Você está na página 1de 5

INTRODUÇÃO

Assim como as crianças aprendem no imaginário das histórias infantis,


descobrem novos mundos, os adultos, especificamente os jovens, também são
oportunizados a encontrar novos saberes através da contação de histórias. E
diante das mudanças que o mundo passa, o avanço tecnológico nos torna
usuários assíduos das novas ferramentas que vem surgindo, como também
dos novos espaços que se encontra a educação. Assim, repensamos em
reaprender a contar histórias, a saber utilizar os recursos que a tecnologia
produz e com isso ressignificar o ato de ensinar e aprender. É dentro dessas
possiblidades que surge o termo digital storytelling, que consiste em toda
prática de contar histórias por meio de ferramentas digitais (ilustrações, vídeos,
áudio, etc.).

Ao considerar a importância do ato de ler, de conhecer histórias e


aproximar usuários a literatura, e quais os meios possíveis para o professor
fazer uso como metodologia de ensino, este ebook apresenta dicas de
orientações sobre a prática virtual de contação de histórias.

OBJETIVOS
BASE TEÓRICA
Narrar histórias faz parte da comunicação desde o início da humanidade,
onde somos programados a ouvi-las e quando contadas com certas
habilidades despertam nossa curiosidade até o fim, prendendo nossa atenção.
De acordo com Coelho 1986 apud DOHME 2010 constata-se que: “COMO
TODA A ARTE, A DE CONTAR HISTÓRIAS POSSUI SEGREDOS E
TÉCNICAS”, mesmo que seja uma prática comum, é necessário que haja
preparo, o contador utiliza ferramentas, porém, precisa se dedicar para o
domínio desta arte. O autor continua dizendo que:

Sendo uma arte que lida com matéria prima especialíssima, a


palavra, prerrogativa das criaturas humanas, depende, naturalmente
de certa tendência inata, mas pode ser desenvolvida, cultivada, desde
que se gosta de crianças e se reconheça a importância da história
para elas (COELHO, 1986, p. 9 apud DOHME, 2010, p. 74-75).

Conta histórias é precisamente um trabalho que se faz arte através de


ouvir, mesmo que muitos possuem o dom, esta prática necessariamente exige,
de quem conta, habilidades que desenvolvam para que seja cada vez
melhores. Para Malba Tahan (1961) apud Dohme (2010), o “contador de
histórias perfeito” deve:

“1 – Sentir, ou melhor, viver a história; ter a expressão viva, ardente


sugestiva; 2 – Narrar com naturalidade, sem afetação;
3 – Conhecer, com absoluta segurança, o enredo; 4 – Dominar o auditório;
5 – Contar dramaticamente (sem caráter teatral exagerado); 6 – Falar com
voz adequada, clara e agradável;
7 – Evitar ou corrigir os defeitos de dicção; 8 – Ser comedido nos gestos;
9 – Emocionar-se com a própria narrativa”.

De acordo com DOHME (2010), as histórias tem suas contribuições nos


ouvintes mesmo que isso seja imperceptível aos olhos de quem está narrando,
destaca ainda para a importância que o contador possui, quando este está sob
o controle da atenção de seus ouvintes.

“Ele poderá potencializar a mensagem, dando ênfase aos pontos que


julga mais importantes, ou que são mais interessantes para o
momento comunicacional que está vivendo, podendo até fazer suas
próprias complementações”. DOHME, 2010, p. 74-75).

Ao refletir sobre os efeitos que a história irá provocar na plateia, público,


os ouvintes, para Dohme (2010), há uma responsabilidade do narrador para
com os ouvintes, pois há a formação de um vínculo que liga os mundos
imaginários que estão envolvidos, ela continua dizendo que “[...] a criação
desse vinculo é que será possível gerar transformações nos receptores
(ouvintes) [...]”.

Muitos são os recursos disponíveis que possibilitam que as histórias


sejam contadas de maneira eficaz, o que não anula o contador de ser
orientado, de estudar a história, analisar gêneros, a sua voz, as técnicas que
irá utilizar ou como utilizar. Levando em consideração a prática virtual de
contação de histórias, em que as mídias digitais serão os meios de uso,
Tolisano (2018) pg. 7:

“Novas ferramentas tecnológicas nos permitem conectar, comunicar


e colaborar facilmente com outras pessoas ao redor do mundo. As
histórias são sobre esses três Cs e se prestam naturalmente para
criar uma ponte entre o ensino e a integração da tecnologia. O Digital
Storytelling é uma ferramenta que pode apoiar o ensino e a
aprendizagem em qualquer área”.

Através das ferramentas digitais as histórias adquirem um amplo espaço


ao alcance de qualquer um, além é claro de está diretamente ligada ao ensino
e aprendizagem, o que interessa para os educadores. A autora defende que
conecta a um nível emocional, comunica nossa perspectiva e percepção e
colabora através dos elementos que a história possui como um todo. Tolisano
(2018) pg. 7 . não importa o meio para qual a história será contada ou até
mesmo transmitida, suas contribuições vão além da importância de ler, de
conhecimento através da literatura, ela se estende para o interior de cada
ouvinte.
DICAS E ORIENTAÇÕES

Como contar histórias? Apenas ler e entonar a voz e fazer gestos? E


como utilizar recursos digitais?
 Se prepare para este momento
 Conheça a história que será contada
 Defina os objetivos que a história deve alcançar, assim como as
sensações que seja despertar no ouvinte
 Faça a seleção de ferramentas de irá utilizar para contar a história
 Escolha um lugar apropriado se sua história será gravada

RECURSOS DIGITAIS
Os recursos digitais estão disponíveis para gravação, edição e
compartilhamento das histórias. Algum conhecimento em tecnologias digitais é
essencial para um bom produto virtual, ferramentas que se bem utilizadas irão
produzir histórias com boa qualidade de som, imagem, efeitos, ou o que
contador julgar ser interessante para sua contação.
SOFTWARES PARA GRAVAÇÃO E EDIÇÃO
 1. Audacity
 2. Adobe Audition
 3. MP3 Skype Recorder
 4. CutMP3.net

SOFTWARES PARA EDIÇÃO DE VÍDEO


iMovie
Movavi
Filmora
Openshot
Videopad
Lightworks

SOFTWARES PARA EDIÇÃO DE VÍDEO


Gimp – disponível em português.

Photoscape – disponível em português.

Adobe Photoshop.
MÍDIAS DIGITAIS PARA COMPARTILHAR AS HISTÓRIAS
AÚDIOS:
SPOTFY
DEEZER
SOUNDCLOUND
YOUTUBE ( AÚDIO, VÍDEO)

REFERÊNCIAS
Tolisano, S. (2010). How to guide digital storytelling: Tools for educators.
Retrieved September 5, 2011, from
http://langwitches.org/blog/wpcontent/uploads/2009/12/DigitalStorytellingGuide-
by-Silvia Rosenthal-Tolisano.pdf.

Você também pode gostar