1144 W (potência de entrada).
Pe1 = 9000 x 0,1144 Pe1 = 1.029,60 W
FP = 0,90. φc = 25,84º. Tgϕc = 0,48. Qe1=1.029,60x0,48 Qe1 = 494,20 VAr;
-Se1 = 818,5 VA.

2) Televisor LCD. FP = Se2 = 1,8 x 127 Se2 = 228,6 VA


Pe2 = Se2 x FP Pe2 = 228,6 x 0,70 Pe2 = 160,00 W
FP = 0,70. φc = 45,57º. Tgϕc = 1,02. Qe2=160x1,02 Qe2 = 163,20 Var.

41
SISTEMA ELÉTRICO BT
4) Considere os seguintes conjuntos de cargas:
01 chuveiro 6500W, tensão bifásica 220V;
01 micro-ondas 1100W/127V, η = 90% e FP = 88%;

4-Solução:
a) As potências consumidas por cada carga:
3) Chuveiro Elétrico. Pe3 = Ps3 = 6500 W Pe3 = 6500,00 W; Qe3 = 0,00.
Se3 = 6500,00 VA.
4) Micro-ondas. Ps4 = 1100,00W. η4=90%. Pe4=1100/0,90 Pe4=1.222,22 W
FP = 0,88. φc = 28,36º. Tgϕc = 0,54. Qe4 = 1222,22x0,54 Qe4 = 660,00 VAr;
Se4 = 1.389,00 VA.

42
SISTEMA ELÉTRICO BT
4-Solução:
b) A potência total consumida do sistema elétrico:
- Pte = Pe1 + Pe2 + ... Pen Pte = 8.911,82 W = 8,91 kW
- Qte = Qe1 + Qe2 + ... Qen Qte = 1.317,40 VAr = 1,32 kVAr
- Ste = 9.008,67 VA = 9,00 kVA

c) O fator de potência final: Cos e Pte


Ste
- FP = cosφe = 0,99 (atrasado indutivo).

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INSTALAÇÕES PREDIAIS II
CAPÍTULO 2: SISTEMAS
ELÉTRICOS EM BT E CARGAS
CONSUMIDORAS
EXERCÍCIO PROPOSTO

44
SISTEMA ELÉTRICO BT
1) Uma rede trifásica 220V/127V deve alimentar as cargas consumidoras:
02 ar condicionados split 12.000 BTU/h, bifásico 220V, FP = 0,92;
03 televisores LCD que consome, cada uma, 2,0A em 127V e FP = 0,75;
15 lâmpadas LED 10W em 127V, FP = 0,55 e η = 85%;
03 notebooks que consome, cada um, 1,4A em 127V, FP = 0,70;
02 chuveiros 5000W, bifásico 220V;
01 micro-ondas 1100W/127V, η = 90%, FP = 0,85;
01 lavadora de roupa com motor de 1/4cv, tensão 127V, FP = 0,60, η = 75%;
01 freezer que consome 2,2A, tensão 127V e FP = 0,65;
01 refrigerador que consome 1,85A, tensão 127V e FP = 0,65.
1.1) Pede-se calcular:
a) As potências consumidas por cada carga (Pe, Qe e Se);
b) A potência total consumida do sistema elétrico (Pte, Qte e Ste);
c) O fator de potência final.
1.2) Elaborar esquema elétrico da rede (3F+N), procurando distribuir as
cargas para manter o equilíbrio de potências entre as fases (Sea ≈ Seb ≈ Sec).

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