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CONTABILIDADE
TRIBUTÁRIA
Material de apoio didático
Material de cunho meramente acadêmico, sem valor comercial
APRESENTAÇÃO
Foi com esse espírito que encarei o desafio de elaborar esta obra, onde procurei focar
bastante questão conceitual para possibilitar a compreensão da aplicação prática, sem
que esta fosse prejudicada por eventuais mudanças ocorridas ao longo de sua
consecução.
A obra está dividida em seis capítulos, os quais foram desenvolvidos com foco nas
necessidades de acadêmicos e profissionais das Ciências Contábeis, e por essa razão
procurei adotar uma linguagem simples, acessível e direta, de forma a facilitar a
compreensão dos diversos casos apresentados.
Aproveito a oportunidade para agradecer aos colegas professores pela utilização deste, e
mais ainda, pelas eventuais sugestões de melhorias, que certamente as encararei como
contribuições.
SUMÁRIO
GLOSSÁRIO DE TERMOS TRIBUTÁRIOS OU FISCAIS .............................................................. 5
CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................................... 8
CAPÍTULO 2 ..................................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................................... 53
CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................................... 62
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GLOSSÁRIO DE TERMOS TRIBUTÁRIOS OU FISCAIS
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ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano. Sua alíquota e sua metodologia de cálculo
variam de um Município para outro.
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MVA – Margem de Valor Agregado
RFB - Sigla da Secretaria da Receita Federal do Brasil, instituída pela Lei 11.457/2007.
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CAPÍTULO 1
CONCEITOS, PRINCÍPIOS E NORMAS DE
TRIBUTAÇÃO
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1.1. CONCEITOS
As exigências fiscais para a determinação das bases de cálculo do IRPJ e da CSSL são
demonstradas de forma extracontábil no livro fiscal denominado Livro de Apuração do
Lucro Real (LALUR). O imposto estadual ICMS e o municipal ISS são apurados de
livros apropriados a sua escrituração.
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Por essa conceituação fica claro que há leis que tratam exclusivamente de tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes, mas também há leis que, embora tratem de outras
matérias, tratam em parte sobre tributos e respectivas relações jurídicas.
É por meio desta lei que foi instituído o Sistema Tributário Nacional, que tem por
função estabelecer as normas e princípios sobre o direito tributário e o seu perfeito
funcionamento.
De acordo com o artigo 146 da Constituição Federal de 1988, cabe à Lei Complementar
nº 5.172/66:
Os poderes legais para a instituição de tributos estão contidos nos artigos 145 a 162 da
CF – Constituição Federal de 1988, que também institui limitações ao poder de
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arrecadação tributária, estabelecendo a divisão de tais receitas, para que os entes
federativos disponham de recursos necessários para manter sua estrutura organizacional
e garantir os direitos sociais.
O Sistema Tributário Nacional, tal como existe atualmente, foi criado buscando
harmonizar as relações da sociedade de forma a se atender aos seus princípios
fundamentais, como também de forma a se respeitar o pacto federativo sob o qual
vivemos.
É no Sistema Tributário Nacional que está inserida uma série de tributos cuja função
principal é arrecadar recursos para que o Estado possa custear atividades que lhes são
inerente, como educação, saúde, segurança, moradia, saneamento, dentre outras, bem
como os fins econômicos e políticos do Estado. Esta é a função fiscal dos tributos.
Os tributos também têm funções extrafiscais, quando são utilizados para distribuir renda
e atenuar ou eliminar as desigualdades entre pessoas e regiões. Servem para proteger a
economia nacional, estimular atividades produtivas, gerando empregos. Podem
fomentar o desenvolvimento econômico e social, promover a educação e a cultura,
fortalecer a economia formal, desonerar a produção, garantir a função social da
propriedade e das cidades dentre muitos outros objetivos.
É também no sistema Tributário Nacional que estão contidas as disposições legais que
determinam o fato gerador da obrigação principal, ou seja, a obrigação de recolher,
pagar o imposto, seja pela posse de determinado bem ou pelo recebimento de renda,
remuneração ou faturamento. Tratando-se de pessoas jurídicas o fato gerador consiste
da venda de produtos, mercadorias, prestação de serviços, na obtenção de resultados
positivos decorrentes das atividades empresariais, e outras transações comerciais
previstas no Sistema Tributário Nacional.
Os tributos devem limitar-se ao direito que cada pessoa – física ou jurídica – tem de
organizar seu próprio patrimônio e dele usufruir em respeito ao direito fundamental da
propriedade. Por isso, o Estado deve atentar para a disponibilidade econômica dos
contribuintes quando exigir ou aumentar algumas das espécies tributárias sempre que
possível.
De forma geral, os tributos são regidos por quatro princípios fundamentais, relacionados
diretamente aos preceitos Democráticos e dos Direitos Humanos – são amplos,
indivisíveis e universais, e devem pautar todos os atos do Estado, sejam eles legislativos
ou administrativos. Esses princípios são:
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Anterioridade – (atrelado ao Princípio da Legalidade) – impede que o Estado
institua a cobrança de tributos sem respeitar um prazo para o início de sua vigência,
de forma a surpreender os cidadãos.
1.1.4.Tributo
O CTN define no Art. 3º:
―Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrado mediante
atividade administrativa plenamente vinculada‖.
Os tributos podem igualmente ser utilizados pelo Estado como instrumento de para ou
extrafiscalidade, ou seja, tanto como uma forma de intervenção na economia, como um
elemento chave na aplicação das políticas sociais e de redistribuição.
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A este título, Machado (2005) afirma que ―no mundo moderno (...) o tributo é
largamente utilizado com o objetivo de interferir na economia privada, estimulando
atividades, setores econômicos ou regiões, desestimulando o consumo de certos bens e
produzindo, finalmente, os efeitos mais diversos na economia‖.
O mesmo autor elucida a diferença entre os diferentes objetivos do tributo. Segundo ele,
quanto ao seu objetivo, o tributo é:
1ª) Função Fiscal, quando seu objetivo principal é a arrecadação de recursos financeiros
para o Estado. Por exemplo, o imposto de renda;
3ª) Função Parafiscal, quando seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de
atividades que, em princípio, não integram funções próprias do Estado, mas que este as
desenvolve através de entidades específicas. Por exemplo, as cobranças de anuidade
pelos conselhos profissionais.
No mesmo sentido, Giambiagi e Além (2008) afirma que a política fiscal pode realizar
três funções principais. A primeira — função alocativa — refere-se ao fornecimento de
bens públicos. A segunda é a função distributiva, associada à redistribuição de renda
através da tributação. Por último, a última função corresponde à estabilização, cujo
objetivo é influenciar a política econômica para atingir certo nível de emprego,
estabilidade dos preços e taxa de crescimento econômico.
Vinculados - cobrado por uma atividade específica prestada pelo Estado, exigida
mediante uma contraprestação estatal. Exemplos: taxa ou contribuição de melhoria,
prestação de serviços de fornecimento de água, energia, coleta de lixo, emissão de
passaporte, outras taxas.
Quanto à categoria econômica sobre o qual estes recaem - os chamados fatos geradores
tributários, os tributos podem ser divididos em:
Renda - ou seja, tudo aquilo que se aufere pela realização do trabalho, do lucro, dos
ganhos de capital e ganhos financeiros.
Atividade econômica - circulação de riquezas (IPI, II, IOF, ICMS, ISS, PIS, COFINS,
CIDE), estes são conhecidos como tributos indiretos - seu ônus é transferido junto à
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cadeia econômica, sendo que o destinatário final assume o ônus de tais tributos de
forma integral, pois estão na composição do preço ao destinatário final de determinado
produto e/ou serviço.
No Brasil, existem cinco diferentes espécies tributárias, que são exigidas pelas entidades
da Federação – União, estados, Distrito Federal e municípios –, de acordo com a
competência atribuída a cada uma delas, conforme dispõem os artigos 145 da
Constituição Federal e 5º do Código Tributário Nacional – CTN, que são:
1.1.4.1. Impostos
São os tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte (CTN, art. 16), e se
destinam a cobrir necessidades públicas em geral. Totalizam 12 na CF/88;
1.1.4.2. Taxas
São cobradas em razão da contraprestação por serviços públicos específico e divisível
para cada contribuinte (efetivo ou potencial) e/ou decorrentes do poder de polícia –
fiscalizar (CTN, art. 77);
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1.1.4.3. Contribuições de melhoria
Cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado (CTN, art. 81);
Contribuições especiais
As contribuições especiais correspondem ao emprego das finanças públicas com
objetivos extrafiscais, não visando precipuamente a obtenção de receitas, mas
objetivando regular ou modificar a distribuição da riqueza nacional, equilibrar os níveis
de preços de utilidades ou de salários, bem como outras finalidades econômicas ou
sociais semelhantes. Foram introduzidas em nosso atual ordenamento jurídico pelo art.
149 e 149-A da CF, subdividindo-se em quatro tipos:
A competência para criação dessa espécie de tributo é privativa da União, que deverá
exercê-la por meio de lei complementar. O que significa que o empréstimo compulsório
somente pode ser criado por meio de lei complementar.
Dispõe a Constituição Federal em seu artigo 148:
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Instituição do tributo
Prerrogativa privativa das pessoas jurídicas de direito público interno
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), cujas competências são estabelecidas
pela Constituição Federal.
A lei que institui o tributo deve conter os elementos mínimos para que ocorra a
incidência da norma e o nascimento da obrigação tributária: sua hipótese de incidência
— qual o fato que uma vez ocorrido dará nascimento à obrigação tributária, onde e
quando este fato deverá ocorrer, além dos critérios definidores da obrigação tributária
— base de cálculo e alíquota do tributo e sujeitos ativo e passivo. Estes critérios
mínimos estão presentes no que se denomina regra matriz de incidência tributária.
A regra matriz de incidência tributária, portanto, consiste nos elementos mínimos que
podemos extrair da norma que regula determinado tributo para sabermos: i) qual fato
dará ensejo à obrigação de pagar o tributo (fato gerador), bem como onde e quando ele
deve ocorrer e ii) quais serão os termos da obrigação tributária, ou seja, de que forma o
tributo será cobrado e pago.
a) uma hipótese, na qual estará previsto um fato com conteúdo econômico (inserido em
espaço e tempo definidos) de possível ocorrência no mundo e
b) uma consequência para o caso do fato descrito na hipótese ocorrer no mundo real.
Tendo em vista que tratamos de norma de incidência de tributo, esta consequência será
a obrigação tributária, ou seja, o dever de pagar determinado tributo.
Assim, a regra matriz de incidência tributária tem por função definir a incidência do
tributo, descrevendo fatos, estipulando os sujeitos da relação e os termos que
determinam a dívida. Há somente uma regra matriz para cada tributo.
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Por sua vez, os elementos da consequência trarão os elementos mínimos para se
identificar os termos da obrigação tributária — quem irá cobrar e quem irá pagar, além
do valor da obrigação — quanto que será pago a titulo de tributo.
Material
Hipótese Espacial
Temporal
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Sujeito Ativo
Critério
Pessoal Sujeito
Passivo
Consequência
Base de
Critério Cálculo
Quantitativo
Alíquota
Lançamento do tributo
Na concepção do CTN, o crédito tributário só passa a existir em um momento posterior
ao fato gerador, quando da realização de um ato administrativo que o torna exigível,
chamado lançamento, cuja competência é da autoridade administrativa, em um
procedimento administrativo, para comprovar a existência e apurar a dívida.
Dessa forma, por esse ato, o Fisco determinará a certeza e a liquidez do crédito
tributário, etapa necessária à criação do título executivo.
Uma vez ocorrido o fato gerador, nasce a obrigação tributária e o sujeito passivo se
torna vinculado, por uma relação jurídica, ao sujeito ativo.
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Na concepção do CTN, o crédito tributário só passa a existir em um momento posterior
ao fato gerador, quando da realização de um ato administrativo que o torna exigível,
chamado lançamento.
Modalidades de lançamento
Existem três modalidades de lançamento tributário – por declaração, de ofício e por
homologação.
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ocorrência do fato gerador depois de prestada a informação pelo contribuinte ou por
terceiro.
O lançamento de ofício é também conhecido como lançamento direto por ser efetuado
diretamente pelo Fisco, sem a colaboração do contribuinte, por exemplo, no IPTU e
IPVA. Na verdade, essa é a única modalidade de lançamento que se configura ato
privativo do Fisco. Essa modalidade se aplica também nos procedimentos de revisão,
reexame ou fiscalização, quer no tocante à obrigação principal, quer relativamente às
obrigações acessórias.
O ato de homologação poderá ser de forma expressa ou tácita. A primeira quase não
existe e a segunda ocorrerá em um prazo de 5 anos contados a partir da ocorrência do
fato gerador, desde que sujeito passivo tenha executado corretamente as atividades
designadas. Passado esse prazo, o crédito tributário estará tacitamente homologado e,
consequentemente, extinto.
O lançamento por homologação vem sendo aplicado na maioria dos tributos incidentes
nas atividades praticadas pelas empresas, como, por exemplo, IR, IPI, IOF, ICMS,
CSLL, PIS, COFINS...
Pela amplitude dessa modalidade de lançamento e por ela exigir a apuração de fatos e
dados relevantes e precisos, para quantificar e recolher antecipadamente os tributos, a
existência de um planejamento e uma administração rigorosa e eficiente na área
tributária será indispensável.
Decadência e prescrição
A maneira normal e natural de extinguir a obrigação tributária é o adimplemento pelo
pagamento. No entanto, existem outras modalidades de extinção do crédito tributário
segundo o CTN, como, por exemplo, a decadência e a prescrição.
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A obrigação, que se constitui com o fato gerador, pode ser revista pelo Fisco em um
prazo de cinco anos contados, ininterruptamente, a partir do primeiro dia do exercício
seguinte ao que o lançamento poderia ser efetuado.
Não constituído o crédito tributário nesse prazo, caduca o direito do Fisco e extinta
estará a obrigação.
Definido e constituído o crédito tributário, a Fazenda Pública tem cinco anos para
mover a ação judicial de cobrança – ultrapassado esse prazo, prescreve o direito de
cobrar o tributo.
Assim, o Estado deve criar regras que clara e antecipadamente determinem qual parcela
de patrimônio privado será transferido ao patrimônio público. Esta é a função principal
da norma jurídica tributária, que possibilita o equilíbrio de forças que tem de um lado o
poder coercitivo estatal e do outro lado o contribuinte. Dentro dessa dinâmica, o Estado
pode apenas abarcar situações previstas por lei, as quais devem ser aplicadas à luz do
princípio da legalidade.
O tributo nasce de uma relação jurídica na qual o credor ou sujeito ativo – Estado –
pode exigir, compulsoriamente, do devedor ou sujeito passivo – contribuinte – uma
prestação em dinheiro. O foco dessa exigência é o acréscimo de riqueza, evidenciada
pelo patrimônio, a renda e o consumo.
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contribuintes que se encontram em situação equivalente, proibida qualquer distinção em
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida. (Art. 5º, caput, da CF/88).
Pelo princípio da isonomia, a lei fiscal deve ser igual para todas as pessoas que se
encontram nas mesmas condições, de fato, para contribuir, apontando para duas
direções: generalidade – todos devem pagar tributos sem privilégios e uniformidade dos
tributos – os tributos devem ser repartidos entre os cidadãos com idênticos critérios.
Foi apoiado no princípio da isonomia que o Estado criou níveis de tributação diversos,
como por exemplo, no imposto de renda das pessoas jurídicas, adicional de dez por
cento quando a base de imposto ultrapassar R$ 20 mil no mês, R$ 60 mil no trimestre
ou R$ 240 mil no ano; o sistema simplificado de tributação – SIMPLES – para aquelas
empresas com menor capacidade de contribuição, e a tabela progressiva quando da
tributação dos rendimentos das pessoas físicas.
No entanto, existem impostos que, por sua natureza, não permitem que se atenda ao
princípio, como o ICMS. A carga econômica desse imposto é repassada para o preço da
mercadoria e quem a suporta não é o contribuinte de direito – o comerciante, o
industrial ou o produtor, mas o consumidor final da mercadoria. Para Carrazza (2008),
não é da índole do ICMS ser graduado de acordo com a capacidade dos contribuintes
nem dos impostos que, como ele, são chamados, pela ciência econômica, de indiretos.
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Por essa limitação, o Estado não pode instituir tributos excessivamente onerosos, que
acarretem a perda do patrimônio ou da propriedade, como aconteceria no caso do
confisco. Por esse princípio o Estado está impossibilitado de instituir tributo com efeito
confiscatório.
1.2.4. Legalidade
Segundo a Constituição Federal de 1988, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Esse preceito constitucional consagra nosso
Estado Democrático de Direito e representa a importância da existência de uma lei para
se exigir do cidadão alguma obrigação.
1.2.5. Imunidade
Segundo o princípio da imunidade, não há a incidência de impostos para certas pessoas
ou bens, pela relevância social que possuem ou pela importância da atividade que
desempenham. Essa não incidência se dá apenas nos impostos sobre patrimônio, renda e
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades.
Pelo princípio da imunidade, não incidem impostos sobre templos de qualquer culto,
partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores e
instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. Além disso, não há
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incidência sobre o papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e
livros.
Dessa forma, a lei que instituir ou majorar tributos só repercutirá seus efeitos a atos ou
negócios praticados a partir do primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação.
Os ditos impostos estratégicos − impostos de importação, exportação, sobre produtos
industrializados, sobre operações financeiras, extraordinário na eminência ou no caso de
guerra externa e os empréstimos compulsórios para atender despesas extraordinárias
decorrentes de calamidades públicas e em caso de guerra externa − e as contribuições
sociais − INSS, COFINS e CSLL − destinadas ao custeio da seguridade social são
exceções a essa regra geral.
Para as contribuições, a exigência somente poderá ocorrer após o 90º dia da data de
publicação da lei e, para os impostos, no dia seguinte a sua publicação. Esse período de
carência de 90 dias, conhecido como noventena, aplica-se ao IPI e também a outros
tributos no caso de a lei ser publicada a menos de 90 dias do último dia do ano. Nessa
circunstância, encontram-se o ICMS e o ISS, estando excetuado dela o imposto de renda
submetido à regra geral.
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Exercício proposto nº 1
1) No Brasil existem cinco diferentes espécies tributárias, que são exigidas das
empresas pelas entidades da Federação, de acordo com a competência atribuída a
cada uma delas na CF/88. Acerca das espécies tributárias, é CORRETO afirmarmos
que:
a) ( ) As taxas são espécies tributárias cobradas em decorrência do exercício do
poder de polícia e por serviço público indivisível, prestado ou colocado à
disposição.
b) ( ) As contribuições especiais subdividem-se em sociais de caráter geral, sociais
para as categorias profissionais, de intervenção no domínio econômico e para a
Seguridade Social.
c) ( ) Os impostos destinam-se ao custeio de atividade determinada e específica,
exercitável por entidade estatal ou paraestatal e dedicada à realização de uma
função de interesse público.
d) ( ) Os empréstimos compulsórios não são restituíveis e foram criados para
atender às necessidades públicas não urgentes, em geral, obras de grande porte
em que são necessários muitos anos.
4) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar imposto
sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício
financeiro a que corresponda. É correto afirmarmos que essa regra consagra o
princípio doutrinário da:
a) ( ) Isonomia tributária
b) ( ) Legalidade tributária
c) ( ) Anterioridade da lei tributária
d) ( ) Irretroatividade da lei tributária
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5) Com relação aos conceitos dos princípios tributários, sabemos que existem dois
princípios que regulam a vigência e a eficácia da lei tributária – irretroatividade e
anterioridade. Sobre o princípio da irretroatividade, é correto afirmarmos que ele
aponta para:
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exigível, chamado lançamento. A partir do exposto acima, podemos afirmar que
NÃO constitui uma atividade inerente ao ato do lançamento:
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Exercício proposto nº 2
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Exercício proposto nº 3
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CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
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2.1.CONCEITOS
O planejamento tributário consiste em procurar por meios legais, evitar a incidência,
reduzir o montante ou adiar o ônus tributário, e tem fundamento em princípios
constitucionalmente previstos como a liberdade de iniciativa (art. 1°, IV e 170 caput da
CF/88), na livre concorrência (art. 170, IV CF/88) e nas liberdades previstas ao longo
do art. 5° da CF/88, que expressam a liberdade do indivíduo de organizar sua vida,
principalmente no que tange a liberdade contratual, bem como no principio da
legalidade e na garantia do direito de propriedade.
Planejamento tributário pode ser definido também como sendo um conjunto de medidas
contínuas que visam à economia de tributos, de forma legal, com vistas a possibilitar
que a empresa pague menos imposto, evitando, no entanto, a evasão fiscal, que, ao
contrário de elisão fiscal, consiste em prática que infringe a lei.
Trata-se de uma escolha de ação ou omissão lícita, não simulada, anterior à ocorrência
do fato gerador, que vise, direta ou indiretamente, minimizar a carga e evitar
contingências fiscais, lembrando sempre que o bom senso é o melhor caminho, pois,
existem alternativas que são válidas para uma empresa, mas podem não ser válidas para
outras, sendo de fundamental importância um estudo preventivo, onde sejam verificados
os efeitos jurídicos e econômicos menos onerosos.
Nem sempre o fato de um contribuinte pagar menos imposto do que outro que exerce
atividade semelhante a sua, constitui infração. De acordo com Nogueira (1986):
"Às vezes pode estar errado o que vem pagando mais em consequência de má
organização, de errôneas classificações ou pela falta de se enquadrar em
vantagens fiscais, isenções ou mesmo incentivos fiscais‖ (NOGUEIRA, 1986).
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adotada corresponda à efetiva intenção das partes.
A relação custo/benefício deve ser muito bem avaliada. Há alternativas legais válidas
para grandes empresas, mas que são inviáveis para as médias e pequenas, dado o custo
que as empresas, necessárias para execução desse planejamento podem exigir.
2.2. CLASSIFICAÇÃO
Pode-se classificar o planejamento tributário através dos seguintes critérios:
Pelo critério das áreas de atuação, pode ser: administrativo, através de intervenções
diretamente no sujeito ativo, por exemplo, a consulta fiscal; judicial, através do pleito
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de tutela jurisdicional, como em ação declaratória de inexistência de débito fiscal; ou
interno, os atos realizados dentro da própria empresa, como o comitê de planejamento
tributário.
Induzido: quando a própria lei favorece (por razões extrafiscais) a escolha de uma
forma de tributação, através de incentivos e isenções, por exemplo, a compra de
mercadorias importadas através da Zona Franca de Manaus;
Optativo: elegendo-se a melhor fórmula elisiva entre as opções dadas pelo legislador,
por exemplo, opção entre a tributação do IR pelo lucro real ou presumido;
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do fato gerador do tributo, e, mesmo ocorrido o fato gerador, ainda há a possibilidade de
escolha entre duas ou mais alternativas concedidas em lei, como, por exemplo, tributar
pelo lucro real ou lucro presumido. Ou pagar juros sobre o capital próprio, uma
alternativa econômica para as empresas tributadas com base no lucro real, como forma
de complementar as retiradas mensais de sócios e dirigentes.
Evasão Fiscal são procedimentos adotados após o fato gerador, por exemplo, a omissão
de registros em livros fiscais próprios, utilização de documentos inidôneos na
escrituração contábil e a falta de recolhimento de tributos apurados. De acordo com
Malkowski (2000) ―A evasão tributária designa a fuga de pagar tributo, onde o
individuo adota procedimentos ilícitos como artifício para mascarar o fato gerador‖.
Nessa mesma linha Fabretti (2005), afirma que a evasão fiscal é cometida após a
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária com objetivo de fugir ou ocultá-la.
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Da mesma forma, será ilícita a elisão quando o contribuinte recorrer a formas jurídicas
artificiais, anormais, inadequadas ao negócio que pretende realizar e com o fim
exclusivo de obter vantagem tributária.
Um termo mais recentemente utilizado é o de elusão fiscal, que Heleno Tôrres (2003)
conceitua como uma figura no meio termo entra a evasão e elisão fiscal, a qual ocorreria
nos casos em que o contribuinte tenha praticados atos que, apesar de lícitos, são
desprovidos de causas negociais tendo sido realizados com fraude à lei ou abuso de
direito, nos termos do art. 166 IV e 187 do Código Civil.
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previdenciárias, ou mesmo deixem de pagar benefício devido a segurado, indicando que
tais agentes, por tais condutas omissivas, estariam praticando crime, sujeitos a prisão e
multa.
A inadimplência fiscal não é delito criminal e conduz tão somente à aplicação das
penalidades administrativas cabíveis e à inscrição em dívida ativa. Entretanto, na
hipótese do contribuinte deixar de repassar aos cofres públicos valores descontados ou
retidos, pode se caracterizar como prática de apropriação indébita, passível de detenção
e multa.
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presumida pela lei para verificar se será vantajoso ou não a escolha pelo lucro
presumido.
Por exemplo, não se pode afirmar com convicção que o Simples Nacional é mais barato
por não exigir escrituração. Devemos lembrar que essa não exigência de escrituração é
apenas para fins fiscais. Ou que o lucro real é apenas para empresas de grande porte por
ser muito burocrático. Na verdade, por exigir certo nível de organização, o lucro real
possibilita uma melhor gestão. Também não se pode afirmar que o lucro presumido
está menos sujeito a fiscalização, ledo engano.
Assim, a tributação da PIS/COFINS pode ser outro fator relevante para a escolha do
regime de tributação do IRPJ.
• Deduções: tendo em vista que a sistemática do lucro real se baseia no lucro líquido
contábil da pessoa jurídica, tal regime levará em conta as deduções e custos que a
empresa tiver. Assim, verificar o valor das despesas e custos dedutíveis da receita bruta
também poderá influenciar a escolha do melhor regime tributário.
• Remuneração dos sócios — a decisão sobre como se dará a remuneração dos sócios
da pessoa jurídica (dividendos, juros sobre o capital, pró-labore), também poderá
influenciar no regime de tributação, tendo em vista que certas formas de remuneração
podem ser deduzidas para fins de apuração do lucro da empresa, o que acarreta menor
ônus tributário.
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Regime de caixa X Regime de competência – Pessoa Jurídica tributada com base
no lucro presumido pode optar pelo regime de caixa. Ou seja, o reconhecimento das
receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços com pagamento a
prazo ou em parcelas na medida do recebimento.
Cabe destacar que o planejamento tributário é um ato contínuo, diário, sendo necessário
seu acompanhamento e revisão pelos gestores, além de ser adaptado às mudanças
tributárias que ocorrem quase diariamente no Brasil.
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Dentre os motivadores econômico-estratégicos destacam-se os relacionados à:
Economia de escala;
Concentração de poder de mercado;
Redução de capacidade ociosa.
Proteção patrimonial
A reorganização empresarial também pode ser motivada pela lei. Nesse caso, relaciona-
se com as atividades empresariais sujeitas à concessão ou permissão do Estado e,
consequentemente, são orientadas, controladas e aprovadas pelas entidades reguladoras.
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Dessa forma ocorre uma proteção maior contra o ingresso de estranhos/terceiros no
quadro societário, pois como a holding familiar visa a proteção patrimonial é mister não
permitir que estranhos adentrem na condição de sócio.
Fusão;
Incorporação e;
Cisão.
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Nas operações de fusão, incorporação e cisão, uma sociedade transfere para uma outra
pessoa jurídica um conjunto de bens, direitos e obrigações – patrimônio – e a atividade
até então exercida por aquela outra sociedade terá continuidade na sucessora. Portanto,
constitui-se em um processo de sucessão de negócios, patrimônio e, principalmente, de
responsabilidades.
FUSÃO
Na fusão, duas ou mais sociedades – fundidas ou fusionadas – unem-se para formar uma
nova sociedade, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
A fusão não é uma operação usual em razão da extinção de sociedades, pois apresenta
alguns transtornos.
Além disso, na fusão, é necessário todo o processo de criação de uma nova pessoa
jurídica. Isso inclui, por exemplo, a obtenção de CNPJ, inscrição estadual, municipal,
alvarás de funcionamento e localização.
A fusão pode ser de pessoas jurídicas com relação societária entre si ou não – não é
necessário que as empresas fusionadas pertençam ao mesmo grupo econômico.
Por exemplo: Alfa e Beta, duas empresas controladas por uma mesma pessoa jurídica,
são fusionadas, são extintas e surge, então, a sociedade Gama, sucessora universal de
todos os direitos e obrigações das fusionadas, já que todos os seus ativos e passivos são
transferidos para Gama.
O sócio de Alfa e Beta é o mesmo, mas elas não possuem relação de participação
societária entre si. Depois de ocorrida a operação, a empresa resultante da fusão – Gama
– apresenta um balanço com a soma dos elementos – ativos e passivos – patrimoniais de
Alfa e Beta.
ALFA
Ativos 200 PL 200 GAMA
Ativos 500 Passivos 100
Fusão
PL 400
BETA Total 500 Total 500
Ativos 300 Passivos 100
PL 200
Caso a fusão de Alfa e Beta tendo uma das fusionadas como sócia proprietária de uma
das empresas, os patrimônios de Alfa e Beta não são somados para a criação da nova
sociedade – Gama. Isso se dá porque o investimento em Beta pertencente a Alfa será
extinto – praticamente todo o patrimônio de Gama será constituído pelos ativos e
41
passivos de Beta e os sócios de Alfa receberão cotas ou ações do capital de Gama em
troca da participação em Alfa, ora fusionada.
ALFA
Inv. Beta 200 PL 200 GAMA
Ativos 300 Passivos 100
Fusão
BETA PL 200
Ativos 300 Passivos 100 Total 300 Total 300
PL 200
INCORPORAÇÃO
A operação de incorporação pode ser realizada entre sociedades que estejam submetidas
sob um mesmo controle societário, que não tenham vínculo societário algum ou por
sociedades com relação societária entre si, controladora e controlada.
Quando uma sociedade tem o controle da outra – isto é, detém a maioria das ações do
capital social da investida – e a incorpora, não há aumento de capital. Em substituição à
participação societária extinta, a incorporadora recebe o acervo líquido da incorporada.
42
CISÃO
A cisão é a operação pela qual uma sociedade transfere parcelas de seu patrimônio para
uma ou mais pessoas jurídicas, constituídas para esse fim ou já existentes.
Sendo assim, a composição societária pode tomar a forma que os sócios desejarem,
facilitando as negociações nas dissoluções societárias.
43
Em decorrência desse aumento de capital, os acionistas recebem ações da sucessora, em
substituição às ações do capital social total ou parcialmente dissolvido, cancelado ou
extinto.
Desse modo, o aumento de capital é o principal efeito societário produzido por essas
operações. Por isso, a avaliação do patrimônio líquido recebido é indispensável não só
para garantir os credores como também para resguardar a responsabilidade de todos os
sócios, normalmente limitada ao capital social, subscrito ou integralizado.
RELAÇÃO DE TROCA
A quantidade de ações a serem recebidas deve obedecer a uma relação de troca. Dessa
forma, o percentual de cada acionista na sucessora guardará proporção com o acervo
líquido transferido, evitando que um sócio seja beneficiado em detrimento de outro.
TIPOS DE SOCIEDADE
No caso específico das sociedades por ações, a única exigência da lei é que, se a
incorporação, a fusão ou a cisão envolverem companhia aberta, as sociedades que a
sucederem serão também abertas.
ATOS SOCIETÁRIOS
Todos os atos societários são importantes, mas o protocolo é o documento que define,
em detalhes, todas as condições referentes ao processo de reorganização empresarial.
44
CONCLUSÃO DA REORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL
ASPECTOS TRIBUTÁRIOS
Nesse código de 1966, não há menção à cisão porque essa operação só foi introduzida
no ordenamento jurídico em 1976, pela Lei das S/A.
RESPONSABILIDADE FISCAL
No caso de cisão parcial, a Lei das S/A permite prever, no ato societário, uma
responsabilidade proporcional, sem solidariedade entre si ou com a cindida. Ou seja, as
sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da cindida são responsáveis somente
pelas obrigações que lhes forem transferidas.
45
O sucessor é responsabilizado integralmente se o alienante cessar a exploração do
comércio, da indústria ou da atividade, ou subsidiariamente, se o alienante prosseguir na
exploração ou iniciar, dentro de seis meses, uma nova atividade no comércio, na
indústria ou na profissão.
Na incorporação e na fusão, o acervo líquido recebido pela sucessora, para aumentar seu
capital social, deve ser avaliado para a garantia dos acionistas e dos credores. Dessa
forma, para a contabilização de um desses eventos, os bens e direitos são apurados em
balanço patrimonial e podem ser avaliados pelo valor contábil ou de mercado segundo a
legislação tributária.
Na cisão parcial, a cindida pode compensar os próprios prejuízos e a base negativa, com
lucro real e base positiva apurados em períodos subsequentes, proporcionalmente à
parcela remanescente do patrimônio líquido.
46
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS EM SOCIEDADES EXTINTAS
A compensação – limitada em 30% – não seria justa nesse caso. Por isso, a
jurisprudência manifestou seu entendimento pela compensação integral de prejuízos
fiscais e base de cálculo da CSLL na última declaração de rendimentos das fusionadas e
incorporadas.
INCORPORAÇÃO ÀS AVESSAS
Podemos aproveitar prejuízos fiscais e base de cálculo negativa de CSLL nas operações
de reorganização empresarial com a empresa deficitária podendo incorporar a empresa
lucrativa – incorporação às avessas.
Além disso, a pessoa jurídica não pode compensar seus próprios prejuízos fiscais e a
base de cálculo negativa de CSLL se, entre a data da apuração e da compensação,
houver ocorrido, cumulativamente, modificação de seu controle societário e do ramo de
atividade.
Portanto, se uma empresa lucrativa adquire outra com saldo de prejuízos fiscais e realiza
uma incorporação reversa, a compensação dos prejuízos fiscais somente será possível se
não tiver ocorrido, entre a data da apuração e compensação, mudança do ramo de
atividade, porque a modificação do controle societário ocorreu no momento da
aquisição.
47
A seu fundo de comércio, intangíveis...
O ágio ou deságio pagos na aquisição de participação societária não pode ter efeito
fiscal na investidora, até o momento em que resolva se desfazer do investimento
inicialmente feito.
RESERVA DE REAVALIAÇÃO
Ela se dava a partir de uma avaliação espontânea dos bens do ativo imobilizado baseada
em laudo elaborado por peritos ou por uma empresa especializada, nos termos da lei
societária.
48
No entanto, em algumas empresas, ainda restam saldos da reserva de reavaliação.
Nessas circunstâncias, por ocasião da incorporação, fusão ou cisão, a reserva de
reavaliação será transferida para a sucessora e receberá o mesmo tratamento tributário
que teria na sucedida.
49
Exercício proposto no. 4
a) ( ) Duas ou mais sociedades unem-se para formar uma nova sociedade que lhes
sucederá em todos os direitos e obrigações.
b) ( ) Há alguns transtornos como por exemplo, a perda de incentivos fiscais, de
cadastros comerciais e o cancelamento da inscrição no CNPJ, por isso não é uma
operação usual.
c) ( ) É necessário que as empresas fusionadas pertençam ao mesmo grupo
econômico ou as pessoas jurídicas envolvidas na operação mantenham, pelo
menos, relação societária entre si.
d) ( ) Uma sociedade transfere para outra pessoa jurídica um conjunto de bens,
direitos e obrigações – patrimônio – e a atividade, até então exercida por aquela
outra sociedade, terá continuidade na sucessora.
50
4) A operação de incorporação ocorre quando uma ou mais sociedades – incorporadas –
têm seu patrimônio absorvido por outra sociedade – incorporadora. Desse modo,
podemos afirmar que, em virtude dessa absorção de patrimônio, a sociedade
incorporadora:
5) A cisão é a operação que transfere parte do patrimônio de uma sociedade para uma
ou mais pessoas jurídicas, constituídas para esse fim ou já existentes. Em vista disso,
podemos afirmar que uma cisão total ocorre quando:
a) ( ) Há criação de nova sociedade, mas sem extinção da cindida.
b) ( ) Não há a criação de nova sociedade e tampouco a extinção da cindida.
c) ( ) Há a versão de parcela do patrimônio da sociedade cindida na constituição de
nova sociedade.
d) ( ) Há a criação de nova sociedade com transferência de todo o patrimônio da
sociedade cindida.
E sabendo que a empresa incorporadora possui 85% das ações do capital social da
incorporada. Nesse caso, a quantidade de ações que deve ser emitida pela sucessora e
51
entregue aos acionistas minoritários da incorporada – em substituição às ações do
capital social que serão extintas pela incorporação é de:
a) ( ) 600.000 ações.
b) ( ) 562.500 ações
c) ( ) 2.250.000 ações
d) ( ) 1.200.000 ações
52
CAPÍTULO 3
EQUIPARAÇÃO DA PESSOA FÍSICA À
PESSOA JURÍDICA
53
3.1. DEFINIÇÃO
A pessoa física equipara-se à pessoa jurídica, por força da legislação, quando:
Ressalte-se que o fato da pessoa física – equiparada por força da legislação à empresa
individual – não se encontrar regularmente inscrita no CNPJ ou no competente órgão do
registro civil ou de comércio, será considerado irrelevante para fins de pagamento do
imposto de renda pessoa jurídica (PN CST 80/71 c/c o PN CST 38/75).
A pessoa física equiparada à pessoa jurídica por prática imobiliária deverá atentar para
as exigências contidas na Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, alterada pela Lei nº
11.196, de 21 de novembro de 2005, que modificou a Lei nº 4.591, de 1964, instituindo
o patrimônio de afetação nas incorporações imobiliárias, com reflexos tributários e
fiscais, como a imposição de escrituração contábil completa (ainda que a empresa opte
pelo lucro presumido), novas definições de responsabilidade tributária, determinando
54
ainda que seja seguida a legislação do imposto de renda quanto ao regime de
reconhecimento de receitas para o cálculo de PIS/PASEP e COFINS.
A pessoa física equiparada à pessoa jurídica por prática de operações imobiliárias pode
fazer a apuração do imposto com base no lucro presumido, após a conclusão dos
empreendimentos para os quais haja registro de custo orçado (Lei nº 9.718, de 1998, art.
14).
O lucro da empresa individual relativo a operações imobiliárias que deverá ser apurado
em cada período de apuração, com observância dos arts. 410 a 414 do RIR/1999
compreenderá:
55
pessoa jurídica, e desde que não explorem, no mesmo local, outra atividade comercial
(ADN COSIT 24/99);
Não é equiparada à pessoa jurídica a pessoa física que faz o serviço de transporte de
cargas ou de passageiros em veículo próprio ou locado, mesmo que ocorra a contratação
de empregados, como ajudantes ou auxiliares (RIR/99, artigos 47, 86 e 111).
3.3.1. Conceito
Considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil (transcrito abaixo), que tenha auferido receita
bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 72.000,00 mil reais, seja optante pelo
Simples Nacional e exerça atividade permitida ao MEI, e não ter participação em outra
empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que
receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Nos termos do Código Civil e da Lei Complementar 128/08 foi regulamentada a nova
figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI), que dispensou esses
empreendedores de manterem sistema de contabilidade. Também não é preciso também
ter livro caixa.
56
Contudo, o MEI deve zelar pela sua atividade e manter um mínimo de organização em
relação ao que compra, ao que vende e quanto está ganhando. Essa organização permite
gerenciar melhor o negócio e a própria vida, além de ser importante para crescer e se
desenvolver. O empreendedor deverá registrar, mensalmente, em formulário
simplificado, o total das suas receitas. Deverá manter em seu poder, da mesma forma, as
notas fiscais de compras e vendas de produtos e de serviços.
De igual modo, também mantém obrigações como pessoa física, para efeito do imposto
de renda. Portanto devemos separar muito bem estas duas situações:
Pessoa Jurídica (PJ), MEI equiparado à Pessoa Jurídica no exercício de seu negócio;
Pessoa Física (PF), MEI Pessoa Física que usufrui os rendimentos do trabalho em
sua vida particular.
O vencimento dos impostos é até o dia 20 de cada mês, passando para o dia útil seguinte
caso incida em final de semana ou feriado.
Vale lembrar que por força da LC 128/08, o MEI está isento do IRPJ e demais tributos,
tais como: PIS, COFINS, CSLL, IPI. Portanto, o MEI/PJ não recolhe o Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ.
57
b) a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior, referente às
atividades sujeitas ao ICMS;
A DASN do MEI conterá somente as informações relativas à receita bruta total sujeita
ao ICMS, para efeito de partilha do ICMS com os municípios.
A legislação do IRPF estabelece que a pessoa física que auferir rendimento anual igual
ou inferior a determinado valor, está isento do IR e também da apresentação da
declaração do IR.
Neste sentido, observe que o contribuinte, pessoa física, está obrigado a apresentar a
declaração, caso tenha recebido no ano anterior, igual ou superior a um determinado
valor (ver tabela do imposto de renda atualizada).
58
inerentes ao exercício de sua atividade econômica, manter alguma reserva para
situações inesperadas e, caso queira, criar também outro fundo de reserva para
investimentos, como aquisição de estantes, cadeiras, computador, de modo a melhorar a
desempenho de seu negócio.
Feito isso, o que sobra é considerado lucro do MEI/PJ, e o MEI/PF poderá retirar este
dinheiro para as suas necessidades pessoais. Este montante será isento do imposto de
renda caso não ultrapasse o limite de isenção previsto em nossa legislação.
Diante dessa informação, o Imposto de Renda da Pessoa Física do MEI, será a seguinte:
A Pessoa Física do MEI está isenta do IRPF sobre os valores que lhes forem
distribuídos a título de lucro, somente nos seguintes casos:
59
MEI que exerce atividade mercantil.
Logo, no ano o MEI/PJ poderá distribuir ao MEI/PF, R$ 1.920,00 (R$ 160,00 x 12) com
isenção do IRPF.
Pela legislação do Imposto de Renda, este valor é considerado ―isento e não tributável‖
para o MEI/PF.
Na forma do art. 14 da Lei Geral das MPEs, poderá o MEI/PF fazer retiradas a título de
pró-labore, cujos valores serão tributados se ultrapassarem os limite de isenção do
IRPF.
Considerando que este valor anual (R$ 1.920,00) é ―isento e não tributável‖ pelo
Imposto de Renda Pessoa Física, o MEI/PF poderá retirar ainda o limite de isenção
anual do IRPF conforme a tabela do imposto de renda.
Considerando que este valor anual (R$ 4.800,00) é ―isento e não tributável‖ pelo
Imposto de Renda Pessoa Física, o MEI/PF poderá retirar ainda o limite de isenção
anual do IRPF conforme a tabela do imposto de renda.
60
Portanto, o MEI/PF poderá retirar o montante com isenção do IR: R$ 4.800,00 –
Distribuição de lucro isento de IR (art. 14 da LG das MPEs) + o valor limite de isenção
na forma de pró-labore
61
CAPÍTULO 4
TRIBUTAÇÃO DOS RESULTADOS
62
4.1. LUCRO – FATO GERADOR DO IRPJ E DA CSLL
O lucro da pessoa jurídica – sociedade – também é seu fato gerador, basicamente, por
representar o acréscimo patrimonial. Dessa forma, o imposto de renda e a contribuição
social sobre o lucro surgem com a existência de lucro líquido, exteriorizado na
escrituração mercantil, como resultado positivo entre a receita e a dedução dos
respectivos custos e das despesas de produção, comercialização e administração.
Nesse caso, se não existir a figura do lucro, também não existirá a obrigação do
pagamento desses tributos pelo contribuinte – sujeito passivo da obrigação tributária.
Consideram-se contribuintes;
Na apuração dos resultados dessas pessoas equiparadas, como também na tributação dos
lucros apurados e dos lucros distribuídos, serão observadas as normas aplicáveis às
pessoas jurídicas em geral.
Diferentemente da pessoa física, não é necessário que o lucro tenha sido efetivamente
recebido – disponibilidade financeira – pela pessoa jurídica para a ocorrência da
incidência dos tributos. Basta que ela tenha adquirido o direito de crédito sobre os
mesmos – disponibilidade econômica –, em conformidade com o princípio contábil da
competência.
As firmas individuais;
As pessoas físicas que, em nome individual, exploram, habitual e profissionalmente,
qualquer atividade econômica com o fim especulativo de lucro, mediante venda a
terceiros de bens e serviços;
As pessoas físicas que promoverem a incorporação de prédios em condomínio ou
loteamento de terrenos.
Exceções à arrecadação
63
de serviços na medida dos recebimentos. Isto é, adotar o chamado regime de caixa para
determinar a incidência dos tributos.
Nesse caso, tanto a base de cálculo para pagamento do IRPJ e da CSLL quanto das
contribuições sociais incidentes sobre o faturamento – PIS/PASEP e COFINS – podem,
a critério do contribuinte, ser apuradas no período correspondente ao efetivo
recebimento da receita.
Sempre que permitido, o contribuinte deve optar pela metodologia mais vantajosa para a
empresa, tendo em vista um dos objetivos do planejamento tributário – a escolha lícita
pelo menor ônus no pagamento dos tributos.
Nesse caso, pode ser o regime que apresentar a menor base de cálculo, já que existem
outras circunstâncias influenciadoras na escolha do regime ideal para cada situação
específica.
64
Quando da opção pelo Lucro Presumido automaticamente a empresa submete-se ao
regime cumulativo do PIS e da COFINS, salvo casos especiais de substituição tributaria
e regimes monofásicos (refrigerantes, medicamentos, perfumaria, pneus, etc.). Por este
regime as contribuições ao PIS e a COFINS são determinadas, respectivamente,
mediante a aplicação de 0,65% e 3% sobre a receita operacional bruta, nos termos da
legislação vigente.
Modalidades de Determinação
Modalidades de Determinação do PIS e da COFINS
do Imposto de Renda e CSLL
Regime não cumulativo, com exceções para algumas
Lucro Real atividades e receitas que podem permanecer no
regime cumulativo.
Lucro Presumido Regime Cumulativo
Por opção do contribuinte ou por determinação legal, os lucros das pessoas jurídicas são
tributados por um dos seguintes regimes – real, presumido ou arbitrado. Nesses regimes,
o IRPJ e a CSLL são calculados com base no lucro apurado em cada trimestre durante o
ano calendário.
O lucro real é o lucro contábil, antes da dedução da CSLL e do IRPJ, ajustado por
adições, exclusões e compensações, prescritas ou autorizadas pela legislação do imposto
de renda. Estão obrigatoriamente submetidas à apuração do lucro real as empresas:
65
Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços – factoring.
O lucro real pode ser apurado de duas maneiras diferentes a critério da Pessoa Jurídica.
A primeira forma de apuração é a trimestral — cujos recolhimentos são definitivos,
tendo por vencimento o último dia do mês subsequente ao trimestre. A segunda forma é
a apuração anual, que se compõe por parcelas mensais estimadas que representam
meros adiantamentos do IRPJ a ser apurado no ajuste anual, após o final do exercício —
31/12.
A sistemática prevista em lei – que permite a escolha entre apurar o lucro real em
período trimestral ou anual – conduz a algumas das atribuições importantes do
profissional na realização da atividade de planejamento tributário.
A opção pelo lucro real trimestral, além de aumentar o risco de a pessoa jurídica
cometer mais erros e infrações fiscais, também pode acarretar em uma antecipação no
pagamento dos tributos, em razão da limitação existente na compensação do prejuízo
fiscal e da base negativa da CSLL, apurados em períodos anteriores e onerar,
exclusivamente, o IRPJ em função do cálculo do adicional desse tributo.
66
a) Apuração trimestral
Exemplo: suponhamos uma situação em que uma empresa tributada com base no lucro
real projeta resultados trimestrais conforme demonstrado abaixo, onde se observa um
prejuízo no primeiro trimestre, e a decisão a ser tomada é se faz apuração do IRPJ e
CSSL trimestral ou anual.
Naturalmente que só é possível tomar tal decisão se decisão se houver uma ampliação
da projeção para contemplar os estudos comparativo em relação aos dois cenários
possíveis.
No estudo acima se observa que se a decisão foi pela apuração trimestral a empresa terá
um desencaixe a maior de R$ 29.120,00 em relação à apuração anual. Isso ocorre por
dois fatores: 1) o prejuízo do primeiro trimestre não pode ser integralmente compensado
em função das limitações legais; 2) na apuração trimestral a empresa submete-se ao
adicional de 10%, enquanto que na apuração anual isso não ocorre porque o lucro anual
auferido pela empresa não ultrapassa aos R$ 240.000,00.
b) Apuração anual
A outra opção de recolhimento do lucro real é a apuração anual. Neste caso, procede-se
a recolhimentos mensais durante o ano, calculados com base em estimativas de
67
lucratividade, representando meras antecipações do tributo a ser apurado no final do
exercício financeiro, na ocasião do ajuste anual definitivo que ocorre em 31.12.
ii) com base em balanço que demonstre o efetivo resultado (lucro ou prejuízo) do mês.
Sobre a base de cálculo mensal, apurada seja por estimativa, seja por balanço, se aplica
a alíquota de 15%, mais o adicional de 10% sobre a parcela que ultrapasse R$20.000,00.
Percentual Percentual
Tipos de atividades
do IRPJ da CSSL
Indústria e comércio 8% 12%
Revenda, para consumo, de combustíveis. 1,60% 12%
Prestação de serviços em geral 32% 32%
Serviços hospitalares 8% 12%
Serviços de transporte de cargas 8% 12%
Demais serviços de transporte 16% 12%
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda
8% 12%
de imóveis construídos ou adquiridos para revenda
Construção por administração ou empreitada com
8% 12%
aplicação de material
Construção por administração ou empreitada
32% 32%
exclusivamente com mão de obra
Prestação de serviços, até R$ 120 mil, exceto
16% 32%
regulamentadas.
Aplicação de alíquotas
68
15% para o IRPJ, mais um adicional de 10% a ser pago junto com o imposto e
incidirá sobre a parcela do lucro que exceder a R$ 20 mil ao mês ou proporcional ao
período de apuração.
Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir, do imposto devido no mês:
A parcela excedente, em cada mês, dos incentivos acima mencionados, poderá ser
utilizada nos meses subsequentes do mesmo ano-calendário, observados os limites
legais específicos.
II - o imposto sobre a renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram a base
de cálculo do imposto devido.
O imposto sobre a renda pago a maior, apurado em 31 de dezembro de cada ano, poderá
ser objeto de restituição ou compensação.
Exemplo
69
Receitas auferidas durante o período de janeiro a março 2013
70
Imposto de Renda Cont.Social s/Lucro
Março Rec. Bruta
% L.Est. L. Est. % L. Est. L. Est.
Vendas de mercadorias 815.000 8% 65.200 12% 97.800
Vendas de produção própria 300.000 8% 24.000 12% 36.000
Serviços de transportes de carga 290.000 8% 23.200 12% 34.800
Serviços de informática 216.000 32% 69.120 32% 69.120
Receita de Aplicação Financeira 80.000
Base de Cálculo 181.520 317.720
IRPJ CSSL
181.520 15% 27.228
161.520 10% 16.152 43.380 9% 28.595
(-) Incentivos PAT 600
IRPJ Estimado 42.780
A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido, além dos benefícios fiscais acima
mencionados, os seguintes benefícios fiscais correspondentes a todo o período
abrangido pelo balanço ou balancete de suspensão ou redução:
I - redução de 75% (setenta e cinco por cento) do imposto e adicional, apurados com
base no lucro da exploração dos empreendimentos de instalação, modernização,
ampliação ou diversificação de atividades, enquadrados em setores da economia
considerados prioritários para o desenvolvimento regional nas áreas de atuação da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e da Superintendência
do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM);
III - redução de 100% (cem por cento) das alíquotas do imposto e adicional apurados,
com base no lucro da exploração, relativos às vendas dos dispositivos referidos nos
incisos I a III do caput do art. 2º da Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007, efetuadas por
pessoa jurídica beneficiária do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da
Indústria de Semicondutores (PADIS);
71
Exemplo de pagamento de IRPJ e CSSL por estimativa, efetuado por uma
empresa beneficiária de redução do imposto de renda com base no lucro da
exploração.
Uma empresa com incentivos fiscais de redução de 75% do IR com base no lucro da
exploração gerado nas vendas de produtos de fabricação própria iniciou suas atividades
em outubro e apresentou o seguinte quadro de receitas auferidas durante o período de
outubro a dezembro.
72
Receita Não Receita Lucro Estimado Lucro Estimado
Outubro Receita Bruta % IRPJ %CSSL
Tributável Tributável IRPJ CSSL
Vendas de Produto de Fabricação Própria (75%) 325.000,00 243.750,00 81.250,00 8% 6.500,00 12% 39.000,00
Venda de Mercadorias 200.000,00 200.000,00 8% 16.000,00 12% 24.000,00
Transporte de Cargas 225.000,00 225.000,00 8% 18.000,00 12% 27.000,00
Serviços de Manutenção Industrial 29.000,00 29.000,00 32% 9.280,00 32% 9.280,00
49.780,00 99.280,00
Receita de Aplicação Financeira 30.000,00
Juros Ativos Recebidos 35.000,00 35.000,00
Base de Cálculo 84.780,00 164.280,00
IRPJ CSSL
84.780,00 15% 12.717,00
Adicional 64.780,00 10% 6.478,00 164.280,00 9% 14.785,20
(-)PAT 12.717,00 4% 508,68
IRPJ ESTIMADO 18.686,32 CSSL ESTIMADA 14.785,20
73
Receita Não Receita Lucro Estimado Lucro Estimado
Novembro Receita Bruta % IRPJ %CSSL
Tributável Tributável IRPJ CSSL
Vendas de Produto de Fabricação Própria (75%) 305.000,00 228.750,00 76.250,00 8% 6.100,00 12% 36.600,00
Venda de Mercadorias 235.000,00 235.000,00 8% 18.800,00 12% 28.200,00
Transporte de Cargas 235.000,00 235.000,00 8% 18.800,00 12% 28.200,00
Serviços de Manutenção Industrial 31.000,00 31.000,00 32% 9.920,00 32% 9.920,00
53.620,00 102.920,00
Receita de Aplicação Financeira 32.000,00
Base de Cálculo 53.620,00 134.920,00
IRPJ CSSL
53.620,00 15% 8.043,00
Adicional 33.620,00 10% 3.362,00 134.920,00 9% 12.142,80
(-)PAT 8.043,00 4% 321,72
IRPJ ESTIMADO 11.083,28 CSSL ESTIMADA 12.142,80
74
Receita Não Receita Lucro Estimado Lucro Estimado
Dezembro Receita Bruta % IRPJ %CSSL
Tributável Tributável IRPJ CSSL
Vendas de Produto de Fabricação Própria (75%) 365.000,00 273.750,00 91.250,00 8% 7.300,00 12% 43.800,00
Venda de Mercadorias 265.000,00 265.000,00 8% 21.200,00 12% 31.800,00
Transporte de Cargas 240.000,00 240.000,00 8% 19.200,00 12% 28.800,00
Serviços de Manutenção Industrial 35.000,00 35.000,00 32% 11.200,00 32% 11.200,00
58.900,00 115.600,00
Receita de Aplicação Financeira 35.000,00
Juros Ativos Recebidos 55.000,00 55.000,00
Base de Cálculo 113.900,00 205.600,00
IRPJ CSSL
113.900,00 15% 17.085,00
75
No caso de apuração do IRPJ lucro real por esta sistemática, há a opção da pessoa
jurídica suspender o pagamento mensal do IR se demonstrar que o valor do IR devido,
calculado com base no lucro real do mês em curso, é igual ou inferior à soma do IR
pago, correspondente aos meses anteriores do mesmo ano-calendário (IN 93/97 — art.
10).
76
Imposto de Renda Cont.Social s/Lucro
Fevereiro Rec.Bruta
% L. Est. L. Est. % L. Est. L. Est.
Vendas de mercadorias 850.000 8% 68.000 12% 102.000
Vendas de produção própria 350.000 8% 28.000 12% 42.000
Serviços de transportes de cargas 390.000 8% 31.200 12% 46.800
Processamento de dados 260.000 32% 83.200 32% 83.200
Receitas de Aplicação Financeira 30.000
Juros Recebidos de Clientes 10.000 10.000
Base de Cálculo 220.400 314.000
IRPJ CSSL
220.400 15% 33.060
200.400 10% 20.040 53.100 9% 28.260
(-) Incentivos PAT 720
IRPJ Estimado 52.380
Adições
Exclusões
77
Apuração do Lucro Real
Carga Tributária de março, se a opção for pelo pagamento por estimativa mensal
IRPJ - estimado de março 46.010
CSSL - estimada de março 24.329 70.339
Carga tributária de março, se a opção for pelo pagamento do Lucro Real Trimestral
CSSL - Saldo a pagar ref. 1º trimestre 896
IRPJ - Saldo a pagar ref. 1º trimestre 28.967 29.863
Exemplo 1:
78
Como houve prejuízo fiscal no mês de junho (resultado acumulado de janeiro a junho),
não há IRPJ nem CSSL a recolher referente a este mês, sendo necessário apenas a
transcrição do Prejuízo no LALUR e manter balancete no Diário Contábil.
Exemplo 2:
-No Balancete do mês julho, que contempla o resultado acumulado de janeiro a julho,
apurou-se um imposto a pagar de R$ 35.000,00, porém nos meses de janeiro a junho a
empresa já recolheu imposto no valor de R$ 40.000,00, ou seja, R$ 5.000,00 a mais do
que o devido, com isso poderá suspender o pagamento em julho.
Observação:
O mesmo critério adotado para o cálculo do Imposto de Renda deverá ser também
adotado para a Contribuição Social sobre o Lucro, por isso deve ser analisada a
melhor alternativa calculando os dois tributos.
O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro Diário
(art. 12, § 5º, da IN SRF 93/97) e no Livro LALUR transcrever a apuração do
resultado ( art. 13 IN SRF 93/97).
Base legal: artigos 10 a 16 da IN SRF 93/97
O resultado do período em curso deverá ser ajustado por todas as adições determinadas,
exclusões e compensações de prejuízos fiscais admitidas pela legislação do imposto de
renda. A cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do
imposto, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso,
desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário.
Apesar do Lucro Real Anual ter mais detalhes a serem observados é mais vantajoso do
que o Lucro Real Trimestral, para fins de economia tributária.
Após o pagamento mensal do IRPJ por estimativa, se procede à apuração do Lucro Real
anual após o fechamento das demonstrações contábeis no final do exercício financeiro
em 31 de dezembro.
79
Com observância nas leis comerciais e contábeis atinentes, chega-se ao lucro líquido
contábil que é transportado para o LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) para que
sejam efetuados ajustes e para se determinar o Lucro Real (base de cálculo do IRPJ), da
seguinte maneira:
Ela também atribui certo tratamento especial para algumas receitas ou alguns resultados
reconhecidos na contabilidade.
80
mas que irão influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração
subsequentes.
As adições são definitivas porque não guardam relação direta com a fonte produtora,
não são necessárias a sua manutenção. Normalmente, representam liberalidade da
empresa e gastos com bens móveis e imóveis desvinculados da atividade operacional ou
comercial da empresa.
Classificam-se como adições temporárias aqueles custos ou despesas que, embora não
sejam dedutíveis em um primeiro momento, depois de cumpridas as condições exigidas
pela legislação, tornam-se dedutíveis, ou seja, não são aceitas no exercício em que
foram contabilizadas, mas serão aceitas no futuro.
Como regra geral, são operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias
para a atividade da empresa e para a manutenção da respectiva fonte produtora.
Além disso, para serem dedutíveis, devem ser registradas na escrituração contábil no
período de competência, por exigência legal, e devidamente identificadas pelos
aspectos:
São exemplos de adições definitivas multas de trânsito, gastos particulares dos sócios,
brindes, alimentação da diretoria, gratificação paga a administração, etc.
Como exclusões temporárias destaca-se o caso dos contratos de longo prazo e nos
contratos com pessoa jurídica de direito público ou empresa sob seu controle.
81
As despesas e os encargos que contribuem para a formação de resultado de mais de um
exercício devem ser apropriadas proporcionalmente a cada um deles, mesmo que pagas
integralmente no primeiro exercício. As despesas financeiras – incluindo correção
monetária pré-fixada ─ devem ser debitadas pro rata temporis.
Determinadas despesas têm seu montante limitado na dedução do lucro real, por
parâmetros fixados em lei, como, por exemplo:
Provisões
As despesas não podem afetar o lucro real antes de se tornarem exigíveis, nem mesmo
pela constituição de provisões para registrar despesas estimadas ou não quantificadas
definitivamente. As únicas exceções são as provisões admitidas na legislação do
imposto de renda, são elas:
82
Variações monetárias
Entretanto, todo o cuidado é pouco, pois a escolha valerá para todo o ano-calendário e o
benefício somente ocorrerá se os negócios produzirem, exclusivamente, variações
cambiais ativas.
No lucro real, todas as receitas são tributáveis pelo IRPJ. A omissão da lei sobre uma
determinada receita não significa que ela não seja tributável, pelo contrário, significa
que ela é tributável.
Contudo, certas rendas são excluídas do lucro contábil para fixação do lucro real,
explicitamente indicadas na lei. Por isso, não há uma relação taxativa, na lei, de receitas
tributáveis. Vejamos alguns exemplos de receitas não tributáveis:
O lucro contábil, depois de ajustado pelas adições e pelas exclusões, ainda pode ser
reduzido pela compensação de eventuais prejuízos apurados em períodos anteriores e
registrados no LALUR. Entretanto, essa redução é limitada em, no máximo, 30% do
lucro a ser compensado.
Restando saldos de prejuízos fiscais e de base negativa da CSLL não compensados em
função dessa limitação – 30% do lucro do período –, esses poderão ser utilizados nos
períodos-base subsequentes, sem prazo de prescrição.
O limite de 30% para compensação de prejuízos fiscais não se aplica às empresas que
tenham por objeto a exploração de atividade rural.
83
cálculo e as alíquotas previstas na legislação devem ser mantidas em respeito ao
princípio da legalidade.
ii. não há qualquer restrição, na legislação que dispõe sobre a CSLL, em deduzir de sua
base de cálculo as participações nos lucros atribuídas aos administradores como
também as gratificações pagas a essas pessoas, diferentemente da apuração do lucro
real, onde essas participações e gratificações não podem ser deduzidas;
iii. apenas os custos e as despesas relacionadas a seguir devem ser adicionados à base de
cálculo da CSLL, concomitantemente à apuração do lucro real.
Adições
Das despesas acima mencionadas, dos lucros, dos rendimentos e dos ganhos de capital
auferidos no exterior, dos lucros distribuídos disfarçadamente e do valor de ajustes
decorrentes de métodos de preços de transferência;
Exclusões
84
Do lucro correspondente à receita não recebida, decorrente de contratos de construção
ou fornecimento de bens e serviços com pessoa jurídica de direito público ou empresa
sob seu controle.
Exemplo:
O limite (teto) anual de receita bruta, para a empresa poder optar pelo Lucro Presumido,
por força da Lei 12.814/2013, a partir de 01.01.2014, corresponde a R$ 78 milhões e
R$ 6,5 milhões multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário
anterior.
85
Percentuais
No entanto, essa não deve ser a única análise quando da escolha desse regime. A CSLL
também terá sua base de cálculo presumida pelos percentuais de 12% e 32%,
respectivamente, para as atividades mencionadas como regra geral.
IRPJ CSSL
Comércio Serviços Comércio Serviços
Base de cálculo 8% 32% 12% 32%
Alíquotas 15%
9%
Adicional 10%
86
Entretanto, existem algumas prestações de serviços específicas que a legislação
determinou percentuais diferenciados da regra geral, em razão de sua importância no
contexto socioeconômico. Em razão disso é aplicada a mesma tabela contida no Artigo
15 da Lei nº 9.249/95, e já mencionada anteriormente.
Por sua vez, o somatório dos resultados obtidos corresponderá ao lucro presumido,
como, por exemplo;
Exemplo:
Vamos imaginar a empresa Gama Com. e Ind. Ltda., que industrializa e comercializa
produtos de copa e cozinha. Caso a empresa tivesse recebido, no primeiro trimestre de
2013, uma receita de aluguel no valor de R$ 12.000 e obtido um rendimento de R$
3.000, pelo resgate de uma aplicação financeira de renda fixa, a apuração do IRPJ e da
CSLL devidos ficariam da seguinte forma:
87
CSLL. As outras receitas foram tributadas integralmente por não pertencerem à
atividade-fim da empresa.
No cálculo do IRPJ, foi utilizada a alíquota de 15% mais o adicional de 10% sobre a
parcela do lucro presumido que ultrapassou os R$ 60.000, ou seja, R$ 435.000. Já sobre
a base de cálculo da CSLL a alíquota aplicada foi de 9%.
Antes da aplicação dos percentuais de presunção sobre a receita bruta, serão excluídos:
As vendas canceladas;
As devoluções de mercadorias;
Os descontos incondicionais concedidos;
Os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos quais o
vendedor ou o prestador é mero depositário.
RECEITA BRUTA
Venda de mercadorias e produtos 2.400.000
Receita de prestação de serviços 1.200.000
TOTAL DA RECEITA BRUTA 3.600.000
DEDUÇÕES DA RECEITA
IPI (96.000)
ICMS (288.000)
ISS (24.000)
COFINS / PIS (131.400)
Devoluções de mercadorias (23.000)
Descontos incondicionais (17.600)
TOTAL DAS DEDUÇÕES (580.000)
88
Lucro Presumido e cálculo do IRPJ e CSSL
IRPJ CSSL
Venda de Mercadorias e Produtos 2.400.000
IPI (96.000)
Devoluções de mercadorias (23.000)
Descontos incondicionais (17.600)
2.263.400 8% 181.072 12% 271.608
Rec. de Prestação de Serviços 1.200.000 32% 384.000 32% 384.000
Receitas financeiras 36.000 36.000
Ganho na venda de imobilizado 14.000 14.000
Base de cálculo 615.072 705.608
IR – 15% 92.260,80 CSSL
63.504,72
Adicional – 10% 55.507,20 – 9%
IRPJ 147.768,00 CSSL 63.504,72
Total dos encargos 211.272,72
Detalhes R$
1. Receita Bruta Venda Mercadorias 3.000.000 3.000.000
2. Custos das Mercadorias Vendidas (2.000.000)
3. Custos com mão de obra e outros (650.000)
4. Despesas gerais (150.000)
5. Lucro Contábil: (1 – 2 - 3 – 4) 200.000
6. Lucro Presumido para IRPJ: (item 1 x 8%) 240.000
7. Lucro Presumido para CSLL: (item 1 x 12%) 360.000
8. Carga Tributária pelo Lucro Real:
9. Imposto de Renda (5 x 15%) 30.000
10. Contribuição Social (5 x 9%) 18.000
11. PIS [(1 – 2) x 1,65%] 16.500
12. COFINS [(1 - 2) x 7,6%] 76.000
13. Total dos Tributos (9 + 10 + 11 + 12) 140.500
14. Carga Tributária pelo Lucro Presumido:
15. Imposto de Renda (6 x 15%) 36.000
16. Contribuição Social (7 x 9%) 32.400
17. PIS (1 x 0,65%) 19.500
18. COFINS (1 x 3%) 90.000
19. Total dos Tributos (15+ 16 + 17 + 18) 177.900
No exemplo a opção pelo Lucro Real ficou mais atrativa, em função da margem de
lucro da empresa ser reduzida. Porém há atividades que apresentam margens maiores,
como exemplo a atividade de prestação de serviços, em que na maioria dos casos
prevalece à opção pelo Lucro Presumido. Portanto essa análise deve ser realizada para
cada caso específico.
89
Para empresas que não possuem um histórico contábil adequado tomar a decisão sobre
qual o regime tributário mais favorável é uma tarefa complexa e por vezes acaba sendo
adotada com base na expectativa dos administradores, sujeita, obviamente, a erros.
Registros contábeis
Essa opção limita a distribuição dos lucros em até o valor correspondente ao lucro
presumido, diminuído dos impostos e das contribuições federais – IRPJ, CSLL, PIS e
COFINS – a que estiver sujeita a pessoa jurídica.
Se a constituição de outra empresa (B), para que o faturamento seja dividido entre
ambas, o que não é proibido por lei, chega-se ao seguinte cálculo:
90
Empresa A - Receita bruta anual IRPJ CSSL
Atividades R$ % BC % BC
Prestação de serviços 120.000,00 16% 19.200,00 32% 76.800,00
IRPJ devido 2.880,00 CSSL 3.456,00
Definição
O regime do lucro arbitrado, a princípio, sugere uma situação punitiva, pois é
considerada uma prerrogativa do Fisco arbitrar o lucro da empresa. Entretanto, o
contribuinte também poder optar pelo lucro arbitrado desde que tenha pleno
conhecimento da receita bruta e ocorra qualquer das hipóteses de arbitramento previstas
na legislação fiscal.
91
Período de Permanência
A empresa não precisa permanecer, durante todo o ano, no lucro arbitrado. Ela pode
optar por outro regime desde que solucionada a razão do autoarbitramento e em
qualquer trimestre do ano.
Por exemplo: o lucro é arbitrado nos dois primeiros trimestres do ano e, nos demais
trimestres, adota-se o lucro presumido, desde que não exigida a apuração pelo lucro
real.
O critério de apuração do IRPJ e da CSLL no regime de lucro arbitrado, tendo por base
a receita bruta, é idêntico ao do lucro presumido.
Percentual Percentual
Tipos de atividades
do IRPJ da CSSL
Indústria e comércio 9,6% 12%
Revenda, para consumo, de combustíveis 1,92% 12%
Prestação de serviços em geral 38,4% 32%
Serviços hospitalares 9,6% 12%
Serviços de transporte de cargas 9,6% 12%
Demais serviços de transporte 19,2% 12%
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda 9,6%
12%
de imóveis construídos ou adquiridos para revenda
Construção por administração ou empreitada com 9,6% 12%
aplicação de material
Construção por administração ou empreitada
38,4 32%
exclusivamente com mão de obra
Prestação de serviços, até R$ 120 mil, exceto
19,2 32%
regulamentadas.
92
Exemplo:
IRPJ CSSL
Atividades R$ % BC % BC
Comércio 8.000.000,00 9,6% 768.000,00 12% 960.000,00
Há de se considerar, também, que no lucro arbitrado o PIS terá alíquota de 0,65% (sem
crédito correspondente), conforme art. 8, II, da Lei 10637/2002, ao invés de 1,65%.
Esses encargos sociais podem representar uma redução de até 28,8% sobre o montante
da folha de pagamento, composta pelos seguintes percentuais:
Dentre as principais limitações que fazem com a pessoa jurídica não possa se enquadrar
no regime do SIMPLES, destacam-se:
94
Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento
de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores;
Constituída sob a forma de sociedade por ações;
Que tenha sócio domiciliado no exterior;
Ter participação em seu capital de entidade da administração pública, direta ou
indireta, federal, estadual ou municipal;
Que possua débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou
Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
Que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
Que exerça as seguintes atividades: geração, transmissão, distribuição ou
comercialização de energia elétrica; importação ou fabricação de automóveis e
motocicletas; importação de combustíveis; produção ou venda no atacado de
cigarros, armas, munições e explosivos, bebidas alcoólicas, entre outros produtos
Prestação de serviços de atividade de instrutor;
Que realize cessão ou locação de mão de obra;
Que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis; e
Que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando tributados pelo
ISS.
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%
95
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23 % 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32 % 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42 % 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51 % 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61 % 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%
96
Agência terceirizada de correios;
Agência de viagem e turismo;
Centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de
passageiros e de carga;
Agência lotérica;
Serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem,
solda, tratamento e revestimento em metais;
Transporte municipal de passageiros;
Escritórios de serviços contábeis;
Produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou
apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais,
cinematográficas e audiovisuais;
Fisioterapia, Corretagem de Seguros, e serviços de transporte intermunicipal e
interestadual de passageiros. Serviços inclusos pela Lei Complementar 147/2014
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS
Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%
De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%
De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%
97
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%
98
0,10=< 0,15=< 0,20=< 0,25=< 0,30=< 0,35 =<
Receita Bruta em 12 (r) (r) (r) (r) (r) (r)
(r)<0,10 (r) >= 0,40
meses (em R$) e e e e e e
(r) < 0,15 (r) < 0,20 (r) < 0,25 (r) < 0,30 (r) < 0,35 (r) < 0,40
Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%
De 180.000,01 a
17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%
360.000,00
De 360.000,01 a
17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%
540.000,00
De 540.000,01 a
17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%
720.000,00
De 720.000,01 a
18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%
900.000,00
De 900.000,01 a
18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%
1.080.000,00
De 1.080.000,01 a
18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%
1.260.000,00
De 1.260.000,01 a
18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%
1.440.000,00
De 1.440.000,01 a
18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%
1.620.000,00
De 1.620.000,01 a
18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%
1.800.000,00
De 1.800.000,01 a
18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%
1.980.000,00
De 1.980.000,01 a
19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%
2.160.000,00
De 2.160.000,01 a
19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%
2.340.000,00
De 2.340.000,01 a
19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%
2.520.000,00
De 2.520.000,01 a
20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%
2.700.000,00
De 2.700.000,01 a
21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%
2.880.000,00
De 2.880.000,01 a
21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%
3.060.000,00
De 3.060.000,01 a
22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%
3.240.000,00
De 3.240.000,01 a
22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%
3.420.000,00
De 3.420.000,01 a
22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%
3.600.000,00
99
ANEXO VI - TABELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
ATIVIDADES PERMITIDAS:
I – medicina, inclusive laboratorial e enfermagem;
II -medicina veterinária.
III -odontologia;
IV – psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia
e clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite;
V – serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação;
VI – arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia,
testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e
agronomia;
VII – representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e
serviços de terceiros;
VII – perícia, leilão e avaliação;
VIII – auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração;
IX – jornalismo e publicidade;
X – agenciamento, exceto de mão-de-obra;
XI – transporte fluvial de passageiros e cargas;
XII – outras atividades do setor de serviços, que tenham por finalidade a prestação de
serviços decorrentes do exercício de atividades intelectual, de natureza técnica,
científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou
não.
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,Cofins e CPP ISS
100
4.2.5. Mudança do Lucro Presumido e Simples para o Lucro Real
As empresas optantes pelo lucro presumido ou Simples têm a data limite até 30.04 para
optar pelo lucro real ou presumido. A opção pela tributação será manifestada com
o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao
primeiro período de apuração de cada ano-calendário, conforme § 1º do art. 26 da Lei
9.430/96 c/c §1º do art. 13 da Lei 9.718/98.
A partir daí, devem ser efetuados diversos cálculos para verificar qual a sistemática
mais vantajosa:
COMÉRCIO:
A lucratividade maior que 8% e margem bruta maior que 40% = melhor opção Lucro
Presumido;
A lucratividade menor que 8% e margem bruta igual ou menor que 40% = melhor
opção Lucro Real.
INDÚSTRIA
1) Na indústria não gera crédito de PIS e COFINS sobre a mão de obra dos
funcionários, regra idêntica ao comércio, porém o salário pago aos funcionários tem
peso maior que no comércio;
101
2) A indústria que está investindo na ampliação e modernização de suas instalações,
máquinas tem incentivos fiscais de PIS, COFINS e IRPJ, quando opta pelo Lucro
Real, o que sem dúvidas essa opção se torna mais vantajosa.
SERVIÇOS
Ocorrendo a mudança de regime tributário, de lucro presumido para lucro real, a pessoa
jurídica que não manteve escrituração contábil fica obrigada a realizar levantamento
patrimonial no dia 1o de janeiro seguinte ao do último período-base em que foi tributada
pelo lucro presumido, a fim de proceder ao balanço de abertura e iniciar a escrituração
contábil (parágrafo único do artigo 19 da Lei 8.541/92).
102
As despesas pagas antecipadamente (aluguéis, seguros, etc.) poderão ser ativadas no
grupo de despesas do exercício seguinte, gerando despesas dedutíveis.
A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro presumido ou optante pelo Simples,
passar a adotar o regime de tributação com base no lucro real, terá direito a crédito
presumido de PIS e COFINS sobre o estoque de abertura dos bens que, na forma da
legislação que rege a matéria, geram direito ao aproveitamento de crédito, adquiridos
para revenda ou utilizados como insumo na fabricação de produtos destinados à venda
ou na prestação de serviços.
Bases: artigo 11, parágrafo 3º da Lei 10.637/2002 e artigo 12, parágrafo 5º, Lei
10.833/2003.
103
Custo unitário de produção = (MP + MO + GGF): número de unidades produzidas.
§ 1º Para aplicação do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados deverá ser
determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a
título de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicações - ICMS.
Exemplo:
1.000 unidades x R$ 100,00 (custo médio) = R$ 100.000,00
Preço de venda R$ 300,00
R$ 300,00 x 70% = R$ 210,00
1.000 unidades x R$ 210,00 (custo arbitrado) = R$ 210.000,00
104
do mês o custo voltará a ser calculado pelo custo médio, com isso a diferença entre a
avaliação do arbitrado e do custo médio será contabilizado como custo.
Ainda que a empresa tenha a escrituração contábil no ano anterior, deverá lançar o saldo
ajustado pelo custo arbitrado em 31/12.
Exemplo:
400 unidades em formação
Preço de venda R$ 300,00 x 70% = 210,00 x 80 % = 168,00
400 unidades x 168 = 67.200,00
Para cadastrar-se no PAT, a pessoa jurídica deve apresentar e registrar formulário junto
ao ECT ou enviar via internet constante no "site" do MTE (www.mte.gov.br), mantendo
o comprovante de postagem da agência ou o comprovante de adesão via internet. Estes
documentos têm validade por prazo indeterminado.
Extensão do programa
107
b) aos empregados que estejam com o contrato de trabalho suspenso para participação
em curso ou programa de qualificação profissional, limitada essa extensão ao período de
cinco meses.
Empregados de subempreiteira
De acordo com o Parecer Normativo CST 08/82, a empresa empreiteira pode estender o
PAT aos empregados de subempreiteira que para ela trabalhem no mesmo canteiro de
obras.
O benefício concedido aos trabalhadores que percebem até 5 salários mínimos não
poderá, sob qualquer pretexto, ter valor inferior àquele concedido aos de renda mais
elevada.
A pessoa jurídica que custear em comum com outra pessoa jurídica as despesas para a
execução do Programa de Alimentação do Trabalhador poderá beneficiar-se do
incentivo fiscal, porém, apurando-se o valor do incentivo pelo critério de rateio. (art. 6
108
do Decreto 05/1991).
A pessoa jurídica deve destacar contabilmente, com subtítulos por natureza de gastos, as
despesas constantes do Programa de Alimentação do Trabalhador (art. 7 do Decreto
05/1991).
Exemplo:
Exemplo:
Dedução do imposto devido por estimativa ou com base no lucro real definitivo
109
Para efeito de pagamento mensal do imposto por estimativa, a parcela do incentivo
excedente em cada mês pode ser utilizada nos meses subsequentes, do mesmo ano-
calendário, observados os limites legais.
A participação do trabalhador no PAT é limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto
da refeição.
Bases: parágrafo 2o do artigo 585 do Regulamento IR/99 e art. 4 da Portaria SIT 3/2002.
Exemplo:
Cálculo do incentivo
1) aplicação da alíquota de 15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas com o
PAT;
2) R$ 0,2985 (15% de R$ 1,99), multiplicado pelo número de refeições fornecidas no
período.
Exemplo:
Vamos supor que uma pessoa jurídica optante pelo pagamento mensal do imposto por
estimativa (portanto, sujeita ao lucro real anual) apresentasse, no mês de março, os
seguintes dados:
110
3) número de refeições servidas no mês: 2.500,
Observe-se que esse é um valor menor do que os 150/o sobre a soma das despesas de
custeio (15% de R$ 5.000,00 = R$ 750,00). Portanto, prevalecerá o menor valor (R$
746,25).
Note-se que, como este exemplo toma por base uma empresa que esteja pagando o IR
mensal por estimativa, o excesso apurado (R$ 346,25) poderá ser utilizado nos meses
subsequentes do mesmo ano-calendário, observados os limites legais.
Cabe fruição do incentivo fiscal de dedução do Imposto de Renda devido por pessoas
jurídicas, tributadas com base no lucro real, que efetuarem doações ou patrocínios em
favor de projetos culturais.
a) o título;
b) a instituição beneficiária de doação ou patrocínio;
c) valor máximo autorizado para captação;
d) o prazo de validade da autorização;
e) o dispositivo legal (art. 18 ou 25 da Lei 8.313/91, com a redação dada pelo art. 1 da
Lei 9.874/99), relativo ao segmento objeto do projeto cultural.
O incentivo somente será concedido a projetos culturais que visem a exibição, utilização
e circulação públicas dos bens culturais deles resultantes, vedada a concessão de
111
incentivo a obras, produtos, eventos ou outros decorrentes, destinados ou circunscritos a
circuitos privados ou a coleções particulares.
Para fins do incentivo, a doação ou o patrocínio não poderão ser efetuados a pessoa ou
instituição vinculada ao agente.
Não se consideram vinculadas as instituições culturais sem fins lucrativos, criadas pelo
doador ou patrocinador, desde que devidamente constituídas e em funcionamento, na
forma da legislação em vigor.
Intermediação - inaplicabilidade
Nenhuma aplicação de recursos poderá ser feita com a utilização de qualquer tipo de
intermediação.
Considera-se patrocínio:
112
2) a cobertura de gastos ou a utilização de bens móveis ou imóveis, do Patrimônio do
patrocinador, sem a transferência de domínio, para a realização de projetos culturais por
pessoa física ou jurídica de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos.
Nota: Constitui infração o recebimento, pelo patrocinador, de qualquer vantagem
financeira ou material em decorrência do patrocínio que efetuar.
1) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis será calculado com base no
preço de mercado que o proprietário deixar de receber durante o período de cessão
do bem;
2) havendo dúvida quanto ao valor declarado, a Secretaria de Apoio á Cultura e a
Secretaria da Receita Federal (SRF) poderão solicitar ao doador ou patrocinador
laudo técnico de avaliação, assinado por três peritos;
113
g) as despesas realizadas por pessoas jurídicas na aquisição de ingressos para eventos de
caráter cultural ou artístico, para doação a seus empregados e dependentes legais,
devidamente representados pelas respectivas organizações de trabalhadores na
empresa, desde que sejam objeto de acordo firmado entre as partes e aprovado pelo
Ministério da Cultura.
A pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto cultural aprovado deverá emitir
comprovantes, sob a forma e modelo definidos pela Secretaria de Apoio á Cultura
(SAC), em favor do doador ou do patrocinador, devidamente firmados em três vias, que
terão a seguinte destinação:
a. a primeira via deverá ser entregue ao doador ou patrocinador para efeito do benefício
fiscal;
b. a segunda via deverá ser encaminhada á SAC, no prazo de 5 dias após a efetivação
da operação;
c. a terceira via deverá ficar em poder do responsável pelo projeto cultural por um
prazo não inferior a 5 anos, para fins de fiscalização.
Limite de dedução
114
Pessoa jurídica doadora ou patrocinadora
O art. 10 da Lei 9.532/97 dispõe que somente as pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro real podem usufruir do incentivo fiscal.
b) o valor total das doações e dos patrocínios realizados em favor de projetos culturais
aprovados pelo Ministério da Cultura com base no art. 18 da Lei 8.313/91 (com a
redação dada pelo art. 12 da Lei 9.874/99), é indedutível como despesa operacional,
o que significa que deverá ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação
do lucro real.
115
Exemplo de dedução do incentivo no IR mensal por estimativa:
Neste caso:
Doação em espécie
116
Base: art. 20, parágrafo 6 da Instrução Normativa SRF 267/2002.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (e somente estas) podem deduzir
do imposto devido o total das doações efetuadas aos fundos controlados pelos
117
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,
devidamente comprovadas, respeitado o limite.
Limite de dedução
O total das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pode ser deduzido diretamente
do Imposto de Renda devido, desde que não exceda o limite de 1 % do imposto normal
devido (calculado à alíquota de 15%, sem a inclusão do adicional), diminuído do
imposto correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no
exterior.
A dedução das doações efetuadas aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente,
se pleiteada em conjunto com outras deduções, não está submetida a limite global.
Bases: §11 do art. 394 do RIR/99, Instrução Normativa SRF 93/97, § 4º, artigo 2º.
Exemplo:
Aproveitamento do incentivo
a) se a pessoa jurídica for optante pela tributação com base no lucro real trimestral, a
dedução será feita no imposto devido no trimestre em que for efetuada a doação, até
o limite de 1% exposto anteriormente;
b) se a pessoa jurídica for optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa
(lucro real anual):
1) o valor doado poderá ser deduzido do imposto devido no mês, observado o limite, e a
parcela excedente do incentivo, em cada mês, poderá ser deduzida do imposto devido
nos meses subsequentes do mesmo ano-calendário, observando sempre o referido
limite;
As doações aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente só podem ser utili-
zadas como dedução direta do imposto, observados o limite e os critérios supracitados.
E vedada a dedução do respectivo valor como despesa operacional, tanto para efeito da
determinação do lucro real quanto da base de cálculo da Contribuição Social sobre o
118
Lucro, o que significa que os valores da espécie, contabilizados como despesa,
constituirão adição ao lucro líquido do período, na determinação da base de cálculo
desses tributos.
Exemplo:
O comprovante deverá;
Na hipótese de a doação ser efetuada em bens, o doador deverá comprovar, por meio de
documentação hábil, a propriedade dos bens doados, observado que:
2) considerar-se-á como valor do bem o seu valor contábil (desde que não exceda ao
valor de mercado ou, no caso de imóveis, ao que serviu de base de cálculo do imposto
de transmissão).
119
2) bens classificados no Ativo Permanente (exceto participações societárias): o valor
contábil corresponde ao valor pelo qual o bem estiver registrado na escrituração da
pessoa jurídica (corrigido monetariamente até 31.12.1995, se adquirido até essa data),
diminuído, se for o caso, de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
3) participações societárias (registradas no Ativo Permanente): o valor contábil corres-
ponde ao valor pelo qual as participações estiverem registradas na escrituração da pes-
soa jurídica, acrescido do ágio ou reduzido pelo deságio (se o investimento for avaliado
pela equivalência Patrimonial), e diminuído da provisão para perdas que tiverem sido
computadas, como dedução, na determinação do lucro real.
Nota: a pessoa jurídica deverá baixar os bens doados na sua escrituração contábil.
Ganho de capital – valor dos bens doados avaliados por preço de mercado
O doador poderá optar pelo valor de mercado dos bens, que será determinado mediante
prévia avaliação por meio de laudo idôneo de perito ou empresa especializada de
reconhecida capacidade técnica para aferição do seu valor.
Quando a doação for efetuada por valor superior ao contábil, deverá ser apurado ganho
de capital com base na legislação vigente.
Na determinação dos limites dos incentivos, não é permitida qualquer dedução a título
de incentivo fiscal do adicional do imposto de renda (§ 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de
1995).
Limites Individuais
Incentivo %
Operação de caráter cultural 4
PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador 4
Produção de obras e projetos audiovisuais 3
Fundo dos Direitos da Criança, do Adolescente 1
Limites Coletivos
Incentivo %
Operação de caráter cultural 4
120
Produção de obras e projetos audiovisuais
Incentivo %
Operação de caráter cultural 4
Incentivo %
PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador 4
Regulamento
Sem prejuízo das demais normas em vigor aplicáveis à matéria, a partir do ano-
calendário de 2000, as pessoas jurídicas que tenham projeto protocolizado e aprovado
até 31 de dezembro de 2018 para instalação, ampliação, modernização ou diversificação
enquadrado em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo,
prioritários para o desenvolvimento regional, nas áreas de atuação da Superintendência
de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE e da Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM, terão direito à redução de 75% (setenta e
cinco por cento) do imposto sobre a renda e adicionais calculados com base no lucro da
exploração.
Aspectos gerais
O direito à redução não alcança o Imposto de Renda e adicionais não restituíveis que já
tenham sido pagos à Fazenda Nacional.
121
O valor que deixar de ser pago à Receita Federal em virtude da concessão do Incentivo
não poderá ser distribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da empresa para ser
utilizada apenas em absorção de prejuízos ou aumento de capital social.
Esse valor não é dedutível na determinação do lucro real.
Exemplo:
Exemplo:
122
A redução de que trata este item somente se aplica ao imposto e adicionais não
restituíveis calculados com base no lucro da exploração do empreendimento (Decreto-
lei 1.598/77, art. 19, § 1°, alínea b, e Decreto-lei 1.730/79, art. 1°, inciso I). Assim, por
exemplo, o lucro decorrente de aplicações financeiras ou ganhos de capital, por
exemplo, não é incentivado.
O chefe da unidade da SRF decidirá sobre o pedido em cento e vinte dias contados da
apresentação do requerimento à repartição fiscal competente.
O valor do imposto de renda que deixar de ser pago em virtude da isenção aos
empreendimentos na SUDENE e/ou SUDAM não poderá ser distribuído aos sócios e
constituirá reserva de capital da pessoa jurídica, que somente poderá ser utilizada para
absorção de prejuízos ou aumento de capital (Regulamento do Imposto de Renda/99,
art. 545).
Exemplo:
Valor do IRPJ que deixou de ser pago, em função da isenção e/ou redução: R$
500.000,00
Contabilização:
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
O art. 19 do Decreto-lei nº. 1598/77 criou a figura denominada LUCRO DA
EXPLORAÇÃO, que serve de base de cálculo do limite máximo para redução do
imposto de renda devido.
123
Para efeito de cálculo do lucro da exploração, a pessoa jurídica deverá tomar por base o
lucro líquido apurado depois de ter sido deduzida a contribuição social sobre o lucro,
contudo por essa contribuição ser indedutível na determinação do lucro real, não deverá
influenciar no cálculo do lucro da exploração, a fim de não penalizar duplamente as
empresas detentoras desse tipo de incentivo fiscal.
124
Receita líquida da atividade incentivada
X 100 =%
Total da receita líquida da empresa
% S/RECEITA PARCELA
ATIVIDADE
LÍQUIDA TOTAL CORRESPONDENTE
Atividade isenta 20% R$ 400.000,00
Atividade com redução de 50% 30% R$ 600.000,00
Atividade não incentivada 50% R$ 1.000.000,00
Quando o lucro real é igual ou maior que o lucro da exploração, o rateio toma como
base a proporção entre o lucro da exploração de cada atividade e o lucro real da empresa
aplicado sobre o montante do adicional.
Se o lucro real for menor que o lucro da exploração, o rateio do adicional deve ser
efetuado com base na proporção da receita líquida de cada atividade em relação à
receita líquida total.
Exemplo:
Dados de uma empresa que atua na área da SUDAM e que goza incentivos de redução
do IRPJ.
126
Revenda de Mercadorias 5.500.000,00 1.443.750,00 4.056.250,00 19,03
Receita Bruta Total 28.500.000,00 7.181.250,00 21.318.750,00 100,00
Com Com
Com Redução Demais
Atividades Redução de Redução de
de 25% Atividades
75% 50%
Lucro da Exploração 1.488.956,00 288.722,00 546.161,00 546.161,00
Imposto de Renda - 15% 223.343,40 43.308,30 81.924,15 81.924,15
Adicional - 10% 137.255,55 26.615,09 50.346,44 50.346,44
Total do Imposto de Renda 360.598,95 69.923,39 132.270,59 132.270,59
% Redução do IR 75% 25% 50,0%
Valor do Incentivo Fiscal 270.449,21 17.480,85 66.135,30
Total do Incentivo 354.065,36
308.843,69
IMPOSTO DE RENDA COMPOSTO NA DRE
Resultado do Período Antes da CSSL e IRPJ 3.000.000,00
(-) Provisão para Contribuição Social 276.300,00
Lucro Antes do Imposto de Renda 2.723.700,00
(-) Provisão para Imposto de Renda 725.080,00
(+) Incentivos fiscais de Redução do Imposto de Renda 364.065,36
= Lucro Líquido do Período 2.362.685,36
127
Exercício proposto nº 5
2) Para a incidência dos tributos não é necessário que o lucro tenha sido, efetivamente,
recebido pela pessoa jurídica, basta que ela tenha adquirido a disponibilidade
econômica, em conformidade com o princípio contábil da competência. Acerca do
exposto, é correto afirmarmos que constitui uma das EXCEÇÕES a essa exigência
fiscal a adoção do regime de:
a) ( ) Lucro real, que pode diferir do pagamento da CSSL e do IRPJ sobre a parcela
da receita não recebida em contratos de fornecimento.
b) ( ) Lucro real, que tem a possibilidade de considerar as receitas das vendas de
bens ou da prestação de serviços na medida dos recebimentos.
c) ( ) Lucro presumido, que tem a possibilidade de considerar as receitas das vendas
de bens ou da prestação de serviços na medida dos recebimentos.
d) ( ) Lucro presumido, que pode diferir do pagamento da CSSL e do IRPJ sobre a
parcela do lucro correspondente à receita recebido dos contratos de construção.
128
b) ( ) O administrador pode decidir por calcular e recolher o IRPJ e a CSSL com
base na receita bruta do próprio mês, e manter esse mesmo critério durante todo o
ano-calendário.
c) ( ) O administrador pode apenas complementar o pagamento, caso o valor
recolhido pelo regime de estimativa apresente-se inferior ao valor encontrado nos
balanços denominados de redução.
d) ( ) Se os tributos recolhidos pelo regime de estimativa não ultrapassarem o valor
devido até determinado período, o administrador complementa o pagamento de
IRPJ e CSSL com base em balanços de suspensão.
5) Lucro real corresponderá a esse lucro contábil, antes da dedução da CSSL e do IRPJ,
ajustado por adições, exclusões e compensações, prescritas ou autorizadas pela
legislação do imposto de renda. Quanto às possibilidades de uma empresa estar
obrigatoriamente submetida à apuração do lucro real, podemos dizer que NÃO
cumpre os requisitos a empresa que:
129
d) ( ) Estima, na sua primeira obra realizada sob empreitada, com a aplicação de
material, custos para a execução de toda a obra à razão de 80% da receita segundo
os estudos realizados.
6) No lucro real, todas as receitas são tributáveis pelo IRPJ. A omissão da lei sobre uma
determinada receita não significa que ela não seja tributável, pelo contrário, significa
que ela é tributável. Consiste (m) em exemplo (s) de receita ou resultado tributável
na apuração do lucro real e na determinação da base de cálculo da contribuição social
sobre o lucro:
8) Além dos três regimes – lucro real, lucro presumido e lucro arbitrado -, as pessoas
jurídicas têm ainda a possibilidade de adotar o Simples Nacional. Acerca do Simples
Nacional é CORRETO afirmarmos que:
130
d) ( ) Para indústrias e empresas comerciais com faturamento anual até R$ 3,6
milhões/ano, basicamente, não existem restrições, a exceção da forma de
constituição societária e de algumas atividades.
Proceder aos cálculos do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro por
estimativa, considerando as informações a seguir:
Atividades
Mês Serviços de
Vendas de Vendas de produtos Transportes Transportes de
processamento de
mercadorias de fabricação própria de carga passageiros
dados
Jan 750.000,00 400.000,00 280.000,00 300.000,00 100.000,00
Fev 750.000,00 400.000,00 100.000,00 260.000,00
131
b – juros ativos recebidos de clientes: outubro R$ 35.000,00 e dezembro R$ 55.000,00
Dados de uma empresa que atua na área da SUDAM e que goza incentivos de redução
do IRPJ.
Durante o exercício a empresa pagou a título de antecipação, IRPJ e CSSL com base
em estimativa de lucro nos seguintes valores:
IRPJ R$ 595.000,00
CSSL R$ 393.500,00
132
CAPÍTULO 5
TRIBUTOS SOBRE O FATURAMENTO
133
5.1. ICMS
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes;
5.1.3. SELETIVIDADE
O ICMS poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços. Esta seletividade é aplicada tributando-se com alíquotas diferentes
mercadorias diferentes.
5.1.4. ALÍQUOTAS
Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço
dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as
alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação.
134
As alíquotas se dividem em dois tipos – internas e interestaduais. A Resolução do
Senado Federal nº 22, de 19 de maio de 1.989, (DOU 22/05/1989), estabelece alíquotas
do ICMS, nas operações e prestações interestaduais.
DE Para Alíquota
Estados do sul e sudeste, com Estados do Norte, Nordeste, Centro-
7%
exceção do Espírito Santo Oeste e Espírito Santo
Estados do sul e sudeste, com Estados do sul e sudeste, com exceção
12%
exceção do Espírito Santo do Espírito Santo
Estados do Norte, Nordeste,
Para qualquer outro estado 12%
Centro-Oeste e Espírito Santo
Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal nos termos do disposto
no inciso XII, "g", art. 155 da CF (que trata da necessidade de Lei Complementar para
regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados) as alíquotas internas do
ICMS não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais.
135
ALÍQUOTAS – CONSUMIDOR
DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS
Exemplo:
136
Súmula 155 STJ – O ICMS incide na importação de aeronave, por pessoa física, para
uso próprio.
O ICMS não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem
sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.
2. Sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º da CF (quando definido em lei
como ativo financeiro ou instrumento cambial);
Como o próprio nome diz, compete à lei complementar a atribuição de, tão somente,
complementar os dispositivos e princípios contidos no texto constitucional, sem alterá-
los, mas apenas explicitando-os e/ou normatizando-os. Tem aplicação em âmbito
nacional.
137
A LC é imposta pela CF, tendo por finalidade, dentre outras (Art. 146, CF):
138
A LC 24/75 é clara ao exigir que as isenções do ICMS serão concedidas ou revogadas
nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal.
Após a edição do Convênio, este deve ser aprovado pela Assembleia Legislativa do
respectivo Estado, antes de entrar em vigor no mesmo.
INCIDÊNCIAS
NÃO INCIDÊNCIAS
139
III – operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à
industrialização ou à comercialização;
IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial;
EQUIPARAÇÃO A EXPORTAÇÕES
CONTRIBUINTE
140
III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;
FATO GERADOR
VII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e
a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
Notas:
1. Após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem
importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu
desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento
do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário.
141
2. Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do
desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo
a autoridade responsável, salvo disposição em contrário, exigir a comprovação do
pagamento do imposto.
BASE DE CÁLCULO
Notas:
142
nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do imposto de importação,
sem qualquer acréscimo ou devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio
até o pagamento efetivo do preço.
II - o valor correspondente a:
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e
ordem e seja cobrado em separado.
A Constituição Federal, em seu artigo 155, XI, dispõe que não compreenderá, na base
de cálculo do ICMS, o montante do IPI, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização,
configure fato gerador dos dois impostos (ICMS e IPI). Idem art. 13, parágrafo 2 da Lei
Complementar 87/96.
143
O IPI:
(a) não integra a base de cálculo do ICMS somente quando concorrerem as seguintes
condições:
(b) integra a base de cálculo do ICMS se ocorrer qualquer das seguintes condições:
1) a operação não for realizada entre contribuintes;
2) o objeto da operação for produto não destinado à industrialização ou à
comercialização; e
3) a operação não configurar fato gerador de ambos os impostos.
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Modalidades
Antecedente ou ―Para Trás‖
Comumente chamada de diferimento, acontece quando o recolhimento do ICMS é
adiado para um momento futuro, transferindo-se a responsabilidade deste imposto para
terceiro.
Como exemplo, podemos citar as operações internas com sucata realizada por sucateiro,
pessoa física. Mesmo que ocorra o fato gerador do ICMS (circulação da mercadoria),
este imposto será diferido até que ocorra a venda da sucata para a indústria ou empresa
atacadista, sendo o imposto correspondente à esta operação de responsabilidade do
comprador.
144
Concomitante
Caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro
contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação/prestação,
concomitantemente a ocorrência do fato gerador.
O industrial, por exemplo, ao vender bebidas para o atacadista, além de arcar com o
ICMS relativo à sua própria operação, recolhe também o ICMS devido pelas operações
a serem realizadas pelo atacadista e pelo varejista. Como o industrial passou a recolher
o imposto por substituição tributária, este valor será cobrado do estabelecimento
comercial na nota fiscal de fornecimento.
146
A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços
previstos em lei de cada Estado, que em relação a algumas hipóteses previstas em
Regulamento do ICMS, há percentuais diferenciados de MVA para obtenção da base de
cálculo relativo ao imposto devido por substituição tributária, que variam de acordo
com o tipo da mercadoria.
Exemplo:
Despesas debitadas ao
Produto Preço MVA Base de Cálculo ST
adquirente
R$ 160,00 R$ 20,00*
Produto X -- x -- R$ 160,00
(Preço tabelado) (outras despesas)
R$ 170,00 R$ 15,00*
Produto Y -- x -- R$ 170,00
(PMPF) (frete)
R$ 200,00 R$ 200,00
R$ 13,00*
Produto Z (Sugerido pelo -- x -- (o valor do frete não deve ser
(frete)
fabricante) considerado, neste caso)
Frete: R$ 13,00
R$ 100,00 IPI: R$3,00
30% R$ 157,30
Produto W (Praticado pelo Seguro: R$5,00
(MVA) ((100+13+3+5) * 1,30)
remetente) (acrescentar valores de
demais despesas)
* Nos casos de preço tabelado, PMPF e preço sugerido pelo fabricante, as despesas debitadas ao
adquirente não integram a base de cálculo do ICMS/ST.
MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) ÷ (1- ALQ intra)] -1‖,
Onde:
MVA ST original – é a margem de valor agregado prevista na legislação do Estado do
destinatário para suas operações internas com produto sujeito ao regime de substituição
tributária;
147
ALQ inter – é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à
operação;
ALQ intra – é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga
tributária efetiva.
Calculo da MVA Ajustada, usando a fórmula citada, onde a MVA original é de 34,87%,
alíquota Interestadual (ALQ Inter) = 12%, e alíquota Interna (ALQ Intra) = 25%.
Para facilitar o cálculo, é necessário:
Transformar os percentuais ( Alíquotas e MVA original) em números decimais. Logo,
34,87 % =0,3487, 12% = 0,12, 25% = 0,25.
Resolver a fórmula por parte:
[(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) ÷ (1- ALQ intra)] -1, onde temos:
MVA ajustada = ((A x B) – 1) x100
A = (1+ MVA-ST original)
B = (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)
A = (1 + MVA-ST original)
A = (1 + 0,3487)
A = 1,3487
B = (1 - ALQ inter) : (1 - ALQ intra)
B = (1 – 0,12) : (1 – 0,25)
B = 0,88 : 0,75
B = 1,1733
MVA Ajustada = ((A X B) – 1) x 100
= ((1,3487 x 1,1733) -1) x 100
= 58,24 % MVA ajustada.
Base de Cálculo
148
II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo somatório das
parcelas seguintes:
Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei
estabelecer como base de cálculo este preço.
Para alguns casos específicos, poderão ser adotados os seguintes valores como base de
cálculo do ICMS substituição tributária:
Preço estabelecido por órgão público competente, nos casos em que a mercadoria
tenha preço final a consumidor, único ou máximo, estabelecido pelo referido órgão;
O imposto a ser pago por substituição tributária corresponderá à diferença entre o valor
resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do
Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela
operação ou prestação própria do substituto.
Este valor será somado na fatura/duplicata. Portanto, trata-se de um valor a ser cobrado
do adquirente, junto com o valor das mercadorias ou serviços faturados.
149
Exemplo:
Valor das mercadorias: R$ 1.000,00
Valor do ICMS substituto: R$ 240,00
Valor total da fatura: R$ 1.240,00
Tributação Única
Observe que, se a mercadoria for objeto de nova saída interestadual, haverá necessidade
de calcular novamente o ICMS substituição - desde que o Estado destinatário das
mercadorias exija tal procedimento.
NOTA FISCAL
A nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto conterá, além das indicações exigidas
pela legislação, o valor que serviu de base de cálculo para a retenção e o valor do
imposto retido. A falta dessas informações implica exigência do imposto nos termos que
dispuser a legislação da Unidade Federada de destino.
Exemplo
150
Restituição
Exemplo de Cálculo:
O preço de venda, fixado a varejo, para o lote das mercadorias, é de R$ 2.000,00. A Lei
estadual da unidade de federação de destino das mercadorias fixa a base de cálculo
como o preço final sugerido a consumidor pelo fabricante.
Teremos então:
A nota fiscal emitida para fim de ressarcimento deverá ser visada pelo órgão fazendário
em cuja circunscrição localiza-se o contribuinte substituído, acompanhada de relação
discriminando as operações interestaduais. A critério do fisco de cada unidade federada,
a referida relação poderá ser exigida em meio magnético.
151
direito ao ressarcimento. Ou seja, na próxima operação, o valor a ser retido do
contribuinte a ser ressarcido será deduzido daquela parcela anteriormente retida.
O imposto retido pelo contribuinte substituto deverá ser recolhido por meio da Guia
Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, em agência do banco oficial
da Unidade Federada destinatária, ou na sua falta, em agência de qualquer banco oficial
signatário do Convênio patrocinado pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais
Estaduais - ASBACE, localizada na praça do estabelecimento remetente, em conta
especial, a crédito do Governo em cujo território se encontra estabelecido o adquirente
das mercadorias, ou, ainda, na falta deste, em agência de banco credenciado pela
Unidade Federada interessada.
Deverá ser utilizada GNRE especifica para cada Convênio ou Protocolo, sempre que o
contribuinte substituto operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituição
tributária regido por normas diversas.
ENVIO DE INFORMAÇÕES
a) Arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês
anterior, ou com seus registros totalizadores zerados, no caso de não terem sido
efetuadas operações no período, inclusive daquelas não alcançadas pelo regime de
substituição tributária, em conformidade com a cláusula oitava do Convênio ICMS
57/95, até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da realização das operações;
Bases legais: CF, art. 150, § 7º, LC 87/1996, Convênio ICMS 81/1993.
152
MERCADORIAS OU BENS
SERVIÇOS DE TRANSPORTE
153
SERVIÇOS PRESTADOS OU INICIADOS NO EXTERIOR
Exemplo:
VEDAÇÃO DE CRÉDITO
154
ESTORNO DE CRÉDITO
O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre
que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:
I – for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta
circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;
PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO
Exemplo:
A nota fiscal de aquisição das mercadorias foi emitida em 15.03.2010. Na ocasião, por
um lapso da escrita fiscal do adquirente, a mesma não foi lançada no registro de
entradas, e, por conseguinte, não foi creditado o ICMS respectivo. Se, até 15.03.2015 (5
anos passados da emissão da nota fiscal) o adquirente não efetuar o lançamento de
crédito extemporâneo, o respectivo direito deixará de existir.
155
Se o montante dos créditos superar os dos débitos, a diferença será transportada para o
período seguinte.
I - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço dentro de
determinado período;
II - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço em cada
operação;
Na hipótese do item III, ao fim do período, será feito o ajuste com base na escrituração
regular do contribuinte, que pagará a diferença apurada, se positiva; caso contrário, a
diferença será compensada com o pagamento referente ao período ou períodos
imediatamente seguintes.
A inclusão de estabelecimento no regime de que trata o item III não dispensa o sujeito
passivo do cumprimento de obrigações acessórias.
I - a apropriação será feita à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) por mês, devendo a
primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
156
período.
Exemplo:
Exemplo:
O contribuinte que adquirir bem para compor o ativo permanente deve utilizar o CIAP
para fins de controle de crédito do ICMS do Ativo Permanente.
Referido controle foi instituído pelo Ajuste SINIEF 08/97, com alterações posteriores
pelo Ajuste SINIEF nº 03/01.
O documento fiscal relativo a bem do ativo permanente, além de sua escrituração nos
livros próprios, será, também, escriturado no CIAP.
A adoção dos modelos do CIAP será feita de acordo com o disposto na legislação de
cada unidade federada
Poderá o contribuinte optar pelo modelo adotado pela unidade federada em que estiver
localizada a sua matriz.
157
c) ocorrência do perecimento, extravio ou deterioração do bem;
II - no último dia do período de apuração, com relação aos lançamentos das parcelas
correspondentes, conforme o caso, ao estorno ou ao crédito do imposto, não podendo
atrasar-se por mais de 05 (cinco) dias.
De acordo com a legislação do Imposto de Renda (§ 3º do art. 289 e inciso I do art. 290
do RIR/99), o IPI e o ICMS pagos na aquisição de mercadorias para revenda e de
insumos da produção industrial (matérias-primas, materiais intermediários e
embalagens) não devem integrar o respectivo custo, quando forem recuperáveis
mediante crédito nos Livros fiscais pertinentes.
CONTABILIZAÇÃO
Exemplo:
158
e
Exemplo:
O contribuinte que optar pelo benefício previsto não poderá aproveitar quaisquer outros
créditos.
ALCANCE
INAPLICABILIDADE
LIVROS FISCAIS
Os livros e documentos fiscais, bem como outros papéis relacionados com o ICMS
poderão ser retirados do estabelecimento pelas autoridades fiscais estaduais e federais.
Será lavrado termo de arrecadação, em 2 (duas) vias, uma das quais será entregue ao
contribuinte ou seu preposto.
159
Os livros e documentos fiscais, bem como outros papéis, que constituam provas de
infração à legislação tributária, poderão ser apreendidos pelas autoridades fiscais
estaduais e federais.
FISCALIZAÇÃO
160
exigência, sem prejuízo do acesso imediato às instalações, equipamentos e informações
em meios magnéticos.
EMISSÃO DE REGISTROS
EXERCÍCIO DE APURAÇÃO
São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de
serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias,
excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do
SIMPLES (Lei 9317/96).
CRÉDITOS ADMISSÍVEIS
161
5. Máquinas e equipamentos adquiridos para utilização na fabricação de produtos
destinados à venda, bem assim a outros bens incorporados ao ativo imobilizado.
6. Edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, inclusive de mão
de obra tenha sido suportado pela locatária.
7. Bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do
mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto na Lei 10637/2002.
8. A partir de 01.02.2003, a energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa
jurídica (art. 25 da Lei 10684/2003).
9. A partir de 01.02.2003, as contraprestações de operações de arrendamento mercantil
de pessoas jurídicas (art. 25 da Lei 10684/2003).
Por força da Lei 10.833/2003, art. 15, a partir de 01.02.2004 são admissíveis também os
seguintes créditos:
CÁLCULO DO CRÉDITO
Exemplo:
Descrição Valor R$
1. bens adquiridos para revenda 200.000,00
2. bens e serviços utilizados 125.000,00
3. aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos 35.000,00
4. encargos de depreciação - máquinas e equipamentos 37.950,00
5. amortizações de benfeitorias 9.400,00
6. devoluções 25.134,85
SOMA 1 A 6 432.484,85
Crédito do PIS 1,65% x SOMA 7.136,00
162
VALOR DA DEPRECIAÇÃO A SER CONSIDERADA
CONCEITO DE INSUMOS
Por exemplo:
163
O cálculo do PIS e da COFINS, bem como o valor a recolher dessas contribuições pela
empresa comercial no regime não cumulativo se apresentaria desta forma:
PIS COFINS
Faturamento ou Receita Bruta 200.000.00 200.000,00
Alíquota 1,65% 7,6%
PIS e COFINS devidos 1 3.300,00 15.200,00
Dispêndios no mês
Compras de mercadorias 100.000,00 100.000,00
Aluguel de imóvel (pago a pessoa jurídica) 18.000,00 18.000,00
Energia elétrica 2.000,00 2.000,00
Total dos dispêndios 120.000,00 120.000,00
Alíquota 1,65% 7,6%
Créditos de PIS e COFINS 2 1.980,00 9.120,00
PIS e COFINS a recolher 1-2 1.320,00 6.080,00
Por outro lado, se o regime cumulativo tivesse sido adotado por essa empresa para
calcular as contribuições sociais e recolhê-las, sua apuração assim se apresentaria:
PIS COFINS
Faturamento ou Receita Bruta 200.000.00 200.000,00
Alíquota 0,65% 3,0%
PIS e COFINS devidos 1.300,00 6.000,00
Não há uma diferença significativa entre a adoção de um regime ou outro, já que, se for
adotado o regime cumulativo, haverá, a princípio, uma economia tributária de apenas
R$ 100,00. Isso porque o montante dos créditos em relação ao faturamento representa
60%, o que corresponde, praticamente, ao ponto de equilíbrio.
Dessa forma, do ponto de vista tributário, se essa relação percentual for menor do que
60%, o regime cumulativo será melhor e, se for maior, o outro regime se apresentará
mais eficiente.
164
c – aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir do mês em
que se iniciar a aplicação do disposto na Lei 10637/2002, ou seja, a partir de
01.12.2002.
O IPI incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o custo dos bens, para
efeitos do crédito do PIS (art. 66, § 3 da Instrução Normativa SRF 247/2002).
O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subsequentes.
A contribuição para o PIS não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de:
165
CRÉDITO PRESUMIDO - AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS DE ORIGEM
ANIMAL OU VEGETAL
O valor do crédito presumido será determinado mediante aplicação, sobre o valor das
mencionadas aquisições, de alíquota correspondente a 70% (setenta por cento) do PIS.
O valor das aquisições não poderá ser superior ao que vier a ser fixado, por espécie de
bem ou serviço, pela Secretaria da Receita Federal.
A pessoa jurídica exportadora poderá utilizar o crédito do PIS apurado para fins de:
166
NÃO APLICAÇÃO DO PIS NÃO CUMULATIVO
Bases: art. 25 da Lei 10.684/2003, art. 60, parágrafo 1, V da IN SRF 247/2003 (alterada
pela IN SRF 358/2003) e art. 2 do Ato Declaratório Interpretativo SRF 2/2003
A partir de 01.02.2004, por força do art. 15 da Lei 10.833/2003, também não se aplica
mais o PIS não cumulativo a:
167
c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de
bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa
pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os
contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em
processo licitatório, até aquela data;
A pessoa jurídica, submetida à apuração do valor do PIS por estas novas regras, terá
direito a desconto correspondente ao estoque de abertura dos bens adquiridos para
revenda e de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação, adquiridos de
pessoa jurídica domiciliada no País, existentes em 1º de dezembro de 2002.
O crédito presumido dos estoques será utilizado em doze parcelas mensais, iguais e
sucessivas, a partir da data a que se refere o caput deste artigo.
Exemplo:
Observar que se o contribuinte tiver receitas tributáveis pelo novo regime do PIS,
concomitantemente com receitas tributáveis de regimes especiais (tributação
monofásica ou substituição tributária do PIS), poderá utilizar-se somente do crédito
proporcional dos estoques utilizados na produção e/ou revenda, segundo regras expostas
mais adiante.
168
CRÉDITO DO PIS NAS AQUISIÇÕES DE EMPRESA SITUADA NA ZONA
FRANCA DE MANAUS
5.3. ISS
O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do
Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa
á Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.
A partir da edição da LC 116/2003, as regras genéricas para o ISS são as seguintes:
CONTRIBUINTE
169
De acordo com o disposto na LC 116/2003, o serviço considera-se prestado e o imposto
devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local
do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos itens I a XXII do art. 3 da
Lei Complementar 116/2003.
ALÍQUOTA
A alíquota mínima poderá ser reduzida para os serviços a que se referem os itens 32, 33
e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968.
A alíquota máxima de incidência do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei
Complementar 116/2003.
O ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País. Entretanto,
são tributáveis os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique,
ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
O artigo 1º da Lei Complementar nº 116/2003, dispõe que o ISS tem como fato gerador
a prestação de serviços constante na Lista de serviços.
A locação de bens imóveis ou móveis não constitui uma prestação de serviços, mas
disponibilização de um bem seja ele imóvel ou móvel para utilização do locatário sem a
prestação de um serviço.
Também não consta na lista de serviços anexa à Lei Complementar que a locação de
bens imóveis ou móveis como prestação de serviço.
Dessa forma a locação de imóveis, locação de carros, máquinas e outros bens não têm a
incidência do ISS por não se caracterizar serviço e não ter previsão de incidência em Lei
Complementar. Porém, se a empresa locar máquinas com operador, carros com
motorista haverá a incidência do ISS, pois há a prestação do serviço. A empresa deve
atentar para que em um contrato ceda em locação a máquina e em outro contrato a
cessão da mão de obra, sendo que haverá apenas a incidência do ISS sobre a mão de
obra.
O § 2º, do art. 7º, LC 116/03, estabelece que não se incluem na base de cálculo do
imposto sobre serviços de qualquer natureza: o valor dos materiais fornecidos pelo
170
prestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta
Lei Complementar.
5.4 IPI
Assim, os produtos mais essenciais devem ser menos tributados ou até isentos,
elevando-se a tributação para os considerados supérfluos ou até nocivos, como por
exemplo, o cigarro.
Tem como característica uma legislação única, federal, entretanto, a alíquota não é
uniforme, exigindo que se identifique o produto de acordo com a tabela do IPI, para
então se conhecer a alíquota.
Outra característica do IPI é seu destaque, cujo valor é somado à nota fiscal/fatura, para
cobrança ao cliente/cobrador.
CONTRIBUINTE
171
III – o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos
produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de
atos que praticar;
INCIDÊNCIA
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos, ainda que com alíquota
zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas as disposições
contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a
notação "NT" (não tributado).
172
V – o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na
residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja
preponderante o trabalho profissional;
VII – a moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como atividade
acessória;
XIII – a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com
emprego de máquinas de costura;
XIV – a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda
do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista, efetuada por
máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas
interdependentes, controladora, controlada ou coligadas.
173
II – os produtos industrializados destinados ao exterior;
III – o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
FATO GERADOR
VI – no quarto dia da data da emissão da respectiva nota fiscal, quanto aos produtos que
até o dia anterior não tiverem deixado o estabelecimento do contribuinte;
174
saída do fabricante, do importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras;
IX – na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a operação industrial,
na conclusão desta, quanto aos produtos que, antes de sair do estabelecimento que os
tenha industrializado por encomenda, sejam por este adquiridos;
XI – no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de operação de venda que
forem consumidos ou utilizados dentro do estabelecimento industrial;
XII – na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas cooperativas,
equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial.
PERÍODO DE APURAÇÃO
PRAZO DE RECOLHIMENTO
b) no caso dos produtos classificados nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e
87.11 da TIPI: até o último dia útil do decêndio subsequente ao de ocorrência dos fatos
geradores; e
c) no caso dos demais produtos até o último dia útil da quinzena subsequente ao mês de
ocorrência dos fatos geradores.
A Aplicação da isenção do ICMS, tanto no caso das saídas para as ALCs como no caso
das saídas para ZFM submetem-se as condições previstas no convênio ICM nº 65/1988,
e alterações posteriores.
c) Seja abatido do preço da mercadoria o valor equivalente ao imposto que seria devido
se não houvesse a isenção; e
Contabilização
D – Estoque de mercadorias 860,00
D – ICMS a Recuperar 70,00
C – Fornecedores 930,00
Com o advento da não cumulatividade do PIS e da COFINS, esse tipo aquisição quando
efetuada por empresas tributadas com base no lucro real passa a ter a seguinte
contabilização:
A forma como o ICMS é tratado nas notas fiscais de venda para empresas da ZFM é
tratada pela empresa vendedora como um desconto incondicional, logo, a base de
cálculo deveria ser o valor bruto deduzido do valor do ICMS descontado na nota fiscal.
177
De acordo com a legislação que rege as contribuições ao PIS e a COFINS, a base de
cálculo dessas contribuições é a receita bruta deduzida dos descontos incondicionais
concedidos, dos cancelamentos e devoluções, logo, o valor do crédito dessas
contribuições estaria a maior.
178
aos quais seja estendido o benefício, perderão o direito àquela isenção,
hipótese em que o imposto devido será cobrado, com os acréscimos legais
cabíveis, pelo Estado de origem, salvo se o produto tiver sido objeto de
industrialização naquela zona.
Um desses ajustes foi o art. 2º da Lei 10.996, de 15 de dezembro de 2004, que reduz a 0
(zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre as
receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo (consumo próprio, venda e
revenda) ou à industrialização na Zona Franca de Manaus – ZFM, por pessoa jurídica
estabelecida fora da ZFM (Arts. 1º e 2º do Decreto nº 5.310, de 15/12/2004).
179
5.5.5. Efeitos da fixação da alíquota zero
Em função da aplicação da alíquota ZERO, o valor das contribuições para o PIS e
COFINS deixou de integrar o preço da mercadoria enviada, sem prejuízo para
manutenção dos créditos devidos pelo remetente da mercadoria (MP 206/2004).
Considerando que genericamente a precificação de mercadorias não considera as
exceções (ZFM), passou-se a exigir dos fornecedores um abatimento por ocasião da
venda de mercadorias para a ZFM, dos valores correspondentes ao PIS e COFINS que
foram incluídos por ocasião da precificação.
I – 0,65% para o PIS e 3,0% para a COFINS, no caso de venda efetuada a pessoa
jurídica estabelecida:
a) na ZFM; e
b) pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM, que apure o imposto de renda com base no
lucro real e que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída do regime de
incidência não cumulativa da contribuição para o PIS e da COFINS;
c) pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM e que seja optante pelo Sistema Integrado
de Pagamento de Impostos e Contribuições - SIMPLES; e
Ex: venda de uma empresa industrial do Polo industrial de Manaus, para uma empresa
comercial da ZFM que apure o IR pelo Lucro Real.
180
Tributos e alíquotas que incidirão na operação: ICMS: 17%; PIS: 0,65%; COFINS: 3%
D – ICMS s/Vendas
C – ICMS a Pagar R$ 1.700,00
D – PIS s/Vendas
C – PIS a Pagar R$ 65,00
D – COFINS s/Vendas
C – COFINS a Pagar R$ 300,00
Ex: venda de uma empresa industrial do Polo Industrial de Manaus para uma empresa
comercial de fora da ZFM que apura o IR pelo Lucro Presumido
Tributos e alíquotas que incidirão na operação: ICMS: 12%; PIS: 1,30%; COFINS: 6%
D – ICMS s/Vendas
C – ICMS a Pagar R$ 1.200,00
D – PIS s/Vendas
C – PIS a Pagar R$ 130,00
D – COFINS s/Vendas
C – COFINS a Pagar R$ 600,00
Do Crédito na aquisição
A pessoa jurídica estabelecida na ZFM, e tributada pelo imposto de renda com base no
lucro real, ao adquirir mercadorias produzidas por pessoa jurídica estabelecida na ZFM,
tomará crédito para o PIS e COFINS mediante a aplicação da alíquota de 1% para o
PIS/PASEP e de 4,6% para a COFINS de (Art. 4º do Decreto nº 5.310, de 15/12/2004).
Ex: Compra por uma comercial da ZFM que apure o IR pelo Lucro Real, de uma
empresa do Polo Industrial de Manaus.
181
Contabilização pela empresa compradora
O PIS e a COFINS são contribuições que incidem sobre o faturamento e sua forma de
apuração e suas alíquotas são determinadas de acordo com o regime de tributação da
empresa. Se a empresa for tributada com base no lucro real essas contribuições são não
cumulativas e as alíquotas mais comuns são: 1,65% e 7,6% respectivamente. Se
tributadas com base no lucro presumido, a tributação é cumulativa e as alíquotas mais
comuns são 0,65% e 3% respectivamente.
O IPI é um tributo federal que pode ser também não cumulativo e é calculado por fora
(incide sobre o preço de venda no qual não está incluído o valor do IPI). Diferentemente
do ICMS, o IPI não integra o valor da receita bruta, assim, não faz base de cálculo para
as contribuições ao PIS e a COFINS.
Supondo que a venda tenha sido efetuada a prazo, por uma empresa tributada com base
no Lucro Real, a contabilização dar-se-á da seguinte forma:
182
Duplicatas a Receber 120.000,00
a Diversos
a Receita de Vendas 100.000,00
a IPI a Recolher 20.000,00
Notas:
1) Do valor devido a título de ICMS a empresa poderá abater o valor de tais tributos
(recuperáveis) incidentes sobre a aquisição das mercadorias ou insumos de produção;
3) Caso a venda fosse efetuada a consumidor final o valor do ICMS incidiria sobre o
valor total da nota fiscal incluindo o valor do IPI onerando, assim, o preço final do
bem.
O Imposto de renda das pessoas jurídicas – IRPJ incide sobre a forma de tributação
adotada pela pessoa jurídica, ou seja, sobre o lucro real, presumido ou arbitrado.
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL é calculada de forma similar ao
IRPJ.
183
Os empresários que produziram e comercializaram são os contribuintes de direito, ou
seja, responderão pelo pagamento desses tributos perante o fisco. Entretanto, o
contribuinte de fato é o consumidor, que arcou com todo o ônus tributário.
Além desses elementos que requerem uma gestão eficiente e estratégica, ainda incidem
os seguintes tributos sobre o preço de venda ou faturamento – ICMS, ISS, PIS, COFINS
e IPI.
Em razão dessa incidência, esses tributos também irão compor o preço de produtos,
mercadorias e serviços, e por essa razão são denominados tributos indiretos, pois são
incluídos no valor da nota fiscal faturada fornecida ao adquirente ou ao consumidor de
mercadorias ou serviços, seja como:
Custo;
ICMS – conforme disposição legal;
ISS – conforme disposição legal;
PIS e COFINS – por determinação da metodologia empregada na apuração do
tributo.
IPI.
184
Por sua vez, o distribuidor que adquire o produto, ao vender para o varejista tem um
débito de ICMS no valor R$ 255,00, mas tem um crédito de ICMS a compensar no
valor de R$ 170,00, assumindo uma carga tributária apenas de R$ 85,00, que é
justamente o imposto sobre o valor agregado. O varejista, por sua vez, ao vender para o
consumidor final tem um débito de ICMS no valor de R$ 255,00, e um crédito de ICMS
a compensar no valor de R$ 85,00, assumindo uma carga tributária apenas de R$ 85,00,
que é justamente o imposto sobre o valor agregado.
Vê-se que o total de imposto efetivamente pago em toda cadeia produtiva foi de R$
340,00, que cada uma das partes envolvidas na cadeia pagou uma parte e o repassou à
fase seguinte, tendo o consumidor final assumido integralmente o tributo pela via da
formação de preço de venda. Se não houvesse o mecanismo de compensação de débitos
com os créditos decorrentes do imposto pago na etapa anterior, certamente oneraria
muito mais o consumidor, posto que o preço final do produto seria muito maior.
Por outro lado, os tributos considerados cumulativos são incluídos no custo de produtos,
mercadorias e serviços em cada etapa da cadeia produtiva, incidindo em cascata e
onerando o preço de venda final ao consumidor.
Se esta empresa quiser fixar seu preço de Venda (PV) de forma a repassar todos os
tributos para o comprador, a fórmula será:
185
Percentual total de 30,25% = (4% + 26,25%).
Calculando o valor por dentro o percentual total será de 69,75% (100% - 30,25%).
Assim, o valor do preço de venda antes do cálculo do IPI será de R$ 387,10 (R$ 270,00
/ 69,75%).
No exemplo acima fica demonstrado quanto o valor dos tributos oneram o preço de
venda da empresa. Em razão da excessiva carga tributária e das condições da economia
nacional, na maior parte dos casos para conseguir vender seus produtos a empresa é
obrigada a reduzir seu preço de venda, e consequentemente sua margem de lucro.
Exercício proposto nº. 9
186
Dos insumos adquiridos, 80% são transferidos para o processo produtivo;
Produziu 2.000 unidades no mês
Vendeu 1.500 unidades no mês
Pede-se efetuar:
187
CAPÍTULO 6
CONTABILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES COM
MERCADORIAS
188
6.1.REGISTRO DE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
Mercadorias são artigos adquiridos pelo comércio para revenda em seus
estabelecimentos, seja a varejo, seja em atacado.
De acordo com o princípio contábil do custo como base de valor, o custo de aquisição
de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de
gerar benefícios para a entidade, representa a base de valor para a contabilidade. Isto
significa que todo o esforço despendido para incorporar determinado bem ao
patrimônio, representará a sua valoração em termos de custo contábil.
Os tributos recuperáveis (ICMS, PIS, COFINS e IPI, se for o caso) incluídos nos preços
de aquisição, ou pago por ocasião da compra (IPI) de insumos ou mercadorias para
revenda devem ser segregados do custo de aquisição, quando a operação subsequente
for tributada.
6.3.TRIBUTOS RECUPERÁVEIS
Impostos sobre circulação de mercadorias, sobre produtos industrializados ou quaisquer
outros que forem incluídos no preço da mercadoria adquirida, mas que ao mesmo tempo
gerarem direito de crédito tributário para compensação, restituição ou qualquer outra
forma de recuperação futura, não se constituem em custo e, portanto, não devem ser
agregados ao valor dos estoques.
Os créditos tributários (ICMS-IPI) quando não forem recuperáveis devem ser incluídos
no custeio dos estoques. Desta forma, o ICMS destacado na aquisição de mercadoria
para revenda deve ser excluído do custo de aquisição, contabilizando-se o valor
correspondente em conta própria do ativo circulante (NPC 2 – Ibracon).
Esse procedimento faz com que a mercadoria adquirida ingresse no estoque da empresa
pelo seu valor líquido, ou seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota Fiscal. O mesmo
se pode afirmar sobre a contabilização do PIS e COFINS, quando recuperáveis (o PIS e
a COFINS são recuperáveis quando a empresa adquirente da mercadoria ou insumo for
tributada no imposto de renda com base no lucro real, conforme Leis nos. 10.637/2002 e
10.833/2003).
6.4.FRETE
O valor do frete pago pelo transporte de mercadorias será registrado como parcela
integrante do custo de aquisição. E assim como nas mercadorias, o adquirente também
tem direito a recuperar os impostos incidentes sobre os fretes (ICMS, PIS e COFINS).
189
6.5.REGISTROS CONTÁBEIS
Registro do valor total da nota fiscal do fornecedor:
Registro do frete:
6.6.DEVOLUÇÃO DE COMPRAS
A identificação dos valores que deverão ser contabilmente registrados nos casos de
devolução de compras a fornecedores exige as seguintes informações:
2) O valor que compõe o estoque - é o valor pelo qual a mercadoria foi registrada nos
estoques, que geralmente têm agregados ao preço de compra da mercadoria outros
valores, tais como valor de seguros, valor de fretes e outros, por vezes apropriados de
forma indireta devido às características das mercadorias ou do próprio gasto;
190
3) O valor dos tributos recuperados - é o valor do é o valor do ICMS, IPI, PIS e
COFINS que a empresa se credita pela entrada da mercadoria. Para preservar o
princípio da não cumulatividade os valores creditados referentes a esses tributos
devem ser estornados em virtude da impossibilidade de ocorrência posterior que
enseje seus débitos.
Exemplo:
Uma empresa efetuou uma compra de 100 unidades de determinada mercadoria pelo
valor total de R$ 10.000,00, incluindo 17% de ICMS sobre esse preço. A empresa é
tributada com base no lucro real, portanto, houve recuperação de outros tributos. A
contabilização da compra foi procedida da seguinte forma:
D – Fornecedores 4.000,00
C – Estoque de mercadorias 2.950,00
C – ICMS a Pagar 680,00
D – PIS a Recuperar 66,00
C – COFINS a pagar 304,00
191
2 - Registro da transferência do valor do frete correspondente às 40 unidades devolvidas
para despesa operacional (R$ 2.000,00 ÷ 100 x 40 = R$ 800,00):
(*) Como as contribuições ao PIS e COFINS recuperadas nas compras não têm livros
fiscais específicos para seus controles, estes são procedidos via escrita contábil. Assim
sendo, quando do desfazimento da operação que originou crédito o procedimento
adotado quando deve ser o de estorno contábil.
O custo a ser atribuído aos insumos ou mercadorias para revenda adquiridos no mercado
externo é composto por todos os gastos incorridos desde a data da assinatura do contrato
de câmbio, até o efetivo desembaraço aduaneiro dos bens, tais como: fretes, comissões,
seguros, impostos não recuperáveis e tarifas aduaneiras. Os tributos não recuperáveis
pagos por ocasião da importação de insumos ou mercadorias para revenda devem
compor o custo de aquisição dos mesmos.
Conforme o principio contábil do custo como base de valor, o custo de um ativo ou dos
insumos para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a entidade
representa a base de valor para a contabilidade. Assim sendo, os gastos com a
importação de bens são incorporados ao custo de aquisição juntamente com o valor do
bem.
192
faturado pelo fornecedor mais todas as despesas necessárias para poder efetivar a
compra e instalar o bem, deduzido dos impostos recuperáveis.
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL
IMPORTAÇÃO EM ANDAMENTO
Nas importações realizadas para pagamento a prazo, a parcela do preço financiada será
convertida em reais com base na cotação da moeda estrangeira para venda divulgada
pelo Banco Central do Brasil, em vigor na data do desembaraço aduaneiro, e
contabilizada a crédito de conta própria do passivo circulante e/ou não circulante. E as
variações cambiais incorridas a partir desse instante serão tratadas como despesa ou
receita financeira, pelo regime de competência.
193
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE O BEM IMPORTADO
Cabe observar que, em caso de estorno (ainda que parcial) do crédito, em virtude de
alienação do bem ou sua utilização na produção de mercadorias cuja saída tenha ficado
isenta do ICMS, se um desses eventos ocorrer antes de decorridos cinco anos da
aquisição, a parcela estornada do crédito deve ser incorporada ao custo do bem.
Os honorários pagos por esse serviço também devem ser incorporados ao custo de
aquisição do bem.
ETAPAS DA CONTABILIZAÇÃO
Registro do bem
D – Importação em andamento
C – Fornecedores estrangeiros
Adiantamento ao despachante
D – Conta corrente - despachante
C – Banco conta movimento
(*) A variação cambial poderá ser ativa ou passiva, depende da variação da moeda
nacional corrente em função da moeda estrangeira.
194
6.8. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
O principal critério para avaliação dos estoques é o do custo ou valor líquido de
realização, o que for menor, o qual consiste em utilizar o menor entre os valores do
custo de aquisição ou produção e o valor líquido de realização, para ser atribuído às
unidades em estoque na entidade.
Embora o custo seja o critério principal de avaliação dos estoques, pode ocorrer perda
de utilidade ou redução no preço de venda ou de reposição de um item, que reduza o seu
valor recuperável a um nível abaixo do custo. Nesse caso, e de acordo com a convenção
do conservadorismo, deve-se assumir como base final de avaliação tal valor líquido de
realização, caso este seja inferior ao de custo, mediante constituição de provisão para
ajuste de estoque ao valor de mercado.
Os estoques ainda estarão sujeitos a ajustes mediante provisão para ajuste de estoque ao
valor de mercado, quando ocorrerem perdas comprovadas ou prováveis de determinados
itens que, em função do tempo, do avanço tecnológico ou de outros fatores, tenham se
tornado ou possam tornar-se obsoletos ou deteriorados. Nesses casos devem ser
avaliados pelo seu valor líquido de realização.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Embora seja aceitável que a seleção do método de avaliação seja feita com base em
circunstâncias particulares, para que as demonstrações contábeis sejam adequadas, os
métodos devem ser adotados de maneira uniforme. Cabe ressaltar que o objetivo
principal ao se selecionar um dos métodos deve ser o de escolher aquele que, de acordo
com as circunstâncias, reconheça e leve em consideração as peculiaridades da atividade
e do tipo de entidade ou do produto.
195
Conta Mista de Mercadorias: nessa conta são registradas não só os valores patrimoniais,
mas também de resultado.
Métodos tais como "último a entrar, primeiro a sair", ou como custo da última compra
fundamentam-se, principalmente, em custos de reposição, que geralmente ocasionam
superavaliação dos estoques pela diferença entre o custo efetivo de aquisição ou
fabricação e o valor corrente, contrariando o conceito de custo como critério básico de
avaliação dos estoques.
O método do varejo consiste em avaliar os estoques pela aplicação, sobre seu preço de
venda, de percentual que represente a relação média do período entre custo/preço. O
método do varejo é utilizado, geralmente, por entidades que comercializem grande
número de itens, como supermercados, magazines, etc., onde é impraticável o controle
permanente dos estoques ou onde a relação custo-benefício desse controle é
desfavorável.
196
Caso 1
Uma empresa industrial do Pará, tributada com base no Lucro Real, adquire a prazo, no
nordeste matéria prima para sua produção no valor de R$ 400.000,00 + IPI no valor de
R$ 40.000,00.
Supondo que essa empresa industrial do Pará tenha apontado os seguintes gastos no
processo produtivo:
Considerando que a empresa objeto da questão é tributada com base no lucro real, esta
tem direito ao crédito do PIS e da COFINS sobre as despesas de depreciação de
máquinas e equipamentos usados no processo produtivo; sobre as despesas de energia
elétrica consumida no processo produtivo, e sobre as despesas de aluguel de
equipamentos para manuseio no processo produtivo. Assim, a contabilização desses
elementos de custo dar-se-á da seguinte forma:
D – Produtos em elaboração
78.437,50
D – Salários e encargos a pagar
197
D – Produtos em elaboração 9.075,00
D – PIS a Recuperar 165,00
D – Cofins a Recuperar 760,00
C – Despesas a pagar com aluguéis de equipamentos 10.000,00
D – Produtos em elaboração
25.000,00
C – Despesas Gerais de Fabricação a pagar
MOVIMENTAÇÃO DE INSUMOS
Natureza da Operação Valor ($) Impostos ($) Líquido ($)
1 - Aquisição de Insumos 440.000,00 125.000,00 315.000,00
2 - (-) Transferência p/Produção 289.800,00
3 - Estoque Final de insumos 25.200,00
D – Produtos em elaboração
289.800,00
C – Estoque de matérias primas
Contabilização
198
Supondo agora que essa empresa precifica seus produtos considerando uma margem
25% + os impostos sobre vendas (ICMS, PIS, COFINS e IPI). Quando a empresa
realizar operações dentro do próprio estado aplica a alíquota interna de 17%; quando
realizar operações interestaduais na região a alíquota será de 12%. O IPI a ser cobrado
do adquirente será se 10%. Com base nessas informações a precificação será efetuada
conforme o quadro a seguir:
Supondo que as vendas dessa empresa tenham sido na seguinte ordem: 80% para
empresas comerciais distribuidoras do próprio estado e 20% para uma empresa
comercial varejista de Rondônia, essas operações de vendas serão demonstradas da
seguinte forma:
D – IPI s/Faturamento
52.247,80
C – IPI a Recolher
D – IPI s/Faturamento
12.232,78
C – IPI a Recolher
199
Demonstração dos impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS)
Op. Internas Op. Interestaduais
1 - Receita bruta por tipo de operação 522.478,00 122.327,75
2 - ICMS 88.821,26 14.679,33
3 – PIS 8.620,89 2.018,41
4 – COFINS 39.708,33 9.296,91
Contabilização
D – ICMS s/Vendas
103.500,59
C – ICMS a Pagar
D – PIS s/Vendas
10.639,29
C – PIS a Pagar
D – COFINS s/Vendas
49.005,24
C – COFINS a Pagar
APURAÇAO DO IPI
1 – IPI s/Faturamento 64.480,58
2 – (-) Crédito do IPI Sobre Compras 40.000,00
3 – IPI a Pagar 24.480,58
Contabilização
D – IPI a Recolher
40.000,00
C – IPI a Recuperar
APURAÇAO DO ICMS
1 – ICMS Sobre Vendas 103.500,59
2 – (-) Créditos do ICMS s/Compras 48.000,00
3 – ICMS a Pagar 55.500,59
Contabilização
D – ICMS a Pagar
48.000,00
C – ICMS a Recuperar
APURAÇAO DO PIS
1 – PIS Sobre Vendas 10.639,29
2 – (-) Créditos PIS s/Compras 6.600,00
3 – (-) Crédito do PIS s/Outros 577,50
4 – PIS a Pagar 3.461,79
200
Contabilização
D – PIS a Pagar
7.177,50
C – PIS a Recuperar
APURAÇAO DA COFINS
1 – COFINS Sobre Vendas 49.005,24
2 – (-) Créditos da Cofins s/Compras 30.400,00
3 – (-) Crédito da Cofins s/Outros 2.660,00
4 – COFINS a Pagar 15.945,24
Contabilização
D – COFINS a Pagar
33.060,00
C – COFINS a Recuperar
Contabilização
201
Caso 2
Contabilização
202
(*) Cálculo do ICMS - ST em relação às operações internas subsequentes
1 – Valor da operação interna com mercadoria sujeita à ST 667.493,10
2 – Crédito de ICMS relativo à operação própria (17% x 667.493,10) 113.473,83
3 – Base de Cálculo da ST (667.493,10 x 1,25) 834.366,38
4 – ICMS-ST (834.366,38 x 17%) – 113.473,83 28.368,46
Contabilização
D – Clientes 695.861,56
C – Vendas de mercadorias 667.493,10
C – ICMS – ST a recolher 28.368,46
Contabilização
D – ICMS s/Vendas
113.473,83
C – ICMS a Pagar
D – PIS s/Vendas
11.013,64
C – PIS a Pagar
D – COFINS s/Vendas
50.729,48
C – COFINS a Pagar
APURAÇAO DO ICMS
1 – ICMS Sobre Vendas 113.473,83
2 – (-) Créditos do ICMS s/Compras 88.821,26
3 – ICMS a Pagar 24.652,57
Contabilização
D – ICMS a Pagar
88.821,26
C – ICMS a Recuperar
APURAÇAO DO PIS
1 – PIS Sobre Vendas 11.013,64
2 – (-) Créditos PIS s/Compras 8.620,89
3 – PIS a Pagar 2.392,75
203
Contabilização
D – PIS a Pagar
8.620,89
C – PIS a Recuperar
APURAÇAO DA COFINS
1 – COFINS Sobre Vendas 50.729,48
2 – (-) Créditos da Cofins s/Compras 39.708,33
3 – COFINS a Pagar 11.021,15
Contabilização
D – COFINS a Pagar
39.708,33
C – COFINS a Recuperar
Contabilização
204
Caso 3
Contabilização
Contabilização
D – Caixa
676.401,60
C – Vendas de mercadorias
Contabilização
D – PIS s/Vendas
4.396,61
C – PIS a Pagar
D – COFINS s/Vendas
20.292,05
C – COFINS a Pagar
205
Caso 4
Demonstração da Compra
1 – Preço de aquisição (unitário) 287,83
2 - Quantidades adquiridas 425
3 – Valor Total das mercadorias adquiridas 122.327,75
4 – IPI – 10% 12.232,78
5 – Total da nota fiscal 134.560,53
6 – Frete – 10% 12.232,78
7 – Total 146.793,31
Contabilização
Contabilização
206
DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DE AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS
1 – Total da nota fiscal 134.560,53
2 – Frete interestadual 12.232,78
3 – ICMS-ST Notificado 11.303,09
4 – Custo de Aquisição (1 + 2 + 3) 158.096,40
5 – Quantidade adquirida 425
10 – Custo unitário de aquisição (4 /5) 371,99
Contabilização
D – Caixa
164.087,40
C – Vendas de mercadorias
D – PIS s/Vendas
1.066,57
C – PIS a Pagar
D – COFINS s/Vendas
4.922,62
C – COFINS a Pagar
207
Contabilização
208
REFERÊNCIAS
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