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INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DE MOÇAMBIQUE

CURSO DE LICENCIATURA EM MARKETING E RELAÇÕES PÚBLICAS

EXERCÍCIOS

1) Fale dos princípios do Mercantilismo


2) Indique as principais críticas à corrente mercantilista de pensamento.
3) Comente a seguinte afirmação:
“Os mercantilistas fazem da riqueza o fim da vida social, mas não entendem atacar
frontalmente a ideia da primazia do Estado. Pelo contrário, esforçam-se por mostrar que uma
tal concepção está em perfeita harmonia com a que vê no poder do Estado o fim supremo da
actividade humana”.
4) Discuta os pontos de rompimento/inovação dos precursores do marginalismo em relação aos
pensadores clássicos.
5) “Segundo Adam Smith, o sistema de liberdade natural delimitava as funções do Estado, mas
não lhes retirava a importância” Concorda? Justifique.

Resposta: Sistema de liberdade natural - sistema defendido pelo Adam Smith, no qual
cada qual segue os seus próprios interesses. Delimita as funções do Estado porque deve
deixar cada um encontrar o seu caminho para a riqueza não tomando partido por
alguns interesses particulares. Importância da intervenção do Estado: justiça,
segurança, educação, bens públicos.

6) “De acordo com Jean-Baptiste Say, é sempre possível verificar-se um excesso de produção,
mas apenas desde que se refira a um conjunto limitado de produtos.” Concorda? Justifique.
Resposta: Para Say pode haver dificuldades no escoamento de alguns produtos, não por
falta de moeda (porque é apenas um veículo de troca, logo não nos devemos orientar
por fenómenos monetários), mas sim por escassez dos bens que se tem de dar em troca.
Assim sendo, pode haver momentaneamente excesso de produção de um conjunto
limitado de produtos, ou por optimismo dos produtores desses bens (a procura foi
menor do que o produtor achava) ou por pessimismo dos produtores dos outros bens
(reduzem a produção não havendo possibilidade de trocar todos os bens dos produtores
que produziram mais). Mas esta situação resolve-se automaticamente pois os
produtores optimistas reduzem a sua produção (pois estão a ter prejuízo), enquanto que
os produtores pessimistas aumentam a sua produção (pois estão a ter lucros acima do
esperado). Concluindo, pode haver excesso de produção apenas desde que se refira a
um conjunto limitado de produtos (por otimismo ou pessimismo dos produtores) mas
não de todos ao mesmo tempo (porque ao haver excesso de um produto significa que há
em simultâneo escassez do produto que se tem de dar em troca, dado que produtos se
trocam por produtos).
7) “De acordo com a concepção teórica de David Ricardo, a abertura ao comércio internacional
poderia impedir a chegada da Inglaterra ao estado estacionário.” Concorda? Justifique.

Resposta: De acordo com a teoria de renda de David Ricardo, as terras têm diferentes
fertilidades, começando-se a produzir exclusivamente nas terras mais produtivas e só
depois, quando há aumento da população, se começa a produzir nas terras menos
produtivas (havendo o pagamento de uma renda diferencial ao proprietário da terra, de
acordo com a produtividade da terra). Para David Ricardo, abrir o país ao comércio
internacional trazia vantagens pois importava os bens que eram produzidos nas terras
mais férteis (deixando de produzir nas terras menos férteis do país). No entanto, esta é
apenas uma solução temorária pois vai chegar a um ponto em que as terras vão ficar
menos produtiva e já não compensa importar (voltando assim a explorar as terras
menos férteis do país). Ou seja, a abertura ao comércio internacional não poderia
impedir a chegada da Inglaterra ao estado estacionário, pois iria chegar na mesma o
momento em que a parcela menos produtiva apenas produz o necessário para a
subsistência dos trabalhadores (sendo o lucro e a renda nulos e não havendo
investimento), no entanto pode atrasar o processo.

8) “Para Marx, o motor da evolução histórica é a evolução económica.” Concorda? Justifique.

Resposta: Para Marx a história tem um sentido (há um fim que a História tenta
concretizar) e o motor da sua evolução é a evolução económica. Isto porque ao longo do
tempo existe uma tendência para o alargamento das funções produtivas, chegando a um
ponto em que estas se tornam incompatíveis com as relações de produção existentes.
Assim sendo, o modo de produção entra em colapso sendo substituído por outro que
permita o novo alargamento das forças produtivas (época de revolução). Essa mudança
ao nível do modo de produção vai ter impacto na superestrutura fazendo com que a
superestrutura existente acabe ou se adote. Esta nova superestrutura (arte, cultura,
política de uma época) só é possível através da evolução dos modos de produção. Para
Marx, todas as fases pelo qual a História passa são necessárias (não é possível passar
fases à frente), sendo que a única coisa que a acção política poderá fazer é acelerar as
fases. Marx considera ainda que na esfera económica existe uma tendência constante
para a mudança, provocando alterações em todas as outras esferas.

9) “Marshall procura efetuar uma síntese entre o pensamento clássico e a abordagem


marginalista.” Concorda? Justifique.

10) “De acordo com a teoria da renda de Ricardo, pode concluir-se que se os proprietários das
terras abdicarem das rendas, os preços dos produtos agrícolas diminuirão.” Concorda?
Justifique.

Resposta: Segundo Ricardo, o valor dos bens é determinado exclusivamente pela


quantidade de trabalho necessária para a produção desse bem (ou seja, se os preços dos
produtos agrícolas subirem só pode significar que foi necessária maior quantidade de
mão-de-obra para os produzir, sendo verdade o contrário). Para Ricardo a renda que é
paga aos proprietários da terra resulta das diferenças de fertilidade da terra (sendo que
quem produz nas terras mais produtivas tem de pagar uma renda diferencial) e não
tem qualquer influência sobre os preços (porque os preços são determinados
unicamente pela quantidade de trabalho). Como o preço que vigora no mercado é
aquele que corresponde à terra menos fértil (na qual não é paga qualquer renda), uma
diminuição ou abolição da renda apenas transferiria o excedente dos proprietários das
terras para os trabalhadores, não tendo qualquer impacto sobre o preço.

11) “Segundo Jean-Baptiste Say, o desemprego causado pela introdução de máquinas seria
sempre temporário.” Explique o raciocínio deste autor.

Resposta: A introdução de máquinas no processo produtivo tem como consequência


imediata o aumento do desemprego (pois as máquinas vão substituir os trabalhadores).
No entanto, para Say este desemprego será sempre temporário. Por um lado, os
trabalhadores continuam a possuir as suas aptidões (inteligência, capacidade de
trabalho), ou seja, as suas propriedades não foram alteradas (não lhes retiraram o seu
capital), logo apenas têm de procurar outro emprego. Por outro lado, as máquinas
aumentam a produção, cirando oportunidades de abertura de novos mercados onde
serão produzidos novos bens (mercados esses que irão precisar de trabalhadores). Logo,
para Say, as máquinas criam emprego (criação de emprego na produção de novos
produtos

12) Descreva o pensamento Socialista Anti-Liberal e as divergências nele existentes.

13) “De acordo com Keynes, as expectativas de longo prazo desempenham um papel de
primordial importância na procura de bens de investimento.” Concorda? Justifique.

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