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São Paulo - Enviar a declaração de Imposto de Renda pela internet já é praxe no Brasil, principalmente
agora que a entrega em papel foi abolida. Mas conforme a tecnologia avança, fraudadores também
desenvolvem técnicas mais avançadas para roubar dados, senhas e, com isso, aplicar golpes
financeiros nos desavisados. Veja a seguir quatro dicas para proteger os dados fornecidos à Receita,
de acordo com o advogado Alexandre Atheniense, especialista em direito eletrônico.
2) Cuidado com links e e-mails solicitando a atualização de dados junto à Receita. A Receita
Federal não envia e-mails solicitando a atualização de dados cadastrais. Os contribuintes que
precisarem fazer alterações, regularizações e consultas cadastrais devem entrar no site da Receita, e
utilizar o portal e-CAC, Centro Virtual de Atendimento do órgão, onde os serviços são utilizados apenas
pelo contribuinte e seus procuradores. Para utilizar o e-CAC é preciso gerar um código de acesso no
próprio site da receita, ou possuir um Certificado Digital no padrão ICP-Brasil.
Segundo Alexandre Atheniense, a Receita Federal já advertiu sobre o golpe dos e-mails falsos e
recomenda que eles sejam deletados e jamais abertos. Se acessados, os dados sigilosos da Receita
podem ser usados por estelionatários para fraudes, como falsificação de documentos e empréstimos
em nome da vítima. Mas o maior risco, de acordo com o advogado, é o envio de vírus que possibilita ao
fraudador acessar o computador da vítima remotamente. Com isso, o criminoso busca senhas de
banco, dados de cartão de crédito e outros dados sigilosos para aplicar golpes.
No caso da Receita Federal, os certificados digitais possibilitam o acesso a uma série de serviços pelo
portal e-CAC, além de darem ao seu dono preferência no processamento da declaração e na fila da
restituição de imposto, se houver. No site da Receita há uma lista de empresas que comercializam
esses certificados. “Nada me tira da cabeça que, em breve, os certificados serão exigidos das
pessoas físicas assim como acontece com as pessoas jurídicas”, acredita Alexandre Atheniense.
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