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SÍNTESE DA DEMANDA
I. PRELIMINARMENTE
I.I. DENUNCIAÇÃO DA LIDE
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"Art. 125 – É admissível a denunciação da lide promovida por
qualquer das partes:
(...)
II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a
indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido
na demanda.”
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da revenda de veículos que adentrou em marcha ré em via pública sem a devida
cautela e o requerente que não observava as normas de trânsito, surpreendendo
os motoristas logo após uma curva na via.
II. MÉRITO
II.I. DA INEXISTÊNCIA DE CULPA DA RÉ/ CULPA
EXCLUSIVA DE TERCEIROS OU DA CULPA CONCORRENTE
Caso ultrapassada a preliminar supra de ilegitimidade
passiva, o que se admite somente para efeitos de argumentação, ainda assim a
presente demanda não merece prosperar, ante a culpa de terceiro e também à
culpa da vítima. Senão vejamos:
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De suma importância esclarecer que o requerente, condutor
da motocicleta, é pessoa não habilitada para dirigir veículo automotor ou pilotar
motoclicleta vez que NÃO POSSUI E JAMAIS POSSUIU CARTEIRA NACIONAL
DE HABILITAÇÃO.
Importante ainda destacar que a motocicleta que este
pilotava, qual seja, HONDA CG/TITAN, Renavam 00904564851, de propriedade de
Jaderson Quintino Mansan, PLACAS AOI 1359 NÃO POSSUI DOCUMENTOS, vez
que não se pagavam os impostos há muito tempo, conforme se vê do extrato em
anexo, cujos débitos já se encontram inclusive em dívida ativa do Estado, tanto é
que foi apreendida no dia do sinistro, onde se encontra até a presente data.
Portanto, conforme se vê, o requerente não é pessoa afeita a
cumprir as leis, tanto que em momento algum nos presentes autos apresentou sua
CNH ou os documentos da motocicleta.
Conforme já relatado, a requerida vinha transitando pela
Avenida Duque de Caxias quando ao sair de uma curva foi surpreendida pelo
veículo Honda Civic em manobra de marcha ré no meio da pista, sem qualquer
cautela do manobrista, funcionário de uma garagem de automóveis.
De acordo com o que pode se observar do relato do Boletim
de Ocorrência, trata-se de via de mão única com duas pistas, e, portanto, com
espaço suficiente até mesmo para um veículo maior desviar da colisão, caso
quisesse ou tivesse habilitado para tanto.
A largura da via permite a qualquer condutor mediano desviar
para esquerda ou direita com um considerável espaço, de modo a evitar uma
colisão.
Conforme se comprova pelo relato da requerida, o requerente
vinha desatento no trânsito e não respeitava o distanciamento necessário, pois
caso fosse habilitado e estivesse respeitando as normas de trânsito (as quais ele
não tem conhecimento) teria conseguido desviar do veículo da sua frente, o qual
precisou frear para não bater no veículo que havia invadido a pista de rolamento.
Não se pode ignorar o fato de que o requerente sequer tentou
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frear a sua motocicleta, batendo na traseira e lateral do veículo da requerida, vez
que não prestava atenção ao trânsito e o que estava acontecendo à sua frente,
sendo que poderia ter evitado toque no carro da requerida com o simples desvio
para a direita ou então uma simples pressão nos seus freios.
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proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre
as calçadas das vias urbanas.
PRINT DO CELULAR
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SIATE, etc.
Quando da chegada da polícia ao local, a requerente verificou a
possibilidade de que a motocicleta não fosse apreendida, momento em que o
policial informou que não seria possível a liberação da moto pois esta não tinha
documentos para trafegar bem como o condutor não tinha habilitação.
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Tal fato demonstra que o requerente não é afeito a cumprir
normas e regras, bem como demonstra que este não tem noção de tráfego, já que
nunca sequer assistiu uma aula de direção defensiva, cuidados no trânsito etc, o
que teria evitado tal acidente.
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Pleiteia o requerente pensão vitalícia sob o fundamento de
que havia ocorrido redução da capacidade laborativa em razão de sequelas
permanentes.
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Ainda, destaque-se que não foi demonstrado em momento
algum que este percebia renda superior a 1 salário mínimo, sendo que, em qualquer
função que este venha a laborar futuramente certo é que sua renda mínima será
de 1 salário mínimo, presumindo que nenhum brasileiro possa ter renda inferior.
Ora Exa., quão absurdas são tais alegações pois, ainda que
o requerente fosse pessoa habilitada, cumpridora das leis, e ainda que a requerida
tivesse tido qualquer culpa no acidente (o que não é o caso), as situações acima
relatadas jamais existiram. Por qual razão a pessoa que sofre um acidente de
trânsito onde a outra pessoa envolvida presta total assistência no momento, chama
a SIATE, acompanha o atendimento até o final, avisa a esposa do requerente por
telefone do que teria ocorrido, informando a ela inclusive para onde ele estaria
sendo levado, afirma que foi ‘humilhada” e exposta a “situação vexatória”???
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envolver em acidentes, mas fato é que na vida cotidiana qualquer um que estiver
na rua está sujeito a tal situação, porém, afirmar que por isso foi humilhado
ultrapassa o limite do razoável.
Para ser merecedora de indenização por dano moral, a
circunstância constrangedora por que passa a vítima há de ser acima do normal;
os inconvenientes da vida moderna (como um acidente de trânsito por exemplo),
dos quais se espera fugir mas, não causam surpresa, não bastam a configurá-lo.
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referentes ao dano moral vez que não restou configurada a culpa pelo acidente,
bem como pelo fato de que nenhum dano moral foi efetivamente comprovado, já
que o fato de sofrer acidente de trânsito por si só não configura o dano moral, vez
que teve toda assistência durante o ocorrido, ou, caso não seja esse o
entendimento de Vossa Excelência, requer sejam observados os princípios da
razoabilidade e proporcionalidade para a fixação do quantum devido.
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que cause repulsa da sociedade, elementos não constatados no quadro clinico do
requerente pelas provas por ela apresentadas.
IV. PEDIDOS
a) Seja acolhida a preliminar arguida, a fim de se reconhecer
a ilegitimidade passiva da requerida, tendo em vista que esta não teve culpa no
acidente ocorrido, determinando-se a inclusão do Sr. DENILSON RODRIGO DA
PAIXAO, brasileiro, inscrito no CPF 095.961.889-92, RG nº 12700737-3, com
endereço na Rua Benício Camilo, 471, Jardim Maria Lucia, Londrina, e da
proprietária do veículo, ZURICH MINAS BRASIL SEGUROS S/A, CNPJ
17197385007900, situada na Av. Getúlio Vargas, 1420 - Funcionários, Belo
Horizonte - MG, 30112-021
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b) Sucessivamente, caso ultrapassada a preliminar supra, o
que se admite somente para efeitos de argumentação, requer seja deferida a
denunciação da lide da empresa ALLIANZ SEGUROS S/A, para responder nos
termos da ação como litisdenunciada e em caso de procedência do pedido inicial
que responda até os limites e valores da apólice, citando-se a seguradora por carta
AR na Avenida Eugênio de Medeiros, 303, CEP 05425-000, São Paulo, SP, e ao
final condenando-a ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários;
Termos em que,
Pede deferimento.
Gislaine A. G. Mazur
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OAB/PR 26.434
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