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COMPETÊNCIA JURÍDICA

A competência é estabelecida em lei e determina os limites do poder de julgar. Em suma, é a


limitação do exercício da jurisdição atribuída a cada órgão ou grupo de órgãos jurisdicional.

É incompetente o juiz que não tem o poder de julgar atribuído por lei e, em caso de julgamento,
seus atos poderão ser declarados nulos, assim, se um juiz assume uma vara criminal, não poderá
julgar ações de divórcio, pois a competência a ele atribuída não abrange as ações de família.

O autor Chiovenda divide a competência em três critérios: a) objetivo - aquele em razão do valor
da causa, em razão da matéria e em razão das pessoas; b) funcional - quando a competência é
atribuída aos tribunais e juízes de primeiro grau; e, c) territorial - estabelecido em função do
domicílio das partes, bem como pela situação da coisa imóvel e do lugar dos atos e fatos.

Competência (vocábulo derivado do latim competentia - de competere: estar em gozo ou no uso


de) possui, em Direito, duas acepções distintas. Mais raramente, é utilizado para significar a
capacidade, no sentido de "aptidão", pela qual uma pessoa pode exercitar ou fruir de um direito.
No seu sentido mais comum, é a esfera legítima de exercício de um determinado poder dado a
uma autoridade pública pela lei.

Dentro de seu sentido mais comum, é utilizada para significar a limitação ao exercício do poder
jurisdicional, materializada em um conjunto de regras que definem o órgão judicial responsável
por este exercício da jurisdição. Objetivando a organização de tarefas e a racionalização do
trabalho, exprime-se em critérios: de lugar; do tipo da matéria (civil, penal, trabalhista e etc); em
relação às pessoas que estão demandando ou sendo demandadas; e em relação à organização
funcional (divisão de tarefas entre órgãos de mesma abrangência). Definida em lei (ou seja, a lei
fixa quais as regras que determinam a autoridade competente), a competência estabelece os
limites dentro dos quais pode, legitimamente, um juiz julgar. Quando fora das situações
expressas nessas regras, ocorre a incompetência, que torna o exercício do poder jurisdicional em
determinados casos ilegítimo.
Assim, liga-se ao princípio do juiz natural ao impedir a designação de juízes "ad hoc", servindo
para garantir independência e imparcialidade ao julgador.

Ainda em seu sentido mais comum, pode se referir, também, ao exercício de qualquer poder de
decisão ou atuação administrativa de uma autoridade pública. Assim, refere-se à atribuição do
exercício de um poder específico, definida em lei. Neste sentido, pode-se falar em competência
administrativa, legislativa, tributária e etc.

A Competência nada mais é do que a limitação do Poder. Imagine se todos os Juízes pudessem
julgar todo tipo de causa e em qualquer lugar do País. Os juízes e as partes ficariam perdidos e a
justiça perderia a sua confiabilidade.

A competência é, então, o exercício do Poder de julgar de forma organizada, e essa organização


deve sempre ser fixada por norma jurídica. Não há outro meio para se delinear regras de
competência.

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