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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – FACE

Economia II

Aluno: Ygor Henrique Gonçalves Ângelo

Matrícula: 2020001130

Período: Noturno

GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval


de; TONETO JUNIOR, Rudinei. Economia brasileira contemporânea. 7. ed.
São Paulo: Atlas, 2005. 659p.

Capítulo 06

Q1. Explique o que acontece com o consumo privado nos seguintes


casos:

a) o governo decide aumentar os impostos;

Com essa medida irá diminuir a renda, consequentemente diminuindo o


consumo, pois o consumo é função da Renda Disponível (Y-T).

b) há uma queda na taxa de juros da economia;

O Consumo aumenta no curto prazo, pois a preferência por liquidez tende a


aumentar (a poupança se torna menos atrativa), porém é esperado um
efeito inflacionário. Isso acarretará num aumento do consumo presente e
diminuirá a poupança.

c) há um aumento das transferências do governo.

Transferências podem ser vistas simplesmente como "impostos negativos”,


dessa forma há um aumento na renda e, consequentemente, um maior
consumo privado.
Q3. Suponha que ao longo de sua vida o indivíduo receba uma renda que
cresce com o tempo, devido ao aprendizado, experiência etc. Como deve
ser seu padrão de consumo durante a vida, se:

a) tiver restrições à tomada de empréstimos?

Se tiver restrições seu consumo se baseado limitadamente na sua renda


corrente ao período de sua vida. Onde esse indivíduo irá tender a poupar
mais para o futuro.

b) não tiver restrições para obter empréstimos?

Nesse caso onde o indivíduo não tem restrições de empréstimo, o acesso


ao crédito possibilita um consumo constante ao longo da vida. Podendo
antecipar seu consumo com empréstimos, seu consumo será maior no
presente.

Q5. Considere a função consumo C = 300 + 0.7Yd, em que Yd é a renda


disponível (ver Apêndice).

a) Qual a propensão marginal a consumir?


70% da renda disponível.
b) Dado que C + S = Yd, calcule a função poupança S = f (Yd).

B- C = 300 + 0.7Yd
S = A+ (1 -b)Y
S=300 +(1-0,7)Yd
S= 300 + 0,3yd
c) Qual o nível de consumo para Yd = 700? Sabendo que Yd = Y-tY, onde
t é a alíquota do Imposto de Renda, qual a variação no consumo, se o
governo aumentar a alíquota em 5%?

C = 300 + 0,7.700 = 790


Yd = 700 – 0,05* 700 = 665
C = 300 +0,7*665 = 765,50
Capítulo 07

Q2. Explique o que acontece com o consumo privado nos seguintes


casos:

a) O governo aumentar os subsídios dados às empresas?


O nível de investimento privado na economia aumenta, caso o governo
aumente os subsídios das empresas ele está pagando parte do custo de
investimento da mesma.
b) Houver aumento das taxas de juros na economia?
O nível de investimento privado na economia diminui quando há um
aumento das taxas de juros na economia, pois haverá menores números de
projetos cuja eficiência marginal do capital que supere a taxa de juros.

c) Aumentar a alíquota do Imposto de Renda?


O nível de investimento privado diminui quando há um aumento da alíquota
do imposto de renda. O imposto de renda incide sobre os lucros da
empresa, logo há uma diminuição do investimento privado quando este
aumenta.

Q3. Considere uma economia fechada sem governo com a seguinte


estrutura (Ver Apêndice 7 A):

a) calcule a renda de equilíbrio;

Yeq = (a+i) / (1-c) =100 + 40 / 1-0,8 = 700

b) calcule o valor do multiplicador;

Multiplicador => 1/1 – PmgC


1/ 1- 0,8 = 1/0,2 = 5
c) qual o impacto sobre a renda, se o investimento passar para 60?

Se o investimento variar, a renda se alterará em valor igual à variação inicial


do gasto vezes o multiplicador. O impacto será de 100 reais .

Ye = (100+60) / (1-0,8) = 800

I=60
Y passa a ser 800

Q6. Considere uma economia em que (ver Apêndice 7A):

Y = C + I + G + X-M; Yd = Y-T; T = tY.

C = 240 + 0,7Yd; I = 350; T = 0,2Y; M = 0,3Yd; G = 190; X= 240.

Y =renda total; Yd =renda disponível após pagamento de impostos; C


=consumo;

I =investimento; G =gasto do governo; X= exportações; M =importações; T =


imposto.

Para essa economia, calcule:

a) o valor de equilíbrio da renda;

Y=240+0,7yd+350+190+240-0,3yd
Ye = (A + I + G + X – M)/1 – b (1 – t)
Ye = 240 + 350 + 190 + 240 - 0,24Y/ 1 – 0,7 (1 – 0,2)
Ye = 1020 – 0,24Y/0,44
0,44Ye = 1020 – 0,24Y
0,24Y + 0,44Y = 1020
Y = 1500
b) o orçamento do governo;

São os impostos;
T = 0,2Y
T = 0,2 (1500)
T = 300

c) o saldo da balança comercial;

Diferença entre exportação e importação. Renda disponível = Yd = Y – T =


1500 – 300 = 1200
Importação = M = 0,3Yd = 0,3 (1200) = 360
Exportação – Importação = 240 – 360 = -120 (Déficit)
d) se o governo aumentar em R$ 68 seus gastos, como fica o saldo da
balança comercial?
O déficit aumentou, uma vez que a importação aumentou.

Y=240+0,7yd+350+258+240-0,3yd
Y=1088+0,4(y-0,2y)
Y=1088+0,32y
0,68y=1088
Y=1600
yd=1600-0,2.1600=1280
Balanço comercial = 240-384= -144
e) qual o impacto desse aumento de gastos sobre as contas do governo?

Gasto do governo anterior = G = 240


Receita do governo anterior = T = 300
Saldo: receita – despesa = 300 – 240 = 60 (superávit)

Novo gasto do governo = G = 190 + 68 = 258


Nova Receita = T = 320
Novo saldo: 320 – 258 = 62 (superávit)

f) se as exportações aumentarem em R$ 90, qual o impacto sobre o saldo


da balança comercial e as contas do governo?

O déficit da balança comercial diminuirá. O governo está arrecadando mais.

Nova exportação = 240 + 90 = 330


Nova renda de equilíbrio: Y = 1.110/0,68 = 1.632,35 = 1.632
Novo imposto: T = 0,2 (1632) = 326,40
Nova renda disponível: Yd = 1632 – 326,40 = 1.305,60
Nova importação: M = 0,3(1.305,60) = 391,68
Novo saldo na BC = 330 – 391,68 = - 61,68
Novo saldo nas contas do governo: 326,40 – 190 = 136,40 (superávit)
(observe como, nesta economia, uma política de incentivo às exportações
oferece superávits melhores nas contas do governo, além de melhorar o
saldo na BC).
Capítulo 08

Q2. Como Keynes via o papel do governo na economia? Cite um


argumento apresentado pelos que não concordam com a intervenção
governamental na economia.
Keynes foi um dos maiores defensores da intervenção pública para evitar as
flutuações econômicas no capitalismo. Para eliminar o desemprego e estimular
o crescimento da renda, o governo deveria incidir em déficits públicos,
aumentando gastos ou diminuindo impostos, como forma de aumentar a
demanda agregada, determinante para o produto. A principal crítica é a
existência de defasagens temporais, entre a ocorrência da flutuação e o
momento em que o governo decide e consegue intervir na economia.

Q5. Explique o que é NFSP e de que forma esse conceito é usado.

Necessidade de Financiamento do Setor Público não Financeiro. Conceito


abrangente utilizado pelo FMI para medir o déficit público, entendido como a
necessidade de recursos de todo o setor público. Contempla o governo federal,
estados e municípios, previdência social, empresas estatais e agências
descentralizadoras. O objetivo é medir a pressão do setor público não
financeiro sobre os recursos financeiros da economia, ou seja, sobre a
poupança.

Q6. Explique a intuição por trás da identidade: ( G -T) = (S -[) + (M -X).

Para que o produto não varie, um aumento do déficit público implicará em


aumento da poupança privada sobre o investimento ou aumento do déficit
externo. Para financiar um déficit maior, o governo deverá recorrer a poupança
privada ou poupança externa. Ou seja, deverá pressionar as condições de
financiamento na economia, afetando principalmente a taxa de juros, de modo
a direcionar recursos de outros agentes para financiar o déficit público.

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