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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1029886-28.2016.8.26.0564 e código 1C6ECA2.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RITA DE CASSIA DE SOUZA, protocolado em 30/11/2016 às 13:18 , sob o número 10298862820168260564.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO
DA____ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SÃO
BERNARDO DO CAMPO

PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO – PESSOA IDOSA (Lei nº


10741/2003)

IRINEU LOPES PEREIRA, brasileiro, casado, portador


da cédula de identidade RGnº 3.001.617-4 SSP/SP,
cadastrada no CPF/MF nº 480.233.108-87, residente
e domiciliado na Rua Francisco Cunha, 359 – Jd.
Itapemirim – São Paulo – SP – CEP08225-260, com
endereço eletrônico:
irineulopespereira@yahoo.com.br, por sua advogada
e procuradora, que esta subscreve, vem,
respeitosamente, a presença de Vossa Excelência,
para propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS


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em face de PAULO ROBERTO PINHEIRO, brasileiro,


casado portadora da cédula de identidade RG nº
13.043.260-x SSP/SP, residente e domiciliado na
Rua C-14, 600 – Cristiano Carvalho – Barretos – SP
- CEP 14781-458 – SP e JOÃO MARCOS RODRIGUES DOS

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SANTOS, brasileiro, comerciante, titular do RG nº
22.079.616-6, filho de João Rodrigues dos Santos e
de Judite Diniz Santos, nascido em 24/05/1973,
residente e domiciliado na Rua Jurubatuba, 1982 –
Centro- São Bernardo do Campo – SP – CEP09725-220,
tendo em vista as razões de fato e de direito a
seguir expostas:

DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer a concessão dos benefícios da assistência


Judiciária Gratuita, vez que a Autora é pobre na
acepção jurídica da palavra e não tem condições de
suportar o pagamento das custas.

DA PRIORIDADE NO TRÂMITE PROCESSUAL

Conforme documentos pessoais do Autor anexados à


Inicial, este conta hoje com 75 anos de idade
fazendo, por isso, jus ao benefício da prioridade
na tramitação de procedimentos judiciais, nos
termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil e
art. 71 do Estatuto do Idoso.

DOS FATOS

O Autor, no ano de 2001, se dirigiu até a loja de


automóveis Dudi Automóveis, de propriedade do 2º
requerido João Marcos Rodrigues dos Santos,
localizada na Rua Jurubatuba em São Bernardo do
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Campo, com a intenção de adquirir um automóvel


financiado.

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Após ter verificado alguns automóveis, decidiu por

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adquirir um veículo de marca FIAT TEMPRA, de placa
JLW9460.

Por ocasião da aquisição e tendo em vista a


necessidade de financiar o automóvel, o autor foi
orientado pelo requerido João a assinar diversos
papéis para possível financiamento.

O requerido informou ao requerente que realizaria


uma cotação junto as financeiras para verificar o
menor valor de financiamento do veiculo e para
tanto solicitou que o autor assinasse diversas
propostas de varias financeiras.

Disse ainda que o autor poderia ficar


despreocupado posto que assim que fechasse o
contrato de financiamento, todas as propostas
assinadas e não utilizadas seriam inutilizadas
imediatamente.

O autor, de total boa-fé, acreditou na palavra do


réu e ficou no aguardo da resposta relativa ao
financiamento do FIAT TEMPRA. Somente após a
abertura de Inquérito Policial tomou conhecimento
de que já haviam outros inquéritos abertos contra
o Sr. João por suposto crime de estelionato.
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Dias depois o réu João enviou nova proposta ao


requerente, através de Motoboy, informando que
esta seria a utilizada no financiamento.

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Passados mais alguns dias, o autor recebeu em sua
residência o carnê relativo ao financiamento do
automóvel FIAT TEMPRA.

Ocorre que, após, aproximadamente, 15 (quinze)


dias do recebimento do carnê do Tempra, o autor
foi surpreendido com outro carnê de financiamento
do Banco Santander, de um veículo GM/S 10 2.25,
ano 1999/1999, de cor preta, placa GXU 4169/SBC,
CHASSI 9BG124A50XC920361, o qual jamais adquiriu.

Com o carnê em mãos dirigiu-se até a


concessionária Dudi Automóveis onde buscou
esclarecer o que estava acontecendo, tendo sido
informado pelo Sr João que havia ocorrido um
engano mais que o mesmo iria corrigi-lo e deixou o
carnê com o requerido.

Mesmo com as explicações do requerido o autor,


lavrou um boletim de ocorrência informando o
ocorrido.

Necessário informar que o veiculo FIAT Tempra,


adquirido pelo autor, começou a apresentar
defeitos e por conta das más condições do
automóvel o autor devolveu o carro e foi cancelado
o financiamento do mesmo.
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Ocorre que, dias depois o autor entrou em contato


com o Banco Santander a fim de buscar informações
sobre o financiamento do veiculo GM/S10, tendo
sido informado de que não havia nenhum
financiamento em seu nome.

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Por ocasião dos fatos narrados foi aberto
Inquérito Policial nº345/02, pelo crime de
Estelionato, cuja copia se junta aos autos, e foi
apurado no referido IP que o requerido João Marcos
supostamente vendeu o veiculo GM/S 10, PLACA
GKU4169 para o réu Paulo Roberto, que encontrava-
se na posse do veículo, por meio de um
financiamento feito em nome do autor, sem o seu
conhecimento e autorização.

Saliente-se que, conforme apurou-se o requerido


João, quitou o referido financiamento, porém,
jamais transferiu o veiculo para o nome.

De acordo com o inquérito policial, o requerido


Paulo Roberto foi parado por Policiais Militares,
na cidade de Barretos e estava conduzindo o
veiculo, que já estava com bloqueio por queixa de
estelionato.

De acordo com o relatado nas declarações do


requerido Paulo, o mesmo adquiriu o veiculo em São
Bernardo do Campo, por meio de financiamento e
estava ciente da situação e estava “providenciando
a legalização”, conforme comprova o documento
anexado extraído do Inquérito Policial:
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Por ocasião do Inquérito Policial o veículo foi


bloqueado, porém, atualmente encontra-se
desbloqueado e sendo utilizado livremente pelo
requerido que jamais transferiu para seu nome.

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Ademais, o referido inquérito foi encaminhado a
2ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo/SP,
Autos 848/02, tendo sido arquivado tendo em vista
que o D. Promotor entendeu que se tratava de mero
ilícito civil, passível de solução nesta esfera e
o MM. Juiz acolheu a manifestação do MP arquivando
o inquérito.

Fica demonstrado a evidente má-fé dos requeridos,


que realizaram transação comercial no nome do
autor, sem anuência deste, bem como que em nenhum
momento se preocuparam em transferir o automóvel
para o nome do verdadeiro possuidor e nem mesmo
evitar infrações que gerassem multas.

O autor recebeu cobranças relativas a multa e IPVA


do referido veiculo, que estavam sendo levadas a
protesto, e por esse motivo tomou conhecimento que
o automóvel estaria desbloqueado.

Além disso, fica o autor a mercê de sofrer


eventual ação de reparação de danos decorrida de
acidente de veículo e execução de dívida por parte
do Estado, por um bem que jamais esteve em sua
posse.

Assim, autor requer o bloqueio do veículo até a


efetiva transferência para o nome de seu
possuidor, bem como sejam os réus obrigados,
solidariamente, a efetuarem todos os pagamentos
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relativos a IPVA, MULTAS, Seguro Obrigatório,


Licenciamento e demais despesas que houver.

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DO DIREITO A INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL

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O dano moral constitui lesão que integra os
direitos da personalidade, como a vida, a
liberdade, a intimidade, a privacidade, a honra, a
imagem, a identificação pessoal, a integridade
física e psíquica, o bom nome; enfim, a dignidade
da pessoa humana, um dos fundamentos da República
Federativa do Brasil, apontado, expressamente, na
Constituição Federal (art. 1º, III).

Configura dano moral aquele dano que, fugindo à


normalidade, interfira intensamente no
comportamento psicológico do indivíduo, causando-
lhe aflições, angústia, desequilíbrio em seu bem
estar, podendo acarretar ao ofendido dor,
sofrimento, tristeza, vexame e humilhação.

In casu, inobstante a inegável conduta dos Réus,


que sem autorização realizaram financiamento no
nome do autor, deixaram de realizar o pagamento
dos tributos relativos ao veículo bem como
causando ao autor todo este transtorno e angustia
de ter um automóvel em seu nome que nunca lhe
pertenceu e sem saber o seu paradeiro ou para que
esta sendo utilizado.

Assim, demonstrado o dano e o nexo de causalidade,


que consiste na relação de causa e efeito entre a
conduta praticada pelo agente e o dano suportado
pela vítima, deve a Ré ser condenado a indenizar a
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Autora pelos danos morais sofridos, conforme


preceitua o art. 186 do Código Civil.

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Tendo em vista que os Requeridos cometeram ato

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ilícito, devem, consequentemente, sanar os danos
morais suportados pelo Requerente, como reza o
artigo 927 da Lei 10.406/02 (Código Civil),
verbis:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito


(arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo Único. Haverá obrigação de


reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, ou sua natureza,
risco para os diretos de
outrem.(grifamos)

Considerando que a honra e a moral do Requerente


foram feridas, os Requeridos devem indenizá-lo de
forma a recompensá-lo pelo dano sofrido, como bem
acentua a Constituição Federal no seu artigo 5º,
X, In Verbis:

Art. 5º Todos são iguais perante a


lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança, e à
propriedade nos termos seguintes:

[...]

X – são invioláveis a intimidade, a


vida privada, a honra e a imagem das
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pessoas, assegurado o direito a


indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação;

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No caso sob judice, não foram poucos os
inconvenientes provocados pela postura dos
Requeridos. O dano em questão produziu ao
Requerente não apenas desconforto e
descontentamento de não ter autorizado o
financiamento do automóvel, mas também pela
angústia e constrangimento de ter que buscar a
justiça para ver seus direitos respeitados,
estando quase 15 (quinze) anos vivendo esse drama.

Assim, hodiernamente, a doutrina vem admitindo o


arbitramento do quantitativo indenizatório tomando
por base não somente o constrangimento a que o
lesante deu causa, mas também na punição para o
infrator, como forma de desestimulá-lo a práticas
futuras de mesma natureza.

DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA EM CARÁTER


ANTECEDENTE

Precipuamente, deve-se observar que, por tratar-se


de situação em que o perigo na demora para a
concessão da tutela definitiva satisfativa pode
ocasionar danos irreparáveis à parte autora, e
ainda, demonstrada a robustez das provas a esta
exordial anexadas, resta caracterizada a
possibilidade do pleito da tutela de urgência
satisfativa em caráter antecedente, conforme o
nosso novo Código de processo Civil brasileiro nos
oportuna em seu art. 294, § único, in verbis:
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Art. 294. A tutela provisória pode


fundamentar-se em urgência ou
evidência.

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Parágrafo único. A tutela provisória
de urgência, cautelar ou antecipada,
pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental. (grifamos)

Desta forma, observa-se que o novo Código


Processual Civil estabeleceu alguns requisitos
para que a tutela provisória de urgência
satisfativa seja concedida, notadamente, a
demonstração da probabilidade do direito e do
perigo de dano ou ilícito.

DIDIER JUNIOR (p. 595, 2015)[1] em magistral


lição, versa sobre o requisito da probabilidade do
direito, explicando que:

A probabilidade do direito a ser


provisoriamente satisfeito/realizado ou
acautelado é a plausibilidade de existência
desse mesmo direito. O bem conhecido fumus
boni iuris (ou fumaça do bom direito).

O magistrado precisa avaliar se há


"elementos que evidenciem" a probabilidade
de ter acontecido o que foi narrado e quais
as chances de êxito do demandante (art.
300, CPC).

Desta forma, mediante os fatos narrados, bem como


o documento juntados do Inquerito Policial, resta
cristalina a probabilidade do direito, ou a
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“fumaça do bom direito” do Requerente ter o


automóvel bloqueado até a decisão final do
processo.

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Quanto ao Requisito do Perigo da demora, DIDIER
JÚNIOR[2] (p. 597, 2015) assim leciona:

A tutela provisória de urgência pressupõe,


também, a existência de elementos que
evidenciem o perigo que a demora no
oferecimento da prestação jurisdicional
(periculum in mora) representa para a
efetividade da jurisdição e a eficaz
realização do direito.

(...)

Importante é registrar que o que justifica


a tutela provisória de urgência é aquele
perigo de dano: i) concreto (certo), e,
não, hipotético ou eventual, decorrente de
mero temor subjetivo da parte; ii) atual,
que está na iminência de ocorrer, ou esteja
acontecendo; e, enfim, iii) grave, que seja
de grande ou média intensidade e tenha
aptidão para prejudicar ou impedir a
fruição do direito.

Além de tudo, o dano deve ser reparável ou


de difícil reparação.

(grifamos)

Nesta testilha, o dano que o Requerente está na


iminência de sofrer, está relacionado a ter um
veículo em seu nome sem saber o seu paradeiro e
nem mesmo para o que está sendo utilizado ou
poder vir a sofrer alguma ação de reparação por
danos causados pelo automóvel, bem como sofrer
cobranças indevidas relativas ao mesmo.
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Portanto, está nítido o direito que o Requerente


possui em ter seu pleito de tutela satisfativa de
urgência antecedente concedido, para que, o

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veiculo de marca GM/S 10 2.25, ano 1999/1999, de
cor preta, placa GXU 4169/SBC, CHASSI
9BG124A50XC920361 em nome do autor seja bloqueado
no órgão competente.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

a) Seja deferida a assistência judiciária


gratuita, nos termos do art. 4º da Lei
1.060/50, conforme requerimento em anexo;

b) Seja deferida a prioridade na tramitação


com base no Estatuto do Idoso e artigo
1048, I do Código de Processo Civil;

c) Seja deferida a concessão da TUTELA


PROVISÓRIA SATISFATIVA DE URGÊNCIA EM
CARATER ANTECEDENTE para oficiar o DETRAN
de São Bernardo do Campo a proceder o
bloqueio do veiculo acima especificado;

d) A citação dos Réus, com expedição de carta


precatória para citação do primeiro Réu;

e) Sejam condenados a transferir o veiculo


para o seu nome, sendo certo que a
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informação que o autor tem é que o veiculo


estaria na posse de Paulo Roberto Pinheiro,
sob pena de multa diária a ser arbitrada
pelo juízo;

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f) A manutenção da tutela provisória
satisfativa de urgência até o final da
presente demanda, quando espera o
Requerente seja julgado inteiramente
procedente o seu pedido, para condenar os
Réus a pagarem, solidariamente, todos os
tributos, multas e despesas bancárias
relativas ao veículo, bem como para
condená-los a indenizar o autor pelos danos
morais experimentados no valor de 10 (dez)
salários mínimos;

g) A condenação dos Réus no pagamento das


custas e honorários de sucumbência no
importe de 20% do valor da causa;

Protesta provar o alegado por todos os meios no


Direito admitidas.

Dá-se à causa, o valor de R$20.000,00 (vinte mil


reais) para efeito de alçada.

Nestes termos,

pede deferimento.

São Paulo, 28 de novembro de 2016


OAB/SP 254.815
Rita de Cássia de Souza
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