Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Discente do Curso de Especialização Lato Sensu em Educação e suas Tecnologias do Instituto Federal
da Bahia, Campus Valença
epistemológica apriorista. Nela, os alunos já têm um conhecimento advindo de sua bagagem
genética. O professor tem o papel de fazer aflorar essa bagagem de conhecimentos nos seus
alunos. O sujeito (aluno) determina o objeto (professor). A ação pedagógica do professor não é
valorizada como deveria ser.
Por fim, é trazido o modelo pedagógico relacional. Neste modelo, professores e alunos
têm uma relação de igual para igual, onde um ajuda ao outro. Professores e alunos ensinam e
aprendem. Um não se sobrepõe a ação do outro. Os interesses e ideias dos alunos são
valorizados. O professor tem seu planejamento, não desprezando o que é de interesse do aluno.
O currículo, os planejamentos feitos para as disciplinas não são desconsiderados, mas
direcionados e adaptados de acordo com as necessidades dos alunos. Ele faz as pontes
necessárias entre o que foi planejando, inserindo aquilo que vai surgindo ao longo do
desempenho das atividades com base nas reações dos sujeitos (os alunos).
As ações do professor influenciam as ações do aluno e tende a modificá-las, aperfeiçoá-
las e vice versa. Só aprendemos quando problematizamos. Assim, a epistemologia que embasa
este modelo pedagógico é a Construtivista.
Análise e Discussão
Com base no vídeo, vemos que é de suma importância para nós docentes termos base e
conhecimento das teorias epistemológicas. Saber como o aluno aprende para determinar qual
metodologia iremos implementar na sala de aula é o primeiro passo para a nossa atuação em
sala de aula.
Estes três modelos, abordados anteriormente me remetem à algumas situações pelas
quais eu passei durante a minha trajetória acadêmica, quando discente do curso de Licenciatura
em Computação, na disciplina de Estágio IV. Traçamos um planejamento com base nos
métodos que vínhamos abordando nos estágios anteriores, seguindo ementas, planejamentos e
conteúdos comuns da área de informática. Porém, ao começarmos a empreitada nesta turma de
EJA, vimos que teríamos que adaptar a nossa metodologia de acordo com o perfil da turma.
Percebemos neste sentido que se tratássemos estes alunos como “tábulas rasas” nós realmente
iríamos “esgotar” o conteúdo proposto, porém o mesmo não teria nenhum significado para os
mesmos. Desta forma, mudamos a nossa abordagem para um modelo relacional, onde pudemos
identificar as necessidades destes alunos e readaptamos todo o nosso planejamento com base
nas necessidades destes alunos.
Outra situação pela qual me vi transitando nestes modelos citados anteriormente foi já
no lócus profissional, como professor de informática numa escola municipal. Como o município
não tinha uma matriz curricular para a disciplina, eu segui um modelo prévio de conteúdos com
base no que utilizei na graduação. Porém foi perceptível que aquele método não estava fluindo
com aquele público. Neste sentido, procurei adaptar novos métodos que englobassem os
mesmos conteúdos, mas com uma abordagem mais próxima da realidade destes alunos.
Concluo enfatizando a necessidade que nós professores temos de compreender as
diferentes realidades e formas com as quais os nossos alunos aprendem para que possamos
formar seres pensantes e cumprir o nosso papel como educadores, extraindo deles o seu melhor
e formando seres pensantes e autônomos.
REFERÊNCIAS
EPISTEMOLOGIA E TEORIAS PEDAGÓGICAS - PROF. ANTONIO MOURA. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=6RRZcZDHcIE. Acesso em: 20/05/2020.