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DEUS ESTÁ PROCURANDO AMIGOS ALIANÇADOS

O poder da aliança

Em 1977, quando eu fui um seminário em Ashland/Ohio, conheci um


jovem homem chamado Duke Smith. Duke tinha acabado de se converter e
estava em chamas pelo Senhor. Eu era muito mais velho que ele, mas nós
comungamos juntos no espírito. Nós fizemos uma aliança um com o outro
que buscaríamos o derramar de Atos capítulo 2 até encontrá-lo.

Aquela aliança sobrenaturalmente nos conduziu a Maryland onde o


Espírito Santo estava se movendo em umas pessoas chamadas de
“Ajuntamento de Cristãos” (Gathering of Believers) liderado por Larry
Tomezak e C.J. Mahaney. Por causa da aliança deixei tudo para trás até
meu futuro como um pastor na minha denominação, na qual seis gerações
atrás do meu avô haviam fundado. Eu troquei a oportunidade de me tornar
um pastor na Brethren in Christ Church para passar cinco anos esfregando
pisos de hospitais, capinando e varrendo salas de caldeira. Mas esses anos
foram maravilhosos. O armário de vassouras se tornou meu quarto de
oração. Eu adorava a Deus nesse pequeno armário enquanto eu lavava meu
esfregão. Eu cantava e orava em línguas atrás do cortador de grama de 52
polegadas chorando por causa do amor de Deus por mim. Na sala da
caldeira eu ouvia a voz interior de Deus me dizer “Eu te chamei para ser
um instrumento de avivamento!”. Meu amigo Duke Smith se mudou para
longe e perdi o contato com ele por 12 anos. Então, quando me mudei para
Pasadena para plantar uma igreja recebi um telefone inesperado. Era Duke
– Eu não podia acreditar. Ele estava morando em Rosemead, uma cidade
perto de Pasadena. Ele tinha passado por escuros 12 anos longe do Senhor.

Mas Deus se lembrou das nossas promessas de aliança. Ele nos


uniu com cordas que não poderiam ser rompidas. Então, Ele nos liderou
individualmente durante esses 12 anos e 3.000 milhas para nos levar ao
mesmo lugar do início da renovação em 1994. Nesse tempo, Duke começou
a buscar Deus. Depois me contou “Lou, quando eu me tornei cristão eu
tinha sonhos proféticos todo tempo. Mas não tive nenhum por 12 anos. Na
noite passada tive um sonho no qual eu estava voando e liderando
adoração em prédio enorme com grandes portas duplas na parte de trás”.

Quando a renovação se moveu para o Mott Auditorium, Duke ficou


impressionado. Mott era o prédio que ele havia sonhado! Hoje Duke é um
dos líderes de adoração da Harvest Rock Church e estamos seguindo a
aliança que fizemos há quase 20 anos atrás.
Fazendo aliança

Quando conheci Duke em 1977, eu sabia muito pouco da


profundidade do comprometimento envolvido em uma relação. Através da
parábola da vida da minha amizade com Duke, Deus me ensinou muito
sobre Sua fiel aliança. Ele não falha. Suas promessas são totalmente
confiáveis. Apesar da nossa infidelidade, Ele é totalmente fiel. Ele se
colocou em nós em amor. Mesmo se nos afastarmos por 3.000 milhas e
durante 12 anos de escuridão, Ele se lembra da sincera aliança e trabalha a
nosso favor para cumprir completamente Suas promessas.

Jônatas e Davi conheciam essa devoção. Davi amou Jônatas como


ele mesmo. A união deles dois foi além da vida e ultrapassou o tempo até a
eternidade. Gerações foram abençoadas por causa da aliança deles. Anos
depois que Jônatas foi morto em batalha, o rei Davi lembrou do seu amigo.
Seu coração foi profundamente movido por causa do grande amor que eles
compartilhavam. De repente a aliança que ele havia feito com Jônatas lhe
veio à mente. Ele se lembrou de seu juramento: “O Senhor seja entre mim
e ti, e entre a minha descendência e a tua descendência, seja
perpetuamente”. (1 Samuel 20:42b ACF), então “disse Davi: Há ainda
alguém que tenha ficado da casa de Saul, para que lhe faça benevolência
por amor de Jônatas?” (2 Samuel 9:1 ACF). Quando lhe foi contado que
somente um filho de Jônatas havia sobrevivido, um aleijado chamado
Mefibosete o qual era natural e totalmente não qualificado a sentar-se à
mesa do rei, Davi mostrou misericórdia ao filho de Jônatas movido pela
paixão e por amor ao seu amor.

E Mefibosete, filho de Jônatas, o filho de Saul, veio a Davi, e se


prostrou com o rosto por terra e inclinou-se; e disse Davi: Mefibosete! E ele
disse: Eis aqui teu servo. E disse-lhe Davi: Não temas, porque decerto
usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei
todas as terras de Saul, teu pai, e tu sempre comerás pão à minha mesa. (2
Samuel 9:6-7 ACF). Quando li essas palavras, lágrimas vieram aos meus
olhos. Talvez isso é o que Deus esteja falando no céu hoje. Talvez quando
Ele se lembra de Jonathan Edwards, o pai do grande primeiro avivamento
na América, Ele pergunte; “Ainda há alguém dessa família, nessa nação,
para que eu possa mostrar misericórdia pelo bem de Jonathan Edwards?
Apesar de estarmos aleijados pelo pecado e termos perdido a herança das
nossas cidades para o diabo, Deus ainda pode mostrar misericórdia e nos
restaurar. Essa é a esperança da América – Deus manter Sua aliança com
nossos ancestrais piedosos.
Porque Deus é um Deus de aliança, aqueles com quem faz aliança
se tornam Seus amigos especiais e Ele faz distinção entre Seus amigos
especiais e as outras pessoas. Ele apoia esses amigos aliançados como a
nenhum outro. Quem são essas pessoas com as quais Ele Se uniu
eternamente? Elas são homens e mulheres de todas as idades que têm
caminhado com Ele, escolhendo obediência ao invés da popularidade. Elas
estão em todas as reuniões do grande conselho do Senhor por toda a
história que abriram os céus através da oração. Elas são cada “clube santo”,
como aqueles que começaram nos campus das universidades através de
John Wesley e George Whitefield. Elas são todas as amantes e adoradores
solitárias que estão derramando seu perfume nos céus.

A natureza da aliança

Infelizmente, americanos sabem muito pouco sobre a natureza da


aliança. Ao contrário da maioria das nações orientais as quais estão
familiarizadas com a celebração de alianças, a prática de fazer e manter
alianças tem se perdido em vários lugares dos arquivos de nossa história.
Olhe todos os acordos que quebramos com os Índios Americanos. Assim
como um professor ungido disse: “A América é o país mais não civilizado
porque não conhece nada sobre o sangue da aliança. Nosso padrão de
quebrar acordo era incompreensível aos Índios. Eles simplesmente não
entendiam como alguém poderia quebrar uma aliança”.

A palavra aliança significa “unir ou encaixar”. O ritual de fazer


aliança frequentemente incluía os seguintes elementos. 1. Os participantes
cortavam um animal ao meio e caminhavam entre as duas partes
sangrentas. Através disso, eles declaravam que dois se tornaram um
espírito e isso demonstrava o que aconteceria com a parte que quebrasse a
aliança, ela seria cortada ao meio, assim como o animal foi. Abraão cortou
uma novilha, uma cabra e um carneiro ao meio e os arrumou um de frente
ao outro. Depois do crepúsculo “eis que um fogareiro esfumaçante, com
uma tocha acesa, passou por entre os pedaços dos animais” (Genesis
15:17b). 2. As duas partes significavam as promessas e bênçãos da
manutenção da aliança, assim como as maldições que viria sobre a parte
que quebrasse a aliança. 3. Os participantes deviam fazer votos um para
com o outro. 4. Os participantes deviam trocar vestes, presentes, anéis,
espadas ou outros itens de valor. Isso era uma forma simbólica de dizer “O
que é meu é seu, e o que é seu é meu. Se alguém lhe afligir, ele se tornará
meu inimigo e minha espada irá te defender”. 5. A marca física (no caso de
Abraão a circuncisão) era posta no corpo de cada um dos participantes
como um sinal de que eles se tornaram “irmãos de aliança”, A cerimônia
não estava completa e a designação “amigo” na era utilizada até que a
marca tivesse sido feita. 6. Celebração indicava o prosseguimento da
aliança. 7. Depois da aliança, nenhuma das partes poderia falar mal do
outro. 8. Alianças normalmente duravam além do período de vida dos
participantes e alcançavam as futuras gerações. Deus prometeu que a
aliança não seria somente com Abraão, mas com seus descendentes para
todo sempre. Esses componentes de um relacionamento de aliança eram
evidentes em todo o período de amizade entre Deus e Abraão. Deus disse a
Abraão “Dê-me seu filho” e Abraão foi obrigado a dá-lo devido à aliança
firmada. Como um irmão de sangue de Deus, ele tinha que obedecer.
Assim como Deus é obrigado a cumprir Suas promessas também pela
natureza da própria aliança – incluindo o provisionamento de Seu próprio
Filho para fazer nossa expiação. Abraão recebeu em seu corpo o sinal da
aliança, mas onde está a marca de Deus para provar isso? O sangue de
Jesus é a marca que garante que Deus é um parceiro aliançado, e como tal,
irá manter Suas alianças.

A Promessa da Aliança

Pensar que Deus poderia entrar em tal tipo de acordo com o


homem é impressionante. Ele estava disposto a selar para sempre Sua
aliança através de própria morte de forma horrível, é incompreensível.
Certamente a aliança confirmada pelo maravilhoso sacrifício veio
acompanhada de maravilhosas promessas. E é isso! Em Genesis, Deus
prometeu a Abraão terra, descendentes e proteção. Mas quando Paulo
comenta sobre essa transação no Novo Testamento, ele se quer menciona
as bênçãos que Abraão recebeu. Ao invés disso ele escreveu “Isso para que
em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também aos gentios, para que
recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé” (Gálatas 3:14). Vez
após vez no Novo Testamento, a promessa que nós recebemos através da
aliança de Abraão, selada pela morte e ressurreição de Jesus é o Espírito
Santo. E através de Cristo, até mesmo os gentios devem recebê-Lo.

Eu lembro de um jovem amigo, Abbott, que aprendeu muito


rapidamente por volta de 1998 que o poder do Espírito Santo é liberado
através da aliança de sangue de Jesus. Ele e sua esposa estavam buscando
Deus com grande fome para que seus poços espirituais fossem abertos.
Apesar de já terem experimentado encontros carismáticos, eles queriam o
batismo do Espírito da forma poderosa como descrito na Bíblia.

Em uma noite, enquanto eles oravam e estudavam algumas


passagens da Escritura a respeito da aliança, Abbott chegou em Zacarias
9:11 “Quanto a você, por causa do sangue da minha aliança com você,
libertarei os seus prisioneiros de um poço sem água”. A definição de Jesus
de água é o Espírito Santo: “’Quem crer em mim, como diz a Escritura, do
seu interior fluirão rios de água viva’. Ele estava se referindo ao Espírito,
que mais tarde receberiam os que nele cressem” (João 7:38-39a).

De repente uma simples revelação atingiu meu amigo do coração.


Ele disse que era como se o sangue da Nova Aliança tivesse libertado ele
da sua própria sequidão e houvesse havido a abertura para o batismo do
Espírito Santo, o fluir dos rios de águas vivas, como Jesus tinha dito.
Ousadia levou meu amigo a clamar pela promessa do Espírito embasado no
sangue derramado de Jesus. Ajoelhando-se para orar, ele foi
instantaneamente batizado com poder e choques de eletricidade o
derrubaram no chão e ele começou a orar em línguas. Na verdade, por duas
horas ele não conseguiu falar inglês! Ele falou em Russo e Polonês,
segundo os vizinhos que ouviram seus altos louvores,. O sangue da aliança
de Jesus abriu a porta para Atos 1:8: “Mas receberão poder quando o
Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra”.

No dia seguinte meu amigo testemunhou a um idoso que esposava o


Darwinismo e que resistiu ao evangelho por anos. Esse endurecido opositor
de Jesus rompeu imediatamente ao testemunho do meu amigo e se rendeu a
Cristo.

Uma pessoa com seus poços abertos pode liberar água a toda uma
comunidade. Jesus disse a mulher samaritana que “quem beber da água que
eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se
tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4:14).
Quando essa mulher abriu seu coração e experimentou um jorrar da água
na sua vida, toda sua cidade foi afetada e eles também experimentaram.
“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele por causa do seguinte
testemunho dado pela mulher: ‘Ele me disse tudo o que tenho feito’” (João
4:39). Se queremos ver avivamento na nossa terra devemos nos voltar ao
sangue da aliança do Senhor Jesus Cristo. É essa aliança que libera as
fontes de água viva que podem regar uma comunidade inteira.

O sangue de Jesus é a garantia do derramar do Espírito, de duas


formas, o derramar individual e coletivo: “o evangelho que os salvou,
vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa” (Efésios
1:13b). Se reavivamento é nada mais nada menos que o trabalho difundido
do maravilhoso Espírito Santo, certamente podemos nos empossar dessa
promessa de aliança com grande fé e ousadia e vê-Lo vir. Eu quero
incendiar seus corações com uma fé ultrajante. Você crê nas palavras de
Jesus, “Eu envio a vocês a promessa de meu Pai; mas fiquem na cidade até
serem revestidos do poder do alto” (Lucas 24:49)? Você acredita que um
glorioso segundo Pentecoste virá sobre a terra outra vez? Ou suas orações
refletem uma escassa expectativa?

Os judeus: O povo da aliança

Deus está procurando por pessoas que irão se aliançar com Ele
através do Sangue do Senhor Jesus Cristo e através de seu compromisso
desentulhar os poços de sua herança espiritual.

Esses poços espirituais começam com os judeus, o povo com o qual


Deus primeiro estabeleceu uma aliança. Como as Escrituras dizem a
respeito dos judeus: “Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de
vocês; mas, quanto à eleição, são amados por causa dos patriarcas, pois os
dons e o chamado de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11:28-29). As
promessas da aliança a Abraão, Isaac e Jacó são irrevogáveis. Elas irão se
cumprir. Então vamos primeiro cavar os poços do avivamento através do
retorno das raízes Judaicas, conhecendo e seguindo os caminhos de
obediência de Abraão, Isaac e Jacó.

“Olhem para a rocha da qual foram cortados e para a pedreira de


onde foram cavados; olhem para Abraão, seu pai, e para Sara, que os deu à
luz. Quando eu o chamei, ele era apenas um, e eu o abençoei e o tornei
muitos. Com certeza o Senhor consolará Sião e olhará com compaixão para
todas as ruínas dela; ele tornará seus desertos como o Éden, seus ermos,
como o jardim do Senhor. Alegria e contentamento serão achados nela,
ações de graças e som de canções” (Isaías 51:1b-3). Aqui, Isaías está
chamando os remanescentes para voltarem às suas raízes, conhecer e seguir
os caminhos de adoração, sacrifício, fé e obediência de seus pais
espirituais.

Vamos orar por Israel com grande fé clamando pelas promessas do


Espírito Santo em favor deles. Se as promessas continuam verdadeiras para
nós como gentios, imagine para eles. Agora é a hora de vermos uma
colheita entre o povo escolhido de Deus. O dia que “todo Israel será salvo”
(Romanos 11:26) está se aproximando. Que mais judeus sejam salvos neste
século do que em qualquer outro desde o primeiro século. Esse é o destino
deles! Quando começarmos a desentulhar esses poços da nossa herança,
que possamos não esquecer que os primeiros poços foram cavados por
Abraão e que somos participantes dessa aliança por causa da grande
misericórdia de Deus por nós: “Pois eu digo a vocês que Cristo se tornou
servo dos que são da circuncisão, por amor à verdade de Deus, para
confirmar as promessas feitas aos patriarcas, a fim de que os gentios
glorifiquem a Deus por sua misericórdia...” (Romanos 15:8-9).

Evocando a Memória da Aliança

Relacionamentos de aliança são compromissos sérios. Eles devem


nascer no coração de Deus antes que se tornem eminentemente naturais.
Minha amizade com Chris Berglung é um desses relacionamentos. Deus
enviou Chris a mim em 1984, meses depois que me mudei para Pasadena
para plantar uma igreja lá. Orávamos junto por avivamento às 4:30 da
manhã. As muitas noites sem dormir encontrou nossos corações queimando
unidos buscando Deus. Durante os anos, encontrei meu coração movido de
lágrimas a grande alegria de ter um amigo como Chris. Que afeição nós
experimentamos – até mesmo as afeições de Cristo. No geral cada grande
momento da minha vida, desde 1984, mesmo os tempos de
desencorajamento ou estações de tomada de decisão, Chris falava a mim
uma palavra exata ou a revelação de que eu precisava. Ele tem sido um
profeta para mim. Assim como Jônatas e Davi, nossos corações estão
unidos e somos um só espírito. Como ocorreu essa jornada? Através de
aliança mútua! Chris e eu nos aliançamos logo no início de nossa amizade
para “buscar o Senhor, Deus de [nossos] pais, com todo [nosso] coração e
alma” (2 Crônica 15:12b). De diversas formas esse livro é fruto dessa
aliança.

Alguns parceiros aliançados são contemporâneos, assim como Chris


e eu, e Frank Bartleman e seu parceiro de oração, William Boehmer, que se
aliançaram em 1905 e se tornaram guerreiros aliançados por avivamento.
Outros parceiros de aliança que conseguiram, ao longo dos anos, unir o
coração de homens e mulheres sem nunca os terem conhecido
pessoalmente. De alguma forma, Deus me uniu a herança da aliança do
Frank Bartleman.

Um dia eu estava na Biblioteca Pública de Pasadena tentando


esconder meu soluço naquele lugar silencioso. Eu tinha acabado de ler
sobre a vida de Frank Bartleman e de repente era como se as luzes fossem
ligadas. Por que meu coração ficou tão aquecido quando li sobre a vida
daquele homem? Por que esses desejos tão profundos mexeram comigo
quando eu li sobre a história de avivamento de Pasadena e Los Angeles?
De diversas foram eu havia entrado nessas alianças. Nossos corações
queimaram pela mesma coisa. Nós dois queríamos ver Pasadena adorando
ao Senhor.
John Dawson, um homem que tem profundamente movido meu
coração, teve uma experiência similar a que tive naquele dia com Frank
Bartleman. Ele disse “Uma das principais experiência de mover na minha
vida foi no quarto onde David Livingstone nasceu... Enquanto eu olhava
para as relíquias da vida dele e lia sobre suas dificuldades na África, pensei
que certamente Deus irá abençoar a Escócia por causa desse homem.
Mesmo quando eu escrevia essas palavras, fui tomado em lágrimas por que
meus ancestrais vieram dessa terra. Oh, que herança que sustenta minha
vida como missionário”. Se cada emoção que enche nossos corações
quando pensamos na devoção ao Senhor de homens como Bartleman e
Livingstone, quão grande deve ser as afeições de Deus quando Ele Se
lembra das alianças feitas com seus amigos e o sacrifício deles. A chave
para essa resposta intensa tomou meu coração quando estava falando um
dia com John Dawson. “Lou”, disse John. “aliança é muito mais que uma
futilidade, uma transação legal. As alianças de Deus são alianças de uma
divina paixão inerente àqueles que tem movido Seu grande coração.”
Portanto, quando oramos “Senhor, lembre-se de Davi” isso traz a memória
do Pai o homem segundo o Seu coração e Ele não pode Se conter. Essas
memórias movem Deus a agir.

O diário de amor de Deus

O livro Rua Azusa de Frank Bartleman não é meramente uma


coetânea dos pensamentos de um homem e lembranças dos moveres para a
posteridade de como eles alcançaram o avivamento. É um livro de
memórias de Deus, Seu diário de amor. Os anais da história estão cheios de
inúmeros sacrifícios e de santos que moveram o coração de Deus, os quais
estão registrados no Seu diário do amor. “Traga Meu diário, Meu livro de
recordações. Escreva o nome deles para que eles vivam para sempre diante
de mim! Esses são aqueles que capturaram Meu coração. Eles são Meus,
Meu tesouro possuído. No dia do julgamento, os separarei do mundo. Eu os
pouparei, aqueles que são Meus amigos. Sobre esses colocarei Meu
Espírito Santo”.

Malaquias, debaixo do espírito profético, testemunhou a resposta de


Deus a um bando de adoradores radicais. A geração dele era uma aliança.
As queixas contra Deus se tornaram generalizadas. Ainda assim, o povo se
uniu em comunhão para buscar encorajamento mútuo.

“Aqueles que temiam o Senhor conversaram uns com os outros, e


o Senhor os ouviu com atenção. Foi escrito um livro como memorial na
sua presença acerca dos que temiam o Senhor e honravam o seu nome.
’No dia em que eu agir’, diz o Senhor dos Exércitos, ‘eles serão o meu
tesouro pessoal. Eu terei compaixão deles como um pai tem compaixão do
filho que lhe obedece. Então vocês verão novamente a diferença entre o
justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem’”
(Malaquias 3:16-18). O livro memorial de Deus não é simplesmente uma
lembrança das coisas passadas, porque Ele não é um Deus esquecido e que
precisa de um livro para se lembrar das pessoas, lugares e eventos. Não, o
livro memorial de Deus é Seu diário de amor, um registro dos nomes e
feitos daqueles que arrebataram Seu coração. Ele se lembra do que mantém
em Seu coração. E o que exatamente provoca respostas de lembrança do
coração de Deus? Em uma palavra, devoção.

Meras estratégias nunca trarão avivamento porque avivamento é uma


erupção do coração de Deus sobre uma vida devota. Essa é a resposta do
Pai para aqueles que estão entre Seus amantes e a quem Ele deu promessas
e incendiou suas ofertas. Esses fieis passaram para a glória e recompensa
eterna. Então se levantam outras gerações, uma geração de bisnetos e
bisnetas “...surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele
havia feito por Israel [Seu povo]” (Juízes 2:10). Um dia uma dessas
bisnetas encontrará um livro entre sua antiga herança e as valiosas
possessões de sua bisavó guardadas no sótão. O livro é o diário de sua
bisavó, as histórias de uma mulher de grande devoção que orava três horas
por dia pela pequena igreja local até que o Espírito Santo veio e tocou a
igreja e transformou toda a cidade. Enquanto a jovem menina lê, ele
começa a se incendiar, dizendo “Essa é a minha herança. Wow! Isso não
está acontecendo na minha igreja. Talvez pudesse”. Então lágrimas cairão
de seus olhos e se derramarão sobre as páginas do antigo diário, a jovem
menina começará a se derramar diante de Deus e outro memorial será feito.

Jesus disse de tais relacionamentos amorosos e de tal devoção


dispendiosa. Quando uma mulher derramou uma jarra de um perfume
caríssimo sobre Sua cabeça enquanto Ele comia, os discípulos reclamaram
sobre o desperdício; mas Jesus os corrigiu dizendo: “Por que vocês estão
perturbando essa mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Pois os
pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre
terão. Quando derramou este perfume sobre o meu corpo, ela o fez a fim de
me preparar para o sepultamento. Eu asseguro que em qualquer lugar do
mundo inteiro onde este evangelho for anunciado, também o que ela fez
será contado, em sua memória” (Mateus 26: 10b-13). Por todas as eras e
pela eternidade, o Senhor Jesus fez um memorial para aqueles que O amam
profundamente. Com efeito, Ele gritou “Isso é o que move Meu coração:
devoção”. Devoção é do que se trata a aliança com Deus: “Eu me lembro
de sua fidelidade quando você era jovem: como noiva, você me amava”
(Jeremias 2:2). Note que Deus não disse que Se lembra do nosso árduo
trabalho por Ele, nossos ministérios ou nossas mega igrejas com grandes
programas. O que Ele Se lembra de nossa devoção a ele, o quanto nossos
corações O desejavam, nossa total entrega para viver diante dEle em
santidade e em comungar no secreto com Ele. Isso é o que move o coração
de Deus.

Da mesma forma, o que mais entristece o coração do Pai é que


deixemos de amá-Lo. “Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a
sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à
prova os que dizem ser apóstolos, mas não são, e descobriu que eles eram
impostores. Você tem perseverado e suportado sofrimentos por causa do
meu nome e não tem desfalecido. ‘Contra você, porém, tenho isto: você
abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se [Porque isso é o que Deus
lembra] de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no
princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do
lugar dele.” (Apocalipse 2:2-5). Isso não é falta de trabalho, mas uma falta
de anseio em seus corações por Ele para aqueles a quem Jesus ordena que
João escreva a cerca da igreja de Éfeso. Ele se recorda dos primeiros dias
de Éfeso e do amor que eles tinham. “Que santas visitações eles tinham
naqueles dias”. Então eles sucumbiram às monótonas atividades religiosas,
esquecendo-se de Deus por causa de suas “ocupações”. A dor que Deus
sentiu quando Seu povo perdeu o primeiro amor por Ele também é revelada
nas palavras do profeta Jeremias:

“Espantem-se diante disso, ó céus! Fiquem horrorizados e


abismados”, diz o Senhor. “O meu povo cometeu dois crimes: eles me
abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias
cisternas, cisternas rachadas que não retêm água” (Jeremias 2:12-13). A
ordem de Jesus aos Seus discípulos durante a última ceia serve também a
nós. “Façam isto em memória de mim” (Lucas 22:19b). A palavra memória
(no grego, anamnesis) é um apelo apaixonado para os discípulos manterem
a profundidade do amor pactual de Jesus por eles e Seu compromisso de
que sempre estaria no centro de suas afeições.

Aliança irá abrir a porta

Apelar para a aliança é mais poderoso do que orar. Na oração, pode-


se argumentar efetivamente com Deus por respostas, mas na aliança de
parceria existe um altar no qual fogo cai. Não devemos esquecer que a
morte de Jesus na cruz é um ato de verdadeira aliança. “Durante os Seus
dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com
lágrimas, Àquele que O podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da
Sua reverente submissão” (Hebreus 5:7, NVI). Suas orações foram efetivas
apenas na medida de que entregou Seu corpo como um sacrifício vivo.

Existe uma glória que somente é revelada através de alianças mútuas


entre homens e mulheres e entre Deus e Seu povo. Chris Berglund teve um
sonho que confirma essa verdade. Chris disse: “No sonho, vi a brilhante
glória de Deus através de uma porta rachada; Então me voltei a você Lou e
perguntei: “O que abrirá a porta para a glória de Deus? Então, enquanto
olhava a combinação da fechadura e uma mão que discou a combinação,
ouvi uma voz dizendo ‘Aliança abrirá a porta’”.

Outros no Corpo de Cristo estão ouvindo a mesma coisa. Assim


como Francis Frangipane disse: “Em uma conversa com líderes nacionais
de internacionais de oração, descobri que muitos deles estão ouvindo a
mesma palavra: o Senhor está chamando Seu povo para unidade com Ele
no poder da aliança pela nação! Claro que nós nunca iremos substituir a
aliança de Cristo. Entretanto, através de tomarmos nossa cruz, somos
chamados a estender o poder redentivo da cruz de Cristo ao nosso mundo e
época”.

As alianças que devo renovar serão bem diferentes daqueles que


você deverá renovar porque sua herança e experiência são diferentes.
Enquanto que Deus me deu uma fé sem medida acerca da aliança dEle com
Los Angeles, assim como fez com Frank Bartleman no início do século
vinte, Eu não tenho a mesma fé de aliança por Nova York. Talvez essa seja
a aliança que você precisa renovar. Faça uma aliança com Deus dentro da
esfera que Ele tem estendido sua fé, então descubra a história de
avivamento naquela área. Encontre histórias de homens e mulheres de fé
que fizeram aliança com Deus anos atrás naquela área e puxe as cordas do
coração de Deus O lembrando daqueles apaixonados que se entregaram no
altar do amor.

Esse puxar de cordas do coração de Deus através da oração de


recordação aparenta ser um presente importante que Deus tem nos dado
para trazer avivamento a nossa terra. Assim como uma mãe não pode
esquecer do bebê em seu colo, assim Deus não pode se esquecer daqueles
que Ele ama e que Ele se amarrou. Suas recordações sobre eles estão
gravadas nas palmas de Suas mãos e todo tempo Ele olha para elas e Se
lembra do profundo amor e devoção sacrificial.

Vamos aprender a invocar a memória da aliança, orando como um


descendente do Rei Davi orou no Salmo 132, clamando pelas bênçãos de
Deus sobre a nova geração por causa das lembranças de Davi e Sua aliança
de amor com ele: “Senhor, lembra-te de Davi e das dificuldades que
enfrentou (...) Por amor ao teu servo Davi, não rejeites o teu ungido.
O Senhor fez um juramento a Davi, um juramento firme que ele não
revogará” (Salmo 132: 1, 10-11ª. NVI).

Talvez sejamos esses amigos de aliança cujos nomes estão escritos


no livro de memórias de Deus, sendo gravado nas palmas de Suas mãos.
Talvez nossa aliança de amor e devoção seja como a do Rei Davi – por
Deus e para aqueles que Ele enviará a nossas vidas como amigos de
aliança.

GLOSSÁRIO

Covenant – aliançados
Mopping – esfregar
Lawn mower – cortador de grama
Bound us together – nos uniu

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