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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

NILSON CÉSAR DA SILVA SOBRAL

RAVEL CARVALHO MONTE

THAIS ANDRADE DE SOUSA

WESLEY OLIVEIRA SILVA

TRABALHO E ENERGIA

Teresina - Piauí

2019
Sumário
1) Introdução..........................................................................................................................................3
2) Objetivos............................................................................................................................................3
3) Materiais Utilizados............................................................................................................................4
4) Procedimento Experimental...............................................................................................................4
5) Resultados e Discussões.....................................................................................................................6
6) Conclusões.........................................................................................................................................8
7) Referências.........................................................................................................................................9
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1) Introdução
Trabalho é definido como é a medida da transferência de energia que ocorre quando
um objeto se move através de uma distância por uma força externa. Caso o corpo seja
arrastado horizontalmente através de uma superfície, desconsiderando forças dissipativas, por
uma força “F” constante e paralela ao deslocamento temos o trabalho “W” realizado por essa
força como sendo igual ao produto entre a força e a distância “d” como indicado na equação
(1)

W =F∗d (1)

Caso a força não seja constante é possível estabelecer uma relação entre o valor do
trabalho e um gráfico de F (força) x d (deslocamento) de modo que o trabalho realizado pela
força em distância d1 e d2 é igual a área sobre o gráfico entre as duas distâncias como a
equação (2) indica (A. SERWAY; W. JEWETT, JR., 2008)

xf

W =∫ F x∗dx (2)
xi

O trabalho também pode ser aplicado de diferentes formas. Ao se deslocar um corpo


verticalmente, aumentando sua altura em relação a superfície, se realiza um trabalho que está
ligado a variação da energia potencial gravitacional, este também é chamado de trabalho do
peso, e pode ser determinado através da mesma equação (2) com a variação de distância
sendo a variação da altura, h, o que resulta na equação (3). Também é possível determinar o
trabalho realizado na compressão ou extensão de uma mola, este tem o seu valor determinado
na equação (4) que depende não só das variáveis já utilizadas, mas também pela constante
elástica que é dependente apenas da mola que na qual a força está sendo realizada (C.
HIBBELER, 2010).

W =F∗Δh (3)

k∗x f 2 k∗x i2
W= − (4)
2 2

2) Objetivos
Neste experimento será medido as posições de um corpo decorrente de deslocamentos
realizados pela aplicação de algumas forças. Tais forças realizaram algum trabalho, trabalho
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de deslocamento horizontal, do peso e da mola e estes serão mensurados. Também será


calculado a constante elástica da mola utilizada.

3) Materiais Utilizados
Neste experimento foram utilizados:

1. PC Windows;
2. Logger Pro 3;
3. Detector de movimento;
4. Sensor força;
5. Massas (200g e 400g);
6. Mola;
7. Suporte de mesa

4) Procedimento Experimental
Parte 1 - Trabalho realizado por uma força constante no campo gravitacional

1) Conectar o sensor de movimento na porta usb do computador, configure o sensor força


junto com adaptador sem fio.
2) Abrir o arquivo Physic with computer, experimento 19. Teremos 3 gráficos. No
gráfico da força, mudar o eixo tempo para distância, clicando em cima do eixo com o
botão esquerdo e selecionando distância.
3) Acople a massa de 200g no sensor força. Deixe o conjunto suspenso acima do sensor
de movimento. Clique no botão coletar e levante o conjunto com movimento uniforme
sempre alinhado com o sensor de movimento.
4) Examine os gráficos, verificando o intervalo de movimento uniforme e selecione o
início e fim do intervalo no botão examinar. Preencha uma tabela com os valores
inicial e final dados nos gráficos.
5) Determine a força média exercida pelo sistema, com o intervalo selecionado clicando
no botão estatística. Preencha uma tabela com este valor.
6) Selecione a região de interesse no gráfico força x distância para achar o trabalho
realizado sobre o sistema em estudo. Clicando no botão integral, teremos o valor da
área sob o gráfico, que é numericamente igual ao valor do Trabalho. A figura a seguir
mostra a disposição do sistema.
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Parte 2 - Trabalho realizado por uma mola


7) Use o sensor força colocando uma extremidade presa à mola e a outra prenda no
suporte que está fixa na mesa. Na parte da frente do sensor força ponha o detector de
movimento apoiado na mesa.
8) Abra o experimento 19 da mesma forma que na parte I. Teremos os 3 gráficos.
9) Clique em colete para iniciar as medidas, estique suavemente a mola, tendo cuidado
para não esticar muito para não a danificar.
10) Com o ícone examine identifique o início e o fim da realização do trabalho da força
elástica e complete a tabela com suas medidas.
11) Já no gráfico de força x distância faça o ajuste de reta e identifique o valor da
constante elástica da mola. Complete a tabela com o valor determinado. A figura
ilustra o equipamento.
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5) Resultados e Discussões
Como indicado nos procedimentos montamos o aparato e iniciamos o movimento
tentando nos manter consistentes com a força que utilizávamos para elevar o corpo de 200g.
Analisando o gráfico montamos a Tabela 1 onde indicamos o deslocamento do corpo entre os
instantes 1s e 2s, o resultado foi que o corpo foi da posição 0,029 m para 0,229 m, ou seja, um
deslocamento de 0,2 m

Tabela 1 – Posição no tempo de corpo de 200 g

Tempo (s) Distância (m)


Início 1 0,029
Fim 2 0,229
Depois analisamos o gráfico da força pela posição entre as duas distâncias, o que
resultou na tabela 2. A força média desse trabalho foi de 2,072 Newtons e a integral da força
sobre o deslocamento resultou em 0,3964 N*m. Utilizando a força média como se fosse uma
força constante, utilizamos a equação (1) para calcular o valor do trabalho. Utilizamos o
mesmo raciocínio para calcular o trabalho devido ao peso e por isso utilizamos a equação (3).

Os resultados foram coerentes com a integral sendo o maior valor, 0,4144 joules que é
referente ao resultado da equação 1, e o menor valor, 0,3924 que é referente ao resultado da
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equação 3, são todos próximos do resultado indicado pelo gráfico, sendo as variações
resultados de imprecisões numéricas das constantes, o fato da “força média” por si só ser uma
estimativa que não representa com total fidelidade os resultados e outros fatores que podem
ser resultados de problemas na hora de medir os valores. Todos estes valores foram expressos
na Tabela 2

W =F∗d (1)

W =2,072∗( 0,229−0,029 )

W =0,4144 Joules

W =F∗Δ h ( 3 )

W =( 0,200∗9,81 )∗( 0,2 )

W =0,3924 Joules

Tabela 2 – Força, Trabalho, Integral e Variação da EPG do corpo de 200g

Força Média 2,072


Trabalho Realizado (J) 0,4144
Integral (N*m) 0,3964
ΔPE (J) 0,3924
Logo em seguida iniciou-se a segunda parte do experimento, desta vez utilizando uma
mola e um corpo de 400g. Após montar o aparato e iniciar o primeiro trabalho, fizemos o
mesmo que no primeiro experimento e escolhemos os instantes 1s e 2s para realizar os
cálculos. A posição nestes instantes foram 0,279 m, para o instante 1s, e 0,227 m, para o
instante 2s. Vale lembrar que o detetor de movimento interpreta que o sentido positivo do
deslocamento está no sentido de se afastar dele, como estávamos aproximando o corpo do
detetor de movimento, o sentido do deslocamento foi negativo, o que irá afetar os cálculos
com relação ao sinal dos resultados. A constante elástica da mola vai ser igual ao valor da
constante que multiplica a variável no gráfico da força pela distância, o programa nos deu
esse valor como sendo igual a -2513 N/m, o que já é uma consequência da forma de como o
leitor interpretou o movimento do corpo. De todo o modo os dados foram colocados numa
tabela 3.

Tabela 3 – Posição no tempo do corpo de massa igual a 400 g

Tempo (s) Distância (m)


Início 1 0,279
8

Fim 2 0,227

Constante elástica (N/m) -6,513 N/m


Logo em seguida utilizamos a equação (4) para determinar o trabalho da força elástica
e então utilizamos o gráfico para determinar qual a integral. A equação entregou um resultado
equivalente de 0,086 joules enquanto o gráfico entregou um valor de 0,09178 joules.
Resultados próximos cujas variações podem ser resultado dos mesmos problemas já
apresentados anteriormente. Os dados estão incluídos na Tabela 4.

k∗x f 2 k∗x i2
W= − (4)
2 2

(−6,513 )∗0,227 2 (−6,513 )∗0,2792


W= −
2 2

W =−0 , 1678041885−(−0 , 2534892165 )=0 ,085685028 Joules

Tabela 2 –Trabalho da Força Elástica e Integral do gráfico do corpo de 200g

Integral (N*m) 0,09178


ΔPE (J) 0,085685028

6) Conclusões
Existem diversos modos de se encontrar o trabalho realizado em um corpo, neste
experimento buscamos relacionar estes métodos e verificar se seus resultados são coerentes.
Sendo um teste simples sem um enorme controle das condições do experimento (Como o
controle da força que está sendo aplicada se baseando apenas nos sentidos da pessoa) e ações
de forças dissipativas como o vento e o atrito com o solo, é esperado que os valores indicados
pelos métodos fossem diferentes, mas ainda assim próximos.

No primeiro experimento elevávamos um corpo de 200g e utilizando um detector de


movimento podíamos saber sua posição no espaço e um sensor de força seria responsável por
informar a força que estávamos aplicando. Utilizando os dados dos gráficos formados pelos
equipamentos encontramos um valor para o trabalho equivalente a 0,3504 joules utilizando o
método da integral. Também realizamos o cálculo pelo conceito de trabalho (Força média *
deslocamento) e pela variação da energia potencial gravitacional e obtivemos, para cada um
destes métodos respectivamente, um valor de 0,355173 joules e 0,357084 joules. Sendo assim
todos estes resultados são idênticos até a segunda casa decimal
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Para o segundo experimento utilizamos de uma mola para limitar o quanto nossa força
seria capaz de realizar um trabalho. Devido ao detetor de movimento os dados foram obtidos
de modo que o sentido do deslocamento fosse negativo, o que influenciou o sinal dos
resultados, mas não iria influenciar o módulo. Visto que é necessário saber a constante
elástica da mola, encontramos um valor de módulo igual a 6,513 N/m. Utilizando a equação
do trabalho da força elástica o trabalho teve um valor igual a 0,085685028 Joules enquanto a
integral teve um valor igual a 0,09178 joules, variou já na segunda casa decimal, mas em
valores mínimos.

Desconsiderando as variações já esperadas, foi possível encontrar um mesmo valor


para o trabalho, de forma aproximada, para um mesmo evento de diversos modos,
obedecendo o que havia sido proposto sobre o funcionamento do trabalho.

7) Referências
ENCYCLOPÆDIA BRITANNICA. Work. [S. l.]: Encyclopædia Britannica, inc., 30 nov
2017. Disponível em: https://www.britannica.com/science/work-physics. Acesso em: 01 set.
2019.

A. SERWAY, Raymond; W. JEWETT, JR., John. Physics for Scientists and Engineers with
Modern Physics. 9. ed. [S. l.]: Cengage Learning, 2013.

C. HIBBELER, R. ENGINEERING MECHANICS: DYNAMICS. 12. ed. [S. l.]: Pearson


Prentice Hall, 2010.

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