Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Um corpo rígido que pode se mover no espaço possui seis gdl(s), uma vez que pode transladar
nas direções de três eixos mutuamente ortogonais e ainda rotacionar em torno destes eixos; sendo
assim, são necessárias seis coordenadas para definir sua posição. Se o movimento do corpo rígido está
restrito a um plano, o número de gdl(s) reduz-se a três, sendo dois de translação e um de rotação em
torno de um eixo ortogonal ao plano. Um corpo que não pode ser considerado rígido, ou seja, é um
corpo flexível como uma correia ou um cabo, possui um número infinito de gdl(s) porque é composto
por um número infinito de partículas, cada um com seus gdl(s) correspondentes.
3
A
2 3 4
O B 2 5 4
1 1
1
(a) (b)
B
A 4
2
O2 O4
1 1
(c)
Figura 4.1. Mecanismos em movimento de rotação e translação
4-1
Posição e Deslocamento Flávio Y. Watanabe
TRANSLAÇÃO – quando uma partícula de um corpo rígido executa o mesmo movimento que as
demais partículas, o movimento do corpo é de translação. Considerando-se uma linha reta no corpo,
sua direção permanece sempre paralela em qualquer posição do mecanismo. O movimento de
translação pode ainda ser classificado em translação retilínea e translação curvilínea.
4-2
Posição e Deslocamento Flávio Y. Watanabe
∆θ = θ 2 − θ 1 (4.1)
B2
r
∆RB
∆θ
A2 θ2 B*
r2 r
r ∆RB* = ∆R A
∆R A
B1
θ1
A1
x
O
y y
1ª rotação 2ª rotação
A’ A B A B
B’
O C x A” O C x
C’ C” C’
B”
2ª rotação 1ª rotação
A” C”
z z A’ B’
B”
(a) (b)
Figura 4.3. Deslocamentos angulares em sequência
4-3
Posição e Deslocamento Flávio Y. Watanabe
r r r
R B = R A + R BA (4.2)
y’
r r
RBA ≡ RB′
B
r A x’
RA r
RB
x
O
y
y’
y’ r B2
∆RB r r
∆RBA ≡ ∆RB′
∆θ B*2
x’
A2 r r
r ∆RB* = ∆RA
∆RA
B1 x’
A1
x
O
Lembrando que o sistema de coordenadas x’y’ permanece paralelo ao sistema xy, ou seja, não
r
rotaciona com o corpo, o deslocamento do ponto B, ∆R B , pode ser descrito como a soma do
r r r
deslocamento ∆R B* = ∆R A , devido à translação do corpo, mais o deslocamento relativo, ∆R BA ,
devido à rotação do ponto B em torno de A
r r r
∆R B = ∆R A + ∆R BA (4.3)
4-4
Posição e Deslocamento Flávio Y. Watanabe
Analisando o movimento do ponto B no sistema x’y’, observa-se que seu deslocamento neste
r r
sistema, ∆R B′ , corresponde ao deslocamento relativo, ∆R BA , descrito anteriormente.
r
VB
r
VA r
RBA B
r A
RA r
RB
x
O
4-5
Posição e Deslocamento Flávio Y. Watanabe
r
componente de rotação do corpo rígido, devido à sua velocidade angular ω , sendo assim,
r& r r r
R BA = ω × R BA ≡ V BA (4.6)
r
onde V BA é denominada velocidade relativa do ponto B, em relação a A, e é um vetor ortogonal ao
r
vetor R BA . Desta forma, resulta
r r r r r r r
V B = V A + ω × R BA ou V B = V A + V BA (4.7)
Esta equação vetorial é representada graficamente a seguir, para melhor visualização
r
r VBA
VB
r
VA
y
r
r VB
AB
r r
AA VA r
RBA B
r A
RA r
RB
x
O
4-6
Posição e Deslocamento Flávio Y. Watanabe
r r r r
dVB dVA dω r r dRBA r& r& r& r r r&
= + × RBA + ω × ou VB = V A + ω × RBA + ω × RBA (4.14)
dt dt dt dt
r& r r& r
Sendo que V B = AB é a aceleração do ponto B, e V A = A A é a aceleração do ponto A. Vimos também que o
r& r
termo R BA corresponde à componente de rotação do corpo rígido, devido à sua velocidade angular ω , sendo
r& r r r& r
R BA = ω × R BA , e que ω = α , a aceleração angular do corpo. Portanto,
r r r r r r r
AB = AA + α × RBA + ω × (ω × RBA ) (4.15)
Esta equação é conhecida como a equação de aceleração relativa entre dois pontos A e B,
r
pertencentes a um mesmo corpo rígido, e permite determinar a aceleração AB do ponto B, supondo
r r
conhecidas: a aceleração A A do ponto de referência A, a velocidade angular ω e a aceleração angular
r
α do corpo rígido.
r rr
Mais uma vez, as componentes de aceleração tangencial, AtAB , e radial, AAB , agora relativas,
podem ser identificadas na equação (4.15)
r r rt rr
AB = AA + ABA + ABA (4.16)
rt r r rr r r r r
onde, ABA = α × R BA e ABA = ω × (ω × RBA ) = −ω2 RBA
4-7