No ano de 3404, Romeu, Vitó e um grupo de exploradores decidiram iniciar uma
demanda a artefactos e a projetos secretos do mundo antigo, de forma a estudarem um pouco mais a vida humana. Sabia-se, através de histórias ancestrais, da existência de uma espécie alienígena, chamada Paijós, e que uma nave se tinha despenhado algures na Terra, durante a pré-história. Estes alienígenas procuraram, durante centenas de anos, uma maneira de regressar ao seu planeta. Após sucessivas tentativas frustradas, começaram a indagar diferentes formas de resolver o imbróglio. Foi, então, que se depararam com a existência, para eles desconhecida, de uma nova espécie, os Humanos. Para estes, os Paijós eram considerados seres superiores, autênticos “Deuses”, que durante gerações ajudaram a desenvolver as maiores civilizações do mundo, tais como os Maias, Egípcios, Persas, Chineses, Romanos e Cristãos, com vista a desenvolver a tecnologia capaz de os levar ao seu planeta. Decorria o ano de 2021, quando um grupo de cientistas desenvolveu uma tecnologia muito avançada que poderia levar, ao fim de tantos milhares de anos, os Paijós de volta a casa. Essa mesma tecnologia encerrava, também, uma inquietante descoberta, um poder capaz de destruir a vida na Terra. O nome do projeto era Armilla BeiraX e consistia numa bracelete que permite a medição dos valores da distância a determinados objetos e dos valores de temperatura de determinadas superfícies e indivíduos. O que se destacava era a utilização de sensores bastante inovadores para a época. Inesperadamente, tudo mudou e iniciou-se uma das eras mais sombrias da história do planeta Terra. Surpreendentemente, os Paijós decidiram juntar toda a sua população espalhada pelo mundo, num vale localizado na Serra da Estrela e, nessa zona, iniciaram os ensaios experimentais da Armilla. A certa altura, ocorreu uma falha que se tornou catastrófica, pois desencadeou uma nova era glaciar. Como consequência desta tragédia, os que se encontravam no vale ficaram congelados e a bracelete, causadora deste infortúnio, ficou esquecida no laboratório. Estávamos numa nova idade das trevas e, durante 383 anos, a pouca população humana que conseguiu resistir subsistiu através da luta pela sobrevivência. Entretanto, o planeta começou a aquecer novamente e, ao longo de mil anos, a Humanidade tentou regressar à sua antiga glória, mas desta vez sem a ajuda dos Paijós. Assim, em 3404, já quase todo o planeta estava descongelado (exceto os pólos e os glaciares). As antigas cidades voltavam a ganhar vida e voltavam a funcionar os serviços essenciais, hospitais, escolas, tribunais, etc... Os responsáveis pelas nações, então formadas, destacaram vários cientistas, arqueólogos e historiadores, para explorar e descobrir a história do mundo, antes da era glaciar. Num desses grupos seguiam Romeu e Vitó, que eram responsáveis pela exploração na zona do vale da Serra da Estrela. Estes dois jovens, formados em arqueologia, conjugavam a sua grande amizade com uma paixão em comum, a busca por artefactos ligados à história do mundo antigo. Após alguns dias de demanda, a dupla depara-se com um laboratório abandonado, que datava do século XXI, e que parecia ter tecnologia muito avançada para aquela época. Pesquisaram bastante por todo o laboratório e descobriram que este fazia parte de um projeto, cujo nome era Armilla BeiraX. Posteriormente, Vitó ao caminhar pelo vale deparou-se com uma população alienígena congelada no glaciar. E, em simultâneo, Romeu descobre uma bracelete no interior do laboratório, apercebendo-se rapidamente que se tratava de muito mais que um mero objeto. Em consequência do aparecimento da bracelete, desenvolveu-se uma rivalidade entre os dois. A disputa devia-se aos diferentes pontos de vista sobre como utilizar a Armilla: Romeu queria usar o artefacto para descongelar a população alienígena e, assim, os poder compreender melhor e os ajudar a regressar ao seu planeta; já Vitó queria usar a mesma tecnologia para benefício próprio e da Humanidade, sem ter noção dos perigos que a bracelete encerrava. Sem chegarem a um consenso, Vitó utilizou a sua força para roubar a bracelete, utilizando-a como previa inicialmente. Descongelou os Paijós, chantageando-os: ou eles o ajudavam ou destruiria toda a população alienígena. Sem alternativa, os Paijós subjugaram-se ao poder do Vitó. Eis que se iniciou uma nova ordem militar que governava o planeta Terra, tendo como líder o Vitó. Com o passar do tempo e como resultado da utilização excessiva da Armilla, era possível ver como a sanidade mental do Vitó tinha sido afetada. Apesar de algumas pessoas terem tentado aproximar-se dele, a bracelete permitia medir distâncias e temperatura, ajudando a que Vitó detetasse qualquer aproximação. Não muito tempo depois, alguns seres humanos, descontentes com o regime imposto, decidiram revoltar-se, tendo como líder Romeu, que desenvolveu um plano para furtar a bracelete, e repor a normalidade no mundo. Romeu infiltrou-se no covil de Vitó e, com a ajuda de um inibidor de temperatura, conseguiu aproximar-se dele, sem que a bracelete pudesse detetar a sua presença. Iniciou-se um combate épico do qual Romeu saiu vencedor, ficando com a bracelete na sua posse. Vitó logo começou a voltar à normalidade e, arrependendo-se de todo o mal que fez, fugiu para um lugar desconhecido. O líder da resistência utilizou a Armilla para enviar os Paijós para o seu planeta, permitindo o recomeço da tranquilidade, tão desejada. Tendo noção dos perigos que a bracelete representava, Romeu iniciou o processo da sua destruição. Envolvidos num sentimento de esperança e fé, os seres humanos iniciaram, em conjunto, o processo de reconstrução da vida quotidiana, com a certeza de que iria ser uma tarefa demorada, mas conseguida. Como lição a reter ficou a promessa de não mais se desenvolver qualquer projeto que pudesse ameaçar a vida como a conhecemos.
Autores: Francisco Mesquita, João Matos, João Santos, Leandro Carvalho, Marta Domingues, Pedro Salgueiro, Pedro Mendes