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Guerras do Brasil apresenta os fatos e as diferentes narrativas dos principais conflitos

armados da História do país. A narrativa é contada por meio de depoimentos dos


principais conhecedores dos fatos (historiadores, cientistas sociais, jornalistas). Clipes
com trilhas sonoras, imagens de arquivo e ilustrações feitas por artistas brasileiros dão
um ritmo dinâmico para compreender a História do país a partir de seu cerne: o
conflito

O primeiro episódio fala sobre a população indígena, que foi dizimada em sua própria
terra pelos portugueses e, posteriormente, por nós. Depois de mais de 500 anos, os
índios ainda sofrem para lutar pela demarcação de território, mas cada vez mais sem
sucesso. Entre 8 e 40 milhoes de habitantes viviam no Brasil antes da chegada dos
colonizadores. Carlos Fausto, antropólogo, diz que você encontra evidencias de
população do passado no Brasil, no qual falavam diferente línguas e havia diferentes
culturas. Os povos andinos eram fortes naquela época. Darcy Ribeiro dizia que os
brancos aos chegarem aqui, fediam.

Era um povo sem muita higienização. Sobre os primeiros cem anos, Pedro Puntoni diz
que os portugueses capturavam escravos e havia tensão entre uma sociedade
portuguesa e comercializada interessada na conquista e dominação de um povo
indígena aqui habitado no Brasil, que até então não tinha esse nome. A discussão da
“alma” nos indígenas era um assunto muito polemico também para a época, para os
espanhóis e portugueses. O “preconceito” jaz enraizado ali era extremamente forte e
de cunho muito preconceituoso. Os índios acabaram por interpretar que os “brancos”
vulgo portugueses queriam ficar aqui de vez, eles reagiram de uma maneira inteligente
ao se protegerem de seus ataques, todavia, os portugueses conseguiram dominar o
povo indígena. Eles estavam em guerra, Ailton Krenak diz que não há paz em nenhum
lugar desde que os portugueses chegaram aqui no País.

O escravismo índigena era para salvar a alma dos “perdidos indígenas”. Muitos
negavam sua própria identidade. Em 1620, a maioria dos escravos indígenas estavam
sendo descobertos e estavam resistindo ao mal estar de seu tempo. Os portugueses,
por controvérsia, impediram a expansão do nosso território e desse povo. Cerca de 4
mil indígenas morreram por envenenamento, esse período ficou conhecido como o
Massacre do Paralelo 11, 9 mil indígenas foram assassinados durante a Ditadura
Militar, - aproximadamente, João Pacheco – antropólogo, diz que essa guerra é
contínua, fez parte da Amazonia e também da ação do Brasil na região fronteira. A
guerra é um estado permanente da relação dos índios sem nenhuma trégua até os
dias atuais, até o momento presente. Os índigenas não são esse povo bárbaro como
dizem por aí nos jornais, com uma visão retrógrada e distorcida, errônea e falseada.
Aqui, tratarei um pouco do Evolucionismo de Cultura ou seja, Evolucionismo Cultural.

Uma perspectiva teórica da antropologia, na UNIDADE TRÊS, está dizendo que teve
ampla hegemonia a partir da década de 1860 até o final do século XIX, a qual
considerava que todas as sociedades passavam pelo mesmo estágio de evolução
cultural. Estarei a relacionar com Edward Tylor, Tylor filia-se à escola antropológica do
evolucionismo social. Considerado o pai do conceito moderno de cultura, Tylor vê,
porém, a cultura humana como única, pois defende que os diferentes povos sofreriam
convergência de suas práticas culturais ao longo de seu desenvolvimento, ideia que
não é consenso hoje em dia. A cultura seria "o complexo que inclui conhecimento,
crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo
homem como membro da sociedade". Sendo assim, para os indígenas, nascer falando
um idioma, nascer em um local único ou ter suas crenças particulares, é sinal de que
estamos cooperando para o Evolucionismo Cultural de Tylor, estamos avançando em
prol daquilo que o mesmo acreditava ser uma “evolução”.

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