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PROJETO DE INTERVENÇÃO

Poluição da Ilha do Governador

Por

ALUNA
MatRICULA
Pólo
Maio/2012
1. Introdução

Tinguá é um dos bairros em que se divide o município de Nova Iguaçu, Rio de


Janeiro. Teve uma grande importância durante o século XIX por causa da estação de
mesmo nome do bairro fundada em 1883 e desativada em 1964. Os limites que
demarcam o bairro começam com o cruzamento do Canal Ana Felícia com a Estrada
Federal de Tinguá, segue pela Avenida Pedro Álvares Cabral, antigo leito da estrada de
ferro – sub-ramal Cava-Tinguá, rio Iguaçu, Canal Paiol, Avenida Muniz Barreto,
Avenida Olinda, rio Iguaçu, limite legal da Reserva Biológica Federal do Tinguá, rio
Boa Esperança, rio Utum, rio Tinguá e canal Ana Felícia, até o ponto inicial. O bairro
tem caráter essencialmente rural e conta com diversas entidades e ONGs ligadas à
ecologia e à proteção ambiental devido à existência da Reserva Biológica Federal do
Tinguá, criada pelo Decreto Federal 97.780 de 23 de maio de 1989, que mantém parte
da Mata Atlântica.
A Reserva Biológica Federal do Tinguá estende-se por uma área de 26 mil
hectares e abrange seis municípios, sendo a maior parte dentro do município de Nova
Iguaçu. Em 1997, a reserva foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e
está incluída na reserva da biosfera da Mata Atlântica. A região mais alta da reserva
atinge 1.600m de altitude e no seu interior, em local não aberto à visitação pública
encontram-se as ruínas da freguesia de Santana das Palmeiras, povoação que foi
abandonada no final do século XIX.
Atualmente a reserva está fortemente ameaçada por caçadores que matam
animais silvestres para vender carnes exóticas ou os capturam para comércio ilegal e
exportação. Além disso, grandes empresas poluidoras contribuem para a degradação
ambiental e existe um aterro sanitário, que beira a reserva, onde ilegalmente foram
despejados resíduos altamente tóxicos. Como consequencia, a população que vive em
torno da reserva sofre com problemas causados pela contaminação do lençol d’água que
consome.
Aliado a esse fator grande parte dos moradores do bairro e visitantes contribuem
para a degradação ambiental através de práticas comportamentais inadequadas ao meio
ambiente, principalmente relacionadas ao despejo dos resíduos sólidos dos seus lares e
estabelecimentos comerciais em lugares inapropriados e desperdício.
O resultado dessas ações é a degradação não só do velho Juquiá, mas de
todo o ambiente ao seu redor, prejudicando assim a fauna, flora e a qualidade de
vida do rio e de toda região do seu entorno.
Em virtude desses fatores, verificamos a necessidade de desenvolver a
conscientização dos moradores, entidades e autoridades visando não só a mudança
de conduta para com o meio ambiente, como também a propagação de boas
práticas as novas gerações.

2. Objetivos

2.1. Objetivo Geral

Promover a conscientização ambiental não Ilha do Governador,


principalmente aos moradores residentes próximo à praia a fim de desenvolver
hábitos e atitudes relacionadas ao respeito ao meio ambiente e sua riqueza.

2.2. Objetivos Específicos

 Realizar palestras de orientação para moradores em ONGs;


 Distribuição de folhetos explicativos para toda comunidade local;
 Criação de oficinas de artesanato envolvendo aproveitamento de
produtos recicláveis nas comunidades ribeirinhas do Juquiá;
 Organização de mutirão para limpeza da margem do rio Juquiá;
 Divulgação por meios televisivos;
 Programas educativos em áreas de preservação e reflorestamento;
 Visitar e entrevistar moradores próximos e comercio local;

 Informativos espalhados por toda a Ilha;

 Capacitação e contratação de profissionais na área de despoluição, e


fiscais;
 Parcerias com empresas investidoras.

3. Justificativa

O comportamento atual da sociedade perante o meio ambiente vem causando


nos últimos anos uma serie de alterações, tais como: alterações climáticas, desastres
ambientais, escassez de recursos, extinção de animais, entre outros prejuízos. Em
virtude dessa triste realidade faz-se necessário atuarmos como conscientizadores e
propagadores de uma postura mais ética com nosso próprio habitat.
É fundamental agir simultaneamente de maneira paliativa e preventiva e
pensando assim,o projeto é de extrema necessidade, pois pretende atuar nessas
características num lugar riquíssimo na sua história e nos seus recursos naturais.
Além disso, toda a elaboração, organização e desenvolvimento do projeto
estarão preocupada em abranger os moradores adultos visando uma mudança de atitude
e as crianças a fim de propagar os bons hábitos ao longo das gerações.
O presente projeto tem como significado o respeito e admiração por todos os
recursos da natureza e a certeza que o comportamento do homem tem valor essencial
para o meio ambiente.

4. Metodologia

Para realização do presente projeto com duração de doze meses, inicialmente


realizaremos um estudo investigativo das condições de limpeza do território próximo a
Reserva Ambiental e adjacências através de visita e realização de entrevista com os
moradores sobre a coleta de resíduos do bairro e observação das condições dos rios com
registro em fotos.
Após analisar em conjunto os resultados das entrevistas dos moradores, o
relatório das visitas ao bairro e registro de imagens iniciará nossa proposta de
conscientização dos moradores através de palestra que ocorrerá em parceria com a ONG
Onda Verde. Nessa palestra serão entregues panfletos, orientado sobre a coleta seletiva,
o armazenamento correto dos resíduos, o tratamento do lixo em casa, a importância de
preservar o meio ambiente, entre outros.
Visando conscientizar o público infantil, realizaremos em parceria com a Escola
Municipal Barão de Tinguá uma dramatização relacionada a tratamento do lixo e suas
consequências para o ambiente. Além de assistir a dramatização, entregaremos aos
alunos folhetos de caráter lúdico relacionado ao tema.
Além de conscientizar, pretendemos fornecer subsídios para que os moradores
diferenciem o lixo reaproveitável dos demais e utilizem criando objetos artesanais que
futuramente, após dominarem a técnica, pode fabricar em maior escala e afim de
complementar a renda da família.
Serão contratados cinco estagiários de ensino superior de diferentes áreas do
conhecimento para atuarem como oficineiros nas oficinas envolvendo o aproveitamento
de garrafa pet, produção de papel reciclado, transformação de óleo de cozinha em sabão,
alimentos reaproveitáveis e construção de brinquedos.
As oficinas ocorreram na praça local e na ONG Onda Verde, quinzenalmente
durante seis meses com divulgação prévia aos moradores através de faixas e cadastro de
participantes, pois haverá número limitado de vinte vagas por oficina.
Com o objetivo de limpar as margens dos rios do bairro com maior índice de
resíduos sólidos, realizaremos um mutirão de limpeza nos mesmo envolvendo
moradores e comerciantes do local. Para isso, previamente haverá divulgação prévia
através de faixas, panfletos, carro de som, entre outros, e cadastro dos moradores7
voluntários. O mutirão ocorrerá no penúltimo mês que finalizará o projeto e terá início
com a concentração da equipe e moradores voluntários na praça local.
Para encerrar o projeto, no último mês, haverá na Associação de Moradores de
Tinguá uma exposição dos materiais produzidos pelas oficinas e um lanche com
algumas das receitas desenvolvidas.

5. Orçamento

Item Total em R$
Material de consumo de escritório R$ 1.000,00
Material para limpeza dos rios R$ 500,00
Serviços de terceiros – letreiro R$ 300,00
Serviço de terceiro-estagiários R$ 7.000,00
oficineiros
Serviços de terceiro – gráfico R$ 1.000,00
Material permanente e equipamentos R$ 8.000,00
Valor total do projeto R$ 17.800,00
6. Cronograma

6.1. Conhecendo e apresentando o projeto aos moradores

Atividades Meses
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Levantamento X
do número de
moradores
Elaboração de X
entrevista
Visitação e X
entrevista aos
moradores
Análise dos X
resultados da
entrevista
Visitação das X
áreas e
registro de
imagens

6.2. Orientando os moradores e comerciantes

Atividades Meses
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Apresentação e X
agendamento
do auditório na
ONG APARU
Confecção de X
faixas e folders
anunciando a
palestra
Realização de X
palestra
Distribuição de X
panfletos aos
ouvintes

6.3. Conscientizando as crianças e moradores locais

Atividades Meses
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Apresentação X
do projeto na
escola
Agendament X
o de visitação
Organização X X
da divulgação
nos bairros
Confecção X X
dos materiais
e adereços
Realização X
Distribuição X
de panfletos
as crianças e
educadores

6.4. Transformando materiais descartáveis em artesanato. 11

Atividades Meses
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Contratação dos X X
estagiários
Levantamento X X
das oficinas
Organização dos X X X
materiais das
oficinas
Oficina de X X X X X X
Garrafa pet
Oficina de papel X X X X X X
reciclado
Oficina de óleo X X X X X X
de cozinha
Oficina de X X X X X X
reaproveitament
o de pneus.
Oficina de X X X X X X
brinquedos
Exposição das X
produções das
oficinas

6.5. Limpando as margens do Juquiá e arredores.

Atividades Meses
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Divulgação X X X X
12
do mutirão
Cadastro X X X
dos
voluntários
Organizaçã X X X
o dos
materiais
Mutirão X
para
limpeza das
margens do
rio Jequiá.
7. Referências

FRANCO, Rosemary Carla, VIZENTIN, Caroline Rauch. Meio


Ambiente: do conhecimento cotidiano ao científico. Curitiba: Base
Editorial, 2009.

CARVALHO, I.C.M. A Invenção ecológica: narrativas e trajetórias da educação


ambiental no Brasil. Porto Alegre Ed. UFRGS, 2001.

DIEGUES, A.C. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2004.

LOUREIRO, C. F. B. Educar, Participar e Transformar em Educação Ambiental.


Revista Brasileira de Educação Ambiental. Brasília, ano 1, nº 0, 2004.

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